tag:blogger.com,1999:blog-74699041280886516562024-03-07T01:02:50.382-08:00Tabanca de GanturéSerafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.comBlogger465125tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-35962977550644312982017-05-04T20:09:00.000-07:002017-05-04T20:09:01.010-07:00500 ANOS DE LUTERO: A IGREJA CATÓLICA ESTÁ HOJE NA MESMA OPULÊNCIA<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b><b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">1 - Este ano passam 500 anos da publicação das chamadas 95 teses de um monge católico agostiniano do então Sacro Império Alemão Martinho Lutero, que veio a ser excomungado e expulso da Igreja Católica e deu origem a uma cisão teológica no cristanismo moderno que se constituiu como organização religiosa com o nome de luteranismo.</span></b><br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O luteranismo tem a sua importância histórica, política e ideológica, porque representou, no seu conjunto, uma das maiores movimentações sociais que ocorreu na Europa, não só na sua região central, dita de língua alemã, mas também pelo efeitos que teve na própria própria superestrutura política da Igreja Católica.</b><a class="irc_mil i3597 iuZqiEWewaBI-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwjUrdPa4dfTAhUCVxQKHXs8DwYQjRwIBw" href="https://blogdoenem.com.br/martinho-lutero-reforma-protestante/" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para martinho lutero" class="irc_mi" height="360" src="https://blogdoenem.com.br/wp-content/uploads//sites/2/2014/03/martinho-lutero.png" style="margin-top: 17px;" width="540" /></a></span><br />
<b><span style="font-family: Verdana; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Veio a tornar-se, ideologicamente, dominante na exploração extra-europeia na América do Sul, Índia e mesmo em África por parte de Portugal e Espanha.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Não se circunscreveu ao mero corte ideológico «moderado» com o catolicismo reinante, «moderação» esta que prevaleceu no conjunto das guerras camponesas alemãs que se alçaram então, como reacção à opressão gritante do Império, da hierarquia católica, da nobreza feudal sobre os «deserdados» rurais. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Em 1517, o monge Martinho Lutero, que era professor na universidade de Wittenberg, publicou um conjunto de teses - 95,segundo foi divulgado então - pondo em causa a opulência do papado romano, a sua infabilidade espiritual e mesmo a sua doutrina prática de o Sumo Pontífce Católico Roma ser o representante físico de Jesus Cristo.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">A atitude, e, principalmente, o movimento social que desencadeou levou a uma ruptura espiritual com o monopólio ideológico e político da Igreja de Roma, mas tal facto, que não residiu num homem, foi produto de uma época histórica. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Não se enquadrou num território limitado, mas abarcou, praticamente, toda a Europa central, desde a Inglaterra até à antiga Checoslováquia, incluindo o que hoje é a Áustria, a Alsácia e parte da França.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">2 - O que se registou na Alemanha nas primeiras décadas do século XVI, devemos analisá-lo e inseri-lo dentro de um período longo, que se enquadra, praticamente, com a exploração extra-europeia começada por Portugal nos princípios do século XV em que os monarcas de então, apoiando-se nos burgueses citadinos, vão romper, por vezes sangrentamente, o poder avassalador da nobreza feudal e edificam os grandes Estados absolutos, estribados no conceito de nacionalidade.</span></b><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><a class="irc_mil i3597 iMHx7AZTYIv8-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwizw8-A4tfTAhUGxxQKHcklCV0QjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=0ahUKEwizw8-A4tfTAhUGxxQKHcklCV0QjRwIBw&url=https%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FGuerra_dos_Camponeses&psig=AFQjCNF_6h5GRovTScDWIGiz3TEIR6JKqg&ust=1494039750796472&cad=rjt" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para guerras camponesas na alemanha" class="irc_mi" height="393" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c9/Bauernaufstand.jpg" style="margin-top: 0px;" width="314" /></a><b><i><u><sub><sup><strike><br /></strike></sup></sub></u></i></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O alargamento de horizontes económicos - transicão da primitiva forja artesanal para a indústria, pimeiro, manufactureira, depois, já nos finais do século XVII, a industrial, ainda que incipiente, princípios do comercial mundial, políticos - Estados centralizados, culturais - literaturas em línguas nacionais (Portugal separa-se definitivamente da língua castelhana, e, surgem obras de Camões, Gil Vicente, Garcia de Resende, Damião de Góis, Garcia de Orta, entre outros), Espanha (Antonio de Nebrija, Fernando de Rojas, Mateo Alemán, Estebanillo de González), e MiguelCervantes, entre outros), Inglaterra (Thomas Sackville, Thomas Kyd e William Shakespeare)</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Inicia-se, assim, a história moderna da Europa, e, por arrasto do Mundo. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Nós, portugueses, apelidámos essa nova época de Renascimento, os alemães de Reforma e os italianos de Cinquecento. (Na arte - pintura, escultura, arquitectura; Ciência - Física, Química, História, Astronomia).</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Mas, tem de se destacar, em especial, o incremento da investigação em vários campos do saber, o que produziu uma grande evolução científica, cujo avanço contribuiu, em grande medida, juntamente com a contestação política e ideológica do luteranismo, para romper com o papel dominante e aterrador do despostimo religioso da Igreja Católica Romana.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Com desenvolvimentos políticos não tão profundos - e por vezes contraditórios - em Itália, Espanha e Portugal.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Na realidade, neste últimos países, que entre os séculos XV e XVI, foram os percussores na ruptura do isolamento dos feudos e do espaço territorial das Nações europeias, lançando os embriões do mercado mundial, tiveram, todavia, o lado negativo ao fomentarem o retrocesso ideológico e político - e se constituíram como centro contra-revolucionário religioso católico - ao açaimarem os seus povos sob a forma mais tenebrosa de fanatismo sectário religioso, sob o domínio da Igreja Católica e do Papado, erigindo os tristemente famosos Tribunais de Inquisição, que estenderam à suas colónias. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Situação esta que contribuiu para o entorpecimento, não só o próprio modelo produtivo, mas, mais profundamente, para as suas produções intelectuais.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: Verdana; font-size: large;"><a class="irc_mil i3597 ib6l9jWmFTbc-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwiri5Om4tfTAhVGvBQKHZYyCAMQjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiri5Om4tfTAhVGvBQKHZYyCAMQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fcleofas.com.br%2Fhistoria-da-igreja-a-inquisicao-parte-1%2F&psig=AFQjCNHOzj41-mID8sxLCkHbtsuKvUqvJQ&ust=1494039846456686" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para inquisição" class="irc_mi" height="382" src="http://cleofas.com.br/wp-content/uploads/2011/02/inquis1.jpg" style="margin-top: 6px;" width="636" /></a></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">3 - Na realidade, na polémica nascente teológica dos primeiros passos de Lutero em Wittenberg vai interligar-se, mais tarde, uma acessa luta de classes, cujo aspecto mais radical se aglutinou em torno das guerras camponeses, cuja cabeça teórica foi Thomas Munzer, um monge que, inicialmente, foi «compagnon de route» do seu confrade agostiniano.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Neste, como em outros conflitos e guerras chamadas «religiosas», o que estava em jogo eram, essencialmente, interessses materiais e classistas, que perduraram e levaram a reivindicações posteriores mais elaboradas, como a separação entre a religião e os Estados, que entretanto se formaram e desenvolveram.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Naturalmente, devido à situação concreta da época na Europa, embrenhada pelo obscurantismo e a perseguição católicos, esses confrontos nasciam, portanto, envoltos em reivindicações filosóficas e místicas de regressar «à pureza» da religião dominante.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Se se analiserem as guerras religiosas, desde o século XII, registámos que existe, desde então, uma constante luta contra a hierarquia da Igreja Católica. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Não se trata, no fundo, nada mais, nada menos, do que formas, por vezes embrionárias, e sem grandes orientações, de oposição revolucionária contra as estruturas feudais, estruturas estas que estão tão interligadas com o poder conjunto entre a grande nobreza e o alto clero. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Oposição esta que se manifesta sob a forma de heresia, personalidades místicas ou mesmo conflitos armados extremamente sangrentos.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Os exemplos são múltiplos, desde Arnaldo de Brescia, em Roma, nos principios do século XII, John Ball com a revolta camponesa de 1381, os albigenses (sul de França), John Wycliffe (Inglaterra), John Huss (na actual República Checa), entre outros. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">A importância histórica do luteranismo advem, precisamente, das clivagens que se produziram no seu interior, onde, naquele território, aparece, pela primeira vez, de maneira evidente, uma oposição plebeia revolucionária, que, indo além do combate contra o feudalismo e contra a nova burguesia nascente comercial, instalada através de hansas, procurou fundar um novo tipo de sociedade, baseada em partilha de bens, sem propriedade privada.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Claro que essa oposição, que teve Munzer como líder, foi tão radical para a época, necessariamente confusa, porque nasce dentro das contradições dos começos do afrontamento religioso, logo metafísico, à própria religião dominante, como foi +utópica+ no sentido de ser posta em prática na situação económica e política da altura.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Mas lançou - e este facto é historicamente relevante - os fundamentos para explicar a possibilidade de construcção de uma nova sociedade, baseada nos princípios socialistas.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">/A hansa foi uma estrutura associativa de cidades mercantis - alemãs ou de influência alemã - que estabeleceu e manteve um monopólio comercial sobre quase todo norte da Europa e Báltico, em fins da Idade Média e começo da Idade Moderna (entre os séculos XII e XVII). Abrangeu umas 100 cidades/.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">A jugulação dessa revolta deu-se numa conjugação entre o conservadorismo católico e o luteranismo «moderado» de Lutero, ou seja, em termos materais, por um lado, o imperador, a hieraquia católica, a grande nobreza que rodeava a corte e governava as cidades e, por outro, os grandes mercadores, uma fatia da pequena nobreza e grande parte dos príncipes, que pretenderam ficar com a riqueza da Igreja e conseguir arrepanhar parte do poder imperial.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana; font-size: large;">Como, na realidade foram, eles, os príncipes,os seus principais beneficiários.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">4 - O catolicismo e o luteranismo evoluiram nestes 500 anos. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Hoje, expandiram-se além da Europa. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Foram levados com a exploração extra-europeia para os países onde se fixaram os colonos saídos do continente europeu.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">A opulência da Igreja Católica, em particular, ultrapassa, na actualidade a daqueles tempos. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Refinou-se, entrou nas instituições económicas, em especial no sistema financeiro. Interligou-se, através de *homens de mão* ditos laicos nas superestruras políticas.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">O Vaticano tornou-se num imenso +off-shore mundial+, onde se fazem, com total impunidade, as maiores traficâncias financeiras. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Sobre a riqueza recente foram divulgados em vários livros publicados nos últimos anos.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">(Eric Fratinni - Os Abutres do Vaticano; Gianluigi Nuzzi - Vaticano S.A.; Emiliano Fittipaldi - Avareza; Jason Berry - Render Unto Roma - The secret life of money in Catholi Church).</span></b><br />
<span style="font-family: Verdana; font-size: large;"><a class="irc_mil i3597 iRfzytpB14qw-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwjHvpPm4tfTAhUJOhQKHU9cBLwQjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjHvpPm4tfTAhUJOhQKHU9cBLwQjRwIBw&url=https%3A%2F%2Fwww.wook.pt%2Flivro%2Fvaticano-s-a--gianluigi-nuzzi%2F5789054&psig=AFQjCNGsDRN46OZruhlzDN2Np9VEoNIcRQ&ust=1494039979025533" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para vaticano s.a." class="irc_mi" height="363" src="https://images.portoeditora.pt/getresourcesservlet/image?EBbDj3QnkSUjgBOkfaUbsI8xBp%2F033q5Xpv56y8baM5zHy5M0Jo11wH0cdl%2FKqet&width=250" style="margin-top: 15px;" width="250" /></a></span><br />
<b><span style="font-family: Verdana; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Mas, a investigação sobre as finanças e os negócios vaticanistas nos tempos modernos tiveram destaque, anteriormente, devendo apontar-se os nomes de Nino Lobello, que foi durante mais de um década correspondente de um jornal norte-americano dentro da Santa Sé, (já falecido), e editou em 1967 um livro ainda hoje actual «O Empório do Vaticano».</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">O mais profundo conhecedor dos meandros da política e economia papal foi, na minha opinião, o italo-americano Avro Manhattan, falecido em 1990, licenciado pelo London School of Economics, cavaleiro da Ordem de Malta, que escreveu o seu primeiro livro sobre o tema «The dollar and The Vatican» em 1957 e, mais tarde uma obra mais profunda, em 1967, com o título «The Vatican Billions», em 1983.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Retiramos este extracto do português do Brasil: </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">“a Igreja Católica é o maior poder financeiro, maior acumuladora de riquezas e a maior proprietária de terras atualmente. Possui mais riquezas materiais do que qualquer outra instituição, corporação, banco, truste gigantesco, governo ou estado do mundo inteiro. O papa, como governante desse imenso acúmulo de riquezas, é, consequentemente, o indivíduo mais rico do século XX. Ninguém tem condições de dizer precisamente quanto ele vale em termos de bilhões de dólares”.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Ainda de acordo com o autor, a Santa Sé tinha grandes investimentos em parceria com os Rothschild na Inglaterra, França e Estados Unidos, e no Hambros Bank e Credit Suisse em Londres e Zurique. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Nos Estados Unidos da América, tem empresas, conjuntamente, com o Morgan Bank, Chase-Manhattan Bank, First National Bank of New York, Bankers Trust Company e outros. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Segundo Manhattan, entre os seus investimentos estão biliões de ações mais mais poderosas multinacionais, como Gulf Oil, Shell, General Motors, General Electric, IBM, entre outros.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><i><u>No fundo, o Vaticano é, actualmente, um sustentáculo económico, político e ideológico do capitalismo</u></i>.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Não é, por acaso, que os principais dirigentes políticos - quer sejam de países de *maioria* católica, quer protestante, quer islâmica, quer budista, ou mesmo se diga *sem religião* como Cuba - se reverenciam perante a figura do Papa Católico Apostólico Romano.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><a class="irc_mil i3597 iwjhaVy4gLiU-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwiv_ZSI49fTAhVFORQKHW3_BcQQjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiv_ZSI49fTAhVFORQKHW3_BcQQjRwIBw&url=https%3A%2F%2Fwww.publico.pt%2F2017%2F03%2F24%2Fmundo%2Fnoticia%2Fpapa-recebeu-os-lideres-europeus-e-pediulhes-para-combaterem-o-vazio-de-valores-1766441&psig=AFQjCNFLmHBAchr6BBNxumR-vMCBNV9iJw&ust=1494040048083580" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para papa e os 27 líderes europeus" class="irc_mi" height="393" src="https://imagens.publicocdn.com/imagens.aspx/1119299?tp=UH&db=IMAGENS&w=823" style="margin-top: 0px;" width="589" /></a><b><i><u><sub><sup><strike><br /></strike></sup></sub></u></i></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Curiosamente, a ascensão do Vaticano a grande potência financeira e comercial foi fomentada pelos regimes nazi-fascistas europeus, antes, durante e logo após a II Grande Guerra...em troca do apoio da Santa Sé.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Na realidade, com as revoluções liberais europeias do século XIX, o papado e a igreja Católica viram reduzidas as suas capacidades económicas, com as nacionalizações dos grandes patrimónios imobiliários. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Isso foi, aliás, evidente em Itália, quando em 20 de setembro de 1870, as tropas unificadoras do país, entraram em Roma, logo declarada capital do Reino de Itália, com o estabelecimento da corte do rei Victor Emanuel II no Palácio do Quirinal. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">O Papa Pio IX considerou-se prisioneiro no minúsculo Vaticano, e, ali permaneceu sem dinheiro, sem armas, sem acção política até à ascensão do partido fascista de Benito Mussolini ao poder.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Em troca do reconhecimento da soberania, inviolável, do Vaticano e o recebimento de avultadas quantias em dinheiro, o Papa Pio XI aceitou apoiar o regime fascista. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Deste modo, a Igreja Católica tornou-se a religião oficial do Estado italiano e recebeu mais de 90 milhões de dólares, avaliados hoje em mais de dois mil milhões de dólares, com que investiu nos negócios terrenos italianos e de outros países. </span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Chegou à opulência e à riqueza incomensurável dos dias de hoje.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Mas, não foi somente com Mussolini, que o papado assinou concordatas. Sucedeu com a Polónia conservadora em 1925, seguiu-se a ReichKonkordat com Hitler, em 1933, a portuguesa com Salazar em 1940 e com Franco, em Espanha, em 1953.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><u><i>Este tem sido, álias, o traço comum da evolução do cristianismo desde que deixou, no século III, de ser o movimento de libertação dos povos oprimidos pelo Império romano e se tornou em religião oficial do Estado: sempre em sintonia com o poder dominante, o mais reaccionário possível.</i></u></span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Quando os hierarcas da Igreja de Roma de então se consideraram consolidados nas suas posições dentro da instituição religiosa nascente, e, começaram a ter poder económico dentro do mesmo império, aliaram-se ao Imperador e iniciaram um processo de afastamento de todos os «profetas» que preconizavam uma Igreja «pobre», dedicada aos escravos, aos despojados e aos povos oprimidos que +vejetavam+ no interior do «Imperium»: o gnosticismo, o arianismo, o montanismo, o ebionismo, o donatismo, entre outros.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Ou seja, para se consolidar como instituição do Estado, o catolicismo adquiriu os contornos de uma estrutura fortemente dogmática universal que não admitia desvios, nem interpretações que não fossem as que serviam a classe dirigente e o poder imperial.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-77106761406479440222017-03-24T10:39:00.002-07:002017-03-24T10:39:46.737-07:00A UE TEM DE OPTAR UMA POLÍTICA REVOLUCIONÁRIA DE COOPERAÇÃO <b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">1 - A 25 de Março de 1957, teve lugar, em Itália, a assinatura dos Tratados de Roma, que instituiram a Comundade Económica (CEE) e a Comunidade Económica Europeia da Energia Atómica (CEEA), e que previam, a prazo, a criação de uma união alfandegária, bem a criação de instituições estatais: Comissão Europeia, Conselho Europeu, Parlamento Europeu e o Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Os signatários foram seis países: Bélgica, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo e Holanda.</span></b><br />
<b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: verdana; font-size: large;"><a class="irc_mil i3597 iQnu_9yO2D6M-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwjaxNS31u_SAhXHwBQKHfZnDdYQjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjaxNS31u_SAhXHwBQKHfZnDdYQjRwIBw&url=https%3A%2F%2Feuropa.eu%2Feuropean-union%2Fabout-eu%2Fhistory%2F1945-1959_pt&bvm=bv.150729734,d.amc&psig=AFQjCNFLS9asW_DINfaYikNEVAHtlUjCWQ&ust=1490463239670461" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para os estados fundadores da cee" class="irc_mi" height="200" src="https://europa.eu/european-union/sites/europaeu/files/img/body/enlargement_52.gif" style="margin-top: 97px;" width="200" /></a></span><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Passam, portanto, 60 anos da criação do que hoje é a União Europeia.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">A UE confronta-se actualmente com uma crise grave, económica, financeira, política e social.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Todavia, não se deve falar sobre a crise em abstracto. </span></b><br />
<b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">É, acima de tudo, uma crise do sistema capitalista que a gere. </span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">E particularmente, contra a facção da burguesia capitalista no poder em todos os Estados, a grande burguesia financeira.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Pode a UE desagregar-se? </span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><u><i>Realmente pode, se persistir o actual modelo de governação assente no domínio absoluto desse capital financeiro.</i></u></span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Esse ascendeu dentro da UE com a supremacia do capital «nórdico», em particular alemão, sobre as economias mais «fracas». </span></b><br />
<b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">E essa dependência transformou-se em penúria financeira crescente desses Estados.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Será impossível transformar essa supremacia em nova cooperação europeia sem equilibrar os orçamentos dos diferentes Estados, ou seja sem restringir o poder desse capital financeiro dominante.</span></b><br />
<b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">O que significa, em termos práticas, uma mudança política na maioria dos Estados da UE, incluindo na Alemanha, fazendo recair o peso dos impostos necessários para o investimento público sobre o sistema bancário europeu.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Em termos reais de eficácia, terá de haver uma alternativa política conjunta europeia de progresso que leve a forçar um novo sistema governativo.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Podem clamar contra o estado actual da gestão europeia os chamados «progressistas de esquerda», mas não passarão de cúmplices pregadores do deserto, se não optarem por alcançar uma política comum radical, com um programa socialista.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">2 - Claro que a burguesia europeia, em bloco, não é suicidiária, mas se persistir a supremacia do capitalismo financeiro alemão, aliado ao norte-americano, na estratégia de provocar os regressos dos «nacionalismos», isso também será dessatroso, não só para os Estados alvos de ataques da arrogância imperial alemã, que se oculta por detrás da governação da senhora Merkell, mas igualmente para a própria Alemanha, ela própria submersa numa crise que se aprofundará com a política de Trump, já que obrigará à subida do euro e em sequência um rombo nas próprias exportações alemãs. </span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">E a própria política migratória estabelecida pelo actual governo de Berlim levará a ter efeito sobre os salários dos próprios trabalhadores do país, com a consequente descida dos mesmos e do consumo interno.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Além do mais, a UE somente se consolidará se tiver uma política externa própria, o que exige uma organização conjunta no domínio da segurança e defesa, que afaste a capitulação perante a NATO, ou seja contra a supremacia desafiadora dos EUA.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Para se impôr no mercado externo tem de ganhar um espaço próprio castrense que lhe sirva de «guarda-costas» fora das pressões externas contínuas e desagregadoras.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">O avanço das conquistas económicas, políticas e sociais dos diferentes Estados que integram a UE - com o Reino Unido fora - somente poderá ser conseguido se uma nova política governativa comum for imposta em detrimento da actual. </span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><u><i>Essa só ganhará consistência - repito - com a capacidade de forjar políticas anti-capitalistas em cada Estado e numa estrutura verdadeiramente progressista que se forme a nível das instituições europeias.</i></u> </span></b><br />
<b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Apesar das incertezas, o que é certo é que a UE continua a ser a principal potência comercial do Mundo.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Assinalo os próprios dados oficiais da UE para justificar tal facto</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">«A economia europeia, medida em termos da produção total de bens e serviços (PIB), é maior do que a dos Estados Unidos. PIB da UE em 2015: 14 600 mil milhões de euros.</span></b><br />
<b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Embora a UE represente apenas 6,9 % da população mundial, o volume das suas trocas comerciais com o resto do mundo corresponde aproximadamente a 20 % do volume das exportações e importações mundiais.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Cerca de 62 % das trocas comerciais dos países da UE realizam-se com outros países da UE.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Em termos de comércio internacional, a UE é uma das três maiores potências mundiais, juntamente com os Estados Unidos e a China. </span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Em 2014, as exportações de mercadorias da UE representaram 15,0 % do total mundial. Pela primeira vez desde a criação da UE, as exportações europeias foram ultrapassadas pelas da China (15,5 %), mas mantiveram-se à frente das dos Estados Unidos (12,2 %), cuja parte das importações mundiais (15,9 %) excedeu quer a da UE (14,8 %) quer a da China (12,9 %)».</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">3 - Perguntar-se-á: Mas uma eventual desagragção da União Europeia, leva ao desaparecimento dos Estados componentes?</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Naturalmente, que não. </span></b><br />
<b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: verdana; font-size: large;"><a class="irc_mil i3597 iQnu_9yO2D6M-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwj_2LuM1-_SAhXE7RQKHT5aAxcQjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=0ahUKEwj_2LuM1-_SAhXE7RQKHT5aAxcQjRwIBw&url=https%3A%2F%2Fwww.pinterest.com%2Fpin%2F399413060679164027%2F&bvm=bv.150729734,d.amc&psig=AFQjCNH7GqTViAAQAEYKR9t228ilsMneSA&ust=1490463414290271&cad=rjt" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para a europa feudal" class="irc_mi" height="371" src="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/ef/d3/4d/efd34dfc44355e54d557bde9126d2d88.jpg" style="margin-top: 11px;" width="575" /></a></span><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Mas haverá, certamente, um retrocesso civilizacional, pois a competição intereuropeia aumentará e os «abutres» imperialistas exteriores a esse espaço tentarão cravar as garras, para extrair cada vez mais lucros. </span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Ou seja concorrência intereuropeia exacerbada levará novamente à guerra, porque o mercado comunitário desagregado continuará a ser extremamente apetecível.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Tudo isto se abaterá sobre as classes trabalhadoras, porque ficarão à mercê dessas sanguessugas, sem uma alternativa revolucionária de mudança política.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Temos de olhar para a História. O avanço para a uma Europa de unidade </span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">é o percurso que tem sido tentado desde o Renascimento europeu. </span></b><br />
<b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Foi o capitalismo nascente que impulsionou o fim do feudalismo e fez nascer, ao longo dos séculos, os Estados unitários cujo objectivo primário e central foi o de acabar com os particurismos dos condes e barões que controlavam nos seus feudos o movimento de pessoas e de comércio, através de impostos e mais impostos. </span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Os condados feudais lutando entre si eram um travão à cooperação e contactos entre povos e nações.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Sem a extensão da industrialização não poderia haver um reforço das classes trabalhadores e, particularmente, do proletariado industrial.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><u><i>Quando Karl Marx e Frederico Engeles lançaram a sua consigna «proletários de todo mundo uni-vos», a sua preocupação visava, especialmente, a Europa. A sua «aposta» revolucionária estava centrada precisamente numa revolução na Europa fortemente industrializada.</i></u></span></b><br />
