segunda-feira, 28 de novembro de 2011

CAVACO: UM APELO À NOVA COLONIZAÇÃO INTERNA






1 - O Presidente da República, Cavaco Silva, falou, esta semana, em Lisboa, no encerramento do Congresso do Centenário do Crédito Agrícola, um programa de "repovoamento agrário".

Cavaco Silva, hoje, não está no poder executivo, ocupa um cargo de incidência protocolar de Chefia do Estado, mas, no passado, como chefe do governo do actual regime preconizou e pôs em prática, exactamente, o contrário: a desertificação dos campos, o abandono do cultivo das terras, pagando, mesmo, para se deixar de produzir nas zonas rurais.

Retirando incentivos a quem, realmente trabalhava a terra, destruindo uma Reforma Agrária, iniciada em 1975, com alguns erros e defeitos, mas que se começava a implantar, verdadeiramente, em território português uma nova estrutura inovadora de desenvolvimento rural.

Ao mesmo tempo que indemnizava, pelo contrário, os latifundiários absentistas, a quem financiava, a fundo perdido, como pretensos lavradores, que canalizaram esse dinheiro para proveito pessoal e enriquecimento ilícito. (Não se reporta aqui o autêntico crime que se praticou na atrofia da actividade pesqueira nacional).

"Precisamos de um programa de repovoamento agrário que consiga captar uma parte dos recursos humanos desaproveitados", preconizou, salientando que veria com "muito bons olhos" uma concertação de esforços entre entidades públicas e privadas para criar medidas de incentivo à fixação e atracção de activos nas zonas rurais.

Entre as soluções possíveis, Cavaco Silva avançou com a hipótese de serem criados incentivos ao emprego e aos jovens agricultores, o apoio a empresas de inserção e a concessão de micro-crédito para projectos de desenvolvimento rural.

Além do cinismo destas propostas, para quem destruiu, justamente, a produção nacional dos meios rurais, elas são claramente obsoletas, pois o actual regime, como regime capitalista que é, ainda mais integrado num espaço económico mais amplo, a União Europeia, mais avançada e competitiva na produção, não dará a mão a qualquer valorização da terra e do lavrador independente a ela ligado.

Com os avanços tecnológicos e os progressos manifestos na própria agricultura capitalista que se incrementou nos últimos 50 anos, reduziu, neste período, a população rural agrícola a 12% da população activa.

Em 2009, o recenseamento do INE registou um total de 304 mil explorações agrícolas no país.

Significa isto que, em 10 anos, - 1999 -, foram suprimidas 112 mil empresas.

Enquanto cresceu, neste período, a mecanização e a produtividade relativa em grandes superfícies agrícolas,(dados estatísticos de 2009 assinalam que dois por cento de empresas agrícolas capitalistas estruturadas ocupam 25 por cento do solo rural cultivado), diminuindo, em consequência, a mão-de-obra nessas regiões, devido a esse facto.

Por outro lado, trouxe uma diminuição de população agrícola noutras regiões menos desenvolvidas por causas ligadas ao empobrecimento do agricultor e às transformações capitalistas industriais e de serviços, que fizeram acorrer parte da mesma aos grandes centros industriais.

Ora, no conjunto do sector da agricultura existente, 80 por cento dos produtores fazem o seu trabalho em regime familiar, sendo 6 por cento deste conjunto afirmou trabalhar a tempo parcial.

Ora, Portugal, através dos seus governantes, não utilizou os dinheiros da sua inserção comunitária para desenvolver produção própria competitiva, realizando uma transformação tecnológica e de estruturação agrícola associativa.



Ficou, em inferioridade, face á produção mais avançada e à competividade dos seus parceiros europeus. Tudo isto contribuiu para a desertificação e para o envelhecimento da população agrícola, que, neste estao etário, se torna avessa à modernização.

2 - Como se pode "repovoar" um país, se a política portuguesa (e europeia) - que Cavaco Silva defendeu e continua a defender - está centrada no desenvolvimento desenfreado do capitalismo financeiro, que despreza a produção nacional dos países, e de maneira evidente, a sua economia agrícola, aumentando a ruína contínua de quem, está directamente ligado à terra?

Claro que noutras condições, Cavaco Silva procura, na realidade, fazer renascer a velha política salazarista da "colonização interna", lançada nos finais dos anos 30, também, para resolver uma crise política e social, que a industrialização começava a criar, com desemprego crescente e ameaças de conflitos sociais, que surgiram depois.

(A Junta de Colonização Interna foi um organismo oficial, criado em 1936, dependente do Ministério da Economia, que tinha por missão colonizar os baldios, terrenos públicos e propriedades privadas beneficiárias de infra-estruturas hidráulicas e fomentar a actividade agrícola em Portugal continental e ultramarino).

Foi um fiasco.

António de Salazar apostou, então, deliberadamente na emigração. Discutiu, mesmo, o assunto em 1940, no decorrer dos Congresso da Exposição do Mundo Português.

Algumas das figuras mais eminentes do regime, desde a política à diplomacia, passando pela economia, falaram sobre o assunto, tendo como referência o fracasso que o projecto de "colonização interna" já se lhes afigurava.

Sustentou então Salazar: "Mesmo que supusessemos o aproveitamento integral das terras irrigáveis e baixássemos para um hectare o lote a distribuir por família, teríamos conseguido estabelecer 150.000 famílias, e, a 4 ou 5 pessoas por família, 600 a 700 mil indivíduos. Ficaríamos longe da absorção total".

Salientou que aquele projecto não resolvia os problemas que estavam para surgir.

No seu raciocínio, a questão teria se ser resolvida com uma saída: dar mãos largas à emigração.

Os seus pupilos actuais estão a seguir-lhe as pisadas. O secretário de Estado da Juventude do actual governo já deu mote.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O 25 DE NOVEMBRO GEROU O ACTUAL REGIME







1 - Passou hoje mais um aniversário do golpe militar do 25 de Novembro.


Curiosamente, os seus mentores e promotores, que, normalmente, deitam palavra pela ocasião estão calados e procuram atirar, rapidamente, a data para "debaixo do tapete".


A distância, hoje, é grande, e, o esquecimento procura silenciar a gravidade do que sucedeu na sociedade portuguesa de então.

Um grupo numeroso de oficiais, que se encobriu sob o manto diáfano da democracia, e se intitulou "grupo dos nove", efectuou, em conjunto com as direcções políticas do PS, PSD e CDS, e uma "neutralidade" activa da liderança cunhalista, a 25 de Novembro de 1975, um golpe de Estado para "endireitar" o que eles consideravam ser o seu objectivo do 25 de Abril, trucidado pelas lutas populares.


Na prática, jugularam pela via militar a movimentação popular que se desenrolava no país entre 1974/75, que extravasava os limites impostos pelas coligações governamentais e arranjos realizados sob a chancela do MFA (Movimento das Forças Armadas), movimentações e rebeliões que forçaram as nacionalizações da banca e dos grandes centros produtivos, impuseram uma nova orientação no interior dos quartéis. E, no limite, se aproximava de uma Revolução, que estava a desmembrar, ainda que incipientemente, a estrutura capitalista que se mantinha no país.


Com este golpe, foi iniciado um regime político, assente na primazia da economia de mercado, retomando a privatização da banca e dos principais grupos produtivos, remilitarizando as Forças Armadas, no modelo do regime anterior.


Desse golpe, constituiu-se o actual regime político.


2 - A efervescência revolucionária, que germinou no pós-25 de Abril, sucumbiu, com certo pacifismo, em 25 de Novembro de 1975, devido precisamente ao papel desempenhado por partidos que se afirmavam defensores do socialismo e neutralizaram, por um lado, pela força que mantinham em certos sectores das classes trabalhadores, por outro, pela inexistência de um partido revolucionário, que materializasse um projecto de transformação radical da sociedade.


Todavia, o que realmente foi destroçado com esse golpe não foi, propriamente, a Revolução.


O que foram destroçados foram as ilusões, as ideias, os programas desfasados do conjunto da sociedade portuguesa.


Em primeiro lugar, os projectos de uma sociedade socialista constituída com uma amálgama de alianças de classes ("maioria de esquerda", "unidades de todos os portugueses honrados"), classes essas que, em determinada altura, afirmavam defender a sociedade socialista, mas, na prática, promoviam uma contra-revolução.


Em segundo lugar, a constatação de que não existia uma "vanguarda" revolucionária capaz de conduzir o povo à sua libertação. Na realidade, as relações sociais, apesar da grande tensão política que existiu na altura - chegava a falar-se em perspectiva de guerra civil, não se tinham agudizado em grau de suficiência que colocasse as classes antagónicas em contradição insanável.













quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A GRANDE REFORMA DO TURISMO: DEITAR PELA BORDA FORA A ASSESSORA DE IMPRENSA DO ÁLVARO!!









































1 - O "boy" do poder financeiro, Pedro Passos Coelho, como Primeiro-Ministro de Portugal, segue as pisadas dos seus antecessores na colocação dos "boys" de segundo plano nos institutos e direcções-gerais estatais e para-estatatais.

Argumenta que haverá alguns cortes no número de cargos, mas, na aplicação, os sucessores como gestores ou directores são os homens de palha dos partidos e sectores capitalistas apoiantes do actual regime (podem recolocar na RTP, como Presidente do seu Conselho de Administração, um boy do PS, Guilherme Costa, que, na realidade, pouco importa, é um rapaz do regime).