<b><i><u><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></u></i></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Ora, para atingir esse fim teria (e terá) de se forjar a cooperação europeia harmónica entre Estados. </span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Ou seja, acabar com o nacionalismo serôdio e ultrapassado e constituir uma união que tenha em contra a autonomia e independência possível de cada Estado e Nação.</span></b><br />
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Lutar e fazer desaparecer os conflitos inúteis entre Estados «superiores» e «inferiores».</span></b><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-49430301685019878752017-03-12T16:20:00.001-07:002017-03-13T09:31:14.833-07:00100 ANOS DA REVOLUÇÃO SOVIÉTICA - SOMENTE UMA NOVA CRISE MUNDIAL PODE TRANSFORMAR A SOCIEDADE<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>1 - A chamada Revolução Russa de Outubro de 1917 já tem a distância histórica suficiente no tempo para que seja feita uma apreciação mais consentânea em que se possa analisar, com mais clareza, as condições que a produziram e em particular as suas causas económicas.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Os acontecimentos políticos, económicos, sociais e militares que vão desencadear as duas Revoluções Russas (a de Fevereiro e a de Outubro) estão intimamente ligados à I Grande Guerra, e esta está inserida numa crise de expansão da indústria capitalista de proporções enormes, cujos efeitos estavam também em ebulição dentro da própria sociedade czarista.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Pode dizer-se de forma prosaica que todo o período, que vai desde a segunda metade do século XIX até ao início da I grande guerra, é percorrido por crises económicas, conflitos e guerras, de agudas guerras de classes sociais.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A principal novidade das revoluções russas não são os seus aspectos conflituais sangrentos, mas sim o facto de os principais protagonistas dos seus movimentos classistas serem os proletários de todas as principais urbes industriais do império czarista e, de maneira avassaladora o vulgar soldado que liquidou a altivez balofa do czarismo e da velha oligarquia feudal dos boiardos. </b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Ou seja, terem actuado em extensão e quantidade e conseguirem sublevar, ainda que por um período de tempo limitado, os camponeses explorados, organizados e representados principalmente pelos soldados que estavam ou provinham das frentes de combate.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Numa batalha por uma nova sociedade. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>(As organizações societárias não são imutáveis, por muito que os «cientistas» políticos das classes dirigentes proclamem que haverá sempre desigualdades entre classes e ricos e pobres. A História e a Economia política já mostraram à saciedade que toda a evolução humana foi constituída, ao longo de milhares de anos, de mudança de modos de produção. </b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>E quem representa a principal força produtiva da humanidade é o homem e, é ele sempre, em todas as fases do caminho da humanidade que vai desenhar e construir a nova sociedade adaptada às circunstâncias históricas, moldando-a, todavia, de um modo mais rápido ou mais lento, de acordo com a elevação da consciência social de cada época. </b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Quer queiramos, quer não, o modo de produção capitalista tal como foi sendo edificado desde o século XVIII está a atingir o seu o ocaso. Uma nova relação social se está a organizar. </b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a class="irc_mil i3597 iSBJLQTz_h8s-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwjrj-L9idLSAhUFOxoKHdm_ANcQjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjrj-L9idLSAhUFOxoKHdm_ANcQjRwIBw&url=https%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FRevolu%25C3%25A7%25C3%25A3o_Francesa&psig=AFQjCNEY7OtENDyfFaKFuzw204Tm3va6mQ&ust=1489446293525226" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para revolução francesa" class="irc_mi" height="237" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/57/Anonymous_-_Prise_de_la_Bastille.jpg/300px-Anonymous_-_Prise_de_la_Bastille.jpg" style="margin-top: 78px;" width="300" /></a></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Como vai surgir? será o tempo e a História a determiná-los.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Regressemos à análise das mudanças económico-sociais dos tempos muito próximos da I Grande Guerra.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O que lhe vai dar significado especial e referencial é que a Revolução Soviética de 1917 se efectuou, na prática, pela primeira vez, num Estado unificado sob um programa político formulado e aprovado pelos partidos comunistas e socialistas que estiveram e estavam filiados nas I e II Internacionais Comunistas sob a liderança revolucionária. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>No fundo, deu corpo prático, num grande Estado, a uma nova estrutura económica da sociedade.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Desde os tempos radicais da Revolução francesa houve, pois, todo um período *experimental* da evolução societária.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>2 - O epicentro das mudanças das relações sociais de produção feudais para a nova sociedade capitalista ocorreram em Inglaterra no XVII. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Sucedeu por razões específicas, mas essencialmente económicas: o aparecimento da máquina a vapor, um comércio à distância com as suas colónias dos produtos manufacturados, matérias-primas à mão de semear com os bens (carvão e ferro) essenciais para a fabricação de máquinas e produção energética, mão-de-obra barata expulsa dos campos, grandes latifúndios colocados ao serviço da criação de ovinos, ou seja lã, um governo já marcado pela ascensão da burguesia capitalista e mercantilista (muitas vezes enobrecida pelo papel no incremento dessa nova fase societária).</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A quase silenciosa revolução capitalista nascida na Inglaterra no seculo XVII, então dominada pela superestrutura política semi-feudal da monarquia, foi económica e alastrou-se de maneira desigual, mas com penetração sucessiva na Europa central. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>E a nova sociedade que se começava a instalar e remexia já as entranhas do Velho Regime adquiriu projecção de rebelião na França dos monarcas mais absolutos, que pareciam inamovíveis.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A história capitalista industrial europeia adquiriu uma nova projecção de estrutura política e de protagonistas humanos: a revolução francesa de 1789. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Eis aqui a primeira grande mudança qualitativa no nascimento de um novo modo de produção.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Foi, justamente, em França, que a nova sociedade burguesa industrial ganha cidadania - e os sans-culottes adquirirem proeminência ao participarem e serem, eles próprios, motores, no acto público. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O slogan da Revolução «Liberté, Égalité, Fraternité» (em português: liberdade, igualdade e fraternidade) veio a encimar a «doutrina» central da democracia burguesa. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Com a revolução de 1789 veio a constituir-se a República, impulsionar os movimentos revolucionários contra o absolutismo monárquico, expandir, inclusive, já na fase de recuo da revolução, através do consulado napoleónico perfumado de Império a querer construir uma ideia, ainda que a ferro e fogo, e menosprezando os direitos dos povos, de uma Europa sem fronteiras e foi, precisamente, pelo imperialismo napoleónico, já no pricípio do século XIX, que se travestiu no poder imperial expansionista de Paris, como transmissor de uma nova ordem, que levou a ideia da reforma agrária e do liberalismo de Portugal à Rússia.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Começou a ser propagandeada, nesta época, portanto, a ideia de «revolução social», ainda sem estar sedimentado o modo de produção capitalista. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Ideia difusa nos primórdios, mas entrada no debate das novas consciências ideológicas que se formavam, que levavam a divagar sobre um novo programa de um novo poder que se construiria com uma sociedade onde os explorados já metiam, ainda que a +medo+, ainda sem ideias delineadas e formadas, o conceito de que a igualdade da revolução francesa teria de ser prática. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O caminho para construir um novo projecto programático de poder revolucionário ganhou um novo impulso, principalmente, a partir dos primeiros anos da segunda metade do século XIX.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Foi, justamente, pela segunda metade do século XIX, que se disseminou um *farol* de necessidade de uma revolução geral.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>E o farol existiu, na realidade, pela conotação ideológica que ganhou a revolução política (essencialmente social) de Fevereiro de 1848 em Paris.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A revolução parisiense teve repercussões noutros territórios e Estados, desde o império austro-hungaro, até Alemanha (Berlim), passando por Milão. No geral, os movimentos revolucionários, nacionalistas, seccessionistas, liberais, sucederam-se desde Portugal até à Rússia.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><a class="irc_mil i3597 i8TnGhaY8PU8-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwjXocG5itLSAhVGPRoKHWKFAM0QjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjXocG5itLSAhVGPRoKHWKFAM0QjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fherdeirodeaecio.blogspot.com%2F2008%2F01%2Frevoluo-de-paris-de-fevereiro-de-1848.html&psig=AFQjCNG3QUZrSktAqiXO3tyS05ym9306fQ&ust=1489446406846128" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para revolução francesa DE 1848" class="irc_mi" height="257" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiahqxJUILAzFt5Z2Fyo8K_bnZA_fnMWnZdqqPao0NLBw3YQpxhxJSLS7G9cEk4rR8zwQivfJrLdUUG70G_Sd0oSxKU1c7-h5kSR0xXiVP8Vz4Oq63L3U2yPidIpqxPnw4tAJEjt6N8Btfg/s400/1848A.png" style="margin-top: 68px;" width="320" /></a></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A importância da Revolução de Paris de 1848 advem do facto de ser política e ter ocorrido, precisamente, na capital francesa e, acima de tudo, por ter havido um enfrentamento central entre o jovem proletariado, que cresce com o incremento industrial e a burguesia que procurava, essa assenhorear-se do poder político, segundo uma concepção democrático-repressiva desse poder.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Embora, o proletariado não tivesse participado, formalmente, no novo governo, os verdadeiros detentores tiveram de lhe dar uma +migalha+ através da Comissão do Luxemburgo e os *insurrectos* proletários não permitiram, na prática, instituir uma monarquia *moderada*. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Destruíram-na.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Na amálgama de classes que constituia o novo governo, desde conservadores a socialistas e incipientes comunistas utópicos, passando por monárquicos ditos progressistas, foi imposto um sufrágio universal (embora só para homens), reduzida a jornada de trabalho de 12 para 10 horas, criação de «oficinas nacionais», com capital estatal e dirigidas pelos operários, entre outras medidas. O ambíguo «direito ao trabalho», que ganha foros de direito social, pretendia regular e impor limites aos desmandos patronais nas contratações colectivas e individuais.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A montante e a juzante deste acontecimento, a movimentação, mais generalizada, dá-se, esencialmente, pela irupção radical de um novo modelo produtivo, alargado, com mais ou menos, mudanças económicas industriais: caminha-se desde o fim da servidão esclavagista no império austro-húngaro, o absolutismo monárquico dinamarquês, a realeza gaulesa, as movimentações para a unificação italiana e alemã, os abalos nos impérios russos e otomanos, enfim, toda a época de revoluções liberais em Portugal e Espanha. E, fixemos, o alargamento de uma certa consciência política da parte dos explorados.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Do ponto de vista histórico, nesta época de mudança económica e de revoluções nacionais ou políticas, a França foi o «íman» atractivo da rebelião, porque os sons dessa revolução associavam-se a 1789 e anos seguintes.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A fase seguinte revolucionária, a partir de 1845, igualmente fez elevar a «temperatura» da situação política, porque estava estribada numa profunda crise alimentícia e comercial, cujo motor foi, novamente, Paris, e, principalmente, porque existiu a participação militante e combatente do seu proletariado.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A apreciação que os revolucionários efectuaram, todavia, nesta época de que a revolução estava na ordem do dia não era correcta, que mesmo Marx e Engels admitiram, embora, como pensadores geniais, tivessem reanalisado tudo o que escreveram e assinalaram que um novo *assalto* revolucionário somente teria lugar em condições especiais.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>3 - Quando entraram em acção os efeitos de uma revolução (1848) em que existiu um confronto sério entre o proletariado e as classes dirigentes, e se verificou a dispersão, com programas diferenciados, em praticamente toda a Europa (e secundariamente no resto do Mundo), a visão dos sectores mais conscientes e politizados foi a de que essa revolução estava na ordem do dia.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Transformaram essa ideia que, no desenvolvimento histórico concreto, mostrava apenas os indícios - e estes ainda distantes, estratégicos - de que poderia surgir um novo modelo de produção, num objectivo táctico quase imediato.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><u><i>Desprezaram, melhor dizendo menosprezaram, o estado real das condições objectivas e das próprias condições subjectivas.</i></u> </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Houve, realmente, um certo deslumbramento o que é natural.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A vitória revolucionária de Paris, apesar de toda a repercussão que produziu, tinha, na realidade, um +âmbito+ efectivo de batalha ganhadora, mas momentânea e restrita. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O incremento industrial era desigual nos diferentes países. Na sua maioria, a própria burguesia industrial não tinha alcançado o poder político; em certos territórios, o seu alcance ficou-se por meros traços de avanço democráticos, e, mesmo em grande espaços, como a Alemanha, a Itália, a Espanha, na Áustria e Hungria, essa mesma burguesia, com o seu fomento industrial não tinha conseguido unificá-los em Estados, sem barreiras alfandegárias e regulamentações que favorecem a solidificação do poder industrial. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Mesmo, na França, avançada politicamente, a própria burguesia industrial estava arredada do poder (era mesmo oposição) pela ascensão dominante de uma fracção parasitária da burguesia, que era a financeira.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O facto de essencial que sucede após a revolução de 1848, é que a burguesia, nas suas diferentes facções e a própria monarquia e nobreza dos diferentes países, entrando em pânico, se aliaram, e, não tiveram pejo, mesmo os que se consideraram democratas e até revolucionários de pacotilha, em fazerem renascer a monarquia em França.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Essa aliança bandeada da reacção burguesa, monárquica dita constitucional e até absolutista feudal veio a mostrar, historicamente, que aquela revolução e outras eram apenas sinais indicativos de que uma longa batalha ia ser estabelecida num terreno onde o sangue dos explorados iria espalhar-se durante muitos e muitos anos para conseguirem ter uma vitória digna da sua condição. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><u><i>Houve, portanto, uma derrota, mas nascia, no entanto, sob o efeito da prática - e da lenta elaboração teórica - de espetro real: a Revolução socialista.</i></u></b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>E principalmente estudar e analisar, com clareza, os fracassos, para elaborar um programa que pudesse ser coerente com um futuro novo modelo de produção.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>É, justamente, neste confronto classista proletariado/burguesia que se chega à conclusão que a principal exigência de uma relação primordial de poder efectivo a favor daquele exige uma nova estrutura económica: a posse dos meios de produção e de troca pela maioria classista explorada da sociedade.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Esta constatação nasce do debate em torno do poder em que os partidos que criaram a I Internacional vieram a decantar, pelo confronto ideológico, as fases embrionárias do socialismo.<br /><br />A fase seguinte de incremento da sociedade e que vai desembocar na grande crise europeia, que se desenrola em torno da guerra franco-prussiana.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>É deste conflito sangrento e enorme entre burguesias concorrentes europeias que vai nascer a Comuna de Paris, o primeiro governo </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>operário da história, fundado em 1871, que se constituiu como governação proletária de resistência à capitulação da cobarde burguesia, coligada com a nobreza à invasão da capital pelo Exército prussiano.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><a class="irc_mil i3597 iEIWPArpa1NE-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwiTufHfitLSAhWS0RoKHbXOA8wQjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiTufHfitLSAhWS0RoKHbXOA8wQjRwIBw&url=https%3A%2F%2Fresumododia.wordpress.com%2F2007%2F08%2F20%2F1%25C2%25BA-guerra-mundial-o-melhor-resumo-para-o-vestibular%2F&psig=AFQjCNGG6X997q1FXyCa0dUqM-KCouYvhQ&ust=1489446496758896" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para i grande guerra" class="irc_mi" src="http://www.cascoscoleccion.com/irlanda/irlandb/irlmk1pg.jpg" height="253" style="margin-top: 70px;" width="325" /></a></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Na realidade, a resistência «communard» foi o único acto revolucionário na maioria das acções cobardes, vis, criminosas, da esmagadora maioria dos deputados e governadores monarquistas e *republicanos* ditos moderados que formavam a Assembleia Nacional francesa. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Eles, simplesmente, preconizavam a capitulação perante a Prússia. Inclusive formaram um governo conservador sob a liderança de Louis Adolphe Thiers, que era o Presidente da República saido dessa Assembleia, que procurava desarmar a Guarda Nacional. Esta, com o apoio da população, tomou o poder e a decisão de resistir - os alemães não entraram em Paris. A República de Thiers fugiu pra Versailles.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A República revolucionária durou, oficialmente, de 26 de Março a 28 de Maio.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Dessa forma de governação, saíram directivas e leis que deram uma orientação para uma nova via e época de poder político e económico, nomeadamente, a abolição do trabalho nocturno, a gestão operária das fábricas, a obrigação de reabrir e colocar em produção as oficinas fechadas pelos patrões, sob gerência cooperativa, a jornada de oito horas, a instituição da igualdade entre sexos, a organização dos locais de residência sob a supervisão de comités oficiais, as eleição dos cargos de magistrados, a gratuitidade dos casamentos, o fim dos monopólios da legislação pelos advogados, e seus pagamentos de honorários, a educação gratuita, laica e obrigatória, separação completa das Igrejas do Estado. Além das reorganização do sistema financeiro e fiscal, bem como os correios e a assistência pública.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O Exército deixou de ser profissional e permanente, sendo obra de todos a defesa do Estado.<br /><br />A governação da Comuna foi internacionalista: além de franceses, incluiam belgas, italianos, polacos e húngaros.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A Comuna, como organização política, manteve-se apenas por 72 dias. A audácia dos comunards parisienses de procurar estabelecer uma nova sociedade mais igualitária teve contra eles toda a burguesia francesa, alemã e europeia. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Segundo dados estatísticos de várias proveniências, teriam sido executados mais de 20 mil revoltosos pelas forças de Thiers, apoiadas pelos alemães. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Precisamente, a hesitação dos comunards, que não utilizaram o controlo do banco de Estado e não colocaram o poder do tesouro público contra as manobras de Versailles teriam dividido, certamente, a desesperada coligação burguesa/monárquica francesa.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Dessa experiência, ficou assente nos programas revolucionários que, além da posse dos meios de produção, bem como o seu mecanismo de distribuição, os explorados não podem apenas tomar conta da máquina de Estado e colocá-la ao seu serviço, mas destruir essa mesma máquina, quer a burocrática, quer a castrense e forjar uma nova superestrutura completamente controlada, através da mais simples eleição e a gestão mais democrática possível das coisas públicas. </b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>E para isso terão de haver, em grande parte do planeta, condições objectivas e subjectivas para evitar a contra-revolução.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>4 - O revolucionamento que a Comuna provocou no Mundo, a sua novel forma de governação, o espectro de poder ser construído sobre uma nova estrutura e superestrutura, logo um novo tipo, onde a maioria do povo explorado possa vir a assumir as rédeas da gestão da República, provocou uma grande discussão que colocou na agenda programática como teria de ser forjada uma revolução sem retrocesso no país, quando a maioria ascendesse a esse poder.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Ora, a revolução da Comuna em Paris afastou do poder a burguesia e iniciou a governação segundo os interesses dessa maioria. Minoria derrubada, aviltada mesmo, sendo obrigada a fugir de Paris. Mas foi a partir dessa retaguarda que toda a burguesia coligada investiu sobre a maioria parisiense.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>E isto acontece, em parte, porque a Comuna, sem experiência suficiente, contemporizou com o poder do Capital. Não mexeu nos cofres do Banco Central, nem perseguiu e aniquilou as forças militares desmoralizadas que se vieram a acantonar, como Assembleia Nacional, em Versailles.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Claro que esses não foram os erros fulcrais que levaram à derrota. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><i><u>A questão estava no fraco desenvolvimento económico da maioria da indústria gaulesa e da incipiente consciencialização do seu proletariado das urbes situadas longe de Paris.</u></i></b><a class="irc_mil i3597 izk1e_gYd9fg-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwip5aqKi9LSAhUHWRoKHbSFC9wQjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwip5aqKi9LSAhUHWRoKHbSFC9wQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fwww.infoescola.com%2Fhistoria%2Frevolucao-industrial%2F&psig=AFQjCNFjUKmUb9T3M81L4OQEi0F6EewkTA&ust=1489446589670675" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para a indústria em frança no seculo XIX" class="irc_mi" src="http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2007/09/revolucao-industrial.jpg" height="361" style="margin-top: 16px;" width="600" /></a></span><br />
<b><i><u><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></u></i></b>
<b><i><u><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></u></i></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A revolução comunard teve a sua vida curta e principalmente não conseguiu levar a feito, nesse momento, o papel histórico que a sua ascensão ao poder lhe deu.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Ou seja, foi uma revolução de uma maioria classista, dentro de uma grande metrópole, mas foi abortada por uma contra-revolução proveniente do seu exterior.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>As revoluções históricas que se sucederam no mundo, desde o tempos clássicos, mas também feudais e principalmente as capitalistas que se desenrolaram até hoje, quando vitoriosas, foram levadas a efeito por minorias e favoreceram apenas minorias.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>(Os portugueses, por exemplo, no início da 2ª monarquia - 1383/85, confrontram-se com uma revolução de cariz burguesa - imposta pela burguesia em ascensão, enobrecida ou não -, que obrigou o pretendente ao trono, futuro rei, João I, a aceitar para o país a política do caminho da expansão comercial extra-europeia em confronto com a nobreza feudal, que se acolitava em torno do rei de Castela, casado com a princesa herdeira portuguesa).</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Concentremo-nos, agora, nas revoluções capitalistas. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Assinalemos, apenas por comodidade *histórica*, já que serviu o ascenso do novo modo de produção social. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A chamada «Revolução Gloriosa» da Grã-Bretanha, em grande parte não violenta, ocorreu entre 1688 e 1689, naquele país, sendo o rei Jaime II (um Stuart), católico, afastado pela facção rival do trono (Inlaterra, Escócia e País Gales), com o reino a ser ocupado pela filha, Maria, a Segunda, protestante. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O que conta, aqui politicamente, é que a revolução ficou nas mãos de uma nova minoria, que conduziu ao fim do absolutismo monárquico, ao reforço parlamentar, e, principalemnte, a acalmia política e reforço económico, aspectos estes salientes no incremento da revolução industrial. Mas, a minoria monárquica permaneceu.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Ou seja, todas as revoluções desse período - e estamos apenas a situá-lo até agora à época da Comuna -, quando vitoriosas, levaram ao afastamento de uma facção classista por uma outra. E estas facções eram, na realidade, minorias, quer o conjunto do povo participasse com o seu apoio ou passividade.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A nova forma de superestrutura política era moldada, com mais ou menos projectos programáticos da facção vitoriosa, aos interesses, justamente, daquela.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Os avanços posteriores da nova formação política estavam ligados a eventuais minorias, dentro da minoria vencedora, que pudesse impulsionar certos progressos conseguidos. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Normalmente, havia divisões entre os protagonistas. Por vezes, havia, até, a sensação de que iria haver estabilidade, os detentores desse poder adquiriam a auréola de representantes dilectos do povo.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O que sucedia muitas vezes é que o resultado primeiro da revolução empreendida pela primeira minoria vencedora retrocedia. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Saltavam para a liça pública e política as acusações várias, desde traição a contra-revolução. Este foi o caminho da maior parte das revoluções nacionais minoritárias, ao fim de certo tempo tornaram-se contra-revolucionárias.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Entre golpes e contra-golpes, acusações e contra-acusações, o regime instaurado pela minoria, ultrapassada ou não por um sector mais radical, desaparecia, muitas das vezes, quase por encanto, e, aparecia mais cedo ou mais parte um novo projecto de revolução de uma nova elite minoritária.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A Comuna obrigou a amadurecer ideologicamente o caminho de aparecimento de uma nova Revolução Socialista.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>5 - Após a confrontação franco-alemã e a derrota do Napoleão sobrinho, regista-se que uma revolução económica ganhou grande expressão em toda a Europa (e de certo modo o centro revolucionário deslocou-se de França para a Alemanha) e após a guerra da secessão norte-americana, no conjunto estatal que ficou conhecido por Estados Unidos da América.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Essa evidência deu-se, precisamente, na Alemanha, com a sua unificação e a ascensão a potência industrial. A Itália depois de uma luta prolongada contra a influência da Igreja Católica nos assuntos terrenos do país, e da nobreza feudal, igualmente se unifica em 1870, e inicia um processo, não tão pujante como na Alemanha, mas igualmente poderoso na sua industrialização, em especial no norte e centro do país.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Nas duas últimas décadas do século XIX, a industrialização começa a ganhar raízes na Rússia czarista. Surgiu, embora localizada, uma grande indústria em torno de Moscovo e São Petersburgo, em parte de Baku (petróleo) e também na Ucrânia (Odessa, Kiev). Foi lançada uma rede ferroviária que ia de Moscovo a Vladivostok, que além de via de movimentação militar, servia igualmente de transporte de pessoas e mercadorias.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Na apreciação de toda essa época depois de 1870, é visível que o incremento económico-social dos Estados, mesmo aqueles que se unificaram, mostrava lacunas gritantes na sua estruturação, com desigualdades de instalação económica dentro de mesmos territórios. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A produção capitalista estava em crescendo não só nesses Estados, mas também iniciava uma caminhada de implantação e de desenvolvimento noutros com um atraso ainda mais acentuado na sua maturação de produção.