A questão que pretendemos falar, agora, é no entanto a substituição da administração no Instituto de Turismo de Portugal. Saiu o "rapaz" do PS, Luís Patrão e colocam o seu congénere do PSD, que já estava lá, na repartição de tachos. Chama-se Frederico Costa.

Diz o Ministro da Economia, o tal Álvaro, que vivia no Canadá e dava uns bitaites de escrita, que é uma reforma profunda que o seu Ministério quer conduzir no sector. E o que faz: deita pela borda fora a sua assessora de Imprensa, um antiga jornalista do Diário de Notícias, Maria de Lurdes Valle, e, como recompensa para instituir a reforma, coloca-a como administradora do ITP. Não servia para o assessorar, mas é capaz de ganhar mais uns dinheiritos - naturalmente, para se manter calada do que já sabe - como membro da equipa da "importante reforma".

Se isto não fosse grave, até dava vontade de rir. Mas é grave, muito grave, criminosamente grave. Não se esquecerá.

2 - Eis mais um acto, magnânimo, de Passos Coelho contribuindo para a austeridade do Estado.



Socorremo-mos da imprensa:

"O primeiro-ministro de Portugal decidiu conceder subsídio de alojamento ao ministro da Economia e a três secretários de Estado, lê-se num despacho de Pedro Passos Coelho hoje publicado no Diário da República.

Assim, por não terem “residência permanente na cidade de Lisboa ou numa área circundante de 100 quilómetros”, receberão subsídio de alojamento o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, o secretário de Estado da Defesa, Paulo Braga Lino, o secretário de Estado da Economia e Desenvolvimento Regional, Almeida Henriques, e o secretário de Estado do Empreendedorismo, Carlos Alves de Almeida.

O valor do subsídio é de 75% do valor das ajudas de custo a que têm direito e que são calculadas em função da remuneração que auferem, lê-se ainda no despacho assinado pelo primeiro-ministro.

Esta questão dos subsídios de alojamento a membros do Governo esteve recentemente envolta em polémica depois de dois jornais, Sol e Diário de Notícias, terem revelado que o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, e o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, recebiam este apoio apesar de serem proprietários de casas em Lisboa, embora a sua residência permanente fosse fora da capital.

Tanto Macedo como Cesário, que têm residência permanente em Braga e em Viseu, respectivamente, acabaram por renunciar ao subsídio de alojamento. O mesmo fez o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, em “solidariedade” com os dois “colegas de Governo”.



Mas a austeridade também entra no Ministério das Finanças, do rapaz Vítor Gaspar.



Cita do semanário Sábado: "O Ministério das Finanças fez duas nomeações em que especifica que terão direito a 14 ordenados". Todavia, à revista disse que os citados não receberão subsídios.



O jornal explica no entanto: "Foram duas nomeações, numa altura em que o Ministério das Finanças já saberia que os subsídios de férias e Natal estarão suspensos para a função pública em 2012, e em que se determina que haverá "percepção de subsídio de férias e de Natal".



João Pedro Martins Santos, do Centro de Estudos Fiscais, foi nomeado assessor do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, com a renumeração do serviço de origem "acrescida de dois mil euros por mês", e, "direito à percepção dos subsídios de férias e Natal".



Já António Costa Vaz, da REFER, foi contratado"para realizar estudos no âmbito da sua especialidade", equiparado a adjunto para efeitos de vencimento "com despesas de representação, acrescido de 45% deste montante e com percepção dos subsídios de férias, de Natal, e de refeição".




Foi contratado pelo gabinete da Secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque.



(Como se pode verificar nas falcatruas as mulheres são, exactamente iguais aos homens!!!).




Mas, para tranquilizar o leitor, pode-se, desde já, afirmar que o governo actual segue fielmente em tudo as pisadas do antecessor. De boy em boy, de roubo em roubo, de mentira em mentia que lucra é o capital financeiro e o Estado está na bancarrota.


terça-feira, 22 de novembro de 2011

HOSPITAIS PÚBLICOS PASSAM, COM ARMAS E BAGAGENS, PARA AS MÃOS DA IGREJA CATÓLICA



















1 - O governo português decidiu entregar vários hospitais públicos às Misericórdias portuguesas, acrescentando que, essa benesse, será acompanhada com o dinheiro dos contribuintes, embrulhado no argumento de indemnização, a uma instituição privada, chamada Igreja Católica.


Na realidade, as Misericórdias Portuguesas são, nada mais, nada menos, órgãos de gestão, sob o manto da pseudo-caridade da Igreja Católica portuguesa.


Naturalmente, para muito gente, essas Misericórdias são vistas apenas como prestadores de serviços e cuidados primários. O que é real.


Mas, nas profundidades, do serviço prestimoso está dinheiro público, que reverte para interesses privados, e, neste caso concreto para uma estrutura que somente se deveria preocupar com a "esfera espiritual" que é, teoricamente, o seu campo de actuação.

(A gestão, certamente, não vai ser gratuita, e os provedores e conselhos de administração das "empresas fabriqueiras" da Igreja Católica receberão o correspondente "bodo dos pobres". Tudo boa gente!!!)

Ora, esta passagem dos hospitais públicos para as Misericórdias "cheira", não a espiritual, mas a material, a muitas centenas de milhões de euros.


Centenas de milhões de euros, que o erário público ja desembolsou para os hospitais de cuidados primários e continuados das Misericórdias, ao longo destes anos, mas não colocou dinheiro para implantar um verdadeiro serviço de saúde no IPO.


Naturalmente, cá estaremos, em devido tempo, para enquadrar todo este desperdício de dinheiro...para a Igreja Católica.

Reparem que, logo que souberam que havia "dinheiro fresco" os hierarcas católicos trataram de acautelar a divisão de despojos entre "leigos" e "religiosos", pois, como se pode recordar, criaram-se fissuras nas "heranças" em torno das Misericórdias tempos atrás, quando o bispado católica queria abocanhar tudo.


Eis, parte do texto da Conferência Episcopal Portuguesa, transcrito na sua agência noticiosa Ecclesia.


"O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) reafirmou a autonomia das Misericórdias e a vontade de dialogar em ordem à regulamentação do decreto da Santa Sé que as enquadra, à luz do Código de Direito Canónico, como “associações públicas de fiéis”.

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho Permanente da CEP, o porta-voz do episcopado referiu que esse estatuto não retira autonomia às Misericórdias, cujo governo depende dos seus provedores.

“As Misericórdias auto-governam-se com a presidência dos seus provedores” e a Igreja quer continuar a promover este sistema, afirmou o padre Manuel Morujão.

O sacerdote sublinhou que “a Igreja tem a tutela das Misericórdias” mas só a utilizará para “casos especialíssimos”, como a venda de património de “altíssimo valor”.

“Em alguns casos extremos, que não são os do governo ordinário”, a Igreja exerce a sua tutela, referiu o padre Manuel Morujão, admitindo que o "encadeamento" jurídico do decreto “pode levar a crer” que a hierarquia eclesiástica quer apoderar-se dos bens das Misericórdias, suposição que segundo o porta-voz não corresponde à verdade.

O porta-voz da CEP afirmou que “está em curso o diálogo” entre ambas as partes, não havendo “nenhuma urgência” na regulamentação do estatuto jurídico das Misericórdias, que à luz do Código de Direito Canónico – lei interna da Igreja – são associações públicas de fiéis.

“Está a trabalhar-se numa regulamentação que não deixe dúvidas sobre a intenção da Igreja” em relação às Misericórdias, afirmou.

O Conselho Permanente da CEP esteve reunido durante a manhã e início da tarde do dia 12 de Outubro, em Fátima.".


A Igreja Católica já recebe do Estado, através do seu Orçamento, e os valores, referem-se a 2011, 2,1 mil milhões de euros que são transferidos para as Instituições de Solidariedade Social (lares, creches, etc), entidades estas geridas, essencialmente, por aquela confissão religiosa.

2 - Centremo-nos, agora, na hipocrisia justificativa. Ou seja, como se pretende argumentar com valores humanos um favor financeiro à Igreja Católica.

O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, louvou na passada segunda-feira o anúncio da regularização das dívidas e a devolução dos hospitais às misericórdias, defendendo que decisão pode «combater as listas de espera» e «melhorar a resposta aos doentes», noticia a Lusa.

Convém recordar que, pelo menos, dois dos mais importantes ministérios deste governo estão nas mãos de serventuários da Igreja Católica: o da Saúde, com Paulo Macedo e da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares.





















segunda-feira, 21 de novembro de 2011

OS PARTIDOS FASCISTAS ASCENDEM AO PODER PELA MÃO DO CAPITAL

Quais as diferenças de formas de governação fascistas? Só nas gravatas







1 - Na passada semana, com a aparência de indignação, vários órgãos de comunicação social alemães, incluindo a estatal Deustche Welle, noticiaram, com grande parangonas, que durante anos "um grupo de extremistas de direita", actuando "na clandestinidade, e, sem ser importunado" assassinou um série de trabalhadores estrangeiros.

Com o cinismo típico dos cúmplices de toda a estrutura de poder nazi, que continua a existir na Alemanha, mesmo depois da queda de Hitler, esses órgãos de imprensa, rádio e televisão, questionam-se como velhas prostitutas que sustentam nada saber do que fizeram. "Houve falha das autoridades responsáveis na sua vigilância?".