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>E a reacção política europeia tomava o poder político em toda a Europa.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O período que vai desembocar na I Grande Guerra é uma época de crescimento do capitalismo, de competição deste, mesmo dentro dos seus Estados por novos mercados e de novos territórios de matérias-primas e de um desejo forte da burguesia mais agressiva por enquadrar um novo espaço europeu contínuo capitalista, através da guerra, envolto em ideologia bacocas de supremacia, no caso em concreto do germanismo e eslavismo. Tudo se conjugou.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Na partilha capitalista de Viena, de 1815, pelo menos dois países - Alemanha e Itália - ficaram de fora dos apetites coloniais. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Mas os anos seguintes, o seu sucesso económico colocaram no topo da sua diplomacia a conquista de terrenos através de ocupações castrenses extra-europeias.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Um dos aspectos mais marcantes desta fase, que se obscurece muitas vezes, nas análises históricas ocidentais, é o crescimento de conflitos e tensões, mesmo guerreiras, nas relações das potências europeias, ditas ocidentais por um lado, e daquelas com a Rússia czarista por outro.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Além de contendas expansionistas entre aquelas potências (Império austro-húngaro, Alemanha/Prússia, Rússia, Inglaterra e França), o que então está a adquirir expressão de confronto diplomático-militar crescente era o Médio-Oriente, e, em particular, o ocaso a que estava a chegar o Império Otomano. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Ora, a obsessão imperialista centrava-se, na altura, na possibilidade de eventuais conquistas, que ora aconteciam, ora retrocediam, nas regiões dos Balcãs e o controlo ou influência real sobre a entrada no Mar Negro e a chamada +segurança+ do Mediterrâneo Oriental, através dos estreitos do Bósforo e dos Dardanelos, que provocou, mesmo, conflitos armados entre a Rússia imperialista e a Turquia.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Esta tensa e contínua política agressiva levava a uma corrida armamentista sem precedentes. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O militarismo provocava dívidas públicas enormes, esperava-se um fagulha para se iniciar a guerra.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Mas, a atitude perante os conflitos e a guerra </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>generalizada ou apenas de desgaste, como a da Crimeia, estava também a produzir os seus efeitos no interior dos partidos comunistas e socialistas. Uma parte deles, com o pretexto de apoiar eventuais elementos progressistas das burguesias em confronto, deram o seu apoio à guerra e aprovaram mesmo os orçamentos para o armamento das potências imperialistas.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Após a mudança legislativa alemã que, durante 12 anos vigorou e proibia as actividades do Partido Social-Democrata, forjado pela teoria de Marx e Engels, esse SPD, em 1890, torna-se um das maiores partidos do novo Estado unificado,com cerca de 20 % dos sufrágios. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Cresce depois, em 1912, o seu resultado para 34,8%, o maior do país.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Com a aproximação da guerra e durante esta, a direcção do SPD apoiou a burguesia nas suas ambições imperiais nos confrontos, por um lado com a França, por outro com a Rússia, aprovando os orçamentos de guerra. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Esta inflexão na política revolucionária, que dividiu, profundamente, o SPD e o retirou, definitivamente, do campo da revolução, vai ter reflexos maiores no pós-guerra em 1918, quando, perante o descalabro total da burguesia imperialista, e os elementos revolucionários do SPD, como Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, criam, a partir da Liga Spartaquista, o Partido Comunista da Alemanha (KPD) e conseguem tomar o poder na República da Baviera, e o poderiam estender a toda a Alemanha.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><a class="irc_mil i3597 ivOz59wAx40g-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwigh9a5i9LSAhXI1BoKHWMJCeIQjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwigh9a5i9LSAhXI1BoKHWMJCeIQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fwww.esquerda.net%2Fartigo%2Fmemorias-rosa-luxemburgo%2F41597&psig=AFQjCNHM497cHwFQocsMSoyVI6ksR4U9nw&ust=1489446682730286" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para rosa luxemburgo" class="irc_mi" src="http://www.esquerda.net/sites/default/files/styles/480y/public/rosa_0.jpg?itok=itMd9Tj7" height="259" style="margin-top: 67px;" width="495" /></a></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O que restava do Império, através do Exército, forçou o estabelecimento de um semi-império, denominado República de Weimar, debaixo da qual se colocaram de imediato os oficiais prussianos (que vieram a ser mais tarde os mais afoitos e seguidores generais sanguinários de hitlerismo). </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A aventura revolucionária terminaria em Janeiro de 1919 com a detenção e ulterior execução sumária dos líderes spartaquistas.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>6 - A I Guerra Mundial começou com um incidente sangrento, mas localizado, o assassinato em 1914, do príncipe herdeiro Francisco Fernando do trono da Áustria-Hungria, pelo nacionalista jugoslavo Gavrilo Princip, em Sarajevo, na Bósnia.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Foi uma guerra de proporções ferozes, grandes massacres humanos, desvastações produtivas, que começou a 28 de Julho de 1914 e terminou a 11 de Novembro de 1918. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Foi centrada essencialmente na Europa, e, de uma maneira ou de outra, envolveu as grandes potências de então, com os seus aliados. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Formaram-se os confrontos, com algumas mudanças de campo, entre as chamadas Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia) e Impérios Centrais (de inicio Tríplice Aliança, Alemanha, Austro-Hungria e Itália, e, posteriormente, aquela saiu do pacto. Depois, reformularam-se alianças, com a Itália ao lado da Entente. O alastramento guerreiro trouxe novas Nações para a liça. Estatísticas aproximadas: 70 milhões de militares (60 milhões europeus). Mais de 9 milhões de mortos. No final, os Estados Unidos entraram na guerra para receber os troféus e arrecadar os juros.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A Rússia czarista entrou em colapso, com a desorganização total da sua economia e do seu Exército. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A Alemanha vai sofrer retrocesso das suas ofensivas em 1918, em parte por causa da contra-ofensiva das potências ocidentais, com apoio de última hora dos EUA, em parte, porque os partidos revolucionários começaram a influenciar o destino e a constituir mesmo governos revolucionários. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A desorganização económica criou um crise de proporções bíblicas em toda a Europa, cujo benefício, curiosamente, foi para a economia norte-americana. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Na realidade, os EUA, oportunisticamente, optaram pela neutralidade, o que lhes permitiu lançar e engrossar a sua produçao industrial e agrícola para os beligerantes europeus e ocupar os mercados exteriores dessas mesmos beligerantes. No final da guerra, forneceram empréstimos e colocaram as suas exportações na Europa.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O que restava do imperialismo alemã optou pelo armísticio e o SDP tomou os destinos do país (Weimar), procurando evitar a Revolução.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A chamada República de Weimar foi um subterfúgio para manter o nome real do novo Estado *Deusches Reich*, exactamente Império Alemão. Essa República, datada de 11 de Agosto de 1919, quando foi aprovada uma Assembleia Constituinte, depois dos altos comandos militares, «Oberste Heeresleitung», forçarem as forças políticas ditas moderadas a formar um governo sob a supremacia do SPD.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Foi a fórmula política configurada com as potências vencedoras para aceitarem a governação de Weimar, curiosamente encimada por um nobre, o principe Maximiliamo de Baden.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O final da I Grande Guerra resulta, na realidade e essencialmente, do pacto firmado entre a Alemanha governada já pelos «socialistas» capitalistas e a nova República Socialista Russa, nascida, oficialmente, da Revolução de Outubro de 1917. A nova República cede terreno, mas mantém intacto o regime.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>7 - O que vai mudar na geopolítia, o que cria o entrave, de imediato, na reorganização capitalista que se pretendia serena e cordata entre potências é, justamente, a Revolução Socialista Russa de 1917. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A Revolução Socialista de Outubro de 1917 não nasceu do céu. Ela germinou dentro de uma dupla crise: a interna, com a agonia do sistema czarista, a externa, a crise mundial capitalista agudizada pela guerra.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>As potências capitalistas tencionavam através da guerra reformular a geopolítica e a geoeconomia mundial, com a expansão de novos mercados e a conquista de territórios ricos em novas matérias-primas essenciais ao seu desenvolvimento, nomeadamente o petróleo.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>No início do século XX, a Rússia czarista era dominada por uma economia feudal e tinha em crescimento ainda incipiente a sua criação industrial - 80 % da economia provinha da agricultura. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A abolição do sistema esclavagista pelo czar Alexandre II, não foi imediata e criou profundas desigualdades no campo, com as alcavalas constantes dos impostos. O regime continuava absolutista, imperialista e repressor. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>No entanto, nesse início do século, em alguns eixos dos grandes centros urbanos, nasceram grandes complexos industriais, com uma máquina produtiva muito ténue, que elevaram rapidamente o número de proletários para cerca de quatro milhões. Com salários de escravidão, pobreza extrema. E a questão central é que a industrializaçao estava nas mãos do capital estrangeiro</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Em 1905, uma manifestação de protesto, curiosamente, conduzida por um padre ortodoxo, membro da polícia política czarista, caminha pela ruas de S.Petersburgo, simplesmente, para pedir a clemência do imperador. Este manda as tropas disparar sobre os manifestantes, com milhares de vítimas, os marinheiros do potente couraçado Potenkin, também, se amotinam, reprimidos com igualmente ferocidade.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Nasceram, então, praticamente, exponencionalemnete, os sovietes - organizações representativas de trabalhadores, nesta altura ainda sem proporções políticas que vão adquirir em 1917 - sem intervenção do partido bolchevique - o Partido que vai dar o PC Soviético- tiveram alguma influência. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Este soviete de 1905, melhor dizendo o de S.Petersburgo, ainda que tenha procurado gerir a vida política e económica não estava na madurez - nem no apoio social - de uma força política que veio a adquirir em 1917. Era, apenas, a reminiscência, difusa, nesta altura, que existia na consciência social ainda da Comuna de 1871. Acabaram por serem destruídos, esses sovietes, quando o poder czarista conseguiu refazer o seu poder.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>As revoluções de 1917 têm no seu bojo uma crise mais profunda e, essencialmente, uma desarticulação quase total do Exército czarista nas frente das batalhas.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>As linhas da frente estavam com falta de homens e a mortandade era imensa, não havendo capacidade de recuperação das unidades. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A logística, em armamento, homens e alimentos, não chegava às unidades debilitadas de combate. <br /><br />As retaguardas tinham as fábricas a trabalhar com salários de miséria, ou mesmo semi-paralisadas, falta de matéria-prima, impostos elevados, recrutamentos constantes e forçados. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>As despesas públicas cresciam, havia fome nas cidades e nos campos. Os soldados, a maior parte de origem camponesa, não queriam combater, regressavam à cidade e engrossavam ou apoiavam as greves e manifestações operárias.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>É nesta situação em descalabro real do Estado que surgem os sovietes, já como organismos de poder real dos explorados. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Estamos em Fevereiro de 1917. O rastilho é uma greve em Petrogrado, mandada reprimir pelo czar Nicolau II, facto que não é seguida por uma parte significativa das forças militares. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>É o começo da desorganização formal do Exército.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Há confusão, com o descontrolo estatal, principalmente da chamada ordem pública.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>É então que os sovietes ganham expressão de poder político em contraposição à superstrutura estatal em decomposição.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Passaram de simples comités de greve, que surgem em protestos expontâneos. Nas fábricas e oficinas, os operários debatem a sua jorna de trabalho, fizeram mais- começaram a gerir a sua própria sobrevivência como arranjar comida, organizar o escoamento das mercadorias, o seu transporte, o próprio sistema de recolha de pagamentos. Tiveram de estender as formas de solidariedade entre empresas, incluindo até os movimentos de pessoas de umas terras para outras, a segurança pública, no fundo, a superestrutura de poder. Para tal interligaram os comités urbanos e chegaram à organização rural, assessorada pelos soldados.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>É neste período que o Partido Social-Democrata (bolchevique) da Rússia vai ganhar peso, que não o tinha nos princípios de 1917 dentro das estruturas populares, pela sua capacidade de organização e por ser portador de um programa, que coloca no centro das reivindicações os principais o término da guerra e o controlo dos principais meios de produção e distribuição pelo governo saido dos sovietes.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A 27 de Fevereiro, soldados e operários das fábricas invadem o palácio Táuride, onde se reunia uma assembleia chamada Duma, formada à pressa pelas forças czaristas e partidos chamados moderados, que englobavam liberais e mencheviques, uma cisão do Partido Bolchevique. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>E de um debate acalorado formaram-se dois governos paralelos, a funcionar no mesmo edifício: um intitulava-se governo provisório. O outro era o Soviete de Petrogrado, formado por trabalhadores, soldados e militantes socialistas de várias correntes.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A 2 de Março, cercado pelos soldados, operários e outros, o czar Nicolau II capitulou e abdicou.<br /><br />Com a abdicação do czar, instituiu-se um governo provisório, liderado por um príncipe, Lvov, numa coligação com o Partido Constituicional Democrata (Kadets) e com Alexander Kerenski, como ministro da guerra.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A existência de dois poderes paralelos vai pender, nos meses seguintes, para o lado dos sovietes, à medida que eles são, na realidade, uma nova e dinâmica superestrutura e começavam a ter ao seu lado, principalmente, desde Abril, onde se dá uma clarificação política e ideológica, os soldados e marinheiros, e, principalmente, a organização dos soldados e certos oficiais das frentes que querem acabar com a guerra. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Eles, sovietes, tiveram que achar o seu próprio rumo nesse campo e tomar decisões sobre questões políticas. </b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Quando a greve se alastrou, se estendeu por todo o país, parou toda a indústria e tráfego e paralisou as funções do governo, os sovietes foram confrontados com novos problemas. Eles tiveram que regular a vida pública, tiveram que cuidar da ordem e da segurança públicas, eles tiveram que providenciar os serviços públicos essenciais. Eles tiveram que desempenhar funções de governo; o que eles decidiram era executado pelos trabalhadores, enquanto o governo e a polícia ficavam de lado, conscientes de sua impotência contra as massas rebeldes. Então os delegados de outros grupos, de intelectuais, camponeses, soldados, que vieram para se juntar aos sovietes centrais, tomaram parte nas discussões e decisões. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><a class="irc_mil i3597 iWGXu_bxbRmY-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwims7Hdi9LSAhWK5xoKHZPbAMwQjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=0ahUKEwims7Hdi9LSAhWK5xoKHZPbAMwQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fspotniks.com%2Fhistoria-da-revolucao-russa-em-16-imagens%2F&psig=AFQjCNE60QWajv06Hp1oYwwH8uXNXTO0Hw&ust=1489446762132584&cad=rjt" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para guerra civil russa comunismo de guerra" class="irc_mi" src="http://spotniks.com/wp-content/uploads/2014/11/18.jpg?x64310" height="393" style="margin-top: 0px;" width="516" /></a></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Quando se interligam e adquiram a moldura de poder piramidal, que vai da fábrica ao local de residência, das cidades às aldeias, a derrota da Duma suspensa e encurralada no palácio de Taúride foi real. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Todavia, os sovietes já eram controlados directamente pelo Partido bolchevique.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>É nesta altura que o Partido Social-Democracta bolchevique com Lénin na direcção e hesitações e contra-sensos de uma parte significativa da mesma direcção, incluido Stálin e Troskty, que aderiu, tardiamente, àquele partido, movimenta as massas populares que aderiram às suas teses e programa. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Tomam o poder em Outubro de 1917.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Foi a institucionalização do Sovietes em Congresso em 1917, que, no fundo, vai dar corpo à nova República Socialista. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Este poder, nesta altura, era plenamente democrático.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Originalmente, o seu nome era "Congresso dos Deputados dos Sovietes de Trabalhadores, Soldados e Camponeses". Abreviado depois para "Congresso dos Deputados do Povo."</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>8- O que se tem de analisar, agora, e debater historicamente é a razão porque uma Revolução Socialista, com um programa de novo poder exterior ao capitalista, assente na busca da melhoria da vida dos explorados, retrocedeu e porque existiu um hiato tão prolongdo que permitiu a expansão a todo o planeta do capitalismo, que, naquele tempo, 1917, era estigmatizado e já considerado como ultrapassado como modo de produção.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A primeira questão que se coloca é se seria possível vingar uma Revolução Socialista a nível mundial naquela época?</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Não vale a pena andar à procurar de quem nasceu primeiro. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A realidade. Houve uma Revolução Socialista num dos maiores Estados do Mundo naquela altura. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A tomada do poder pelos sovietes sucedeu num Estado e a situação mundial era de crise capitalista. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O capitalismo não estava derrotado, mas tinha sido profundamente ferido com a guerra e para se recompor, rapidamente, teria de destruir todos os direitos conquistados pelos explorados, impondo a ordem ditatorial, que realmente veio a conseguir na década de 30 do século passado.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A tomada vitoriosa do poder na Rússia pelos sovietes, com um programa socialista, foi possível e essa tomada de poder deu-se na situação concreta que surgiu perante os revolucionários.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O facto histórico e a sua criação original mostrou-nos que havia um novo modelo de produção que podia ser posto em prática. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Mas, nada se faz de um momento para outro.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A questão da sua sobrevivência dependeria em primeiro lugar da sua capacidade para fazer estender tal tipo de poder a novas Nações ou Estados e, noutra fase, fazer pender para o campo do socialismo outros países.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><i>Sem revolucões socialistas nos países capitalistas mais avançados da Europa, em especial, Alemanha, França ou Inglaterra, o cerco imperialista e uma provável recuperação e rejuvenescimento do modo de produção capitalista, no pós guerra, iriam, certamente, estrangular ou procurar estagnar os avanços sociais e de poder que a Revolução Soviética veio trazer. </i></b></span><br />
<b><i><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></i></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Estava - e está - em causa um duelo de vida e morte entre dois sistemas políticos e ideológicos.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A novel República soviética teve de enfrentar logo a 8 de Outubro três +frentes+ de luta económica e superestrutural.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A primeira de relançamento da organização económica, a segunda de organização de poder da ordem pública e a terceira a preparação do fim da guerra. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Estas tarefas continham em si contradições, não só dentro do novo próprio partido (e das suas possíveis alianças), como internas dos derrotados internos ligados ao antigo poder czarista e aos seus novos aliados ditos moderados, que, aparentemente, apoiaram a Revolução de Fevereiro, e agora combatiam a revolução de Outubro. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>E, acima de tudo, das potências externas que procuraram qualquer tentativa para formar e apoiar um novo tipo de Exército pós-cazarista que fosse braço armado da contra-revolução (dos antigos regimentos czaristas e das potências capitalistas que as iriam apoiar e estimular).</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Foi a partir dos sovietes que nasceu o primero governo formado por bolcheviques e socialistas revolucionários, com um programa de cariz socialista, em que os seus militantes, simpatizantes ou simples apoiantes operários tiveram de gerir as fábricas e empresas, arranjaram matéria-prima e organizaram a distribuição em pequena e grande escala, tiveram de gerir os seus salários e organizar as suas estruturas sociais e sanitárias. Fizeram, inclusive, de agentes prático do deve e haver governamental, ou seja pagamentos aos camponeses e aos operários e restante administração pública.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A fase decisiva seguinte era a ordem pública e a organização de defesa pública do novo poder. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Tudo isso foi conseguido, a pulso, a partir do sistema de vigilancia dos bairros, estradas, centros rurais e fábricas, e, principlmente de uma milícia armada capaz de enfrentar os insurgentes provenientes dos velhos regimentos czaristas e da intervenção militar estrangeira.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A terceira e mais importante estava ligada ao término da guerra. E essa era a condição principal da adesão ou pelo menos tolerância do jovem soldado camponês ao regime.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Foi conseguido um armísticio guerreiro com a Alemanha, muito custoso para a nova República, mas que a salvou naquele momento. Ficou conhecido pelo Tratado de Brest-Litovski (ou de Brest-Litovsk). Assinaram, além da República soviética, as Potências Centrais (Império Alemão, Império Austro-Húngaro, Bulgária e Império Otomano) em 3 de março de 1918, em Brest (antigamente Brest-Litovski), na actual Bielorrússia, pelo qual era reconhecida a saída do Império Russo da Primeira Guerra Mundial.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Os termos do Tratado foram considerados na altura pelo próprio líder da Revolução, Lénin, como humilhantes. O novo poder perdeu o controlo político e territorial da Finlândia, Países Bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), Polónia, Bielorrússia e Ucrânia, bem como dos distritos turcos de Ardaham e Kars, e do distrito georgiano de Batumi. Tudo isto fazia parte do antigo império czarista. Foi o resultado prático de reconhecimento de uma derrota do império czarista, mas que salvou, com a perda momentânea de territórios, pela existência prática do novo regime.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A questão contudo era populacional e económica para um poder que se queria novo: Estes territórios comportavam um terço da população da Rússia, 50% de sua indústria e 90% de suas minas de carvão.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Uma parte desses terrritório estiveram pouco tempo nas mãos dos alemães vitoriosos. Com o armistício, alguns tornaram-se independentes - Finlândia, Estônia, Letônia Lituânia e Polónia. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Na prática, uma independência tutelada. A Bielorrússia e a Ucrânia envolveram-se na guerra civil contra os bolcheviques e com a vitória daqueles em 1921, regressaram à República soviética.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Um das acções que inicialmente trouxe para o lado da revolução as populações dos territórios não russos do império czarista foi um decreto do governo provisório que estipulava a liberdade de autodeterminação de todos os povos que viveram sob o domínio do czarismo. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>É a partir dele que nasce, em 1922, a União da República Socialistas Soviéticas.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A nacionalização do sistema bancário e o controlo estatal dos investimentos estrangeiros deram um ánimo revolucionário ao sistema de controlo produtitivo, mas a socialização da terra esbarrou-se com a realidade da situação interna - uma parte substancial da posse dos novos terrenos agrícolas estavam nas mãos dos camponeses.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Aqui começam, a nível interno, as primeiras *retificações* teóricas do programa do partido bolchevique: a terra não socializada é entregue, em parte, os seus antigos proprietários, que ainda que sendo pequenos agricultores, se tornam proprietários dos meios de produção.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><u>E é o próprio Lénine a justificar que o regime saído de Outubro de 1917 não é um regime socialista, mas de Capitalismo de Estado.</u></b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Este tipo de regime, que se admitia apenas, </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>como transitório, no seu início, face às dificuldades do seu nascimento, e do atraso económico onde estava inserido, a continuar, todavia, se não houvesse uma extensão da mudança de modelo económico nos países mais avançados da Europa, ou seja revoluções socialistas que obrigassem a uma reformulação de toda a estrutura produtiva numa nova superestrutura política, esta, nova, então referência revolucionária em todo o mundo, acabaria por enquistar-se e tornar-se um centro de uma contra-revolução. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Claro que toda esta mudança geopolítica só vingaria numa nova situação política e numa outra disposição dos sectores mais avançados das classes trabalhadoras, que mais adiante abordaremos.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>(O capitalismo de Estado formado inicialmente na Rússia soviética esteve centrado na ideia de que para manter o aparelho de estado a funcionar era necessário haver uma certa diferenciação social entre os técnicos normalmente recrutados entre funcionários do antigo regime e o operário vulgar - o projecto inicial era o de igualizar esse salário.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Assim, embora houvesse, na realidade, uma exploração no seio dos trabalhadores, o Estado como *controleiro* impedia a apropriação privada em larga escala, já que era ele o monopolista dos meios de produção e distribuição e evitaria, na teoria, a acumulaçao de Capital por uma casta de privilegiados.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O facto é que este capitalismo de Estado nunca foi passageiro, nem regrediu, tomou, na realidade, todo o controlo económico da URSS até ao seu fim).</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Vladimir Lénin tem perfeita noção da distorção que o regime soviético estava a sofrer como Estado isolado de fraco desenvolvimento industrial.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Ele detectava, já antes, mesmo antes de Outubro, sem veleidades, que "a cultura capitalista da grande indústria" teria elevado as tarefas de construcção do novo Estado a uma simplificação tremenda, o que pressupunha o efeito de poder aplicar de imediato um programa socialista. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Isto afirmava-o ele em Agosto de 1917, ou seja meses antes da tomada do poder pelos bolcheviques.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>No «Esboço do Programa do Partido», que foi levado ao seu VIII Congresso, Março de 1919, Lénin criticava, ferozmente, mas já sem eficácia, o avanço da *burocracia* partidária. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>"A burocracia está tentando retomar algumas de suas posições e está tirando vantagem, por um lado, do nível cultural insatisfatório da massa do povo e, por outro lado, do esforçado e quase sobre-humano esforço de guerra do setor mais desenvolvido dos operários urbanos. A continuação da luta contra a burocracia, assim, é absolutamente necessária, é imperativa a fim de assegurar o sucesso futuro do desenvolvimento socialista".</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>9 - Da derrota da Comuna de Paris, em 1871, até à conquista do poder pelo partido Comunista (bolchevique) da Rússia, verdadeiramente, em 1921, com o fim da guerra civil na nova URSSS as condições sociais de existência tinham-se modificado. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Em 1871, segundo K.Marx, o proletariado de Paris, isolado, procurou um «assalto ao céu», em 1917, era já um povo inteiro, com uma unificação territorial avançava para a ascensão socialista ao poder.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Com a Comuna, as condições objectivas revolucionárias de Paris, não se estendiam ao resto do país, nem os países que rodeavam França se encontravam em fase pré-volucionária e muito mesmo revolucionária. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Pelo contrário, era visivel que a burguesia industrial estava em ascensão e o capitalismo, como novo modelo económico face ao feudalismo, representava uma fase de progresso na sociedade, fazendo aparecer e crescer uma nova classe que pretendia reorganizar a vida societária, libertando-a da exploração, os proletários. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Esta «transição» trouxe um fase de aprofundamento de conflitos já que certos centros industriais enquadravam milhares e milhares de operários, que não tinham pejo em enfrentar, mesmo com violência, a exploração patronal da burguesia industrial que se estava a instalar e a ganhar poder político.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A I Grande Guerra surge, precisamente, nesse contexto de crescimento e confronto classista da burguesia pela conquista de novos mercados e da necessidade de novos territórios beneficiários de matéria-prima, essencial para o incremento da produção capitalista. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O líder soviético, Lénin, confrontado com a guerra civil interna, a desvastação produtiva provocada, por um lado, pela participação czarista na I Grande Guerra, por outro a sabotagem objectiva dos antigos senhores e representantes do antigo regime, mas, essencialmente, por o seu país ser, do ponto de vista da produção - da nova produção capitalista - estar em inferioridade de implantação do novo modelo industrial que grassava já com força na Europa anglo-saxónia e se começava a expandir do outro lado do Atlântico, na América do Norte, teve a percepção de procurar, sem demora, aliados. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Aliados estes que para serem eficazes e capazes de conterem a contenda com as potências ocidentais ganhadoras da guerra, que procuravam desejavam fazer a construcção firme do sistema capitalista nos seus Estados, teriam de fazer parte do campo da Revolução, se posssível com a tomada do poder na Alemanha e desorganizar a reconstrução capitalista de França.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Foi com esse objectivo que Lénin e a direcção do Partido bolchevique lançaram a ideia de criar a III Internacional Comunista. O primeiro Congresso iniciou-se a 2 de Março de 1919. A presença soviética é avassaladora e centra o seu objectivo na defesa da URSS, como república socialista, tendo ficado para segundo plano a definição prática de um novo tipo de poder saído de uma tal revolução. E, principalmente, as definições das alianças. Os países ocidentais europeus mais industrializados, bem como a América, tinham em grande medida ultrapassado a questão agrária.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A saudação de abertura de Vladimir Lénine é um exemplo em como a URSS socialista estava isolada ao apoiar o seu discurso num contra-senso: «O sistema soviético venceu no solo da atrasada Rússia, senão na Alemanha, o país mais desenvolvido na Europa, assim como na Inglaterra, o país capitalista mais velho». </b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><a class="irc_mil i3597 i73EoOIdcp1s-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwjawqG5jNLSAhWH6xoKHRCTD80QjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjawqG5jNLSAhWH6xoKHRCTD80QjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fmundodosocialismo.blogspot.com%2F2013%2F03%2Fterceira-internacional-internacional.html&psig=AFQjCNEdEW9FL9Qm3d0qU7ORc04VMpIRSA&ust=1489446918616160" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para iii internacional comunista" class="irc_mi" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEaYHm6rfUzphGkg_S07A2abRVQRqjMXxXB8V4HZt84y-QYEfi19YueljEbLXocLl-XF2M6MKbvgoQdZRLb4jmr94vjDek1dOYnW-QB0eY_LNKnpdCnRsgoJqimgmvo4VmIw6LxHFL1eG2/s1600/3IC.abertura.jpg" style="margin-top: 112px;" width="296" /></a></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A realidade é que a revolução spartaquista alemã (1918/19) tinha sido derrotada e na Inglaterra não havia qualquer sintoma de uma coordenada movimentação operária revolucionária. Em 1919, tinha sido destruída a Revolução Soviética Húngara.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O que vai permitir uma *continuidade de legitimidade* à Revolução Soviética é facto de no interior do capitalismo mais avançado e entronizado na Europa e nos EUA se degladiarem facções para impulsionar o sistema político na introdução de soluções ditatoriais na gestão económica do país: desde a Alemanha aos Estados Unidos, passando pela França e Inglaterra (neste último, o rei Eduardo VIII era pró-nazi, a razão principal da sua abdicação).</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>E nesse avanço pelo terreno fascista do capitalismo ocidental em ascensão estava, precisamente, a luta contra o capitalismo de Estado soviético, que nascera da própria Revolução Socialista. Esta era, pois, para os povos mais avançados e conscientes o alvo que o revanchismo capitalista liberal necessitava de abater, e, em último caso, destroçar o novo modelo de poder político que abria caminho à luta contra a exploração e a opressão.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>No programa inicial da Revolução Soviética, que lançou uma nova perspectiva de governação mundial entre os sectores mais avançados das classes trabalhadoras, estavam consignas, que permaneceram e permanecem, como programas políticos, como a jornada de 48 horas, as melhorias das condições de trabalho, as reivindicações de trabalho igual, salário igual, tratamento igual para os trabalhadores, indedependente dos sexos, contra o trabalho infantil, eleições de conselhos ou comissões de trabalhadores, controlo operário, entre outros.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Elementos possíveis de modificações radicais na forma de exercer o poder de base, desde os conselhos operários, as eleições em toda a superestrutura, uma nova relação de defesa nacional apostada na milícia permanente.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><u>Todavia, internamente, a Revolução dos Sovietes de 1917, estava já em 1918, apesar de conseguir conter a ofensiva militar exterior do capitalismo ocidental, a definhar.</u></b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Mas, no interior da própria URSS, esta estagnação do progresso revolucionário começava a ser visível e os diferentes grupos organizados em torno dos principais dirigentes degladiavam-se e não conseguiam ultrapassar os problemas de fundo da Revolução: o impulso rápido para a industrialização e a satisfação das necessidades alimentares básicas dos proletários que procuravam relançar a produção e enquadrar as milícias vermelhas.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Vladimir Lénine, doente, procurava relançar a produção agrícola para obstar à dificuldades de abastecimento, com a introdução de medidas de troca capitalista no campo, a chamada NEP. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Aparentemente, com controlo férreo estatal. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Sem grande sucesso.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Historicamente, o que interessa nos dias de hoje, é saber porque no interior de uma poderosa revolução, que tinha a aceitação tácita ou militante de milhões de proletários, não só na URSS nascente, mas em todo o mundo, se iniciava um processo contra-revolucionário, e que essa contra-revolução era mascarada por programas e práxis políticos ditos socialistas, mas que já não tinham a ver com o poder de base dos sovietes, mas de uma superestrutural estatal perfeitamente burocratizada e autista, sustentada por um núcleo de antigos combatentes e esforçados líderes, que agiam, ainda, sob *estruturas de base* robustas, mas ainda incipientes.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>No entanto, já estruturadas na realidade com todos os tiques de ditadura.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Na realidade, como se montava o poder soviético? O Comité Central Executivo Pan Russo dos Sovietes, que, teoricamente, era o órgão supremo desse poder, sustentado, no início, nos sovietes, não teve uma única reunião entre 14 de Julho de 1918 e 1 de Fevereiro de 1920.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>10 - Significa isto que na prática todos os decretos, decisões, ou o funcionamento das ligações entre o governo central e as Repúblicas Federadas, foram adoptados, decididos e discutidoo no comité central do Partido, ou para ser mais preciso na sua comissão política. Logo, colocando de lado a organização dos sovietes.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Em 1923, no seu último artigo escrito em vida com o título «É melhor poucos, mas bons», Lénine admite que o Estado soviétivo estava marcado pela «ineficácia», pela «inutilidade» e, mesmo, se estava a tornar «nocivo». E reconhecia: «há burocratas não somente nas instituições dos sovietes, mas também nas do partido».</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Um ano antes, o líder sustentava que o pior inimigo interno da revolução era «o burocrata: o comunista que se encontra numa posição responsável no sistema soviético (ou irresponsável) e que goza de respeito geral como um homem consencioso».</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Na realidade, o PCUS e os sovietes eram dirigidos por intelectuais, que nada tinham com a actividade operária (Lénine, Sverdlov, Stáline, Rykov, Molotov, Kamenev, Zinoviev, Trotski, Bukarin, Muralov, entre outros). </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A direcção efectiva era constituída por Lenin, Leon Trotski, Lev Kamenev, Iosif Stáline e Nikolai Krestinski, tendo Nikolai Bukharine, Grigori Zinoviev e Mikhail Kalinine.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Siga-se a evolução estatística do crescimento do PCUS. Isto segundo dados aproximados retirados de diferentes fontes, incluindo do próprio partido.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Assim, em Janeiro de 1917, o velho Partido Bolchevique teria cerca de 25 mil membros, que cresceriam para a ordem dos 200 mil em 1918.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Em 1923, esse número teria subido para uma valor de cerca de 386 mil militantes. Valor este que ascendeu para os 730 mil em 1924, no ano da morte de Lénine. Ou seja, apenas mais ou menos de 3 por cento dos militantes de 1924 pertenciam ao velho PC bolchevique.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Segundo os diferentes registos consultados, entre aquelas duas datas, o número de militantes que se diziam operários aumentara significaticamente: um número da ordem dos 200 a 250 mil. Igualmente, os filiados camponeses eram em número elevado. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Formalmente, o partido bolchevique proletarizara-se. Apenas, formalmente.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Por volta de 1920, no entanto, apenas 11 por cento dos operários militantes exerciam a sua profissão na empresa, mais de 60 % estavam integrados na estrutura do novo Estado ou eram funcionários do PCUS.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Vladimir Lénine tem a noção esclarecida que o retrocesso revolucionário era real. Em Março de 1922, escrevia a Molotov: "Se não fecharmos os olhos à realidade, devemos admitir que actualmente a política proletária do partido não é determinada pelo carácter dos seus membros, mas pelo prestígio enorme e indivisível de que goza o pequeno grupo que pode ser chamado de Velha Guarda. Um pequeno conflito no interior desse grupo será suficiente, pelo menos para não para destruir esse prestígio, mas provocará, pelo menos, o enfraquecimento do grupo a tal ponto que lhe tirará o poder de impor sua política". In «Condições para a Admissão de Novos Membros no Partido», carta a Molotov, Obras Completas.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Não eram, portanto, os proletários que dirigiam e influenciavam a actividade prática e ideológica do PCUS.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Lénine sabia o que dizia, ele próprio o deixa escrito - o Partido bolchevique está nas mãos de funcionários burocratas - a maioria nem sequer membros partidários eram: nos finais de 1920, já haveriam mais de cinco milhões em todos os escalões do Estado.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>11 - Surge então a questão como se pode ter mantido ao longo destes 100 anos, a ideia de que existiu uma Revolução Comunista na Rússia e que se manteve até 1991?</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>As mudanças sociais que se deram na sociedade russa em Fevereiro e Outubro de 1917 foram obra de revoluções.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>As revoluções produziram mudanças reais na dominação de classes que geriam o Estado russo. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A revolução de Fevereiro, que mereceu o apoio da nova burguesia ascendente, dos mencheviques e bolcheviques, teve um forte impacto e apoio popular. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A mudança de Estado passou da monarquia absolutista para um regime de parlamentarismo burguês, sustentado numa facção +moderada+ do velho regime czarista, cujo chefe de governo era o principe Georgy Yevgenyevich Lvov, que já fora ministro durante a I Duma no tempo do czar Nicolau II em 1905, como membro do autorizado pelo regime do czar, o Partido Democrático Constitucional, tendo como ministro da Guerra Alexander Kerensky, próximo dos mencheviques. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Os bolcheviques não entraram nesse governo e sustentaram um novo poder assente na organização dos sovietes. No fundo, havia uma dualidade de poder. O que era um facto novo na história das revoluções.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Na realidade, o poder parlamentar apenas se formara no rescaldo da queda do czarismo, com algum apoio popular principalmente dos soldados-camponeses, mas procurava estabelecer-se como minoria estatal que desse corpo ao novo poder burguês, principalmente porque decidiu continuar a guerra e não adquiriu capacidade governativa para gerir a produção industrial. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Ou seja, não teve força política para levar o incremento industrial já constituído nos anos finais do czarismo para a forma que pudesse enquadrar um sistema estatal adaptado às novas condições.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A maioria popular que deu apoio à Revolução de Fevereiro não cooperou, nem se deixou entusiasmar com a constituição da nova forma parlamentar, a Duma.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Na realidade, os sovietes, que no início não tinham na sua direcção membros destacados do Partido Social Democrata bolchevique russo vieram, paulatinamente, a ocupar posições prepoderantes de direcção no esfrangalhado sistema estatal saído do czarismo.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>As revoluções anteriores, quer as de Paris de 1848, quer as da Comuna de 1871, ensinaram, pelas suas derrotas, aos partidos revolucionários, a importância da conquista do movimento revolucionário, assente num programa de radical de mudança societária.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Ou seja, a aprendizagem de 1848 e da Comuna em 1871 dera indicações que as classes operárias, apesar de terem a grande percepção de que estavam a influir nos movimentos que lançaram aquelas revoluções, não conseguiram então uma influência decisiva na consolidação dessas vitórias em territórios extensos. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Normalmente, havia divisões pouco depois desses movimentos revolucionários e as classes dominantes voltavam a ocupar o poder, claro que noutras condições.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Todavia, algo de novo apareceu no panorama político das revoluções com a Comuna. Embora o resto do país não estivesse com o operariado rebelde de Paris, na capital francesa, quando a revolução tomou o poder, todas as classes exploradas ali existentes se uniram aos proletários que lançarem os alicerces de uma República Socialista.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Facto este que teve reflexos na Revolução Russa de 1917.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Quando os bolcheviques avançam em Outubro de 1917 para a tomada do poder, com um programa socialista, por detrás da sua capacidade de mobilização e estruturação militar para derrotar os partidários da Duma, estava, em grande medida, sob a euforia da realização dessa República Socialista, não numa cidade, como Petrogrado, mas em toda a antiga Rússia czarista.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Nessa data e naquelas condições, a posssibilidade de tal transformação revolucionária seria possível e teria de ser encarada, a questão que se coloca hoje - e que o próprio Lénine abordou, sem aprofundar - é que uma revolução de tal envergadura não poderia suceder num só país que não estava a uma graduação de incremento económico que tivesse capacidade de eliminar no imediato a produção capitalista.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A crise económica e política que se iniciara antes da I Grande Guerra e que o capitalismo em crescimento pensava resolver no rescaldo daquela com um salto em larga escala nos anos subsequentes revelou-se mais profunda e de difícil resolução e enquadramento para esse mesmo sistema. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>E, em certo sentido foi o que permitiu a continuação de uma áurea de revolução socialista na URSS, apesar de se encontrar em meados dos anos 20 já em processo avançado de contra-revolução. </b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><img alt="A parada em homenagem do 75 aniversário da parada de 1941 na Praça Vermelha" height="216" itemprop="associatedMedia" src="https://cdnbr1.img.sputniknews.com/images/689/03/6890332.jpg" title="A parada em homenagem do 75 aniversário da parada de 1941 na Praça Vermelha" width="400" /></span><br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Mas esta contra-revolução era feita sob a forma de capitalismo de Estado, com uma industrialização forçada e uma reforma agrária «feita por cima» que levou a modificações de um certo nível de vidas populações, com mais emprego, mais apoios sociais, mais educação. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Cujo processo de acumulação capitalista no interior da União Soviética se fazia sob a tutela do Estado, com uma distribuição de riqueza entre a minoria dirigente, que não apresentava os resultados visíveis e escandalosos da usura que se espalhava pelo chamdo Ocidente democrático.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>No entanto, a dinâmica da evolução da sociedade não só na Europa, mas na América, do Norte e do Sul, e mesmo, ainda que incipientemente em certos países do Extremo Oriente, como o Japão, apontava para uma realidade que somente adquiriu uma pujança extraordinária no pós II Grande Guerra: o avanço constante e avassalador do capitalismo chamado de liberal no Mundo, mesmo quando se registaram Revoluções anti-imperialistas, com uma fachada socialista na China, em Cuba, no Vietname, no Laos, Cambodja e nacionalistas anti-coloniais na Índia, Paquistão, Indonésia e em grande parte da África.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O que vai permitir que o «espectro» do caminho socialista persista na URSS nos anos 20 e 30, e, de maneira evidente, nos 40 do século passado é, justamente, o facto de o confronto entre o capitalismo galopante ocidental, cada vez mais repressivo e triturador dos direitos dos trabalhadores, através da sua implantação como Estados nazi-fascistas, e o capitalismo de Estado soviético, cada vez mais contra-revolucionário no seu interior, mas obscurecido perante os operário no exterior, ser feito sobre a propaganda política organizada e sistemática de destruir «o terror comunista». </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Ou seja, desfazer uma revolução, na visão dos elementos mais militantes e conscientes dos países capitalistas ocidentais. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Porque não havia um programa político revolucionário de um partido com credibilidade ideológica, sob o pensamento real de Karl Marx e Frederio Engels, que conseguisse denunciar, com clareza materialista, a contra-revolução que se implantava na URSS. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Nem nas sociedades capitalistas mais avançadas se registava um renascimento revolucionário socialista alternativo ao programa da URSS.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O que se tornou evidente é que, nessa altura, fim da I Grande Guerra, o nível do incremento económico não estava em condições objectivas e subjectivas de fazer desaparecer a produção capitalista. E mais evidente se tornou quando a própria Revolução Russa avançou, com ferocidade, para a implantação, rápida e em todo o país, do capitalismo de Estado.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Essa evidência estava, precisamente, estampada na orientação estratégica da classe dirigente que se reorganizava após a morte de Vladimir Lénine, embora ele próprio já admitisse que a revolução russa teria de se impor por ela própria, com o programa de construção do "socialismo num só país".</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Toda esta orientação enquadrava depois uma base ideológica assente na teoria do «marxismo-leninismo», como pensamento inovador dos escritos de Marx e Engels, numa política prática que ficou conhecida como a «aliança operário-camponesa».</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Toda esta miscelânea ideológica-política-prática foi alargada a toda a III Internacional, que determinou que a forma de governo socialista se enquadraria no que foi instituido no pós II Grande Guerra nos modelos de «democracias populares».</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A contra-revolução na Rússia Soviética não se fez de repente, nem teve, no seu início, os contornos das velhas revoluções que percorreram o continente europeu nos séculos XVIII e XIX. Foi realizada por alguns dos principais dirigentes que construíram a inicial URSS. Sempre com a utilização dos slogans e palavras de ordem gerais que surgiram em 1917. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Além do mais, passando o período crítico da guerra civil, o certo é que o desenvolvimento económico e social foi visível em todo o país.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Quando nos anos 30 do século XX, aparecem </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>críticas de dirigentes em certos partidos comunistas ocidentais sobre a evolução da Revolução Russa - e inclusive na própria URSS, com a própria mulher de Lénine, Nadežda Krupskaja, que fica praticamente sob prisão até 1936, ano da sua morte, após a sua denúncia da situação do país - não houve tempo, nem serenidade, face às épocas conturbadas que antecederam a II Grande Guerra, para um debate ideológico eficaz, tendo como baliza a crítica que Marx e Engels fizeram aos acontecimentos na Rússia pré-revolucionária.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Tem de se reconhecer que as análises que se fizeram nas décadas a seguir a Outubro de 1917 e as perspectivas que se apontavam para a possibilidade, em tempo imediato, não correspondiam à realidade. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Houve ilusões e conclusões precipitadas sobre a ruptura total com o sistema capitalista na altura.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Ilusões estas que, aliás, ja vinham de trás. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A obsessão de que surgiria, em breve, uma nova fase revolucionária, não estava em sintonia com as condições objectivas que o capitalismo conseguiu redobrar. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Na realidade, durante este século, no meio das tentativas de avançar, aqui e ali, para novas formas de poder político, o certo é que a sociedade universal passava por uma fase de estagnação revolucionária e de consolidação e alargamento do sistema capitalista, praticamente, a todo o planeta. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Paralelamente e em conjunto com o próprio capitalismo de Estado.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Por muito importante que tenha sido a Revolução Soviética de 1917, o certo é que, assim o penso, atravessamos na realidade um enorme período histórico, digamos, com clareza, pré-revolucionário.</b></span><br />
<b><span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span></b>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Hoje, estamos numa época de profunda crise económica, social e política e mesmo ideológica que poderá abrir as portas a novas convulsões revolucionárias de grande envergadura.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Os revolucionários, aqueles que analisam com olhos de hoje o legado da crítica ao capitalismo de Karl Marx e Frederico Engels - e estes têm o seu pensamento enquadrado na época onde viveram, houve, portanto, mudanças sociais enormes - tem de se ater ao seu principal legado: a de que é possivel transformar, revolucionariamente, todas as condições econonómicas, políticas e sociais para levar o homem a deixar de ser um escravo de uma minoria.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Ora, isto exige uma crítica de fundo à teoria marxista-leninista e um reenquadramento radical de todos os conceitos programáticos.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Com o alargamento do capitalismo a todo o mundo, tem de olhar também para um programa revolucionário mundial. </b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Porque, quer queiramos, quer não, novas revoluções vão rebentar. A evolução humana por uma vida melhor não para.</b></span>Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-54025832943410365182017-02-04T09:59:00.001-08:002017-02-10T02:39:11.563-08:00A RESPOSTA AO TRUMPISMO É A EUROPA UNIDA<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">1- O vigarista capitalista Donald Trump, com negócios ligados à Mafia, pelo menos, em Las Vegas, ascendeu ao poder supremo do Estado norte-americano. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">As cabeças liberais, políticas e não só, bem-pensantes e os comentadores e políticos do conservadorimo e social-democracia (ou socialismo democrático) ocidental, mas particularmente europeu, lançaram - e lançam - gritos estridentes de virgens medievais ofendidas. gesticulando, sem rei, nem roque, como pode ter acontecido tal desiderato. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">O campo democrático norte-americano - sustentam- é um farol de moralidade e bons costumes.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Com as mãos no peito, e com olhares lancinantes, vociferam ou escrevem, argumentando, com palavras ocas, como é possível que milhões de seres humanos pensantes e explorados se deixem enganar por um trapaceiro aventureiro. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">O fim do mundo chegou, enfim, para os paladinos da</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">democracia formal, gerida e cozinhada, justamente, pela oligarquia capitalista dominante nos Estados Unidos da América. Pois, é esta, realmente, que conta nos negócios de Estado.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">No rescaldo da sua derrota, não fica bem aos "crentes democratas", e é perfeitamente enganador e manipulador, vir a terreiro gesticular contra as pessoas que votaram em Trump como «carneiros» seguidistas dentro dos ditames dessa mesma democracia, e, que o evento, no seu modelo actual, não cabendo no politicamente correcto das suas orientações, se tornou uma fraude e uma surpresa. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Os democratas - atiram com estafadas justificacções que *preferiam um mal menor*, eles, - ou seja, esses mesmos, os Clinton, Os Obamas, os Kennedys, são «apenas bons ladrões».!!!</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">No domínio da História e da Economia política, torna-se rídiculo sustentar que um vigarista do calibre de Trump se tenha tornado Chefe de Estado da potência norte-americana e dos seus 300 milhões de habitantes apenas com a *magia* propagandística de um safado aventureiro capitalista.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">A votação que escolheu Trump não está desligada da profundidade da crise económica e financeira que abala a sociedade norte-americana desde o princípio deste século.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Trump, que, com o seu slogan deseja repor a «América primeiro», no fundo, reconhece o decréscimo do seu país, e, procurou colocar-se, todavia, de fora desta realidade e fazer a sua campanha eleitoral contra o estado de coisas caótico interno. Como se ele fosse um sem-abrigo, e, não um actor maior criminoso co-responsável do descalabro norte-americano. <br /><br />Foi - é - trapaceiro, é certo, mas o problema não é dele. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">No debate eleitoral, não teve, na realidade, um combate político argumentativo e eficaz anti-capitalista dirigido ao cerne dos verdadeiros respondáveis pela situação. </span><br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana"; font-size: medium;"><a class="irc_mil i3597 iFrCdpNnmXjM-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwjYyc6Y_fbRAhVGWxoKHQ3HAr8QjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjYyc6Y_fbRAhVGWxoKHQ3HAr8QjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fdanizudo.blogspot.com%2F2016%2F09%2Fpor-que-eleicao-americana-entre-hillary.html&psig=AFQjCNGOMjlPPqQSm2IboKuJNOmi7dUWWQ&ust=1486316108274559" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para a elite americana" class="irc_mi iFrCdpNnmXjM-pQOPx8XEepE" height="322" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCe94bAAhw3dhpIJRI6-M57NSPa-TAQY0O3n7aKL4ZU1TrTWXmYBeYY8rWCjoGUEKxdHbjfUO7VKKcNlUaABg4Z9t4_vSPGY89lqwBCOXrDLXFOBEPsk6eFujCri6NnrEgfxnv2qUrFek/s1600/leadpres-702x336.jpg" style="margin-top: 36px;" width="673" /></a></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">(Um aparte - a fandangagem democrata, dirigida por Obama e Wall Street, tudo fez, aliás, para desarticular e destruir uma ténue solução social-democrata de B.Sanders que atacava, ao de leve, a usura dos Goldman Sachs, e quejandos, com uma vaga *revolução social*. Sanders era um «revolucionário», nós preferimos Trump, confessava a liderança democrata!!!. O problma para eles é que a populaça de Sanders podê-lo-ia ultrapassar e fazer uma verdadeira revolução).</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Ou seja, os Clinton,os Biden e Obamas são apenas a outra face da moeda do sistema democrático falido trapaceiro. Eles foram os cúmplices e autores por omissão do programa político que os norte-americanos vieram a escolher....</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">O avanço galopante do capitalismo sem freio, criminoso, desde a crise do petróleo de 1973 não foi harmómico entre as diferentes classes e fracções de classes da burguesia que rompeu e saiu vencedora, politicamente, desde o século XIX.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Embora o impulso capitalista enorme desse século estivesse centrado no incremento industrial e na implantação mais ou menos generalizada da burguesia industrial, o certo é que com as crises de grandes envergaduras que antecederam as I e a II Grandes Guerras, e, principalmente, o desenvolvimento societário extraordinário que surgiu após os anos 50 do século XX o que fez engrandecer e impor-se, essencialmente, foi um sector dessa burguesia, a grande burguesia financeira.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>A globalização capitalista levada a efeito neste século que se estendeu desde a América ao Extremo-Oriente, incluindo a China e a União Soviética, foi conduzida, lenta, mas paulatinamente, apenas pela batuta da usura dos banqueiros, que suplantou o capitalismo de Estado soviético, mitificado como socialismo.</b> </span><br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">O climax dessa orgia - e o início da curva descendente - sucede, justamente, com a crise de 2007 nos Estados Unidos, com a responsabilidade criminosa de Wall Street. </span><br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">E a preocupação central do poder económico foi a de salvar, a todo o custo, esse centro usurário. Obama, com as suas falas mansas, foi o representante político cimeiro desse poder, que se enquadrou, majestaticamente, nos alicerces da usura judaica de Wall Street, via Goldman Sachs, Bank of América, Wells Fargo, JP Morgan Chase, Citi Group, Morgan Stanley, entre outros. Com uma expansão imperial sangrenta em todo o mundo, particularmente no Médio-Oriente e África.<a class="irc_mil i3597 iWjdHQUl9z94-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwjY-rbq_vbRAhVFWxoKHV77BbwQjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjY-rbq_vbRAhVFWxoKHV77BbwQjRwIBw&url=https%3A%2F%2Fargemiroferreira.wordpress.com%2F2011%2F04%2F10%2Ffraude-e-falsificacao-receita-dos-bancos-nos-eua%2F&psig=AFQjCNG8spoAwYGsac_d9J5_om_CRpE5sg&ust=1486316557684730" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para os bancos americanos" class="irc_mi iWjdHQUl9z94-pQOPx8XEepE" height="329" src="https://argemiroferreira.files.wordpress.com/2011/04/grandesbancosenvolvidos.png" style="margin-top: 32px;" width="403" /></a></span><br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span>
<br />
<br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">De maneira evidente, nestas últimas dezenas de anos, em todo o mundo ocidental, em particular nos Estados Unidos, porque era o seu centro, todo o poder de Estado era dominado por essa grande burguesia financeira (quer a instituição fosse republicana ou democrata). Eram os homens de Wall Street que subjugavam o sistema bancário, seguros, as grandes empresas petrolíferas, os centros mineiros, as redes transnacionais de aviação, ferrovia e marítima, as indústriais farmacéuticas, de aço, e as maiores empresas agro-industriais.<br /><br />Eles ocupam o poder político (quer o seu nome seja Obama, Bush, Clinton ou Reagan), os bancos centrais (Reserva Federal, quer seja o judeu presidente fosse Alan Greenspan, ou outro judeu Ben Shalom Bernanke ou a judia Janet Yellen), quer sejam homens ou mulheres, são lacaios serventes influentes e determinantes dos Bank of America, JP Morgan Chase, Citigroup and Wells Fargo, que, de uma maneira ou de outra, são os quatro principais accionistas das petrolíeferas Exxon Mobil, Royal Dutch/Shell, BP Amoco e Chevron Texaco. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Ora, esses bancos são, por seu turno, os principais accionistas das maiores firmas ou holdings do chamado índice Fortune 500, ou são os indicadores dos representantes da alta magistratura, das chefias militares ou a diplomacia.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Era - e é -ainda essa grande burguesia financeira, que controla a legislação de Washington, através da Câmara dos Representantes ou Congresso. Enfim, ocupam toda a fileira político-económica-judicial-castrense. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">E o resultado, que se preve para a chamada democracia ocidental, na sua orientação actual, é a falência do sistema. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">A questão é, pois, qual a saída para essa falência?</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">A burguesia que se ensarilha em torno de Trump apresentou-se ao eleitorado com o propósito de ultrapassar este descalabro. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Procura, ou quer fazer uma «revolução» por dentro, visando salvar o capitalismo financeiro da sua agonia: (reindustrializaçao, apostada na alta teconologia, proteccionismo militar bilateral, para impor o seu modelo de comércio, liderança incontestada de Wall Street, incremento do complexo militar-industrial no próprio espaço, etc, etc).</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Eles - e nestes neles, estão os capitais judeus, evangélicos, católicos, republicanos e democratas, pois, estes últimos (a elite que impõs Hillary Clinton) que aspiram a um *salvamento musculado* da podre democracia norte-americana - irão unir-se à clique voraz de Trump para forjar a sua *revolução* através de um tipo de democracia unicacamente pró-americana, e só praticada dentro da +legalidade+ de Washington, e, se possível, fascista. </span><br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">2 - O aglomerado eleitoral que veio a colocar a dupla Trump/Pence no poder enquadrou um conjunto classista que reflectia, por um lado, o descontentamento das classes trabalhadoras +brancas+ e não só (o proletariado afectado pela desindustrialização interna), a pequena burguesia afundada pela crise financeira (hipotecas de casas, desemprego ou subemprego), a burguesia industrial, completamente afastada do poder político, e principalmente, dos centros de decisão económica (deslocalização de fábricas). Por fim, largos sectores camponeses afectados pelas limitações das suas exportações, e, de maneira evidente pelas hipotecas de fazendas e abaixamento de preços à produção.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><a class="irc_mil i3597 ihUOjDLe6PTM-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwiioImw__bRAhUFtBoKHWD6DrEQjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiioImw__bRAhUFtBoKHWD6DrEQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fnoticias.uol.com.br%2Fultimas-noticias%2Fbbc%2F2016%2F10%2F31%2Fquem-sao-os-eleitores-fieis-a-trump.htm%3Fmobile%26width%3D320&psig=AFQjCNFM7jnIYpCm16GVv0A270ywwaK9XA&ust=1486316669517647" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para os comícios brancos de trump" class="irc_mi ihUOjDLe6PTM-pQOPx8XEepE" height="352" src="https://imguol.com/c/noticias/de/2016/10/31/31out2016---simpatizantes-do-candidato-republicano-a-casa-branca-donald-trump-assistem-a-seu-comicio-em-grand-rapids-michigan-eua-1477941516825_956x500.jpg?mobile&width=320" style="margin-top: 21px;" width="673" /></a></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Mas, no centro dirigente dessa argamassa que vota está, na realidade, a grande burguesia financeira que pretende *reciclar* o sistema capitalista falido, optando, se necessário, pela repressão mais acentuada, quiçá, inclusive a guerra regional ou generalizada (três generais ocupam os lugares dirigentes da estrutura civil das Forças Armadas e Segurança Interna). A fracção trumpista julga-se a salvadora castrense do sistema capitalista ocidental que está no ocaso. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">E pensa que o mundo ainda gira em torno dos seus ditames.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Aqui reside, pois, o busílis da questão: os EUA estão em decadência, embora poderosos ainda, e outras potências em ascensão. Que desfecho?</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">O sucesso do capitalismo, primeiro europeu, depois norte-americano, no desenvolvimento industrial que se expandiu pelo mundo - em fases diferentes, e em épocas com altos e baixos, crises profundas, por vezes mesmo retrocessos civilizacionais, desde o século XIX - trouxe duas vertentes balizadoras que marcaram a evolução da sociedade no geral nos últimos 100 anos.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">O incremento planetário da burguesia industrial levou, por um lado, aquela a ganhar a sua cidadania, mas especialmente, a sua implantação nacional nos países feudais ou pré-capitalistas, e com tal facto ajudar a construir, pelo seu poder económico interno entretanto ganho, pólos concorrentes com o sistema dominante norte-americano, e, por outro, a fazer nascer, em extensão, o então incipiente proletariado ligado a essa indústrias, que nos tempos actuais, deram origem às classes laboriosas, que impulsionam e desejam criar uma nova sociedade, despojada da exploração.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Essa evolução industrial capitalista lançou - segunda metade do século XIX, primeira década do século XX -, para a ribalta societária, primeiro, e, principalmente, na Europa, o incremento e o alastramento, pelos Estados e Nações, o proletariado dessa mesma indústria. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">O sucesso que a revolução industrial trouxe, justamente, à Europa, foi o da modificação, em dois séculos, das relações de produção feudais, e esta modificação, teve pois, no seu bojo, a capacidade de fomentar as revoluções em muitos desses países - no seu início revolucões nacionais, conduzidas pela burguesia industrial que se alçou assim ao poder político, substituindo a monarquia e a nobreza, e, em situações específicas revoluções proletárias, casos da Comuna, e, mais tarde da soviética na Rússia czarista, a Spartaquista na Alemanha, ou a Húngara de Bela Kun, e, dezenas de anos depois revoluções anti-capitalistas, como o Maio de 1968.<a class="irc_mil i3597 itS_2TQlNsoo-zixyDjKkw5M" data-noload="" data-ved="0ahUKEwiA-dOLgPfRAhVFHxoKHWStDr8QjRwIBw" href="https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=0ahUKEwiA-dOLgPfRAhVFHxoKHWStDr8QjRwIBw&url=http%3A%2F%2Festoriasdahistoria12.blogspot.com%2F2015%2F10%2Frosa-luxemburgo-e-revolucao.html&psig=AFQjCNFDKNuzKrWzxH6sJ8ifYDi8iH27JQ&ust=1486316864552415&cad=rjt" jsaction="mousedown:irc.rl;keydown:irc.rlk" rel="noopener" tabindex="0" target="_blank"><img alt="Resultado de imagem para revolução espartaquista" class="irc_mi itS_2TQlNsoo-pQOPx8XEepE" height="393" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/8/86/LuxemburgSpeech.jpg" style="margin-top: 0px;" width="588" /></a></span><br />
<br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">A evolução, que foi, realmente, marcante e iniciadora na Europa, fez, justamente, deste continente, o marco modernista da nova sociedade capitalista, com o brutal crescimento industrial. Foram aqui que se deram os grandes movimentos revolucionários e foram os Estados europeus industriais mais desenvolvidos que nos pareciam serem os mentores das revoluções sociais radicais.<br /><br />Esta percepção, que, historicamente, não se revelou inteiramente correcta e justa, apesar de ser na Rússia de Outubro de 1917 que se iniciou um caminho sem entraves de revoluções proletárias.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">(Nos 100 anos da Revolução soviética, que passam este ano, irei analisá-los noutro artigo).</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">A história, prudente, ensinou-nos: Embora a indústria europeia - e em parte a francesa - fosse a mais desenvolvida e a burguesia e o próprio proletariado gauleses aqueles que pareciam ser o motor de uma revolução radical social. O certo é que esse caminho não se deu.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>O que sucedia na Europa com a industrialização crescente, não correspondia, todavia, a um avanço da sua burguesia industrial como motor do impulso dominante mundial desse mercado</b>. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Ora, o que constatamos, presentemente, é que a burguesia industrial europeia tinha pés de barro: não alcançara ainda a conquista do seu poder efectivo no mundo, e, por isso, por um lado, não dominava a própria Europa (estraçalhada ainda pelas particularidades nacionalistas e principalmente pelos resquícios feudais), mas, acima de tudo, porque não se tornava soberanista - ou seja, dominante - no mercado planetário. </span><br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Esse papel foi transferido, depois da I Grande Guerra, para a América do Norte, pouco beliscada pela desvastação guerreira. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Foram, portanto, os EUA, que não tiveram de ultrapassar os entraves do sistema produtivo feudal, na implantação do seu sistema industrial pelo território, que através de uma guerra civil que moldou e deu orientações para uma verdadeira revolução industrial num conjunto de territórios/Estados jovens, irmanados pelo ideal de um poder político de *igualdade de oportunidades* uniforme de Leste para Oeste: desbravaram, atravessando Estados, as grandes ferrovias, as grandes rodovias, as grandes urbes centros da nascente indústria moderna do automovilismo, da aviação, dos electrodomésticos, das cidades universitárias da investigação ligadas ao grande capital. Impuseram uma moeda única. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">E acima de tudo, construiram um Exército unificado que serviu a diplomacia imperial de transportar a sua indústria e os seus produtos manufacturados e agro-industriais modernos a conquistar, forjar e consolidar um mercado mundial. Este sim posto ao seu serviço.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">O que tolhia, na realidade, então a Europa era o seu «corporativismo», porque os Estados industriais europeus estavam manietados pelas burocracias alfandegárias entre eles próprios e não tinham capacidade militar para impor o seu grande mercado nacional no domínio do espaço extra-europeu, que estava controlado pelos EUA. E estes controlavam a Europa, desde a II Grande Guerra, com o seu Exército e o laço compressor continuo financeiro da UE, que não se conseguiu até hoje separar desse aperto tentacular.</span><br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><a href="https://historiadoresdeplantao.files.wordpress.com/2013/01/his1.jpg"><img alt="Revolution 1848, Glorreicher Barrikaden." class="alignnone size-medium wp-image-42" data-attachment-id="42" data-comments-opened="1" data-image-description="<p>Revolution 1848, Glorreicher Barrikaden. Revolution 1848/49: Strassenkaempfe in Berlin am 18./19. Maerz 1848. – “Glorreicher Barrikadenkampf der Ber- liner Buerger gegen das Militair, den 19. Maerz 1848”. – Kreidelithographie, koloriert, zeit- genoessisch. Nuernberg (P.C.Geissler). Berlin, Stadtgeschichtliche Dokumention., `Glorious Barricades’ / Berlin / 1848 1848/49 Revolution: Street battles in Berlin on 18-19 March 1848. – “The people of Berlin’s glorious barricade battle against the military, 19th March 1848.” – Chlak lithograph, coloured, contemporary Nuernberg (P.C.Geissler). Berlin, Historical documentation of the city.</p>
" data-image-meta="{"aperture":"0","credit":"picture-alliance \/ akg-images","camera":"","caption":"Revolution 1848, Glorreicher Barrikaden. Revolution 1848\/49: Strassenkaempfe in Berlin am 18.\/19. Maerz 1848. - \"Glorreicher Barrikadenkampf der Ber- liner Buerger gegen das Militair, den 19. Maerz 1848\". - Kreidelithographie, koloriert, zeit- genoessisch. Nuernberg (P.C.Geissler). Berlin, Stadtgeschichtliche Dokumention., `Glorious Barricades' \/ Berlin \/ 1848 1848\/49 Revolution: Street battles in Berlin on 18-19 March 1848. - \"The people of Berlin's glorious barricade battle against the military, 19th March 1848.\" - Chlak lithograph, coloured, contemporary Nuernberg (P.C.Geissler). Berlin, Historical documentation of the city.","created_timestamp":"0","copyright":"usage worldwide, Verwendung weltweit","focal_length":"0","iso":"0","shutter_speed":"0","title":"Revolution 1848, Glorreicher Barrikaden."}" data-image-title="Revolution 1848, Glorreicher Barrikaden." data-large-file="https://historiadoresdeplantao.files.wordpress.com/2013/01/his1.jpg?w=450" data-medium-file="https://historiadoresdeplantao.files.wordpress.com/2013/01/his1.jpg?w=300&h=212" data-orig-file="https://historiadoresdeplantao.files.wordpress.com/2013/01/his1.jpg" data-orig-size="450,318" data-permalink="https://historiadoresdeplantao.wordpress.com/2013/01/27/a-europa-na-era-dos-nacionalismos/revolution-1848-glorreicher-barrikaden-2/" height="212" sizes="(max-width: 300px) 100vw, 300px" src="https://historiadoresdeplantao.files.wordpress.com/2013/01/his1.jpg" width="300" /></a></span><br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Sem defesa e seguranças próprias, não pode haver diplomacia comum que injecte e fortaleça o seu mercado extra-europeu.</b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">3 - Ao passar a face moderna, nova, crescente da burguesia capitalista para os Estados Unidos da América. O seu sucesso foi evidente. Transformaram a América do Sul em repúblicas sob a sua tutela industrial e financeira. De certa maneira, destruíram, em parte, os restos de feudalismos europeus, para ali levados, pela colonização luso-espanhola, com o latifúndios dos coronéis.</span><br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Foi sob a batuta castrente e comercial de Washington (a aliança Nixon-Mao foi essencial) que as relações capitalistas se desenvolveram, em especial, no Extremo-Oriente. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Foi também, sob o incremento financeiro de Washington que a Europa destroçada pela guerra de 1939/45 pode recompor a sua produção, baseada na cooperação multinacional, e refez ela própria a sua industrialização. (Ultrapassando e minando o capitalismo de Estado do COMECON).</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Embora com a tutela ianque, os dirigentes esclarecidos da burguesia europeia tiveram a percepção de a reconstruir, e fazer desaparecer, lenta, mas progresivamente, as barreiras alfandejárias e de circulação de pessoas e mercadorias. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Esta Europa unida transformou-se na maior potência comercial, mas não a maior potência capaz de impor esse comércio em todo o planeta.</b> </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">O seu ponto forte de então: dinâmica de desenvolvimento, opção pela construção multinacional económica cooperativa, e, em fase mais adiantada, uma moeda que surgia como a alternativa real ao dólar.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Mas, sempre, com a sua fraqueza de estrutura política inacabada: sem política externa comum, sem Forças Armadas unificadas, sem uma harmonia total na relação entre necessidade de Estado federal ou confederal e os direitos próprios, democráticos e autónomos dos povos dos seus Estados.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">É justamente no final do século passado, com a UE em ascensão, que começou o calcanhar de Aquiles do capitalismo imperial norte-americano. E este sentiu o peso concorrente comercial e alternativo de moeda universal europeu. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Mas, a UE não teve discernimento para continuar como unidade económica e política cooperativa, projectando a sua defesa e segurança exterior de Washington, e, inicia uma fase de derrapagem política e até ideológica, fazendo vir ao de cima os estigmas de velhos imperialismos europeus e de egocentrismos soberanistas saloios de «renascimento» de velhas Inglaterras, velhas Alemanhas e velhas utopias napoleónicas de pigmeus «socialistas« francesas.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><b>Sim, porque a visão da «América, primeiro» trumpista passa, em primeiro lugar, pela desarticulação europeia para controlar, novamente, uma a uma a sua economia +nacional+. É assunto que a expandiremos noutro artigo.</b></span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">A questão que se vai colocar, no imediato, na geoestratégia para a América de Trump é, precisamente, o mercado económico que se está a organizar, expansivamente, no Extremo-Oriente, sob a liderança chinesa. E cujo, objectivo central estratégico é a Europa.</span><br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">5 - O muro que o capital financeiro norte-americano +criou+ no crescimento, sem peias, sem entraves, do seu domínio do comércio mundial está, na minha opinião, no processo de retrocesso industrial da sua própria burguesia. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">A América da evolução total mundial comercial encontrou-se nas contradições das suas próprias fraquezas. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">A burguesia financeira, na sua busca de uma usura desmesurada, transferiu o desenvolvimento da sua industrialização para os Estados de mão de obra barata, como a China e a Índia. O lucro fácil apenas se vislumbrava entre os seus olhos.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">E as elites desses Estados - os mais fortes, os mais capazes, os mais organizados internamente - deram rédeas à sua burguesia industrial para forjarem e incrementarem a sua produção industrial, que impulsionou também a sua produção comercial e pós-industrial pela sua barateza de colocação extra-fronteiras. Eles nestes 50 anos ergueram os seus meios de produção modernos, no fundo, fizeram as suas *revoluções* económicas internas. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Nestes 50 anos, quer a China, quer a India, mas principalmente a primeira, «arrazaram» todos os resquícios principais da sua atrasada produção feudal ou pré-capitalista. Entraram na época do grande capital financeiro. E, curiosamente, sob um modelo modificado de capitalismo de Estado.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Estão a fazer concorrência ao comércio norte-americano nos seus «terrenos de caça»: Europa, Ásia e África. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Mas, estão a fazer alianças geopolíticas e geoeconomómicas com a Rússia e países da euroásia, através de um chamado «roteiro da seda». </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">E nesta, aliança, a China está a chegar-se à frente com o fortalecimento da sua moeda, o yuan, como moeda de troca e de crédito. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Com um bloco de aço de respeito: tudo isto com a modernização e um ressurgimento das suas Forças Armadas nas rotas marítimas e na implantação de entrepostos armados.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Por seu turno, os orçamentos monstruosos de guerra norte-americanos fizeram crescer a já enorme dívida pública de Washington. O militarismo é uma arma decisiva num período de expansão, mas torna-se um fardo quando as despesas castrenses constantes oneram o orçamentos sociais, sem um retorno que consiga suprimir essas despesas.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Ora, o militarismo norte-americano, cada vez mais custoso, contribuiu enormemente para o défice do Estado. E os destastres sucessivos no Médio-Oriente trouxeram mais gastos materiais e psicológigos. É aqui entra a questão russa.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">6 - A questão russa para o sistema imperial norte-americano, na visão dos trumpistas, torna-se secundária, porque o inimigo central está na China. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">E, assim o penso, o objectivo estratégico de Washington (Pentágono, NSA, CIA, complexo militar) é evitar uma grande aliança russa-chinesa com o controlo de todo o espaço entre o Mar Negro e o Cáspio - gás, petróleo e outras matérias-primas, bem como as vias rodoviárias e aéreas - e o Médio-Oriente. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Para os estrategas de Trump, a Rússia, contida nas suas fronteiras não será uma ameaça iminente e perigosa para a Europa, até porque, assim o têm afirmado, Moscovo pretende fragmentar a UE. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Logo, Washington vai procurar separar a Rússia e da China.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Ora, segundo penso, a Rússia está interessada numa distensão com os EUA, porque desse modo, alivia a despesas militares crescentes que tem feito com a militarização da sua fronteira europeia. E, e aqui está o busílis da questão, a Rússia quer uma aproximação com a Europa, não só pelo comércio, mas também porque necessita da cooperação europeia para incrementar o seu desenvolvimento industrial e pós-industrial. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Porque a Rússia tem a perfeita noção de que a sua entrada com sucesso no domínio do mercado mundial passa justamente pelo aprofundamento da industrialização, que é o suprassumo da sua entrada, com trombetas, na era da grande produção moderna do grande comércio, depois de se ter conseguido impor na exploração do complexo industrial militar e espacial.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Ora, a UE, com a hostilização crescente da política trumpista, também necessita de uma boa vizinhança de fronteiras e comércio com a Rússia. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">A UE e a Rússia terão de ser aproximar, devido à hostilidade crescente que a política proteccionista de Trump se virar para fomentar divisões e se possíveis guerras locais que enlameiam os paises vizinhos da Grande Rússia. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Os EUA ficarão ao longe, nestas refregas, para virem apanhar os cacos, pagos a peso de ouro dos *empréstimos* brutais em dólares.</span><br />
<span style="font-family: "verdana"; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">7 - Durante todo o consulado de Obama, mas já antes desde a ascensão do capitalismo *liberal* de Reagan, todas as burguesias capitalistas ocidentais e os seus partidos se coligaram e formataram sobre o estigma da chamada *democracia norte-americana*, nas suas diferentes artimanhas de defesa dos «direitos humanos». </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Tudo o que cheirasse a simples *social-democracia*, como os partidos sul-americanos, tipo PT, ou europeus, tipo Syriza, era arrumado no rol dos sinistros partidos do socialismo ditatorial, da anarquia comunista.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Ufa, toda essa cálifa, que só falava em «necessidade da ordem», se achava a salvo desses +pérfidos inimigos+ da gloriosa civilização ocidental.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Agora, ai jesus que estão aí os «populismos». </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Proclamações sonoras a favor da democracia. Só hipocrisia. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Essa democracia ocidental é o «populismo» na sua fase decadente, que se procura salvar pela repressão.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">A questão para o mundo, mas especialmente para a UE, que representa o de mais avançado nessa democracia representativa,está na crítica e no desmantelamento dessa velha ordem que faliu. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">A arte geoestratégica da UE está na elaboração de um programa de acção comum para substituir a gestão económica e política da actual burguesia por um programa de progresso revolucionário.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Deixemo-nos de olhar para a UE com a visão </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">retrógrada da velha política nacionalista. Mas sim dos interesses comuns das suas classes trabalhadoras.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-14110250564870341932016-09-25T15:05:00.002-07:002016-09-25T15:05:44.367-07:00O CONFLITO SÍRIO VAI AGRAVAR A RUPTURA EUA/UE?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1
- O agravamento da crise síria, com o
ataque aéreo dos Estados Unidos a uma unidade do Exército do regime de Bashar
Al Assad no leste do país (Deir ez-Zor),
onde os islamistas wabadistas o procuram cercar, ataque este ocorrido,
propositadamente, em pleno vigor de cessar-fogo, irá certamente ter
repercussões na União Europeia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
ataque norte-americano não foi acidental, nem produto de falta de coordenação. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Não.