A questão não é saber se houve falha, a questão é desmontar que os serviços secretos da Alemanha estão nas mãos dos nazis, desde 1946. Em perfeita sintonia com os EUA e a cumplicidade de Israel, que está a par


Os norte-americanos, antes mesmo de instituírem, na Alemanha Ocidental, um governo, puseram em marcha uma estrutura de inteligência militar e civil, liderada pelo general Reihnard Gehlen, que era um major-general dos Serviços Secretos Militares de Adolf Hitler, nazi convicto, que montou toda a máquina (que vai servir de "centro" expansivo para outros países, com todos os oficiais superiores que comandava no departamento que chefiava no Reich hitleriano, e, ainda, por outros quadros das SS e das SA, do que veio a ser o BND (Os Serviços Secretos da então Alemanha Ocidental -RFA, onde de todo o território alemão).

Gehlen permaneceu à frente do BND até à sua morte em 1968.

Em 1965, pelo que agora se sabe, uma investigação interna, que as autoridades alemãs e norte-americanas, fizeram questão que permanecesse "secreta", detectou que os principais lugares de estratégia e operacionais do BND foram ocupados, pelo menos, por 200 antigos nazis.

Gehlen e os sequazes não foram beliscados.

As investigações assinalam ainda que Konrad Adenauer e o seu partido CDU - Cristão democrata - foi largamente apoiado por essa estrutura pró-nazi encavalitada na BND, que protegeu igualmente a reintegração económica-financeira dos antigos empresários e banqueiros, que apoiaram Hitler, como os Krupp, os Thyssen, os Porsche, entre muitos outros.

Entretanto, a rádio estatal Deustche Welle publicou, tempos atrás, uma entrevista com o historiador norte-americano, Timothy Naftali, que está a conferir as informações (27 mil páginas) que a CIA (Agência norte-americana para os serviços secretos externos) teve de tornar publicas, por "caducidade" do rótulo de confidencial, que assinala que os Estados Unidos encobriram a identidade de ex-nazistas e os usaram como espiões contra a antiga União Soviética durante a Guerra Fria.

Timothy Naftali é um dos quatro académicos do chamado Grupo de Trabalho sobre Crimes de Guerra Nazistas e Arquivos do Governo Imperial Japonês, encarregado pelo governo norte-americano de examinar e interpretar o material agora libertado.

Numa conferência de imprensa, o historiador disse que os documentos mostram que a CIA e a antiga Alemanha Ocidental cooperaram para encobrir o paradeiro do criminoso de guerra nazista Adolf Eichmann em 1958.

Os arquivos colocados, recentemente, à disposição do público também mostram que a CIA e a Alemanha Ocidental suprimiram parte do diário de Eichmann que poderia ter comprometido o nazi Hans Globke, o conselheiro para segurança nacional, que reorganizou os corpos castrenses e de segurança, do então chanceler federal alemão Konrad Adenauer.

Globke ajudou a elaborar s Leis de Nuremberga durante o regime nazista (as leis de perseguição às minorias étnicas, como os judeus, ciganos e eslavos).

No governo de Adenauer, ele foi a principal ligação com a CIA e com a NATO. Nazis de convicção foram também colocados em lugares chaves das administrações das cidades, logo após a queda de Hitler e da rendição da Alemanha hitleriana.

Igualmente se veio a saber que o antigo chefe da Gestapo em Lyon, Klaus Barbie, após a Segunda Guerra Mundial, se tornou colaborador dos serviços secretos (BND) da República Federal Alemã, de acordo com o semanário Der Spiegel (17.01).

O «carniceiro de Lyon», que em 1987 foi condenado a prisão perpétua em França por crimes durante a ocupação nazi, foi recrutado pelo BND no início de 1966, quando vivia clandestinamente na Bolívia sob o pseudónimo de Klaus Altmann.

Mesmo antigos chanceleres alemães, como Kurt Georg Kiesinger (CDU) e Helmuth Schmith (SPD), pertenceram a estruturas do Partido nazi, sendo este último oficial das SS, durante a guerra.

Ora, os nazis nunca saíram do poder. Agora estão a renascer, naturalmente, noutras condições, mas com as costas protegidas.

A evidência é que eles já estão, há largos anos, em alguns parlamentos regionais (caso do NPD).

Mas a imprensa escreve agora, candidamente, que "um relatório de 1995 do Departamento Federal de Proteção da Constituição já dizia que os extremistas de direita planeavam criar uma rede terrorista no país, e, há 15 anos, os neonazis estavam sendo vigiados na Turíngia. Somente sobre os três acusados de ter assassinado as vítimas turcas e um grego há mais de 20 dossiês de investigações".

Todo este emaranhado pseudo-jornalístico, agora engendrado, visa esquecer a verdadeira realidade: O Partido Nazi, de Hitler, nunca foi desmembrado e destroçado na Alemanha Ocidental, a estrutura reconstruída deste Estado em 1946, foi efectuada contando em lugares chaves, desde a economia até aos serviços secretos e partidos, passando pelas Forças Armadas, com quadros destacados nazis. normalmente intermédios.

Finalmente, a hipocrisia chapada. Assinala a imprensa alemã, que "ao que parece não faltavam indícios da existência de um terrorismo de extrema direita na Alemanha".

Grande verdade, não é?

2- O que tem sido pouco divulgado foi a ligação (melhor dizendo, a interligação) entre o BND de Gehlen e a CIA, de Aleen Dulles, irmão de Foster Dulles, que foi o secretário de Estado do general Eisenhower, como Presidente dos EUA, na "limpeza" do passado de grandes quadros intelectuais nazis e a sua inserção no complexo militar espacial norte-americano, onde se tornaram dirigentes.

Foram eles que organizaram a operação PaperClip, que permitiram, na maior impunidade, a transferência de convictos nazis para os EUA.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, houve a "caça aos cientistas alemães", quer por parte dos EUA, que da então URSS. Isso é conhecido por todos.

Mas, os EUA integraram os cientistas nazis no seu aparelho de Estado da investigação e dos negócios científicos.

O mais conhecido foi Werner Von Braun, o arquitecto da NASA e o "herói" da conquista do espaço.

Procurou-se escamotear o que ele representou no Reich Alemão e na sua máquina de guerra destruidora. Convictamente.

Ele é o pai e incitador da criação da bomba V2. Foi construída numa fábrica gerida pelas SS e usando trabalho escravo dos campos de concentração.

Von Braun pertencia ao partido nazi e tinha "cadastro" político elevado.

O que constituía um grande entrave para sair do país: a lei norte-americana proibia expressamente a emigração de nazis para os Estados Unidos.

Quando se colocou essa questão na sociedade norte-americana, os seus dirigentes procuraram contornar a questão, pois, praticamente todos os cientistas, já em solo dos EUA, teriam de ser expatriados de volta para a Alemanha.

Quer o Secretaria da Defesa, quer a CIA, quer o complexo-industrial militar (curiosamente onde já estavam os capitalistas judeus) não queriam perder o seu contributo, fruto de muitos projectos avançados que tinham decorrido na Alemanha nazi.

Assim, o sucessor de Roosevelt, Trumman autorizou o "projecto Paperclip" em 1946, o projecto para expatriar cientistas alemães seleccionados para trabalharem para os Estados Unidos.

No entanto, Trumman excluiu, expressamente, todos os que "tenham sido membros do partido nazi e mais do que participantes nominais nas suas actividades, ou apoiantes activos do nazismo ou militarismo". No papel.

A Agência de Investigação do Departamento da Guerra (JIOA), conduziu investigações sobre o passado dos cientistas.

O seu director, Bosquet Wev, submeteu o primeiro conjunto de dossiês ao departamento da justiça para serem apreciados.

Os dossiês eram, naturalmente, arrasadores.

Samuel Klaus, o representante do Procurador-Geral da Justiça,, afirmou que "todos os cientistas do conjunto eram nazis convictos". Os pedidos de visto de entrada foram recusados.

Wev reagiu mal. Considerava que a devolução à Alemanha dos cientistas iria constituir uma ameaça maior à "segurança dos Estados Unidos" do que mantê-los em território norte-americano.

Quando o JIOA começou a investigar os nazis, Reinhard Gehlen, chefe da inteligência na frente leste, encontrou-se com Allen Dulles, o director da CIA. Dulles prometeu-lhe que a sua organização ficaria em segurança dentro da CIA.

Wev decidiu contornar o problema. Dulles mandou alterar os dossiers sobre os cientistas alemães, removendo-lhes quaisquer informações incriminatórias. Dulles integrou a organização de Gehlen na CIA, donde foi responsável por vários projectos de espionagem e relacionados com as experiências nazis durante a guerra.

Baseamo-nos na imprensa norte-americana para referir o que se passou.

A Inteligência Militar "limpou" os dossiês relativos aos cientistas. Em 1955, mais de 760 cientistas nazis tinham já cidadania norte-americana, tendo-lhes sido dadas posições de relevo na comunidade científica americana.

Muitos tinham sido membros do partido nazi e da Gestapo, e conduzido experiências em seres humanos nos campos de concentração, tinham usado trabalho escravo, ou cometido outros crimes de guerra.

Este "branqueamento" dos nazis foi mantido secreto até do presidente Trumman, ao ponto de este o negar em Potsdam, o que só serviu para exacerbar as suspeitas soviéticas.