Teve um objectivo preciso impedir – ou, pelo menos, limitar – uma inversão de
posições que o regime sírio e a Rússia, Irão e hizbolá libanês estão a
empreender na parte nordeste daquele país, com uma derrota dos seus aliados
*combatentes da liberdade*, que proliferam nas organizações militares
financiadas e municiadas por Washington, como o Exército Islãmico, Al
Qaeda/Frente al Nusra, Exército Livre Sírio, Ajnad al-Sham, Fatah al-Islam ou
Ansar al-Islam.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<img alt="Resultado de imagem para síria alepo" src="http://diariodigital.sapo.pt/images_content/2016/alepofumo.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
que se vislumbra no conflito sírio é o progressivo e desconjuntado recuo do
apoio «no terreno» das forças oposicionistas armadas à ofensiva conjunta do
Exército de Damasco e as forças armadas iranianas e chiitas libanesas, - que
igualmente operam juntamente com o Exército de terra do Iraque – e a supremacia
aérea russa. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ora,
os EUA estão, pois, os acossados, cada vez mais enrodilhados, num conflito estratégico
que os está a afundar, não só militarmente, mas, principalmente, em termos
económicos. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
reacção a esta senda de recuo pode levar o complexo militar industrial
financeiro norte-americano a reagir sem pés e cabeça. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
aqui a guerra será generalizada.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
se apostarem nesta solução, os seus aliados europeus não se irão precipitar. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Então poder-se-á aprofundar a clivagem, já mais que evidente, entre a União
Europeia e os Estados Unidos da América.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Para
o sistema político-económico norte-americano, o afastamento «afectivo» da UE
face aos EUA é contabilizado em primeiro lugar em termos comerciais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Então
o que está em jogo?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2
– Justamente, o mercado europeu. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
UE é, apesar da próxima saída do Reino Unido, a principal potência comercial do
Mundo, e, até hoje o principal aliado
americano na luta concorrencial com as outras potências económicas e militares,
nomeadamente, a Rússia e a China. Além de conter um território com perto de 500
milhões de pessoas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
sobrevivência da Europa, como unidade política, <u>depende, portanto, por um lado
da superação da crise em que está envolvida, refazendo a cooperação, o mais
harmónica possível, entre os países e nações que a compõem, por outro, a
unificação da sua política externa, assente na sua própria capacidade de defesa,</u>
ou seja um Exército único, que sirva de cobertura para que o apoio à sua
evolução no sector exportador.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<img alt="Resultado de imagem para unidade militar europeia" height="216" src="https://cdnbr1.img.sputniknews.com/images/82/59/825952.jpg" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Este
é, para mim, o seu grande desafio.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Este
desafio somente irá avante se tiver a pressão constante dos movimentos sociais
e dos partidos e organizações revolucionárias.<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
que obriga, assim o penso, à elaboração de um programa revolucionário europeu
que seja a alternativa à política capitalista que domina a Comissão Europeia, o
Conselho Europeu, o Eurogrupo e o próprio Parlamento Europeu. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esta
alternativa advém do facto de o capitalismo financeiro dominante no Mundo, mas
especialmente, nos seus centros mais pujantes (EUA e UE), se encontrar numa
encruzilhada que o pode fazer colapsar ou avançar para formas violentas de
resolver essa crise.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3
– Pode argumentar-se: certo, há uma crise internacional do capitalismo, mas os
EUA ainda são a potência hegemónica económica e militar. </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">São eles que
determinam os destinos do Mundo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Sim
é real, os EUA ainda são uma grande potência económica, o dólar ainda é a principal
moeda de troca a nível internacional, as suas Forças Armadas estendem a sua
manápula por mais de 80 países.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
que se tem de analisar é o que mudou, de maneira evidente, desde os chamados
atentados das Torre Gémeas, em Nova Iorque.<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<img alt="Resultado de imagem para torres gémeas" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8BYprQX-YrXT31LLyWBSL_mPi2umSkHx_UmG_sA2V388p_4URBjNTxEqH6qhiTpUQ_e2u7rdPyFFu43c0789Stm4TMHR8y68jgooAlwbU9J-PETtEEOSq1VxPJu2iirmV2V1rYrn-d9tM/s1600/04.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
China emergiu como potência económica. A Rússia reestruturou a sua economia,
depois de cerca de 10 anos de estagnação e retrocesso, no pós desagregação da
URSS, e, acima de tudo, impos uma nova capacidade tecnológica e reforço da
estratégias castrenses. Institucionalizaram-se os BRICS, como parceria
geo-estratégica em confronto com os EUA.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
dólar já não é a moeda omnipotente nas relações comerciais e financeiras
internacionais. A UE, com as suas debilidades actuais, continua a ter uma
unidade monetária, o euro, que se está também a impor como referência. A China
em parceria com a Rússia organiza trocas comerciais sem a interferência do
dólar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
acima de tudo, a economia norte-americana entrou em estagnação, a situação
social interna regrediu. A política «proteccionista» de Donald Trump, que pode
ser o próximo Presidente norte-americano, é a bússola indicativa de que irá
haver uma *reestruturação* interna da actividade produtiva (com regresso de
empresas deslocalizadas, apostas declaradas em novas indústrias, possivelmente
até com um confronto entre o capitalismo +cristão+ em ascenso e o capitalismo
+judaico+ dominante).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esta
realidade da vida societária interna tem, pois, os seus reflexos, de maneira
evidente, na esfera militar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
supremacia militar internacional norte-americana não se impõe, actualmente, nos
principais focos de disputa nos diferentes pontos do globo, desde o
Médio-Oriente ao Golfo Pérsico, passando pelo Mar da China ou mesmo no leste da
Ucrânia. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">É,
justamente, no conflito afegão-sírio-iraquiano que mais se nota as contradições
e fraquezas dos EUA na sua concepção militar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Incendiaram
o norte de África e o Próximo e Médio-Orientes, procurando impor o seu «modo de
vida», mas armando e financiando o sector mais retrógrado do wabadismo como
+força ideológica+ para destruir +as ditaduras nacionalistas+. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiStuJVetf-DxJY5tH6t6R3RCkLdI8YxhmZOzKy7JhWWWIMmXNWqDq1I7tPwOimLjU1j_t5OeDsMJohFfqVb9wGE7sCyhkx8JiJdMKWsrhK0XeYbsGpVFiGBXBlXWV0tC6cYrJCJNsd2io/s1600/L%C3%ADbia-ve%C3%ADculos-pesadamente+armados-maio-2014.JPG" /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
seus «filhos», combatentes da sua liberdade, estão a roer-lhes a corda,
obrigando-os caminhar, lenta, mas paulatinamente, na estratégia delineada pela
Rússia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">4
– Será, pois, na UE que se vai concentrar o esforço norte-americano para não
perder a suserania sobre esse enorme mercado e ao mesmo território de
«contenção» com o concorrente militar russo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Se
os EUA têm na sua estratégia a derrota da reemergência mundial da Rússia como
superpotência militar, através da utilização do «tampão» europeu, que poderá
servir de campo de batalha, a UE parece ter despertado, finalmente, do +abraço+
económico-político-castrense de Washington, seguindo uma via de conseguir a
coesão europeia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
tal via pressupõe, portanto, o corte com a supremacia de Washington. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Neste
caso, a Rússia, porque é continuidade territorial europeia, pode servir de
+aliado táctico<a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a>+ numa fase mais distendida.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Moscovo,
igualmente, necessita da UE para impulsionar a sua tecnologia e interagir com o
sistema económico europeu para receber produtos em melhores condições de
mercado e exportar, particularmente, as suas principais matérias-primas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
indícios de um agravamento das relações EUA/EU são dados por episódios
recentes: o ataque aparentemente pessoal
a Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia, por ter passado, com armas
e bagagens, para os quadros dirigentes do Goldma Sachs, o banco de Wall Street,
que fomentou em grande parte a crise financeira da Europa; as multas cruzadas
entre Washington e Bruxelas sobre as grandes empresas multinacionais (Apple,
Google, Volkswagen, Deustche Bank); a suspensão, praticamente corte, das
negociações em torno do Tratado de Comércio e Investimento Transatlântico
(TTIP), e, principalmente, o recomeço dos projectos de Forças Armadas e de
Segurança da União.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
próximos tempos vão ser, na minha opinião, pois, de tensão crescente nas
relações EUA/EU, naturalmente, em muitos casos essa tensão andará pelos
bastidores.<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Vamos
esperar para ver as mudanças geopolíticas que se vão dar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-15669262433194165062016-09-06T07:14:00.005-07:002016-09-06T07:14:58.421-07:00G 20: O +NOVO+ CAMINHO CAPITALISTA VAI ESTAR ENQUADRADO POR *ZONAS DE INFLUÊNCIA*?<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1
– A guerra de conquista e divisão na
Síria entrou numa nova fase de violência, precisamente, quando, aparentemente,
o inimigo «jurado» de todas as partes envolvidas – chamado Estado Islâmico -
parecia estar a claudicar, rapidamente, nos últimos meses.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Porquê
esta repentina escalada da violência quando o Exército legal sírio cerca a
cidade mais populosa do país, Alepo, e se apresta para atacar Raqa, a chamada
capital do EI?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
Síria – e também o Iraque – é o «cadinho» onde se está a definir uma nova geopolítica
mundial, que pode determinar a queda rápida da antiga única superpotência
(económica e militar), que se confronta com uma nova realidade social: a actual
fase do modelo de produção capitalista está a chegar ao fim.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
Síria tem sido o palco guerreiro de experiências castrenses da mais alta
tecnologia dos últimos tempos. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Talvez,
comparativamente, mais do que sucedeu no Vietname e no Camboja nos anos 60/70
do século passado. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O que transforma o território num espaço de testes militares
em nível mais elevado (quem experimentava na Indochina, então, essencialmente,
a alta tecnologia eram os Estados Unidos da América) é o facto das principais
potências militares mundiais e as potências regionais, bem como grupos
paramilitares que podem vir a ter maior intervenção futura no Médio-Oriente,
como o Hezbolá libanês, actuarem, frenética e num espaço de tempo curto, em
alianças e contra-alianças – e compromissos tácticos no terreno – aparentemente
para buscar benefícios nacionais em eventuais divisão de despojos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">(Repare-se
que neste conflito, as potências envolvidas, particularmente, as ocidentais, -
EUA, França, Alemanha, e também a Turquia, estão a agir na Síria ao arrepio das
chamadas normas internacionais, violando, ilegalmente, o território sírio. Em
parte, com a conivência táctica da Rússia, mais interessada em ver os seus
concorrentes a «chafurdar», enterrando-se, na lama do conflito).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img alt="Resultado de imagem para potências estrangeiras na síria" src="http://ichef-1.bbci.co.uk/news/ws/624/amz/worldservice/live/assets/images/2015/10/02/151002110836_siria_saudita_624x351_reuters_nocredit.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;"><i><span style="font-size: xx-small;">alianças e contra-alianças: jogo de sombras</span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
o que surge, na realidade, é o crescendo sem freio do militarismo. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
o militarismo exacerbado é sempre prenúncio de guerra. Mas também custa muito
dinheiro. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ainda, por cima, agravado, sem não tiver retorno +compensador+.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2
– O conflito militar na Síria esteve na agenda dos G-20. E não é por acaso. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Está
ligado a nova geopolítica que se desenha no Mundo e que os líderes políticos,
representantes das facções concorrenciais do grande capital financeiro
pretendem analisar e apontar «caminhos» para tentar salvar a fase actual em
decadência total desse capital.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
Síria, e por tabela o Iraque, são territórios nacionais, retalhados e
ensaguentados pelas disputas, sem olhar a meios, das potências ocidentais, em
primeiro lugar, mas também da nova potência militar mundial, a Rússia, em
paridade com os EUA, e, em alianças flutuantes, por vezes desconcertantes, como
a Turquia e o Irão.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">(Se
se analisar o campo de batalha sírio, pelo menos, desde 2015, verificamos que a
entrada da Rússia no terreno do conflito, aparentemente, chamada pelo o regime
de Bashar Assad, tem uma estratégia definida - o apoio castrense do Irão e,
discreto, mas actuante, da China desde o início<a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a>: defender
a unidade territorial do país, derrotar as organizações ditas terroristas. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">As
restantes potências –EUA, França, Alemanha, Reino Unido, e, agora, a Turquia, -
agem erraticamente, conforme as conveniências, num apoio claro ao EI, notando-se
uma clara percepção de que pretendem retalhar a Síria. Se a Rússia conseguir
manter Assad no poder e a unidade síria, haverá, naturalmente, uma mudança na
geoestratégia mundial). <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Uma
chamada de atenção: tudo isto se está a passar a leste da chamada *comunidade
das nações*, ou seja da ONU. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img alt="Resultado de imagem para estreito de ormuz importância" height="456" src="http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/01/estreito-de-ormuz.png" width="640" /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;"><span style="line-height: 27.6px;"><i>Estreito de Ormuz: a importância do controlo</i></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;"><b><br /></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
diplomacia está a dar lugar ao confronto.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Directo:
Médio-Oriente-norte e corno de África; indirecto, Mar da China, Ucrânia-Mar
Negro, golfo de Omã/estreito de Ormuz.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
realidade, já Clauzewitz o definia: a guerra é a continuação da política por
outros meios.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3 –
Tal como os europeus, em particular os portugueses, no início do comércio
mundial no século XV, e, principalmente, no XVI, a preocupação primeira, após a
chegada ao Oriente foi o controlo de rotas e estreitos de passagem de
mercadorias.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
força militar está, pois, a ser utilizada para conseguir vantagens territoriais
e geoestratégicas para o controlo do comércio e zonas privilegiadas de
matérias-primas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
que está, portanto, a suceder do meu ponto de vista?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
China está procurar impor, via pressão directa militar – navios, construção de
aeródromos e cais de embarque/desembarque em ilhas disputadas no Mar da China -,
uma posição dominante de, por um lado, controlo de rotas vitais marítimas comerciais,
por outro, o acesso a matérias-primas que existem na área marítima profunda ao
largo das mesmas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
Rússia procura disputar influência no mar Mediterrâneo oriental e solidificar a
posição geo-económica de campos de gás e petróleo do Médio-Oriente, em
conveniência com as rotas navais e terrestres que o confinam. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Se
o conseguir, em grande medida, com o controlo do Mar Negro, terá estabilizado
«uma área de paz» sul para o seu projecto conjunto euro-asiático com a China.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img height="153" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/20/Soviet_and_Russian_Black_Sea_Fleet.jpg/800px-Soviet_and_Russian_Black_Sea_Fleet.jpg" width="640" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;"><i><b><span style="font-size: xx-small;">Frota russa na Crimeia</span></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Significa
isto, que perante o *jogo de forças+ que se desenha no horizonte, Rússia e
China pretendem impor, no mínimo, +zonas de influência+ no mapa planetário. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
isto, se houver, um compromisso diplomático. Porque, se houver guerra, ainda
que regional, os interesses dessas potências podem ser mais ambiciosos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><u><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><u><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Toda
esta movimentação tem, no seu bojo, o essencial: a actual fase do modelo capitalista
está a chegar ao fim. <o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><u><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><u><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
futuro pode ser tumultuoso, até porque por detrás do regime capitalista estão
as classes laboriosas, que o sustentam – ainda que dispersas e sem um programa revolucionário
internacional - mas que desejam uma nova vida societária.<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
próximos tempos vão definir melhor o jogo de sombras que está na agenda dos
G-20.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-23503822572850226672016-08-25T13:47:00.001-07:002016-08-29T08:54:52.823-07:00A QUESTÃO RELIGIOSA E O VESTUÁRIO ISLÂMICO<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1
– Estamos a perder tempo em polémicas estéreis em torno de suprimir véus,
burquinis islâmicos nos locais públicos ocidentais. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Pode
dizer-se que esta utilização de véus e burquinis e burcas tem uma forçada
conotação ideológica-religiosa. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Certo,
como tem a mesma conotação quando o Presidente da República portuguesa realiza
a sua primeira visita oficial de Estado para beijar a mão ao Papa, numa
submissão propositada e forçada de um cargo público a uma religião, neste caso,
a Católica Romana.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
questão que tem de ser equacionada é esta, a meu ver: porque o regresso da
religião ao domínio do Estado?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
ideologia dominante no Ocidente faz crer que os Estados teocráticos são um
exclusivo das ditaduras islâmicas actuais. Não é verdade.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Embora
formalmente, sejam democracias, países como o Reino Unidos, Suécia, Noruega,
Dinamarca, os seus chefes de Estados são ao mesmo tempo chefes das Igrejas
cristãs dos mesmos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img alt="Resultado de imagem para RAINHA DA INGLATERRA CHEFE DA IGREJA ANGLICANA" src="http://omelhordelondres.com/wp-content/uploads/2012/03/rainha-elizabeth.jpg" height="275" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Outros,
como Portugal, Espanha ou Itália, têm a primazia da religião católica
contratualizada em leis extra-territoriais (concordatas), cujo mentor
(ideológico e material pelas benesses recebidas) está no Vaticano. É quem
determina a política prática face ao contrato estabelecido (que é
essencialmente económico).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
as chamadas religiões civilizacionais ocidentais (catolicismo, protestantismo,
evangélicos, manás, mormons, judaísmo) estão, cada vez mais, implantadas no
aparelho de Estado, através de partidos políticos e eleições legislativas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
recentes primárias norte-americanas para a escolha do candidato presidencial
republicano, os dirigentes do partido optaram, para a candidatura à
vice-presidência, pelo governador do Estado do Estado de Indiana, Mike Pence,
pela sua ligação à ultra-conversadora igreja evangélica norte-americana.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Igualmente,
a tertúlia do poder democrata escolheu o senador pela Virgínia, Tim Kaine, para
idêntico papel naquele partido, justamente, por ser um fervoroso católico e
falar castelhano.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Por
exemplo, o Brasil actual. Dados da Câmara dos Deputados: a Frente Parlamentar
Evangélica – que inclui católicos, protestantes e pentecostais - conta hoje com
a participação de 199 membros (39% do total) e quatro senadores. Determinantes
para a orientação governamental.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img alt="Resultado de imagem para bispo evangelico na câmara dos deputados do brasil" height="266" src="https://i2.wp.com/noticias.gospelmais.com.br/files/2015/04/cunha-abner.jpg?fit=960%2C639&ssl=1" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2 –
As ditas religiões ocidentais (catolicismo, protestantismo nas suas diferentes
matizes, judaísmo) estão perfeitamente integradas na sociedade capitalista.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Caminharam
em toda a sua conveniência, adaptando-se, com toda a naturalidade, em harmonia
prática aos ditames da grande burguesia. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Para
aquela, o seu deus tornou-se o dinheiro. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Assim, o dinheiro erigiu-se na
preocupação central dessas religiões. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
Vaticano é, na actualidade, um dos principais centros capitalistas financeiros
do Mundo, a par de Wall Street, feudo do judaísmo, mas ambos, juntamente com a
Igreja de Inglaterra, são a «bússola ideológica», via civilização ocidental, do
expansionismo imperialista capitalista liberal.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
catolicismo, bem como o protestantismo, alçou-se, com eficácia, aos
princípios judeus. O seu deus é agora comum e universal.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
Estados ocidentais são, desde a segunda metade do século XX, a face violenta do
imperialismo, dominante, e fazem-no dizendo defender a «civilização ocidental».
Que significa, nada mais, nada menos, a civilização «cristã» burguesa.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img alt="Resultado de imagem para vaticano ior" src="http://www.diarioliberdade.org/archivos/imagenes/articulos/0911a/070911_vaticano_SA.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E,
deste modo, a ideologia judaico-cristã pode «obscurecer-se, ficar na sombra» sob o manto
diáfano da não-violência.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
expansionismo religioso islamista surge, como concorrencial mais violento,
porque é o ponta de lança político-ideológico militante de um sistema económico
poderoso, em matérias-primas, mas com um desenvolvimento social
pré-capitalista. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esse
expansionismo ganhou espaço e mesmo força militar, devido ao facto de ter sido
um aliado operacional do imperialismo ocidental, nos últimos 20 anos, na
concorrência geo-política e geo-estratégica com as potências emergentes, em
especial Rússia e China.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3
– A separação da religião da esfera do
Estado, levando-a para o domínio do privado, exige, na situação actual, uma
revolução política.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
isto, porque a religião cristã está, intimamente, conectada e formatada com o
regime capitalista dominante.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Sem
a separação económica e política da sociedade em geral do emaranhado religioso,
ou seja sem pôr em causa a especulação financeira, e o sistema de usura
inerente àquele, continuarem, permanentemente, com a questão religiosa na ordem do dia. A religião no domínio do Estado é um entrave ao avanço ideológico societário.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Se
retirarmos à religião o seu poder económico, naturalmente, estará aberto o
caminho para conduzir o seu domínio público actual para a esfera privada, onde
dever ficar restrita. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-48923706354800896572016-08-16T06:02:00.002-07:002016-08-16T06:02:58.227-07:0090 ANOS DE FIDEL: DO REVOLUCIONÁRIO SÓ RESTA O MITO<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1
– O antigo Presidente do Estado cubano Fidel Castro fez, sábado, 90 anos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
ainda líder político de Cuba, já que dirige o partido que governa o país,
formalmente retirado dos negócios correntes do Estado, apresenta-se, ainda
agora, como revolucionário e comunista, alicerçado no facto de ter encabeçado
os partidários que derrubaram o regime ditatorial capitalista pró-americano
cubano do sargento Fulgêncio Batista, na noite da passagem do ano de 1958.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
regime castrista efectuou-lhe homenagens laudatórias, procurando fazer crer que
Castro representa o mesmo ideário dos primórdios da Revolução anti-imperialista
cubana.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
continua Castro a ser o revolucionário que liderou a revolução nacional
anti-imperialista de 1958?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img height="272" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5j08-eBJl2-qkK8xncWmb53aQ1WD_m_vmy_usGViEBVsOZJEQ2MyeOLRJtSA_CtcaZK2O7VqOdeQdID6TuQeqbHh4KDbak26uGIkWI9Uxu_V9P-KPegk9h4krh6JDALVhdADpflaatxU/s400/Castro-and-Guevara-Marching.jpg" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2 –
O papel desempenhado por Fidel Castro, nestas quase seis décadas, não se
analisa pelas suas declarações a favor de uma ideologia ou de um estado de
espírito, mas sim pelo protagonismo que desempenhou e desempenha no interior da
sociedade cubana.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em
1958, o grupo guerrilheiro de Fidel Castro – Movimento 26 de Julho - tomou
Havana, após cerca de dois anos de combates contra o regime de Fulgêncio
Batista, um protectorado dos Estados Unidos da América.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ganhou
a governação contra o poder de Estado existente, mas também contra a orientação
política do então maior partido oposicionista, o pró-soviético Partido
Comunista de Cuba.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
mudança de regime em Havana deu-se com uma revolução nacional
anti-imperialista, numa conjugação de forças que incluíam a burguesia liberal,
cujo representante era Manuel Urrutia Lleó, que foi o primeiro Chefe de Estado em
1959.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
novo poder político mereceu, de imediato, a hostilidade da administração
norte-americana, o que levou Fidel Castro a procurar uma aliança com a então União
Soviética.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em
poucos meses, o novo regime assume-se como socialista. Desfaz o velho PCC e
funda um novo, a imagem e semelhança do novo poder, liderado por Fidel Castro. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Preconiza
medidas de aparente socialização da sociedade, como a apropriação dos meios de
produção.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Decreta
e vai formalizando medidas económicas e sociais, que são do agrado de uma
maioria do povo: tais como a diminuição do fosso salarial, ensino e saúde para
todos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
sociedade cubana era na altura do derrube do regime de Fulgência Batista uma
sociedade de latifúndio, com um fraco desenvolvimento industrial. O
proletariado era muito minoritário e sem real expressão no desenvolvimento
societário.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em
termos económicos, o poder nascente adquiriu o modelo de capitalismo de Estado,
com uma minoria a organizar a instituição estatal em torno dos interesses
específicos que se vão tornar dominantes.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZPazsvvYmDYt6-THusXAY_rH9yfEG4uj-mqcvTgswSGQA5vzNoDEIst1mMOChYXO5hpVu6W4FmhyphenhyphenvM35hd6qyJgUrM9TcLzlKjbc14_oZQgq6w_BtT4qTOC6WfBTHr0VSD-qCVoA89NpN/s400/Fidel+Castro+and+Nikita+Khrushchev+drinking+wine+from+a+drinking+horn+in+the+Soviet+Republic+of+Georgia+-+1963.jpg" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">À
medida que a sociedade cubana se tornava dependente das exportações para a
ex-União Soviética e seus países +satélites+, dentro do regime cubano começam a
verificar-se clivagens, que não surgem, aparentemente, à luz do dia, mas tem a
sua expressão com a saída de Che Guevara do governo e de todas as funções políticas
em Cuba e a saída para procurar «focos» guerrilheiros no exterior.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Guevara
tinha criticado publicamente a antiga URSS no decorrer de um périplo ao
estrangeiro, a chamada «declaração de Argel».<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ernesto
Che Guevara foi-se tornando, progressivamente, crítico do «modelo socialista»
implantado na ex-URSS. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Hoje,
conhecem-se os seus escritos políticos sobre a situação nos chamados países
socialistas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Num
carta de 1965, dirigida ao então ministro da Cultura cubano Armando Hardt, ele
manifesta-se contra «o continuísmo ideológico» do regime face à política
soviética.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mais
tarde, numas «notas críticas» sobre o Manual de Economia Política da Academia
de Ciências da URSS, elaboradas entre 1965 e 1966, Guevara já assinala mesmo
que os chamados países socialistas tinham entrado abertamente na via
capitalista.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3 –
Embora o regime castrista não tivesse
apoiado a via de desagregação do sistema soviético de capitalismo de Estado, e,
continuasse com proclamações sonoras no apoio ao socialismo, o certo é que o
Estado cubano era (e é) dominado pelo Capital.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">(Guevara
pode considerar-se como uma ténue via radical que não teve consistência
económica e ideológica para subverter a situação).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
sua apropriação «colectiva» dos meios de produção ficou nas mãos dessa minoria
que se auto-intitula revolucionária e que instituiu o novo Estado aos seus
interesses.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A diferença
formal entre o poder político castrista e o poder do capitalismo liberal de
Wall Street assenta «numa maneira frugal» como beneficia da apropriação do
produto dos meios produtivos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
impulso da revolução cubana de 1958 para a via socialista exigiu um
desenvolvimento económico que não estava ao alcance da sociedade, nem teve o
apoio de revoluções socialistas noutras partes do mundo, que não existiram ou
não conseguiram vingar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img height="240" src="https://usatftw.files.wordpress.com/2016/03/afp_550287063_80702890.jpg?w=1000&h=600&crop=1" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Fidel
Castro é um protagonista contraditório produto dos acontecimentos que sucederam
no Mundo, ao longo de décadas, mas que não se sedimentaram.<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
revolucionário Castro desapareceu com o ascenso contra-revolucionário que alastrou
pelo planeta desde segunda década do século XX. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Embora a sua auréola se
mantenha em certos sectores sociais mundiais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-26909392291635029622016-08-09T00:28:00.000-07:002016-08-10T01:35:03.824-07:00TRUMP: PROTECCIONISMO SIGNIFICARÁ GUERRA<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1
– Os Estados Unidos da América, que, desde a II Grande Guerra, andam por todo o
Mundo a expandir, pelo poder das armas, a sua visão de império «democrático», confronta-se
agora com a candidatura presidencial do Partido Republicano, representada pelo especulador
capitalista Donal Trump, que anuncia que, se for vitoriosa, haverá uma
retracção do seu dispositivo expansionista castrense, bem como um corte com os
tratados comerciais internacionais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
realidade, nestes 60 anos, os EUA semearam pelo mundo pequenas e médias
guerras, desprezando e trucidando os direitos nacionais de Nações, países e
povos. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Eis
os principais, para que conste: <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Indochina
(1946–1954), Coreia (1950–1953), Laos (1953–1975), Líbano (1958), Vietname
(1959–1975), Baía dos Porcos (1961), República Dominicana (1965–1966)</span></b>,
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Camboja (1967–1975), Chile
(1973), Brasil (1964), Argentina (1976), Bolívia (governos militares –
1964/82), Venezuela, Perú, Equador, Uruguai, conflito cambojano-vietnamita (1977–1991),</span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Líbano (1982-1984),
Granada (1983),</span></b> <b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Panamá ocupado pelos Estados Unidos em
1989, Golfo (1990–1991),</span></b> <b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Iraque ( desde 1991), Somália (desde
1992), Haiti (1994), Bósnia, 1994, Jugoslávia, Kosovo (1998–1999), Afeganistão
(desde 2001),</span></b> <b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Noroeste
do Paquistão (desde 2004), Iémen (desde 2010),</span></b> <b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Líbia
(desde 2011, Síria (desde 2011).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Neste
período, a classe dirigente norte-americana construiu ao redor do planeta um
sistema colonial gigantesco de bases militares, na realidade, fortes comerciais
de rapina de matérias-primas. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Segundo
o Pentágono, dados de 2005, existiam 865 bases nos mais diferentes locais, desde
a Europa à América do Sul. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Não
estavam contabilizadas as que vieram, entretanto, a surgir pelo Médio-Oriente
(Afeganistão, Paquistão, Iraque, Kuwait, Qatar, Kosovo, entre outros).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://www.prof2000.pt/users/afp/images/bases_eua.gif" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
militarismo expansionista custa dinheiro.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Pelos
dados recolhidos, em diferentes órgãos de imprensa, os EUA gastam anualmente
entre 100 mil e 120 mil milhões de dólares com toda a logística das suas bases
no exterior. (Não contabilizando as disseminadas pelo Iraque, Afeganistão e
Paquistão</span></b><b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Aparentemente,
deveria ser o preço *controlado* da manutenção imperial, como vinha sucedendo.</span></b><b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Então
porque as ameaças contra os aliados da NATO, em especial os europeus, de os
deixar «ao deus dará»?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Então,
porque a ameaça de saída da Organização Mundial do Comércio (OMC), criada sob a
liderança e pressão do capital financeiro norte-americano para penetrar nos
mercados internacionais?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Então,
porque a ameaça de não subscrever os acordos de livre troca comercial, como o
Tratado Transpacífico (TPP), justamente elaborados para relançar o poder das
multinacionais norte-americanas em supremacia face aos Estados?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2-
O desmoronamento da antiga União Soviética colocou os Estados Unidos da América
no lugar da potência dirigente do Mundo, e, especial da Europa, que estava
dividida, desde a II Grande Guerra, na vassalagem por dois blocos: a NATO e o
Pacto de Varsóvia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Essa
desagregação lançou, na altura, para a agenda mediática um analfabeto,
vira-casacas e informador policial chamado Ronald Reagan, que foi colocado no
poder presidencial pelo capital financeiro. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">(Claro
que tal facto, para a História, já, agora, é, apenas, uma notícia de rodapé em
letras pequenas).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
na altura, Reagan transformou-se um ídolo da grande burguesia financeira,
+deificado+ pela chamada «ideologia neocons», através dos orgãos de informação
de Wall Street (ABC, Fox, CNN, CNBC). <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Não
porque liderou a «luta» pela desagregação soviética, mas, porque elevou o
sistema de império +democrático+ a modelo de dominação do mundo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
realidade, Reagan era o produto acabado da imagem arrivista e superficial da
grande burguesia financeira.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">(Como
o foram os seus sucessores numa cínica *alternância democrática* entre facções de Wall Street).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
ele foi o arauto propagandista no chamado mundo ocidental, em como, sob as
bandeiras progressistas das eleições universais e dos direitos humanos, se
podem constituir governos sufragados de oligarquias financeiras. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em
que a especulação bolsista, as fraudes criminosas com as transferências
bancárias e as deslocalizações industriais, eram a matérias primeiras para a
exploração e opressão desenfreada das classes trabalhadoras.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Tudo
serviu para lançar as garras imperiais democráticas pelo Mundo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
este sucesso de uma política expansionista a todo o custo, com o pau e a
cenoura, teria de bater na parede.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Progressivamente,
a expansão, ocupação e exploração capitalista imperial norte-americana foi
desenvolvendo um forte sentimento de reacção nacionalista e anti-imperialista ,
que, em certos casos, geraram mesmo revoluções, algumas caminhando, par a par,
com um programa socialista entretanto degenerado.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXUctcit95lwNumrTPpcstvkbtE7nlC4jfUfoA9gU8FrhX5eYMAb_oX8N-wk9QIMHI3NVQZbiU2IzQVISZ0RxJpvRR_Yb89EhA1T2WvNvpl2e0xhPVr3Y0Wqu3UnU3nqsAoCxkLhgSlM8/s1600/Mahatma-Gandhi.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Com
o desfecho da II Grande Guerra, ao mesmo tempo que, pelo planeta, se começava a
forjar um movimento anti-colonialista (Índia, Paquistão, China, Vietname, entre
outros), a burguesia dos países europeus mais massacrados pela destruição
violenta lançou-se num processo de industrialização comum, que enquadrou, mais
tarde, um novo tipo de constituição de uma formação estatal transnacional.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
tal caminhada, embora fosse realizada em ligação profunda com o capital
financeiro norte-americano, com a crise geral de 2007/08, que se prolonga até
hoje, levou a União Europeia, atolada nessa mesma crise, a fazer uma
decantação, ainda bastante ténue, é certo, cujo rumo geopolítico, a tem levado
a um afastamento do centro financeiro da City londrina, filial de Wall Street,
com o reforço do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
que, por seu turno, em termos militares, irá cavar, cada vez mais, uma clivagem
(ainda muito subterrânea) com a NATO/EUA.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
América do Sul, onde, ao longo dos últimos 100 anos, se deram conflitos
violentos, por vezes, com cariz revolucionário, contra a suserania e ocupação
norte-americanas, a burguesia *progressista* social-democrata e liberal,
decalcando do modelo europeu, iniciou, ainda, nas últimas décadas do século
passado, um processo de integração económica dos respectivos países, que
apelidou de MERCOSUL, indo até mais longe, forjando um princípio de Exército
único, com o UNASUL.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Abertamente,
contra a hegemonia ianque.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mereceu
o apoio directo da UE, e a hostilidade, primeiro latente, hoje, já aberta dos
EUA, através da grande burguesia *criola*, vinculada a Washington, cujos
efeitos se começam a sentir.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3
– É, pois, o aparecimento de espaços geoestratégicos (que são também
geoeconómicos) em concorrência com o papel hegemónico dos Estados Unidos, que
está a preocupar a grande burguesia norte-americana.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><u>A
principal preocupação concorrencial de Washington, não é, propriamente, no
imediato, a UE e o Mercosul, mas o espaço geoestratégico, que se está a
materializar em enquadramento político, económico e militar, formado pela
Organização para a Cooperação de Xangai.</u><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Criada,
formalmente, em 1996, sob a égide da China e a Rússia, que enquadra ainda,
presentemente, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Uzbequistão, Índia e
Paquistão, que tem, ainda, como observador o Irão.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Eles
colocaram de pé já um grande banco (Novo Banco de Desenvolvimento) e está em
estado avançado a substituição do dólar, como moeda referencial universal de
troca.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://imagem.vermelho.org.br/biblioteca/cooperacao-xangai88139.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Este
conjunto de países representa mais de 60 % do território terreno e 50% da sua
população, controlando uma parte substancial das matérias-primas do planeta.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
busílis da questão está no confronto concorrencial: <u>Rússia e China têm
capacidade militar capaz de fazer valer a sua diplomacia e incrementar,
independentemente, a sua economia. </u><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Estão a fazê-lo utilizando a seu favor, o livre comércio, que a OMC lhes
proporcionou. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Aproveitando,
justamente, as fraquezas internas da economia dos Estados Unidos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Claro
que o maior mercado comercial do Mundo, neste momento, continua a ser a UE. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E,
tal facto tanto o é para os EUA, como para a Rússia e para a China. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
a UE para se fortalecer e relançar o seu desenvolvimento necessita de alargar
as suas exportações para fora do seu território. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A única cobertura que utilizam na sua política externa é o manto da NATO. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ou
seja, a sua diplomacia fica travada nos interstícios dos interesses primeiros
dos norte-americanos. Nem têm, portanto, as suas forças armadas conjuntas. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Para
que a Europa seja uma força unida política, além da sua construção interna em
harmonia, sem pôr em causa os sentimentos nacionais, requer um Exército único. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><u>Este
tornou-se, na actualidade, uma necessidade económica.</u><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Por
enquanto, esta UE, a principal potência comercial do Mundo, está amputada,
permanece um campo de disputa, principalmente entre os EUA e a Rússia. Os
primeiros ocupam-nas. A segunda precisa dela para aumentar as suas capacidades
exportadoras e de incremento económico.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
para a Europa, a Rússia é um território natural e essencial para a caminhada da
burguesia no sentido da sua verdadeira unidade europeia, sem fronteiras, sem
entraves alfandegários e sociais, na circulação de mercadorias e força do
trabalho.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
supremacia da UE, no presente, face à Rússia está na sua capacidade produtiva e
desenvolvimento tecnológico. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
Rússia deu um grande salto, nos últimos 20 anos, na sua força produtiva,
incluindo a armamentista, depois da decadência constante da fase final do
império soviético, e da desarticulação e marasmo que se seguiu com o período de
Boris Ieltsin. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">É
potência militar que ombreia com os EUA. Mas a economia produtiva não
acompanhou, ainda, a indústria de ponta do armamento.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">É,
neste contexto, que a UE se torna o território mais frágil no confronto entre
duas grandes potências castrenses, armadas até aos dentes.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">É
+um campo de batalha+ militar preferencial, se se desorganizar, se se desunir,
se não souber impor a sua verdadeira força.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
única potência dominante, essa, já não o é.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">4
– A concorrência acirrada entre potências militares custa dinheiro. E cada vez
que se evoluciona no domínio de conseguir armas cada vez mais sofisticadas, mas
sempre mais caras, tal facto leva a um espiral de despesa pública, que somente
poderia ser minimizada se a produção industrial e comercial interna acompanhar
a sustentabilidade dos orçamentos militares.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esse,
hoje, é o calcanhar de Aquiles do regime norte-americano. Os EUA perderam a sua
hegemonia industrial, e economia retraiu. A falência paira sobre a capacidade
produtiva. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Embora aquela seja, ainda, aparentemente, elevada.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
Estados Unidos da América têm a maior dívida pública do mundo em crescimento,
e, com o dólar a enfraquecer: 19,268 biliões
de dólares, 102% do PIB.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">As
receitas – valores de 2014 – atingiram os três biliões de dólares, mas as
despesas atingiram os 3,5 biliões.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">As
exportações trouxeram ao país 1,62 biliões de dólares, mas importaram 2,35
biliões em 2014.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
pobreza aumentou. Cerca de 15 % vivem mesmo abaixo do seu limiar, segundo dados
de 2013.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Embora
os censos oficiais coloquem os valores do desemprego nos 5%, este valor aumenta
significativamente nos antigos centros industriais. O certo é que os mesmos
censos assinalam que a oferta de emprego não aumentou em valor estável desde a
crise de 2007/08. Os salários estão estagnados há cerca de 10 anos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilw5iZ8Q-U5tajviFYWdKADS0hddlIiMMwAyT1u5ie9_DrlHWWKa1taxH5Wlg0kQb5SueaOTFvLwI8ySZGrmSeNg6scsWaruI3pcLa25i1GXxnXPeBPKWR6uhIZ-ebD8pOe5ziNoCvo-I/s640/DSC_0203.JPG" width="640" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
grande problema, para a grande burguesia norte-americana, é, portanto, o
enfraquecimento da sua produção interna. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A luta
de classes que está no interior da actual disputa de candidatura presidencial
liga-se, justamente, ao facto de ter aumentado a crise económica e financeira
na sociedade norte-americana.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
de baixo estão a manifestar-se contra a lúmpen grande burguesia financeira. Trump
e Sanders apontaram, precisamente, o dedo à sua representante mais
mediaticamente comprometida com Wall Street, Hillary Clinton.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Sanders
cedeu, como social-democrata que é, Trump – ele próprio um arrivista criminoso pertencente
esse lumpen financeiro, critica o sistema para conseguir diluir esse descontentamento
no seio da sua política, que vai ser o da repressão fascista contra os
desfavorecidos, quer sejam proletários brancos, quer de minorias negras, árabes,
ou hispânicas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Sobre
a propaganda sonora contra o sistema, Trump é, portanto, o representante
fascista do capital financeiro (precisamente como o foram Hitler e Mussolini na
Europa). Claro que o regime norte-americano não terá o carácter imediato violento
do sistema nazi-fascista dos anos 30/40 no continente europeu.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">5 –
O programa político de Trump, que, até agora, não foi formalmente divulgado,
para dar consistência aos seus slogans dispersos, terá de assentar numa via de
criar algum emprego, ou seja numa base de recuperação industrial ou pós
industrial, com eventual regresso de empresas que foram deslocadas para países
estrangeiros.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ou
seja, em termos de economia burguesa, falar em proteccionismo. Tal aposta irá
colidir com uma política de exportação, essencial para a expansão imperialista
norte-americana.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Colidirá
tal política com os tratados comerciais internacionais. Para os pôr em causa,
uma eventual administração Trump, se for eleita, terá de desarticular os
grandes espaços comerciais internacionais concorrenciais, em particular os elos
mais fracos , em termos de segurança castrense, nomeadamente, a União Europeia, e
o MERCOSUL.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Estará
a saída do Reino Unido da UE inserida nessa estratégia da grande burguesia
norte-americana? E a tentativa de desintegração do MERCOSUL, a partir da
Argentina, do Brasil e da Venezuela seguirá já essa estratégia?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Se
tal suceder, o regresso do «proteccionismo» acirrará as contradições
inter-imperialistas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
que em termos práticos, a médio prazo, significará guerra.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-68753838011421037522016-07-17T10:30:00.000-07:002016-07-30T13:42:15.473-07:00EUROPA: A SOCIAL-DEMOCRACIA ESTÁ NA FALÊNCIA<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1
– A França, onde se desenrola, actualmente, uma prolongada luta classista para
impor legislação contra as classes
trabalhadoras, é o exemplo marcante do papel da social-democracia/socialismo
democrático na vida societária.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
Partido Socialista francês assume-se, em todo o seu esplendor, como
representante da classe capitalista.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://static.globalnoticias.pt/storage/DN/2016/dn2015_detalhe_topo/ng6782800.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Este
facto não é um caso isolado de uma mera radicalização extemporânea de «desesperados»
que sente o poder fugir-lhe, enquadra, na realidade, neste caso, em França, com
toda a transparência, como actua a social-democracia quando ascende ao poder
numa situação de crise grave do capitalismo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
história da presença política do PS actual francês no poder de Estado desde a
sua recriação como tal no final dos anos 60 do século passado é a história do
seu percurso como fracção representante directa e qualificada do capital
financeiro no país.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Embora,
formalmente, o PS tenha sido criado em 1905, como secção francesa da
Internacional Operária, na realidade, o seu percurso de capitulação constante e
progressiva levou-o a tornar-se irrelevante no país desde a II Grande Guerra.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">É
«recriado» em 1969, quando o gaullismo entra em agonia, depois da revolução
política anti-capitalista de *Maio de 1968*, e esse partido «renascido» recebe
então apoios financeiros vultosos da chamada Internacional Socialista e dos
Estados Unidos e o impulso da maçonaria gaulesa.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Foram,
aliás, promotores e organizadores apoiantes do regime de Vichy, como François
Mitterrand, Charles Henu e Jean-André Faucher, entre outros, travestidos de
*socialistas*.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Desde
a II Grande Guerra até à renúncia do falecido general, o gaullismo, como
entidade política de poder, representou o capital no seu todo, impulsionando,
em grande medida, o capital industrial no pós-II Grande Guerra.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Contou,
para se estabelecer, como representação política dessa burguesia, logo no fim
da guerra, com a prestimosa ajuda do Partido Comunista francês (PCF).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Este, que é o maior partido político e armado da Nova República gaulesa saído da guerra,
aceitou – em conivência com a liderança soviética de Josep Stálin, a entrada
num governo liderado por De Gaulle, com a orientação de desarme do Exército
guerrilheiro, os Francs-Tireurs et Partisans (FTP) e a submissão ao processo de
gestão capitalista da economia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Eles
foram o suporte «vermelho» da recomposição capitalista em França.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Maurice
Thorez, o líder do PCE, ascende a Ministro de Estado (o governo incluía mais
cinco pastas daquele partido), foi o mais fiel propagandista da «batalha da
produção», da «reconstrução rápida da indústria» e da criação de «um potente
Exército francês».<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://www.devoir-de-philosophie.com/images_dissertations/142404.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Tal
orientação dividiu o PCF, principalmente o seu secretariado, tendo Charles
Tillon, o responsável pelos FTP, abandonado aquele partido, em protesto contra
a dissolução do Exército guerrilheiro.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Depois
do serviço prestado, o PCF e Thorez levaram um pontapé. Assim começou a
decadência daquele partido.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2
- A queda de De Gaulle está ligada, por um lado, às grandes convulsões sociais,
que vão desembocar na revolução de 68, por outro, ao ascenso progressivo do
capital financeiro, que o isolam e que inclusive, emerge já, dentro do próprio governo de De
Gaulle, com Georges Pompidou, e, mais tarde, com Valéry Giscard d'Estaing.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Com
o desaparecimento do general, a representação política do capital financeiro
começou a expandir-se com George Pompidou (foi um alto quadro do grupo
financeiro Rotschild) e solidificou com Valery Giscard d’ Estaing (criador da
bolsa de valores mobiliários), o promotor da entrada da França na estrutura
militar, ficando na dependência formal da NATO.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">/O
Ministro do Orçamento de D´Estaing chamava-se Maurice Papon, o responsável pela
deportação de judeus sob o regime de Vichy/.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
República gaullista, na realidade, sumira-se.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
estava em curso desde os inícios dos anos 70 do século XX, o reerguer de uma
oposição «socialista» oficial, que servisse o entrosamento do capital
financeiro no país.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
gaullismo representou, em termos de poder político, um certo «cesarismo» que
enquadrou o renascimento capitalista. Com a entrada, em 1971, do PS de François
Mitterrand, esse mesmo «cesarismo» reenquadrou-se envolto numa pretensa
bandeira vermelha, levando como atrelado o então já decadente PCF, agora
liderado por George Marchais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Quando
os sucessores abastardados do gaullismo se afastam da cena política, surge
então Mitterrand e o +renascido+ PS, numa *frente comum* com o PCF.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Assim,
em 1981, François Mitterrand ascende a Presidente da República e o PSF, nas
legislativas que sucedem, torna-se o primeiro partido do país, ultrapassando a
formação política de Marchais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
primeira fase da sua governação, Mitterrand quis fazer crer que não iria
trair as promessas de instituir um executivo «socialista». Fez algumas
nacionalizações, houve aumentos de salários e pensões. Tudo em gestão
capitalista. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Conseguiu,
assim, o objectivo do capital financeiro: pacificar o PCF, reduzi-lo a um
«apêndice» político.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
fase seguinte, princípios dos anos 90, o PS de Mitterrande tirou a máscara e
assumiu-se sem rebuços como representante único do capital financeiro:
privatização sem freio a favor do domínio do capital financeiro, desprezo total
dos direitos sociais em detrimento de empresas capitalistas financeiras na
saúde, na educação, na própria organização do trabalho.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Toda
a administração pública foi canalizada para servir o capital financeiro, desde
o parlamento à justiça. Bancos, bolsas, transportes, portos, agricultura,
cargos de gestão superior do Estado, tudo ficou sob a sua alçada.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">Realizou
aquela o seu objectivo ideológico: produzir um rebaixamento da </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">consciência</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"> política das classes e sectores trabalhadoras.<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
coligação PSF/PCF contribuiu para limitar qualquer hipótese de lançar, de
imediato, um revigoramento de uma via alternativa revolucionária.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ora,
este papel estendeu-se a toda a Europa e foi justamente desempenhado pela
social-democracia...até aos dias de hoje.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3 –
O domínio avassalador do capital financeiro não é um exclusivo da França, ele
estendeu-se por toda a Europa.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
*plainadores* desse domínio foram, precisamente, os partidos sociais
democratas, que se intitulavam, muitos anos atrás, até marxistas-leninistas,
depois, apenas socialistas, decaíram para socialistas democráticos, e muitos
deles apenas se chamam agora democratas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Cito
dois casos: o português e o espanhol, mas poderia enquadrar-se o alemão, o
inglês, o italiano, o grego, entre outros.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
Partido socialista democrático/social-democrata português, o PS então liderado
por Mário Soares foi a *cobaia*.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
partido soarista nasceu na Alemanha em 1973, sob os auspícios e financiamentos
alemães (Fundação Ebert), com um programa, mais ou menos idêntico, ao do PCP,
reivindicando-se do marxismo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Aliás,
a sua apresentação formal, como partido, deve-se à divulgação de um programa
conjunto de governo com o PCP, um ano antes do 25 de Abril de 1974.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">A
queda do regime marcelista provocou a formação de um governo provisório, que
reflectia, pela sua composição, um compromisso entre os partidos e novas
formações que </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">contribuíram</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"> em diferentes graus para o derrube do regime.<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">A </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">erupção</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"> popular que se seguiu deu-lhe um carácter revolucionário, obrigando os
diferentes partidos com interesses divergentes a acolher-se, sob o chapéu
militar do Conselho da Revolução, aos ditames da Revolução socialista e da
sociedade sem classes.<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
sob esse compromisso, a representação governamental era constituída pelas
diferentes estruturas classistas da burguesia. O que as levava, no ramalhate
reivindicativo do socialismo »à portuguesa», a que todas empunhassem essa
bandeira.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
PS foi o vencedor em eleições constituintes (1975) e legislativas (1976).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://i586.photobucket.com/albums/ss309/mgomes2/Costa%20Braz/TomadadepossedoIGovernoConstitucional.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
é esse PS, com o apoio dos militares que dão o golpe de Estado em 25 de
Novembro de 1975, que vai reestruturar o poder político, afastando-se
rapidamente do modelo definido pela Constituição do país, aprovada em 1976.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Logo
nesse fim de ano de 1975, começa a desarticulação da Reforma Agrária, com o
recomeço da entrega de terras aos latifundiários. Em 1978, Mário Soares anuncia
que o seu partido meteu o «socialismo na gaveta». Um ano depois, o mesmo Soares
apresenta um documento «Dez anos para mudar Portugal», onde enuncia a defesa de
um «modelo do socialismo democrático ou da social-democracia europeia».<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">Com </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">Vítor</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"> Constâncio, como secretário-geral, o PS, em Congresso, fez eclipsar os
estatutos da fundação do PS e deu-lhe o formato social-democrata. Foi a adaptação
teórica à pratica política desencadeada desde Novembro de 1975 à sociedade
burguesa dominada pelo capital financeiro.<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em
Espanha, esse papel começou a ser estabelecido pelo PSOE de Felipe Gonzalez, a
partir de 1982, mas o *percurso político* foi estabelecido muito antes da morte
do general Francisco Franco.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Com
a decadência do franquismo, em particular após o assassinato de presidente do
governo almirante Carrero Blanco, em 1969, os «tecnocratas pragmáticos» do
regime, que começavam a ter peso no governo de Franco, tinham noção que a
continuidade do sistema capitalista somente se poderia conseguir com o apoio de uma
*oposição* moderada.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Permitiram,
assim em semi-clandestinidade, os movimentos de um «PSOE renovado», formado por
um grupo de jovens onde se veio a impor Felipe Gonzalez.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Nos
finais dos anos 60, iniciava-se um confronto no seio do enfraquecido ,</span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Partido Socialista
Operário Espanhol, saído, praticamente, da letargia do pós II Guerra, em que os
«jovens turcos» puseram em causa a direcção do exterior encabeçada pelo então
secretário-geral Rodolfo Llopis.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Deu-se
uma ruptura</span></b> <b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">entre
o PSOE Histórico de Llopis e o PSOE Renovado de cuja direcção fazia já parte
Felipe Gonzalez. O lugar de secretário-geral alcança-o em 1974, e, a sua
preocupação central ideológica foi transformar o PSOE em formação
social-democrata, o que conseguiu em 1979.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="https://manuescrig.files.wordpress.com/2014/04/fraga-con-landelino-lavilla-santiago-carrillo-adolfo-suarez-felipe-gonzalez-el-rey-juan-carlos-miguel-roca-y-xavier-arzallus.jpg?w=580&h=380" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
política prática desta mudança conseguiu-a em 13 anos de governação. O
capitalismo financeiro floresceu, então, em toda a sua essência na sociedade
espanhola.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">4 –
As sucessivas crises desde o princípio deste século foram crises do sistema
financeiro capitalista e mostraram que as relações de produção e as forças
produtivas atingiram um estado tal de contradição, que apresentam sintomas de
ruptura não só na Europa, mas em todo o planeta, em especial nos EUA.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
social-democracia, que foi o esteio político da gestão capitalista da burguesia
em riscos de implosão, atinge também um patamar de insolvência, de descrédito.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Há
condições de uma iniciativa de revolução europeia, mas não existe uma
alternativa programática revolucionária entre as classes trabalhadoras. Há insatisfação,
mas também desânimo. As hesitações estão ligadas a um processo longo de
contra-revolução que avassalou as sociedades da Europa desde Maio de 1968.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">As
sociedades europeias estão impregnadas de crimes praticados pelo domínio de uma
aristocracia financeira que não tem pejo em espoliar os cofres estatais, ou
seja o bem-estar e o progresso dos desfavorecidos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">Apesar
do desânimo que se instaurou no seio das classes trabalhadoras, a espoliação e
a </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">devastação</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"> económica que a grande burguesia financeira efectuou em todo o
espaço europeu nos últimos 20 anos provocou sempre movimentações e protestos
populares.<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Nestas
duas últimas décadas, começaram a surgir grupos sociais e até pequenos partidos
que ganharam certo peso político, esgrimindo um vago programa anti-capitalista
capaz de ser realizado dentro da «democracia», ou seja o sistema actual.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">É
neste contexto que se organizam novos partidos, como o Die Linke, na Alemanha,
o Partido de Esquerda, na França, o Syriza, na Grécia, o Bloco de Esquerda, em
Portugal e o Podemos, em Espanha e o Grupo da Esquerda Unitária/Esquerda Verde
Nórdica.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Alguns
deles, são hoje o governo do país, caso da Grécia, onde aplicam os ditames da
ordem burguesa.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><u>De
uma maneira ou de outra, esses partidos não colocam, como princípio basilar da
sua actuação, a tarefa de transformar, de maneira revolucionária, as sociedades
dos seus países, mas de agir, no seio do regime estabelecido, visando a sua
adaptação a uma «melhor democracia».</u><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Existem,
é certo, debates no interior desses partidos para inflectir a orientação
dominante.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
no estado actual, se esta via continuar a ser prosseguida irá desembocar na
continuidade do domínio do capital financeiro.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-26490799814868332002016-07-02T15:24:00.000-07:002016-07-02T15:24:49.403-07:00EUA: OS CANDIDATOS FORA DO SISTEMA MOSTRAM QUE A RECESSÃO CONTINUA<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">1 – Façamos uma reflexão.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Qual a razão (ou razões), porque aparecem candidatos presidenciais
nos Estados Unidos da América com larga aceitação popular, aparentemente, fora do
controlo dos dois grandes partidos do regime, os democratas e os republicanos?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">No seguimento da questão anterior, porque será que entre os
republicanos a *elite do partido* aceita Donald Trump, um multimilionário
vigarista, racista, *nacionalista*, e entre os democratas permitem que o debate
de ideias se faça em torno do programa de um senador *marginal*, Bernie
Sanders, que se filiou naquele partido para puder concorrer, e que preconiza,
nomeadamente, o *socialismo* e a *revolução*. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">E que o próprio Presidente em exercício, Barack Obama, um homem
elevado ao poder por Wall Street, o receba e afirme que as suas propostas são
válidas?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">2 – Tem de se olhar para o estado da economia norte-americana e
para a verdadeira situação social das classes trabalhadoras daquele país.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">A pobreza (privação de dinheiro ou alimentos) cresceu de maneira
evidente nos EUA desde a crise financeira de 2007/2008. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">São as estatísticas oficiais que o confirmam: actualmente, atingem
as 50 milhões de pessoas. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<img src="http://cartamaior.com.br/arquivosCartaMaior/FOTO/71/foto_mat_29963.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Em 2011, a pobreza cresceu para 46 milhões de pessoas. Um ano
antes foram contabilizadas 43,6 milhões.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Em 2008, o nível de pobreza situava-se nos 39,8 milhões (13,2 %).