Alguns exemplos destes cientistas:

ARTHUR RUDOLPH

Durante a guerra, Rudolph foi director da fábrica Mittlewerk nos campos de concentração Dora-Nordhausen, onde 20.000 trabalhadores morreram de espancamentos, enforcamentos e fome. Rudolph era membro do partido nazi desde 1931.

O seu ficheiro militar dizia em 1945 "100% nazi, do tipo perigoso, ameaça à segurança. Internamento sugerido".

O Dossier final do JIOA dizia: "nada no seu registo indica que tenha sido um criminoso de guerra ou um nazi convicto"

Rudolph recebeu cidadania norte-americana e projectou, mais tarde, o Saturno V, usado nas missões Apollo. Em 1984, o seu registo de guerra foi finalmente investigado, e ele fugiu para a Alemanha Ocidental.

WERNHER VON BRAUN

De 1937 a 1945, von Braun foi o director técnico de Peenemunde, onde o foguetão V2 foi desenvolvido. O seu dossiê foi reescrito para que não surgisse o facto de ser um nazi fervoroso.

Von Braun trabalhou em mísseis teleguiados para o exército do EUA e foi mais tarde director do Marshall Space Flight Center da NASA .

Em 1970, tornou-se num dos administradores associados da NASA.

KURT BLOME

Um cientista nazi de alto nível, disse aos seus interrogadores militares em 1945 que tinha sido mandado em 1943 investigar o efeito de vacinas em prisioneiros dos campos de concentração.

Foi julgado no Tribunal de Nuremberga, sob a acusação de ter praticado a eutanásia em prisioneiros doentes e conduzido experiências em seres humanos. Apesar de absolvido, as suas alegações prévias eram conhecidas, e era aceite a sua participação em experiências sinistras.

Dois meses depois do seu julgamento em Nuremberga, Blome foi entrevistado em Camp David, acerca de guerra bacteriológica. Em 1951, foi contratado pelo Corpo de guerra química do Exército dos EUA. O seu ficheiro não menciona o seu julgamento em Nuremberga.

MAJOR GENERAL WALTER SCHREIBER

O Tribunal Militar dos EUA em Nuremberga investigou provas sobre "Schreiber ter encarregado médicos de conduzir experiências nos prisioneiros dos campos de concentração e ter arranjado os fundos para financiar essas experiências".

O delegado do Ministèrio Público afirmou que Schreiber teria sido condenado se os soviéticos não tivessem retido as provas de 1945 até 1948 e as apresentado em tribunal.

Mais uma vez, o ficheiro de Schreiber não menciona este facto. Schreiber foi colocado na Escola de Medicina da Força Aérea em Texas. Quando estes dados foram tornados públicos, a JIOA tratou de lhe fornecer "visto e um emprego na Argentina, onde a sua filha vivia". Em 22 de Maio de 1952, fugiu para Buenos Aires.

HERMANN BECKER-FREYSING e SIEGFRIED RUFF

Estes dois, junto com Blome, pertenciam aos 23 acusados no Julgamento de Nuremberga àcerca dos "Casos médicos". Becker-Freysing foi condenado a 20 anos de prisão por conduzir experiências em prisioneiros de Dachau, tais como fazê-los passar fome e depois fazê-los beber à força água do mar que tinha sido quimicamente alterada para a tornar potável. Ruff foi absolvido (numa decisão muito renhida) de acusações de que ele tinha morto pelo menos 80 prisioneiros de Dachau em câmaras de baixa pressão para simular as condições a 20000 metros de altitude.

Antes do seu julgamento, ambos foram pagos pela Força Aérea do Exército para escreverem relatórios acerca das suas experiências grotescas.

Mas, o papel do BND de Gehlen, e, depois do seu sucessor, igualmente membro da organização que leva o nome daquele general nazi, tem marcas na constituição de redes terroristas da direita e mesmo fascistas na Europa, com a Gládio e a Loja Maçónica P-2, de Lício Gelli, que tentou dar um golpe fascista em Itália nos anos 80.

Segundo os dados da investigação que mais tarde foi realizada após a descoberta do papel da Loja P-2, onde estavam inscritos então "jovens promissores", como Silvio Berlusconi, Gelli tinha ligações à CIA e era um membro "bem colocado" junto do Vaticano.

Tinha pertencid0 também à direcção da Gládio, uma estrutura fascista, montada para actuar como organização anti-comunista nos países ocidentais da Europa, incluindo Portugal de António Salazar e Espanha de Francisco Franco.

Mais tarde, fundou e dirigiu a Loja Maçónica P2, que recebia uma verba de 10 milhões de dólares mensais da CIA.

Tinha ligações a membros altamente colocados na Máfia, nos Serviços Secretos, de Segurança Interna e nas Forças Armadas e Associações patronais de Italia e na organização financeira do Vaticano, nomeadamente com Roberto Calvi, Presidente do Conselho de Administração do Banco Ambrosiano, o principal banco de negócios e de financiamento do Estado da Santa Sé.

3- Está a extrema-direita pró-fascista e pró-nazi em decadência e formada por grupos minúsculos, na Europa e nos EUA?

Pura mentira.

Está no poder ou directamente em centros de poder.

E a questão não é a profissão de fé no anti-nazismo, mas sim na necessidade do Capital, para sobreviver, em recorrer a métodos cada vez mais repressivos de exercício de poder.


O verniz democrático estala logo para os chamados amantes da liberdade, quando em causa está a destruição capitalista. Aí tudo vale.

Desde a civilizada Holanda até ao auto-proclamado Estado anti-nazi de Israel, passando claro pelos EUA. O curioso é que, em grande parte, desses Estados, incluindo o poder de Washington, assenta em convictos capitalistas judeus.

O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, governa a quinta maior economia da zona do euro com o Partido Democrata Cristão num executivo que tem o apoio directo do partido nazi de PVV, de Geert Wilders.

Mas vejamos como se deu esta evolução e como ela está ligada à profunda crise do capitalismo financeiro mundial.

A formação do governo austríaco em 2000 veio colocar com particular acuidade a questão da ascensão da extrema-direita neonazi na Europa. O Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), liderado então por Jorg Haider (já falecido) esteve quase para entrar no executivo de Viena, liderado pela direita conservadora. Um clamor mundial afastou na ocasião a hipótese.

Claro que não era uma situação nova na Europa. Em França, com a ascensão do partido da Frente Nacional de Le Pen, admitiu-se que ele poderia fazer parte de um governo com a direita francesa de Chirac. O que, realmente, não aconteceu, porque os tempos não estavam maduros.

Anos mais tarde, já com a crise a crescer, em Itália permite-se que os partidos xenófobos e fascistas, a Liga do Norte de Humberto Bossi e a Aliança Nacional, de Gianfranco Fini, fizessem parte do governo de Silvio Berlusconi, um vigarista empresário, tal como referimos membro da Loga Macónica golpista P-2.

Hoje, temos a prova de quem impôs a entrada da extrema-direita no poder com a formação do novo Governo grego, liderado por Lucas Papademos, foi, justamente, o FMI, o BCE, e naturalmente, os representantes políticos do capital na União Europeia. Assim, o partido Laos, pró-fascista, entra e impõe até condições.

Aparentemente, contradições das contradições, o fascismo e pró-fascismo domina actualmente o poder político em Isreal, a partir, precisamente, do actual governo, liderado pelo presidente do Partido direitista pró-fascista Likud, Benjamim Natanyahu, e tendo como o seu mais destacado representante diplomático, o fascista Avigdor Lieberman, do Yisrael Beitenu.

Mas, a tendência do Capital para o endurecimento político e social no interior dos seus Estados, com a ascensão das chamadas "democracias musculadas", pré-formas estatais de governações ditatoriais e pró-fascistas ganhou uma extensão evidente na principal potência económica e militar mundial desde os anos 70: os EUA.

E não começou com o 11 de Setembro de 2001, nem com o surgimento do "terrorismo", como arma ameaçadora para o chamado "Mundo Livre". Não. Começou, justamente, com a crise económica de grandes dimensões em todo o Mundo, nos finais dos anos 60 e princípios, cujo aspecto mais evidente foi a crise petrolífera de 73.

Começaram então a serem elaboradas no interior dos meios capitalistas e académicos financiados pelos grandes capitalistas financeiros, os programas de restrições das liberdades, dos direitos dos povos à sua emancipação, da ideia de que teria de haveria uma única potência imperial no Mundo, que regularia "o status quo" da economia no planeta. E centro desta teoria foi, precisamente, o império norte-americano.

Ganhou foros de domínio público, quando foi entregue formalmente, em 1992, um programa ao então Presidente George Bush (o Bush pai), com as assinaturas do então secretário da Defesa, Dick Cheney, o Secretário de Estado adjunto Paul Wolfowitz, entre outros, definia como principal o papel hegemónico dos EUA, pela força se necessário, pela conquista, pela defesa da estratégia de "interesse nacional" norte-americano em todos os pontos do Mundo.

Para esses neo-conservadores, que vão tomando todas as estruturas da administração, desde a governação - mesmo com democratas como Bill Clinton até aos Serviços Secretos e de Segurança Nacional, e desenvolvimento em extensão do complexo industrial-militar. Tudo sobre o manto da valorização da democracia e do comércio livre, que não colocasse entraves às ambições de Washington.

Paulatinamente, esses neoconservadores venceram e fizeram-no, com a entrada de George W. Bush na Presidência.

Cheney ascende à vice-Presidência e domina a administração. Donald Rumsfeld é colocado na Secretaria da Defesa, Paul Wolffowitz em número dois da Secretária de Estado, teorizador dominante, onde balançeava um general Powell, sem qualquer poder para impor uma outra política. Na Segurança Nacional, um negra fanática religiosa protestante Condoleeza Rice.

Todas as acções criminosas lançadas no Mundo pelos EUA tem, por base este programa capitalista imperialista, onde estavam irmanados os judeus Wolffowitz e outros como Richard Perle e Rahm Emmanuel (que continuou na governação, como chefe de gabinete do democrata Obama e é hoje Presidente da Câmara da segunda mais importante cidade financeira dos EUA, Chicago).

//Curioso é que expoentes desse neoconservadorismo dominam hoje duas das principais cidades norte-americanas: Nova Iorque, o capitalista judeu Michael Blomberg, e o judeu militante Rahm Emmanuel//.



O objectivo continua para o capitalismo mundial, em governação ditatorial ou parlamentar formal, aumentar a repressão do Estado para evitar uma ruptura total na sociedade actual decadente.

OS MASSACRES NO EGIPTO TEM O DEDO DE WASHINGTON



1 - Dizem as agências noticiosas ocidentais. Está a existir uma massacre no Egipto, cometidos pela Junta Militar que deu um golpe de Estado no país, derrubando o general Hosni Mubarak, com o apoio norte-americano.

O silêncio das autoridades de Washington sobre estas atrocidades é confrangedora, ainda mais confrangedora, porque a senhora Clinton, Secretária de Estado, ainda há dias incensava a transição egípcia.

Mas são notícias são brutais:

"O terceiro dia do 'fim-de-semana sangrento' no Egipto ficou marcado pela morte de pelo menos 24 pessoas.

Os confrontos na já conhecida Praça de Tahrir, no Cairo, intensificaram-se durante toda a noite de ontem e prolongaram-se pelo dia de hoje, com as forças de segurança a dispararem gás lacrimogéneo e balas de borracha e com os activistas a exigirem o fim do governo da junta militar e a transposição do poder para as mãos dos civis.

Esta escalada de violência, que se intensificou no passado sábado, reflecte a frustração dos egípcios que participaram activamente na revolução para afastar Hosni Mubarak do poder, em Fevereiro.

Uma junta militar tem governado o país desde então, limitando-se a fazer um trabalho de continuação e não de ruptura com o regime de Mubarak, segundo dizem os activistas presentes nos confrontos.

O descontentamento prende-se com o facto de que, mesmo depois das eleições do próximo dia 28 – as primeiras para a democracia desde o afastamento de Mubarak –, o Conselho Supremo das Forças Armadas irá permanecer no poder.

A frustração domina os protestantes, que acusam as Forças Armadas de estarem a seguir a mesma linha de actuação do regime autocrático do antigo presidente e de se estarem a preparar para dominar o próximo governo, que surgirá do acto eleitoral".






Mas a repressão continua também na Arábia Saudita, que agora até pretende proibir que as mulheres olhem, com a cara tapada, olhem de "maneira sexy" para os homens, quando passam na rua.






No Barhein, o regime persegue todos os oposicionistas, mas a segurança está assegurada por uma guarda pretoriana saudita, com o beneplácito dos norte-americanos e restantes ocidentais, como a França e o Reino Unido.






Claro que a Liga Árabe, onde pontificam os escroques medievais da Arábia Saudita, do Qatar, do Barhein, e, na sombra a CIA norte-americana e a MOSSAD israelita, está preocupada com os que se lhe opõem como a Síria, o Libano e o Irão.






Sempre em nome da Democracia, dos Direitos do Homem...e do petróleo que enche os cofres dos financeiros judeus de Wall Street.






segunda-feira, 14 de novembro de 2011

DEMOCRACIA OU REVOLUÇÃO?











1 - O coronel Otelo Saraiva de Carvalho fez, há dias, declarações sobre uma manifestação de militares, programada para sábado, dia 12, que criou uma viva reacção dos fomentadores e organizadores dessa acção.

Ficaram muitos irritados, porque Otelo Saraiva de Carvalho admitiu duas hipóteses de transformação política da actual estado de coisas, no fundo, da substituição do actual poder corrupto e decadente de democracia parlamentar, o que é uma evidência, pela via de um golpe de Estado castrense ou pela revolução.

Otelo, todavia, colocou a ênfase na possibilidade de uma intervenção militar minoritária.

Mas questão central das objecções não é o facto de Otelo Saraiva de Carvalho ter colocado, com evidente desfasamento, e até com uma hipótese, realmente, antiquada, a questão de um golpe de Estado, porque as rebeliões de modelos ancestrais estão, realmente, fora de moda.

Uma rebelião, colocando tropas do regime nas ruas, em confronto com outro sector castrense, ou para-castrense, ou mitigado, do mesmo sistema político, não traz qualquer valor acrescentado a uma possível vitória, porque esta não é uma vitória que conduza a uma transformação radical e inteiriça da presente organização social decadente.

E aqui, Otelo Saraiva de Carvalho está equivocado: a época dos confrontos e ataques efectuados por grupos armados militares minoritários, mesmo que conscientes, mas completamente rodeados por massas populares inconscientes ou amorfas, está ultrapassado.

A questão central que o antigo comandante do COPCON lançou como alternativa, esta verdadeira, é a hipótese de uma Revolução.

E é esta sua proposta ou sugestão, que pôs o cabelos em pé, a todo o conjunto de "altos dirigentes militares" que vieram criticar, rapidamente, o coronel Saraiva de Carvalho.

E, fazem-no sem qualquer autoridade política para o fazer.

Até porque alguns são co-responsáveis pelo evolução que o regime saído do golpe de Estado do 25 de Abril de 1974 chegou ao estado actual.

Ao organizarem, em 25 de Novembro de 1975, um contra-golpe militar, fizeram-no para colocar a nova organização social que se estava a moldar num rumo de transformação, ainda que incipiente, nos trilhos do domínio do capital financeiro, que hoje é, perfeitamente, dominante. Ou seja, a democracia do poder do Capital.


2 - O coronel Vasco Lourenço, Presidente da Associação 25 de Abril e antigo Conselheiro da Revolução e um dos dirigentes do chamado "Grupo dos Nove", que entregou o poder aos políticos actuais e permitiu o reforço do capital financeiro especulativo no país, sustentou que Saraiva de Carvalho está a liquidar a Revolução dos Cravos.


Como se existisse no país, nos nossos dias, algo que tenha a ver com a incorrecta chamada "Revolução" de 1974/75. Frase mais ridícula, não pode ser proferida.

Em entrevista na TVI24, o general Pezarat Correia, que foi igualmente Conselheiro da Revolução no pós 25 de Novembro e, pour cause, nomeado comandante da Região Militar Sul para "pacificar" o Alentejo, fazendo regressar as terras ao domínio dos latifundiários absentistas, sublinhou que as afirmações do coronel, seu camarada de armas, que, em nome do regime actual, esteve preso sem culpa forma durante mais de quatro anos, são "ofensivas e graves".

"Sinto-me envergonhado. O Otelo não pensou no que disse, é muito grave. A possibilidade de usar armas para defender interesses corporativos é extremamente ofensiva", lamentou-se Pezarat Correia, esquecendo que o golpe de Estado do 25 de Abril surgiu e foi levado a efeito, precisamente, por interesses corporativos.


Mais comedido, António Lima Coelho, Presidente da Associação Nacional dos Sargentos (ANS), sublinhou que "os militares sabem muito bem quais são as suas obrigações e deveres constitucionais e legais e depois, no limite, as revoltas e as revoluções não se anunciam propriamente na comunicação social e o senhor coronel saberá melhor do que ninguém nessa matéria".



Por muito que custe a Otelo Saraiva de Carvalho, embora ele não pusesse, directamente, em causa, a subordinação dos militares à autoridade estabelecida ao manifestar-se (é um direito), Coelho argumenta, neste caso correctamente, ao frisar que, naquele momento concreto e na situação política existente no presente, a sua actuação, ao vir para a rua, tinham de o fazer dentro das "obrigações" e "deveres constitucionais e legais" que a imposição da autoridade determina.



E isto, no pressuposto de que a sociedade - e eu concordo com ele - tal como está ainda estabelecida e dentro do seu estado social - social, económica e política - não está em condições de admitir uma outra instituição autoritária. (A necessidade de autoridade é um princípio concreto da existência de qualquer sociedade).



Ora, Coelho não pode pôr em causa a liberdade de Otelo ou de outro qualquer cidadão em renunciar ao seu direito a colocar a Revolução na ordem do dia e afirmá-lo, publicamente, em nome de um pretenso secretismo de que as revoluções fazem-se dentro do estrito secretismo conspirativo.



Nem Vasco Lourenço pode criticar Otelo Saraiva de Carvalho, porque a única alternativa seja a actual democracia, porque ele sabe que foi dentro desta democracia, e, "ensarilhado" nos seus mecanismos legais e constitucionais, que medrou a podridão sem retorno em que ela se estatelou.



Não haverá dentro desta democracia qualquer hipótese de ruptura completa com a estruturação económica capitalista especulativa e parasitária, porque o domínio político e económico está concentrado numa minoria exploradora.


Ora, esta "cadeia" armada, que estrangula a capacidade de criar uma nova relação social mais justa, somente poderá ser destruída pela intervenção, o mais abrangente possível, das classes laboriosas e outros trabalhadores.



Ou seja, os grandes modelos societários que até agora foram testados, incluindo as Revoluções soviética de 1917 e Chinesa de 1949, não produziram, na realidade, a transformação completa da estrutura social, porque, por um lado, não apareceram em Estados com um forte desenvolvimento económico e social, e por outro, não surgiram as forças revolucionárias capazes de levar para diante os propósitos iniciais das mesmas.


Foram incapazes de dar mais iniciativa à falta de maturidade da consciência política da maioria da sua massa populacional. No fundo, essas forças tornaram-se contra-revolucionárias e levaram às derrotas das Revoluções que eram incipientes.



O que, de novo, esta a surgir no Mundo, e no incremento enorme capitalista que sofreu nos últimos 30 a 40 anos, é que se clarificaram, grandemente, as relações classistas.

Que, neste momento, começam a caminhar para se vir a colocar em campos de batalha perfeitamente diferenciados.


Necessitam, no entanto, hoje, de um novo programa ideológico e político e, acima de tudo, de uma experiência mais prolongada de amadurecimento da consciência de que é necessário lançar as bases de uma novo parto na organização social mundial.

Levará algum tempo, embora este tempo, na actual fase de crise completa mundial, não se pode medir em quantidade.

































































OS NOVOS GOVERNANTES DA UE VÃO TODOS DAR A À GOLDMAN E Á TRILATERAL

A Trilateral e o sistema financeiro internacional são os motores especulativos que roubam as riquezas nacionais








1 - Depois da crise financeira capitalista especulativa de 2008, iniciada e fomentada pelo sistema bancário norte-americano, que lançou um coro mundial de críticas à ganância e ao descontrolo dos desclassificados vigaristas super-banqueiros norte-americanos, com especial incidência no lobby judeu de Wall Street e da City londrina, esperava-se uma vassourada que mandasse para o lixo esta corja.

Mas, o que foi pela água abaixo foram os direitos e regalias dos trabalhadores, daqueles que nunca fugiram aos impostos, porque são taxadas à cabeça, logo no departamento de pessoal dessas figuras grandiosas dos virtuosos representantes e senhores do Capital. O dinheiro - o nosso dinheiro - foi remetido de imediato para off-shores e colocado, em fila de espera, para novas levas de especulação.

Os Goldman Sachs, os Morgan Stanleys, os Barclays, os Buffets, que entraran em bancarrota formal, receberam, de imediato, biliões de dólares e reciclaram-se e continuaram a espalhar a sua teia e o seu governo.

Quem está dominar, depois da crise financeira, que os norte-americanos Lehman e Goldman provocaram, são os seus representantes, os seus donos de mão, não só nos Estados Unidos, Reino Unido ou na União Europeia.

Toda a cáfila de banqueiros judeus vigaristas e exploradores (directa ou através dos seus homens de mão) mantêm-se nos postos chave da economia, e agora, de maneira aberta nos governos desses países.

Noticia hoje o jornal português Público, citando as agências noticiosas internacionais: "O novo Governo italiano recebeu hoje nota positiva da agência de notação financeira Fitch, que olha para o executivo liderado pelo economista Mario Monti como uma janela de oportunidade para restaurar a credibilidade de Itália nos mercados".

A Agência de consultadoria e lobbing do capital financeiro norte-americano, que fomentou a guerra "dos mercados" contra a União Europeia, não tem pejo em regozijar-se com a ascensão directa dos seus representantes aos governos europeus.

Cita-se outra notícia, esta do "Jornal de Negócios", do passado dia 15, um periódico que pertence ao capital português.

"A Grécia falseou os seus números para poder adequar-se aos critérios de adesão à união monetária europeia. Isso já se sabe. Mas parece que Itália terá feito o mesmo.

Nos últimos dias, vários meios de comunicação social pegaram no caso. Itália pode ter falseado as suas contas para poder entrar no euro. E, tal como aconteceu com a Grécia, pode ter sido o Goldman Sachs a assessorar as operações. Nessa altura, o presidente do Tesouro italiano era Mario Draghi, que assumiu a 1 de Novembro a presidência do BCE, sucedendo assim a Jean-Claude Trichet. E Draghi foi vice-Presidente do Goldman Sachs International.

Numa notícia intitulada “Itália cometeu fraude para entrar no euro?”, o “Cinco Dias” (jornal espanhol) refere que o país, ainda liderado, por Silvio Berlusconi utilizou artimanhas financeiras com derivados para receber antecipações de dinheiro sobre emissões de dívida e reduzir o seu défice em 1997 (que passou de 7% para 2,7%), podendo assim ser membro da Zona Euro.

Estas suspeitas, sublinha o jornal espanhol, já têm uma década. Isto porque em 2001 o economista italiano Gustavo Piga publicou um estudo intitulado “Derivatives and Public Debt Management” - em colaboração com o “think tank” Conselho de Relações Externas e com a Associação Internacional de Mercados de Valores – onde faz precisamente essa referência.

O estudo, que se debruçou sobre o uso dos derivados na gestão da dívida pública, fala de um país (cujo nome Piga não cita devido a um acordo de confidencialidade) que celebrou um acordo de permuta financeira com um banco de investimento numa elaborada artimanha que se assemelha à que foi utilizada pela petrolífera norte-americana Enron – protagonista de um dos grandes escândalos contabilísticos dos EUA.

O referido país, apesar de não ser oficialmente enunciado, é Itália, sublinha o “Cinco Dias”. Isto porque, entre outros aspectos, a divisa fictícia usada por Piga para explicar a operação tem o mesmo tipo de câmbio face ao iene que a lira italiana. Um dos directores do Conselho de Relações Externas estabeleceu também, em 2002, um paralelismo entre Itália e a Enron, refere o jornal.

Assim, com este esquema, Itália conseguiu cumprir o critério de Maastricht relacionado com a dívida pública, ao conseguir que esta se fixasse abaixo dos 3% do PIB. “De facto, de 1996 a 1997, segundo os dados do Eurostat, que validou este tipo de maquilhagem, o défice público italiano passou de 7% para 2,7%. O modelo é semelhante ao utilizado pela Grécia com a assessoria do Goldman Sachs”, diz o jornal.

Apesar de não se saber oficialmente se terá sido mesmo o Goldman Sachs a mediar estas operações, visto que essa informação também é confidencial, muitos estudiosos apontam para aí (se bem que jornais como o “Financial Times” e “New York Times” já tenham referido que se tratou do JP Morgan).

E a propósito deste banco de investimento norte-americano, o “National Journal” publicou ontem uma reflexão sobre o mesmo assunto, numa peça intitulada “’Government Sachs’, Italian Style”. “É apenas uma coincidência que algumas das figuras-chave da crise europeia sejam ‘Goldman guys’? Não. É provavelmente por essa razão que estamos metidos nesta confusão”, sublinha aquela publicação norte-americana.

E um dos aspectos curiosos é que o Departamento italiano do Tesouro era, nessa altura, comandado por Draghi, agora presidente do BCE. “Mario Draghi, que talvez seja agora o homem mais poderoso da Europa, na qualidade de líder do BCE, disse em Junho perante uma comissão do Parlamento Europeu que ‘não tinha nada a ver’ com aquelas transacções [referidas por Gustavo Piga] (…). Mas após Draghi ter saído do Tesouro de Itália, integrou de imediato o Goldman Sachs International (de 2002 a 2005) como vice-presidente e administrador executivo”, salienta o “National Journal”.

E vai mais longe: “acontece agora que o homem que foi designado para substituir Berlusconi num governo de emergência criado para conduzir Itália num tempo de crise fez também parte do Goldman Sachs: Mario Monti”.

Centremo-nos agora na Grécia. O governo eleito foi substituído por um governo de "tecnocratas financeiros", encabeçado e abençoado pelo FMI e Banco Mundial.

E quem o chefe de governo: Lucas Papademos, antigo vice-presidente do Banco Central Europeu. Ora, o chefe do governo helénico pertenceu (ou ainda pertence) aos quadros dirigentes da Goldman Sachs.












Toda esta trama está reportada no jornal francês "Le Monde" que assinala, ainda, que o banco norte-americano “teceu na Europa uma rede de influência única” com fortes ligações “tanto subterrâneas, como públicas”.

Mario Draghi foi vice-presidente do Goldman Sachs para a Europa, entre 2002 e 2005.












O jornal assinala que ele tinha a responsabilidade das “empresas e países soberanos” e, por isso, tinha a seu cargo vender o produto financeiro ‘swap’, o que permitiu “dissimular uma parte da dívida soberana” e “maquilhar as contas gregas”.












Monti tornou-se conselheiro internacional do banco em 2005. Quanto a Lucas Papademos, que foi governador do Banco Central da Grécia entre 1994 e 2002, o jornal refere que ele “participou”, como governador do banco central, na operação de maquilhagem das contas “perpetrada pelo Goldman Sachs”.

O “Le Monde” refere ainda que o actual gestor da dívida grega é Petros Christodoulos ex-corretor do Goldman Sachs e que Peter Sutherland, um dos homens mais influentes do sistema financeiro e governamental do Reino Unido, antigo comissário europeu, que teve um papel chave na intervenção da troica na Irlanda, é ex-presidente do Goldman Sachs Internacional, do qual continua a ser administrador.






2 -Toda esta gente tem forte ligação à Comissão Trilateral, que se conjuga com Bilderberg.







A Trilateral, um poderoso lobby liderado pelo capitalismo judeu norte-americano, foi criado em 1973 por David Rockfeller, neto de John D. Rockefeller, fundador da Standard Oil (empresa antecedente da Exxon Mobil, a maior empresa do mundo).

À Comissão Lateral pertencem dirigentes políticos de topo e escolhidos a dedo, antigos governadores de bancos centrais e administradores de transnacionais dos EUA, da Europa e do Japão , como por exemplo, os judeus Paul Volcker e Alain Greenspan (antigos presidentes da Reserva Federal dos EUA) e Henry Kissinger, Condoleeza Rice, Madeleine Albright e Larry Summers (antigos membros de governos dos EUA).












Entre outros, fazem parte dela, como membros não executivos do sistema financeiro por estarem, por indicação daquele, em funções públicas, os judeus Timothy Geithner, secretário do Estado do Tesouro dos EUA, e Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial.

Do grupo europeu da Comissão Trilateral, além de Francisco Pinto Balsemão, faz também parte o português António Borges, destacado membro do PSD, que se demitiu agora de diretor do departamento europeu do FMI, e ex-vice-presidente do Goldman Sachs Internacional.

Poder-se-ia situar o poder do capital financeiro judeu na Alemanha, especialmente aquele que está ligado aos meios de comunicação social, que estimula a guerra inter -europeia, com o grupo "Mohn", que forçou a fusão da estação de TV alemã RTL com a CLT de Luxemburgo, criando a maior estação da Europa.












Esta família possui mais de 20% da Bertelsmann, uma holding empresarial que domina redes de televisão e o sector editorial.












Mohn também controla o "super-grupo" que possui 69% da Bertelsmann.

Ainda no mesmo ramo, com ligações ao capital financeiro, está o grupo Kirch, Leo e família, considerado o "maior barão das comunicações alemãs".












Kirch controla pelo menos 25% nas maiores empresas da informação e entretimento alemãs, incluindo Axel Springer, SAT1 e Premiére.












Ultrapassemos o domínio das empresas privadas, que controlam o Banco Central do Reino Unido, a Lloyds, a Centriica e a AIA e Commonwealth Bank of Australia

Mas, concentremo-nos no meio do "vulcão" financeiro: Wall Street.












Observemos as listas dos últimos secretários do Tesouro (equivalente europeu dos Ministros das Finanças) e de onde vêem:







O então Presidente Clinton nomeou Robert Rubin, antes banqueiro da Goldman Sachs e em seguida da Citigroup;

O seu sucessor Bush escolheu Heny Paulson, presidente da Goldman Sachs;

O actual, Obama pediu conselho ao mesmo Rubin e este colocou como superconsultor Lawrence Summers e, na chefia da Secretaria, o seu pupilo, Timothy Geithner, que como presidente do Federal Reserve Bank of New York tinha uma estreita e fecunda "amizade" com os grandes banqueiros de Wall Street (em 2008 trabalhava na Bear Stearns, agora adquirida após a falência pela J.P.Morgan).

O que se pode constatar: Nos EUA, nos últimos 15 anos não foi aprovada nem uma lei contrária aos interesses do mundo financeiro, que ainda conseguiu o que queria, a partir da abolição da Glass Steagal Act, o que impediu a separação entre os bancos comerciais e bancos de negócios.


Os Hedge Funds, os especulativos Fundos de Pensões, continuam a operar sem regras, quase sempre a operar de paraísos fiscais.

Nenhum limite foi colocado para os OTC. (Mercado não regulamentado, ou seja
não é um mercado de controlado por uma bolsa e sim um mercado onde os negócios ocorrem entre duas partes directamente


Os chamados mercados (os especuladores) ficaram e estão fora dos circuitos bolsistas tradicionais.


E os bancos norte-americanos, principalmente os grandes, que estavam na iminência de falir em 2008 não foram forçados a se recapitalizar dentro da legalidade. Isto é, pagando o que deviam ao Estado.



Tudo ficou como dantes. Quartel General em Abrantes.


Uma grande festa para os especuladores norte-americanos, que, depois de terem descarregado sobre os seus clientes atolados no endividamento, que levou às falências dos membros da classe média, agora atiram-se sobre o Euro.



E quem deveria regular tudo isto. Teoricamente, uma entidade que deveria ser pública e independente: a Reserva Federal (FED), ou seja o banco central.


Mas é um grupo privado do grande capital especulativo do lobby judeu.


A identidade dos accionistas é mantida secreta, mas sabe-se sempre algo..

Em 1991, investigações de especialistas determinaram alguns:


Banco Rothschild de LondresBanco Warburg de Hamburgo

Banco Rothschild de BerlimLehman Brothers de New York

Lazard Brothers de Paris

Banco Kuhln Loeb de New York

Banco Israel Moses Seif de Italia

Goldman Sachs de New York

Banco Warburg de Amsterdão

Banco Chase Manhattam de New York

Já havia outra "fuga de informação", datada de 1983. Então acrescente-se:

Citibank

Chase Manhatten Bank

Morgan Guaranty Trust

Chemical Bank

Manufacturers Hanover Trust

Bankers Trust Company

National Bank of North America
Bank of New York.



Claro que nunca houve uma confirmação, e deverá haver algumas incorrectas, mas também nunca foram efectuados desmentidos.



A única coisa que podemos saber, com certeza, é o facto que as acções da Fed são mantidas por bancos dos Estados Unidos.

Conhecidos são os nove nomes do Conselho de Administração (Maio de 2010).




Richard L. Carrion




É ao mesmo tempo director do Banco Popular Foundation e membro do Conselho da Administração da empresa Verizon Communications, ex Bell Atlantic, colosso das telecomunicações (uma das 30 maiores empresas dos EUA).

Charles V. Wait



Presidente da The Adirondack Trust Company, Director da New York Bankers Association.

Jamie Dimon



Ex Presidente da Citigroup, actualmente é Presidente do Conselho de Administração da JPMorgan Chase

Jeffrey R. Immelt



Ex Presidente da GE Medical System, actualmente membro do Conselho de Administração da General Electric (a segunda maior empresa do mundo).

Jeffrey B. Kindler



Presidente da Pfizer, a maior empresa farmacêutica do mundo.

James S. Tisch



Presidente da Loews Corporation, é também Presidente do Conselho de Administração da Diamond Offshore Drilling, membro do Conselho da Administração da CNA Financial Corporation, Presidente do Conselho de Administração da WNET.org

Denis M. Hughes



Presidente do The New York State American Federation of Labor and Congress of Industrial Organisation

Kathryn S. Wylde




Presidente do Partnership for New York City.

Lee C. Bollinger


Presidente da Columbia University de New York

Em suma: além dos últimos três membros, cujas funções são decorativas, os restantes têm todos fortes ligações com bancos (Banco Popular Foundation, JPMorgan Chase, Citigroup), e/ou empresas multinacionais, cujos interesses variam desde os medicamentos (Pfizer) ao petróleo (Diamond Offshore Drilling), as televisões (WNET), seguros e hotelaria (CNA Financial Corporation, Loews), comunicações (Verizon), serviços e tecnologia (General Electric).

O que se pode retirar de tudo isto:


que o actuais governos dos principais países em desenvolvimento constituiem uma enorme estrutura societária, onde predominam os jogos especulativos bolsistas que sugam, sem dó, nem piedade, o bolso dos contribuintes e as riquezas produtivas de cada país, ou grupo de países.








quinta-feira, 10 de novembro de 2011

OS FUMOS DE GUERRA NO IRÃO VISA A EUROPA E A CHINA




















A guerra é a diplomacia por outros meios, mas quem a fomenta são os intersses estratégicos das classes dirigentes, em particular do capital financeiro internacional. Hoje, os centros geo-estratégicos são outros e a complexidade é muito maior.



















1 - Depois da chamada "Primavera Árabe", os Estados Unidos da América estão concentrados no Irão, fomentando, primeiramente, uma guerra mediática manipuladora, e, possivelmente, mais tarde, se as condições mundiais o proporcionarem, lançarem, através dos seus lacaios e confrades capitalistas judeus de Israel, um ataque contra o território iraniano.

O pretexto é a provável existência de armamento nuclear naquele país, que é soberano, tal como o são os EUA (mais de 20 mil armas atómicas e nucleares) e - em menor escala Israel, (que tem um arsenal nuclear de cerca de 200 armas), mas que só existe como país, porque serve os interesses de Washington na região.

Mas, o provável, melhor dizendo, o desejado ataque capitalista israelo-norte-americano, com a cumplicidade declarada de Londres, tem no seu bojo razões materiais e geo-estratégicas, e visam,


em primeiro lugar, assegurar os "interesses nacionais" dos Estados Unidos na região (e, em termos mais gerais, no Mundo),

em segundo lugar, e com mais acuidade, a concorrência geo-estratégica na região, procurando afastar da luta pelas matérias-primas, por um lado, a União Europeia, por outro, a China, necessitadas, como nunca, do petróleo e gás natural, quer do Irão, quer de outros países, com quem têm negócios comerciais em torno do crude, como a Síria, o Afeganistão, a Líbia, entre outros.

Convém referir que a eventual aventura de uma guerra norte-americana contra o Irão - feita por interposta entidade, que só mostra força, porque tem o aval de Washington, e nada fará, se não receber directivas nesse sentido - está igualmente ligada à crise económica e financeira existente nos EUA, sendo que a grande maioria dos seus maiores bancos estão à beira da bancarrota, que arrastarão, quando a falência for real, todo o sistema económico dos norte-americanos.


Será, portanto, também uma tentativa de desviar a atenção para a profundidade do descalabro financeiro e económico que vive o país do "tio Sam".


(A justificação ideológica de abertura "democrática" nos países do Médio-Oriente não passa de uma balela, porque, na realidade, se esse fosse o propósito, teriam de ser impostas autoridades democráticas nos países, e a realidade demonstrou que, em nenhum deles, isso aconteceu: Egipto vive sob uma ditadura militar, a Líbia um Conselho, formado por dirigentes desclassificados, meros agentes da CIA norte-americana, ou do MI 5, britânico, e mesmo da MOSSAD isrealita, que estiveram, como comandantes no terreno, sob a supervisão da NATO e a Tunísia quem ganhou foi uma estrutura teocrática, que tem o beneplácito tácito dos EUA).

2 - A situação histórica não é nova. Aconteceu, naturalmente noutras condições no período que antecedeu a II Grande Guerra.

Só que agora tudo se passa com os EUA numa fase de decadência das suas principais estruturas económicas, incluindo as financeiras, e numa fase de instabilidade cambial, com o dólar desacreditado, como moeda de troca fundamental no Mundo capitalista.

A guerra, a ser declarada formalmente ou não, terá amplitudes maiores e mais drásticas.

Os capitalistas judeus norte-americanos foram, no período que antecedeu a II Grande Guerra, alguns dos principais financiadores e promotores do rearmamento e da política de expansão hitleriana na Europa, em particularmente em direcção aos países que constituíam então a União Soviética.

Além de financiarem os nazis hitlerianos, forneceram à Alemanha tecnologia e material, bem como empréstimos a preços baratos, que foram utilizados, essencialmente, para desenvolver o complexo industrial militar, que permitiu, posteriormente, a Adolf Hitler pôr em marcha a sua política de "conquista do espaço vital", em nome da defesa da "civilização ocidental", que eles consideravam personificada na supremacia racista teutónica.

Financeiros e industriais judeus norte-americanos, como os Warburg, os Rockfeller, os Morgan e os Fords, entre muitos outros, estiveram na primeira linha do incremento alemão para se virar para "travar" a influência da então União Soviética. Com o apoio inicial da Inglaterra, e particularmente de Winston Churchill.

Poderíamos alongarmo-nos num rol sem fim do que representou o apoio dos capitalistas norte-americanos, em particular os magnatas judeus a esse impulso.


Referimo-nos ao que escreveu um deles nos anos 30.


Em 1933, em Amsterdão, Holanda, a editora Van Holkeman & Warensdorfs, N.V., publicou um livro de 99 páginas, que então não circulou, porque foi de imediato recolhido, e isto porque os nazi já estavam no poder e não queriam que se soubesse das maningâncias estabelecidas com os capitalistas judeus.



O livro recebeu o nome alemão “Hitlers geheime Geldquellen”, em tradução portuguesa, “As fontes de Dinheiro Secretas de Hitler”, de autoria de do capitalista judeu Sidney Warburg, que descreve três conversações que mantivera com Hitler.

Alguns livros, poucos, todavia, foram mesmo assim distribuídos.


Dois acabaram nas mãos do representante da Áustria em Haia, na Holanda, através da biblioteca da embaixada, que havia recebido os volumes para arquivo.

Deste modo, os livros chegaram a Viena onde foram lidos pelo primeiro-ministro da época -e confidentes do mesmo -o qual, em virtude da situação política da Alemanha, não considerou oportuna a ocasião para qualquer comentário a respeito, devido aos complicados compromissos do seu governo.

Na prática, o diplomata influente era o alemão von Papen, que fora vice-primeiro ministro de Hitler, e, após um afastamento do ditador, fora colocado como embaixador alemão em Viena.


Enviaram, contudo, um seu a agente de confiança à Suíça para procurar o Dr. Otto Strasser, um dissidente do nazismo, mas fora um dos homens mais próximos de Hitler, antes da chegada ao poder, que havia publicado anteriormente o livro “Die Deutsche Bartolomäus-nacht” (A noite de Bartolomeu alemã), para confirmar o que era descrito no livro de Warburg .

O senhor Strasser, com os dados que estavam na citada publicação, editou, em 1936, uma obra sobre o assunto intitulada “Finanzielle Weltgeschichte” (História financeira Mundial), com um difusão muito restrita.


Convém referenciar, então, esta família Warburg.


Felix Warburg, da família de financeiros internacionais, judeu nascido na Alemanha, foi o organizador da empresa de navegação alemã Hamburg-America Linie.


O seu irmão Paul M. Warburg, por seu lado, fez parte do governo do presidente Hoover dos EUA, como Secretário de Estado. Além do mais, era sócio do Banco Kuhn, Loeb & Co., de Nova Iorque.

Sidney Warburg, autor livro saído em Amesterdão, era filho de Paul.

Em Julho de 1929, 14 meses antes das eleições para o Reischtag alemão (Assembleia Parlamentar), o banco o Guarantee-Trust Bank, de Wall Street, também pertencente ao grupo de Warburg, deu instruções a Sidney para gerir a defesa dos interesses do ramo americano da família.



Eles tinham colocado, ou tinham já em marcha a colocação de mercadorias na Europa, em particular no seu centro, no valor de oito mil milhões de dólares. Era muito dinheiro.


Ora, esta rede de instruções foi efectuada pelo presidente do Guarantee-Trust Bank, que convidou para assistir à reunião, onde teve lugar o veredicto, os directores do Banco de Reserva Federal americano, FED, ( convém assinalar que o Banco Central dos EUA é gerido por capitalistas privados), bem como Rockfeller, da Standard Oil Co., além de MacGlean da Royal-Dutch Co. (Shell) e representantes de outros 5 bancos privados.

Então o que decidiram?


Segundo o livro, Sidney Warburg tinha de escolher e apoiar, na Alemanha, um homem que levasse a efeito uma autêntica revolução conservadora nacionalista.


Retira-se da História que o Tratado de Versalhes, que colocou término à I Grande Guerra, dava vantagens à França, através das chamadas reparações de guerra, facto possibilitava o Banco Central de França a actuar com uma política que seria ameaçadora para a libra e para o dólar.

Portanto, segundo os interesses dos capitalistas norte-americanos esta política deveria ser bloqueada e até vetada no extremo.

E, acima de tudo, atacar os russos, pois detinham reservas de combustíveis, que vendiam a preços mais baixos que os americanos e ingleses....

Em suma: os especuladores judeus de Wall Street desejavam uma Alemanha explorada por eles, não pela França.


Quem seria o interlocutor na Alemanha?


Os capitalistas norte-americanos não acreditavam na República de Weimar, desejavam uma "figura nova", decidida, capaz de impor uma viragem na política interna.



Conta Sidney Warburg, que viajou para Munique onde encontrou Hitler e o seu assessor, von Heydt.


(Naturalmente, havia uma sintonia entre o capital norte-americano e os financeiros e empresários de topo alemães, que estiveram com Hitler, a partir do momento em que a parceria que estabeleceram com o futuro ditador não os beliscaria, em nada, na sua ânsia de dominar a economia teutónica. E assim aconteceu.).


Hitler teria concordado com a ajuda e recebido imediatamente o primeiro pagamento para o seu partido, no valor de 10 milhões de dólares, correspondente a 40 milhões de marcos, uma quantia muito elevada para a época.

O pagamento foi feito, em 1929, pelo banco de capitalista judeu Mendelsohn & Co., de Amesterdão.


Em 1931, deu-se um crise cambial, que afectou a libra inglesa e do dólar.

A França beneficiava. Os capitalistas judeus norte-americanos queriam acção e rápida. Pressionaram Hitler. Este teria solicitado mais dinheiro: 500 milhões de marcos para fazer uma “revolução verdadeira”, ou 200 milhões para uma “tomada legal do poder”.


Warburg - conta - então fez chegar mais 15 milhões de dólares através da Mendelsohn & Co., do Rotterdamischer Bank, de Roterdão e do Banca Commerciale Italiana, de Roma, com 5 milhões cada.

Warburg refere que pretendeu também um apoio italiano. Teria viajado então para Roma, junto com Strasser, Heydt e Goering (!), onde -sempre segundo os dois autores citados -teria ficado hospedado na residência de dirigente Ítalo Balbo, o número dois de Mussolini, rumando, depois, para Génova com destino a Nova Iorque.

No dia 30 de Janeiro de 1933, Hitler assumiu a Chancelaria do Reich.


Em Fevereiro, Warburg escreve que mantém a sua última reunião em Berlim, na Fasanenstrasse nº 28.



O livro de Sidney Warburg assinala ainda que, antes da eleição de 1933, teriam sido entregues a Hitler mais dois milhões de dólares através do Banco Rhenania de Düsseldorf e mais de 5 milhões através do Banca Commerciale.

Esses teriam sido os principais apoios financeiros directos dos capitalistas judeus para a tomada de poder de Hitler.



O tiro, mais tarde, saiu-lhe pela culatra. A sua co-responsabilidade causou a morte de milhões de compatriotas, que eram simples trabalhadores ou pequena burguesia comercial.


Mas isso pouco importa à sede de ganância do grande Capital judeu.




















A ruína dos seus pares inferiores economicamente ou os desastres e homicídios da imensa mole humana pouco lhe interessa, o que, para eles conta, é o crescimento do seu património e o enriquecimento a qualquer preço.