Em 2000, essa percentagem situava-se nos 12,2 %.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Segundo o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento)
com referência a 2000, os EUA tinha naquela data, uma população entre os 16 e
65 anos que supera os 20% considerada anafabeta funcional (superior aos
principais países ditos ocidentais), valor este que cresceu grandemente nos 15
anos seguintes.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Desde os anos de 1995-2000, o incremento dos salários – em
particular entre os mais desfavorecidos, hispânicos, negros, brancos operários,
decresceu, constantemente, estagnando, mesmo em períodos, como 2004, em que,
oficialmente, se afirmava que a economia estava a crescer.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Esta já era a realidade norte-americana, quando o grande capital
financeiro, instalado em Wall Street, lançou o país na pior crise económica que
se mantém, apesar de todas as promessas e estatísticas enquadradas que
pretendem mistificar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">3 – Em 2009, os senhores de Washington e Nova York, gritaram a
plenos pulmões: grande recessão acabou oficialmente.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">(Diziam isto à descarada, quando se contabilizava que, em 2008,
nos EUA 463 bancos foram à falência!!!).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Com maior ou menor sonoridade, os grandes órgãos de comunicação
social, bem como a Administração e o banco central (Reserva Federal) anunciavam
ao aparente mínimo vislumbre de recuperação: o navio está a entrar nos eixos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Depois a realidade.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Em 2016, logo, portanto, agora, o Produto Interno Bruto (PIB) dos
Estados Unidos cresceu 0,5%, em dados anuais, segundo divulgou a
Secretaria do Comércio do país, na sua primeira estimativa. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<img src="http://www.ecodebate.com.br/wp-content/uploads/2016/02/160224b.png" /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">A este respeito, estamos a falar com dados oficiais, nos três
últimos meses do ano passado, o incremento era bem maior, 1,4%.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Ou seja, a estimativa oficial para 2016 era de 0,7%. Lógico, a recessão continua.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">A economia em declínio persistente é a principal «base»
explicativa da luta política que decorre nos Estados Unidos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">E esta discorrência pressupõe uma clivagem ideológica, muito
obscura é certo, mas existente.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Certamente, não será a finalização da campanha eleitoral e a
posterior eleição que vai levar a uma pacificação da sociedade.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Vão continuar os sintomas de crise social, possivelmente, irão
crescer até face ao alastramento da crise económica mundial. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Os tempos são de mudança.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">4 – Os candidatos que se apresentaram como representantes defensores
visíveis do sistema, o chamado *centro*, quer do lado republicano (Cruz, Rubio,
Jed Bush) quer democrata, incluindo Clinton (embora ela seja a escolhida, mas
sem ideias), saíram derrotados ou enfraquecidos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">As ideias dos *democratas* - Obama dixit – estavam na candidatura
de Sanders.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Trump, um homem da elite financeira norte-americana, demarcou-se,
cinicamente, da mesma, alegando que esta – frisou «de que fiz parte» - era a
responsável pela crise duradoura que atravessa a sociedade norte-americana.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Nada mais produziu ao nível de ideias e de propostas políticas,
mas sob a sua liderança formou-se uma grande facção da classe média – branca,
mas também negra e hispânica -atingida
fortemente pela especulação – imobiliária, de consumo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Sanders foi mais contundente. Apresentou um programa político mais
elaborado: mudança de poder político, ataque ao poder financeiro (encostou,
totalmente, Hilary Clinton a Wall Street, ao militarismo imperial),
reivindicações sociais (saúde, educação, trabalho)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">É, pois, a persistência de uma crise profunda que está a despertar
a sociedade norte-americana. E essa crise que permite que ideias até agora
ostracizadas como de revolução e socialismo sejam +sufragadas+ no próprio
debate das candidaturas presidenciais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Em certo sentido, e de certa maneira, Trump e Sanders –
naturalmente, cada um sob pontos de vista ideológicos diferentes – estão a
fazer a crítica ao actual capitalismo norte-americano.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Trump alardeia que deseja uma +mudança+ no regime, tornando-o mais
+forte+, ou seja governar esse mesmo capitalismo sob métodos nazi-fascistas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Sanders quer incluir o seu (ou parte) programa na candidatura de
Clinton (claro que é uma infantilidade), pensando que é possível fazer a
revolução dentro das instituições capitalistas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Claro que as classes trabalhadoras irão participar de pé atrás
nestas eleições, e até nelas não participar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Há um despertar de consciências,
os próximos tempos vão indicar se a experiência da busca da «revolução»
e do «socialismo» irá ter continuidade na luta social.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none 1.0pt; color: #666666; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; padding: 0cm;">Poderá haver uma espécie de adormecimento, logo após o acto eleitoral,
mas as indicações dadas pelas primárias, a nível de mobilização, em especial em
torno de Sanders, parecem mostrar que um grupo renovado de militantes procura
uma via de ruptura dentro da sociedade norte-americana.<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-9401188621267325802016-06-21T22:12:00.001-07:002016-06-21T22:12:07.135-07:00A UE NUMA ENCRUZILHADA: OU REGRESSO AOS NACIONALISMOS OU REVOLUÇÃO<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1
– A União Europeia (UE) está a viver um período de turbulência, de desnorte e
evidente mostra de incapacidade dos seus dirigentes em responderem ao anseio
dos povos por uma nova orientação democrática e de inverter o domínio do
capital financeiro sobre todas as esferas da produção.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
turbulência na UE está directamente ligada à crise financeira de 2007/08,
iniciada nos Estados Unidos daAmérica, que, de imediato, foi empurrada para a
UE, ficando encarcerada e enlameada, chupada até ao tutano, pelo grande capital
financeiro, sediado em Wall Street.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Floresceu,
desde então, em roda livre, o «reino dos mercados».<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ora,
esse reino é, nada mais, nada menos, o reino do capitalismo financeiro centrado
no eixo Wall Street/City londrino.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img height="248" src="https://gigaom.com/wp-content/uploads/sites/1/2013/06/wall-street-new-york-stock-exchange.jpg" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Este
capital que domina todas as alavancas do poder sofreu um choque terrível quando
se confrontou com uma crise de tal envergadura que está a colocar em causa a
sua própria sobrevivência.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">No
mundo actual, os centros de poder económico diversificaram-se e caminham,
também, para se tornarem, - através da força desse seu poder, reforçadas com
parcerias estratégicas territoriais, logo em zonas de comércio multinacional, -
em «postos avançados» de emissão de moeda, com capacidade de rivalizar,
principalmente, com o dólar. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Logo, na busca de «espaços económicos» para
conquistar e manter, numa divisão de zonas de influência que pensam enquadrar. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Como
se reflecte essa crise, a dispersão multipolar de centros de geoeconómicos e
geopolíticos e o ascenso de nacionalismos fascistas, na unidade europeia e,
acima de tudo, na turbulência que atravessa?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2
- A unidade europeia foi um processo que decorreu relativamente bem, em
cooperação entre Estados, com a formação de um território contínuo desde
Portugal até às fronteiras russas, com mais de 500 milhões de pessoas. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
isto até se tornar um potentado económico.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
o processo avançou, porquê? <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Porque
a experiência histórica europeia mostrou que as guerras entre potências e
povos, retalhamento de Estados, desprezos solenes dos «suzeranos» pelos
sentimentos nacionais teriam de ser invertidos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Acima
de tudo, porque a burguesia europeia adquiriu a plena cidadania, sabendo que
para vingar teria de ultrapassar os condicionalismos das restrições económicas
e políticas que as fronteiras nacionais impunham.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
ensinamento histórico central desde o século XII, curiosamente a partir do
condado portucalense até ao reino de Portugal e dos Algarves, com mais ou menos
sequências na maior parte do espaço europeu nos sete séculos seguintes,
ditam-nos que a organização estatal que se coaduna com o avanço económico e
social da Europa está ligado à formação de Estados extensos em território,
alicerçados já na nacionalidade, e, não em pequenos condados, ducados e
pequenos reinos, entraves à circulação mercantil.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://www.universidadefalada.com.br/media/catalog/product/cache/1/image/364x364/9df78eab33525d08d6e5fb8d27136e95/M/j/MjYz.jpg" /><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
realidade, foi, precisamente, com a criação de grandes Estados, mais ou menos
centralizados, que o capitalismo se enraizou rapidamente na Europa, e, de certo
modo e em certo sentido, permitiu a expansão extra-europeia, com a criação do
mercado mundial.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Com
avanços e recuos naturalmente, a constatação da experiência histórica era
evidente que foram a criação e solidificação desses Estados que permitiu o
estabelecimento dominante político da burguesia na Europa.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
avanço para a cooperação harmónica transfronteiriça europeia advem – melhor dizendo
– está intimamente ligado à necessidade de estabelecer a paz nesse enorme
espaço dilacerado por guerras, mas também por nacionalismos tacanhos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Tal
não pode significar desprezo pelos sentimentos nacionais, mas limitar, e, se
necessário expurgar os atritos e conflitos provocados pelos nacionalismos
irracionais para forjar uma nova entidade supranacional que sirva,
principalmente, os interesses das classes trabalhadoras.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><u>Temos
de entranhar nas nossas mentes: <o:p></o:p></u></i></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><u>a
organização estatal europeia, agora ainda nas mãos da burguesia, serve como
rolo compressor para se vir a estabelecer o poder das classes trabalhadoras.<o:p></o:p></u></i></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Se
não ultrapssarem o estigma cego do nacionalismo, as classes laboriosas, necessariamente,
serão enredadas nessa retrógrada orientação. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Uma
coisa é exigir democracia, marcar autonomia própria na gestão nacional, outra
coisa é fechar o Estado nas barreiras das fronteiras e das moedas nacionais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">3
– Quando, no final do século XX, a Europa iniciou o seu caminho para a unidade
política </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">confluíram</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"> diferentes divergências numa amálgama de </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">contradições</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">.<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Estas
pressagiavam que, além dos escolhos internos, se estavam a forjar,
principalmente, inimigos externos. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E,
assim, sucedeu. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
que levou à situação actual.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Quando
a UE avançou para a criação de uma moeda única, e, em simultâneo, para a
elaboração da sua estrutura política, adquiriu o estatuto de principal potência
comercial do Mundo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">/Dados
da UE. Actualmente, dos 28 Estados-membros da União Europeia, 19 adoptam o euro
como a moeda oficial. A população total da Zona Euro supera os 323 milhões de
habitantes.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Apesar
da turbulência e da desaceleração económica, o euro é ainda usado por mais 210
milhões de pessoas em todo o mundo, das quais 182 milhões em África que
utilizam moedas de câmbio fixo em relação à moeda europeia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
euro é a segunda maior moeda de reserva e a segunda moeda mais transacionada no
mundo depois do dólar norte-americano.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
UE é a maior economia do mundo, representando mais de 20 % do produto interno
bruto mundial (PIB). Graças à dimensão do seu PIB (14 biliões de euros) e à
abertura do seu mercado interno, cujas exportações representam 2.415 mil
milhões de euros e importações representam 2.188 mil milhões de euros. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
Europa é a maior exportadora de bens e serviços do mundo e ela mesma é o maior
mercado de exportação para cerca de 80 países. As trocas comerciais entre a UE
e o resto do mundo atingiram 3 421,6 mil milhões de euros em 2013/.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Adquiriu
a auréola de nova unidade económica em ascensão e o euro, como moeda forte,
transformou-se em *chamariz* atractivo para os países, principalmente,
produtores de matérias-primas, que queriam fugir ao controlo imperial do dólar,
e, consequentemente, dos Estados Unidos da América.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Agigantava-se,
economicamente, mas, na geopolítica mundial, tinha (e tem) um calcanhar de
Aquiles que a tolhe: a inexistência de uma força militar única (e a consequente
diplomacia unificada) para impor uma política própria.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mesmo
assim, a UE tornou-se paradigma para a constituição de novas formações estatais
transnacionais, como o MERCOSUL, que, ao iniciar o seu processo, tentava
justamente afastar-se da vassalagem ao dólar e a Washington. E efectuar uma
parceria estratégica com a Europa…<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
euro atraiu países produtores de petróleo, como o Iraque, o Irão, a Líbia, e
mesmo africanos, como, curiosamente, o Zimbabué (diamantes) como possível moeda
forte para contornar a asfixia do dólar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
ascensão da UE como grande economia mundial e com uma moeda de referência que
começava a atrair os países do petróleo lançou Washington para uma campanha
desenfreada para reaglutinar o seu espaço de influência directa: a Europa e a
América Latina.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
resultados estão à vista. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Não
só nesses dois continentes, mas no imenso território da produção petrolífera do
Médio-Oriente.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Claro
que a Rússia, como potência militar vizinha, e em fase de relançamento
económico, também, procura influenciar – e até imiscuir-se -na unidade europeia.
Mas não é, neste momento, o principal escolho externo. Tem interesses
económicos imediatos no espaço europeu.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">4 –
Quando a UE deveria estar a impor-se pela exportação e pelo incremento da sua
moeda face ao dólar, os EUA lançaram-lhe a crise financeira para cima e
impuseram-lhe os alargamentos sucessivos da NATO.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
isto porque não tinha a seu favor uma diplomacia e um exército unificados como
arma da sua política externa. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Claudicou.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Com
a crise surgiram os velhos «demónios» europeus.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
grande burguesia financeira da Europa, com a corda ao pescoço sob o espectro de
ser varrida da História, procura, pelos seus particularismos, agarrar-se a
tábuas de salvação, fomentando, através de suas facções, os radicalismos
nacionais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
exemplo mais flagrante é o do Reino Unido e a defesa da sua moeda, da sua
«identidade», como se a monarquia dos Windsor fosse uma nacionalidade única.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Claro
que eles estão a alimentar uma realidade que entra pelos olhos dentro: desde a
primeira crise de 2002, que precedeu e preanunciava a de 2007/08, os homens do
capital financeiro que geriu os interesses de cada Estado deitaram às urtigas a
cooperação harmónica europeia e governaram, e governam, em função do «mais
forte», menosprezando inteiramente os sentimentos nacionais dos outros Estados.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Enredaram
nesta teia as classes trabalhadoras.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Quanto
desperdício de dinheiro, quanto desperdício de energia se tem consumido nesta
década nestas mesquinhas intrigas e na vassalagem ao capital financeiro de Wall
Street!!!<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="https://asociologystudent.files.wordpress.com/2013/03/comuna-paris-61.jpg" /><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">5 –
<i><u>Claro que para se vencer esta fase do avanço europeu, o caminho não pode ser trilhado pelo domínio
do capital financeiro, nem da submissão, é necessário um novo poder político.
Uma Revolução europeia. <o:p></o:p></u></i></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><u><br /></u></i></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><u>E
nesse sentido somente pode ser conseguido pela entrada em força na vida
política de uma unidade das classes trabalhadoras da UE.</u></i><o:p></o:p></span></b></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-20548665030900590462016-06-06T13:21:00.002-07:002016-06-06T13:21:51.796-07:00ESTÁ AÍ, NOVAMENTE, O FANTASMA DO COMUNISMO<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1
– Nunca, como hoje, desde há várias décadas, se fala e escreve sobre «o
regresso do comunismo». <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Numa
retrospectiva, retoma-se o «papão» do sovietismo, claro que não nos termos
extremamente arrebatados que o sistema capitalista lançou, inclusive, recorrendo
à guerra, quando vingou a Revolução soviética em 1917.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas
porque este alarido do sistema capitalista, através dos seus agentes e
intelectuais enquadrados nos grandes meios de comunicação social?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img height="471" src="http://www.pedromigao.com.br/ourodetolo/wp-content/uploads/2015/05/1-a-1-a-a-a-a-elei-nao-a-ditadura-comunista.png" width="640" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
actualidade, as relações de produção burguesas encontram-se numa crise de tal
envergadura que está a abalar, até aos alicerces, todo o sistema capitalista,
ao mesmo tempo que as forças produtivas, que evoluíram dentro da mesma
sociedade, fomentaram tais condições materiais que se vislumbra um caminho para
a resolução desta contradição.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Desde
1917, decorreram, praticamente, 100 anos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Este
período longo, enquadrado, do ponto de vista político, por prolongadas e
sangrentas contra-revolucões, mas também de lutas revolucionárias, modificou e
fez evoluir, por vezes em marchas forçadas, incluindo a própria União Soviética
e a China Popular, a penetração do capitalismo em todos os países e nações da
Terra.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
que mais está a *marcar* os últimos 30 anos do desenvolvimento económico e
social, é, justamente, o incremento das forças produtivas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ora,
é este facto que está a preocupar a grande burguesia, em especial a financeira,
pois não está em condições materiais de resolver a situação.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Aproxima-se,
portanto, uma época de convulsão política, que se pode transformar em ruptura
radical com o sistema político vigente.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2
– A revolução soviética de Outubro de 1917 surgiu num período de incremento do
capitalismo na Europa e na América do Norte, em que se colocava a questão do
poder socialista, e isto a partir da experiência jugulada, sanguentamente, da
Comuna de Paris em 1871.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esta
colocou, pela primeira vez, na História, as reivindicações proletárias,
instituiu formas de novo poder político, de salariato, de organização da saúde,
de ensino, de relações entre o Estado e as superestruturas jurídico e
religiosas. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
Comuna foi derrotada e o período seguinte de várias décadas foi de profundo
retrocesso contra-revolucionário, mas a experiência, que começou a ficar
entranhada na consciência do activismo político, estava marcada por um programa
de Revolução social.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEyDzzwgwC3H904YM8yTY0DlloT-ukN0jZ4A2h8g7RuX-rNm7leqM4UwfFPWgkmbth6KJHEgbB6HgTh4j6TV21h3IaZ-kPvCQ7F7MndCtokzuJ1pTdlHeJmVflpCDm2w_NbBHlXLqelG63/s1600/revout.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Assim
sucedeu na própria Rússia czarista em 1917.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
Revolução de Fevereiro de 1917 trouxe o afastamento do czar e o surgimento da
República. A deposição de Nicolau II produziu na sociedade duas formas de
governo: o provisório, parlamentar e capitalista, imperialista na sua essência
porque defendia a continuação da grande guerra de conquista, e o soviete de
deputados dos trabalhadores e soldados de Petrogrado, que transportava as
consignas revolucionárias da Comuna.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esta
via pelos sovietes ia buscar a experiência do passado, dentro do Império
derrubado, à Revolução russa de 1905.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ou
seja, em Fevereiro de 1917, havia a perspectiva de uma mera mudança liberal
dentro do mesmo regime capitalista que já imperava sob o absolutismo czarista.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Outubro exigiu uma mudança radical, profunda, da estrutura estatal.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Quem
apresentava então o programa radical de mudança era o Partido Social-Democrata
da Rússia (bolchevique).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
radicalização política, entre Fevereiro e Outubro, dos principais
intervenientes, os operários e soldados, estes com ligações profundas ao
campesinato mais pobre, entregou o poder aos sovietes e ao partido bolchevique
que entretanto alcançou a maioria no interior daqueles.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
programa governamental posto na Rússia pós czarista levou à nacionalização dos
meios de produção e distribuição e a perspectiva de uma mudança de vida dos
povos aliciou os Estados que circundavam a Federação russa, permitindo a
constituição de uma nova federação estatal em pé de igualdade, a URSS, União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esta
ruptura de transformação estatal abalou de tal maneira a burguesia
internacional, que, em perfeita unanimidade, não teve pejo em intervir,
militarmente, dentro da própria nova União Soviética.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
emergência, a partir da década segunda do século XIX, dos partidos
pró-capitalistas de ideologia fascista ou nazista está, estreitamente,
relacionada com o apoio que os capitalistas, desde os Estados Unidos da América
à Alemanha, à Itália e ao Japão, deram a esses mesmos partidos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3
– Porque faliu, então, a URSS e porque se manteve, tantas décadas no poder, uma
estrutura estatal que se tornou abertamente contra-revolucionária com um
programa revolucionário, modelo esse que
veio a ser seguido por outros Estados que entretanto passaram da revolução à
contra-revolução?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
revolução soviética produziu, no seu início, o afastamento do monarquismo
czarista e da burguesia que, já naquela altura, dominava o poder económico na
Federação Russa.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esse
afastamento foi realizado com o apoio declarado do operariado e de uma parte
esmagadora do campesinato.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">De
repente, em questão de meses, uma enorme massa popular estrangulada por um
regime absolutista burguês deixou de ser dominada. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
primeiros meses de uma revolução, apesar de cercada e atacada do ferozmente do
exterior, satisfizeram essa maioria popular. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Recebeu,
pois, o apoio entusiástico do interior, mas não só: impulsionou os movimentos
operários e revolucionários em todo o Mundo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Todavia,
a montagem de um novo poder de Estado embatia com uma União Soviética frágil,
arrasada na sua produção e com um incipiente e enfraquecido desenvolvimento
económico que se debatia, além do mais, com o cerco erguido pelas potências
capitalistas que lhe restringiam o acesso ao comércio exterior. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
desmantelamento do Estado capitalista czarista ficou, deste modo, nas baias do
capitalismo de Estado, que o próprio Lénine, o Presidente do Conselho de
Comissários do Povo da União Soviética, definiu. Nunca mais ultrapassou essa
fase.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Para
conseguir consolidar uma via socialista, o novo Estado soviético teria de
contar com o apoio de revoluções socialistas no Ocidente, que desarmassem o
poder do capitalismo mais avançado e pujante que existia nessa parte do Mundo. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Tal
facto não sucedeu e a revolução socialista russa estava, assim, destinada a
soçobrar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
maioria popular que derrotou o czarismo e que apoiou, energicamente, os
primeiros anos do novo poder soviético, foi-se restringindo. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://www.haaretz.com/polopoly_fs/1.399213.1322821704!/image/2892912346.jpg_gen/derivatives/landscape_640/2892912346.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
minoria dirigente que se enquistou no controlo do Partido bolchevique, sob a
liderança do secretário-geral Josef Stáline, que sucedeu a Vladimir Lénine,
modelou o novo Estado a um desenvolvimento económico sob capitalismo de Estado,
com um braço de ferro repressivo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Claro
que não se manteria no poder se não tivesse contribuído, durante um largo
período de tempo, para uma melhoria da situação económico-social das massas
populares.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
fê-lo sempre, mesmo quando aplicava métodos repressivos extremos, sob as
consignas da velha Revolução soviética. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Essa
minoria no poder conseguiu fazer crer, já com o apoio passivo dessas classes trabalhadoras,
que geria o novo poder de Estado como seu representante, e com a bandeira do
comunismo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
longevidade do modelo soviético de capitalismo de Estado, com as bandeiras
comunistas - um embuste com dezenas e dezenas de anos – explica-se, também, em
parte, porque foi praticado noutros grandes Estados, em particular, na China,
também ela, em 1949, uma instituição estatal de pré-capitalismo que, no
processo revolucionário, que se seguiu, evoluiu para o capitalismo de Estado
ainda vigente no país, embora já numa fase de consolidação do capitalismo
financeiro desenfreado que predomina no Ocidente. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3 –
A Revolução soviética de 1917 rebentou, precisamente numa altura, em que a
Europa e os Estados Unidos da América, e, em grau menor a Rússia czarista e
parte da própria Europa de Leste, eram percorridos por uma revolução industrial
monumental. E esta última revolução trouxe para a agenda política as relações
classistas extremadas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Era,
precisamente, na Rússia imperial que, com o início do incremento industrial, se
começava a desenvolver uma burguesia e despontava um proletariado, surgido, em
grande parte, da destruição do sistema produtivo artesanal. A grande guerra de
1914 exacerbou um mal-estar social já existente.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
turbilhão da revolução soviética entra no bojo de uma contradição que não conseguiu
resolver, porque, como atrás referimos, para o fazer era essencial e
determinante que houvesse o apoio de revoluções ocidentais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Desde
a segunda metade do século XIX, o desenvolvimento económico capitalista estava
em crescimento. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ou
seja, as relações de produção capitalistas ocidentais estavam em expansão, montadas
nesse desenvolvimento económico e na prosperidade industrial.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Além
do mais, embora já não houvesse uma grande dispersão de programas
revolucionários socialistas, e, apesar de se ter lançado ainda no século XIX,
uma estrutura programática partidária mundial, a I Internacional Comunista,
para dirigir o combate político classista das classes trabalhadoras, o que é
certo é que, na primeira década do século seguinte, eram incipientes ou mesmo
inexistentes os partidos com programas comunistas. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
partidos que vieram a intitular-se comunistas na Europa ocidental e EUA mais
industrializados na altura nasceram todos depois da Revolução soviética e sob a
supervisão programática do Partido Comunista da União Soviética.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">(Os
Partidos Comunistas da Alemanha em 1918, dos EUA em 1919, de França e Espanha,
em 1920 e Italiano em 1921).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ora,
estes partidos comunistas ocidentais foram moldados pelo programa da III
Internacional, organizada a partir de Moscovo, o que implicou a submissão à chamada ideologia marxista-leninista
e aos ditames da aliança operária-camponesa, que levava uma distorção evidente
dos ensinamentos de Karl Marx e Frederico Engels sobre o papel classista do
proletariado face ao campesinato. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Havia,
pois, uma diferença evidente de desenvolvimento social entre a nascente União
Soviética e a Alemanha, a França e a Inglaterra, onde já, nestes Estados ocidentais, *reinavam*, por um
lado, uma burguesia industrial implantada e em crescendo e, por outro, um
proletariado, produto de uma grande indústria.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ou
seja, enquanto a Rússia continha em 1917, um proletariado pouco desenvolvido –
não haveriam mais de 10 milhões em toda a enorme extensão do novel país – e uma
imensa mole humana camponesa, no Ocidente industrializado o campesinato estava
em regressão e a indústria (e com ela a sua burguesia) dava cartas de alforria
e de poder há quase um século. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">As
derrotas contínuas das revoluções de modelo soviético no mundo entre 1917 e
1958 (a última foi a experiência cubana) trouxeram desorientação e dispersão
sobre o programa que deve ser alçado para atingir o objectivo de alcançar um
novo poder socialista.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Embora
com certa frustração, o certo é que as classes laboriosas sempre lutaram,
apesar dos condicionalismos pela transformação societária. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Muito sangue tem
sido derramado nestas batalhas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
experiência acumulada dos fracassos tem ditado que uma revolução, como a
socialista soviética, que foi alcançada, praticamente, como um ataque de golpe
de mão popular, não deverá ser possível na actualidade.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Hoje,
o amadurecimento das condições objectivas é muito maior do que há 100 anos, mas
as condições subjectivas exigem um progresso organizado multinacional.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Não
se podem encerrar os processos de luta no âmbito de um Estado e unicamente na *defesa
dos interesses nacionais dos trabalhadores*.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Tal
como a burguesia capitalista procura alargar o seu espaço de poder,
ultrapassando as fronteiras nacionais e continentais, através de tratados
legais de *livre comércio*, também as classes trabalhadoras têm de forjar a sua
liberdade de organização em todo um grande espaço sem fronteiras.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
essencialmente forjar um programa revolucionário, através de uma crítica
elaborada e fundamentada ao modelo marxista-leninista.<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-6335353080101950702016-05-22T08:20:00.000-07:002016-05-26T12:59:23.088-07:00BRASIL, ALÉM DO GOLPE -QUEM PERMITIU O AFASTAMENTO DE DILMA ROUSSEF?<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">1 –
A Presidente eleita do Brasil, Dilma Roussef, foi afastada, </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">temporariamente</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">, do
cargo que ocupa, através de um acto de destituição empreendido pelo Presidente
da Câmara dos Deputados do país, entretanto afastado, Eduardo Cunha.<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Roussef
foi suspensa com a alegação de ter praticado «um crime de responsabilidade» na
gestão do Orçamento de Estado, ou seja, concretamente, na aplicação
administrativa das verbas públicas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
acção, que começou na Câmara dos Deputados, foi levada em seguida para o
Senado, o órgão eleito com capacidade jurídico-política para decidir sobre a
destituição, primeiro temporária, depois definitiva. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Entre a suspensão
temporária e a eventual definitiva passam seis meses, sendo que nesse período o
vice-Presidente exerce o cargo de Chefe de Estado, com um governo interino.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Então
o que permitiu, em poucos meses, após a reeleição de Dilma Roussef, com amplo
apoio popular, ser afastada pelos próprios órgãos parlamentares, sendo que a
maioria a apoiava?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
Partido dos Trabalhadores (PT), sob cuja sigla foram eleitos Lula da Silva e
Dilma Roussef, surgiu no rescaldo da
ditadura militar que governou o Brasil desde 1964. Foi fundado em 1980 e
legalizado em 1982.<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<img src="http://www.prosaepolitica.com.br/wp-content/uploads/2010/03/ministros-gov-Lula.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
PT agrupou, no seu início, uma base sindical operária aguerrida, que se formou
nas grandes greves dos centros industriais a partir dos anos da década de 70 do
século passado, entre os quais o próprio Lula da Silva, e, activistas ligados
aos grupos de guerrilha urbana, ex-presos políticos e exilados, entre os quais
Dilma Roussef, José Dirceu e José Genoino, bem como «católicos progressistas»
provenientes da Teologia da Libertação e ainda intelectuais e artistas de
renome no país.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
desbravar do movimento sindical classista durante a ditadura militar teve no
seu bojo e cresceu como crítica prática ao sindicalismo reformista praticado
pelos partidos comunistas existentes, o PCB (Partido Comunista Brasileiro) e o
PC do B (Partido Comunista do Brasil), um de orientação pró-soviética, outro
pró-maoista, levando à formação de uma nova central sindical, a CUT, despejada
dos vícios do +entrismo+ nos sindicatos oficiais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
nascimento do PT também se alimentou da crítica ao que classificou ser o reformismo
dos velhos partidos, provindos das orientações da III Internacional, os mesmo
PCB e PC do B. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Todavia,
o seu programa ficou restringido a uma moldagem de *esquerda* dentro do novo
regime parlamentar saído dos escombros da ditadura militar. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
PT assume-se como adepto do chamado +socialismo democrático+. Dentro da
democracia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2 –
Foi com a governação do PT que se abriu caminho a alguns benefícios que
favoreceram os sectores populares e as classes trabalhadoras, desde a
instituição de um salário mínimo, desde a energia (Luz para Todos), habitação social (Minha Casa, Minha Vida),
cultura, ambiente, saúde, entre outros sectores.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
enquanto se distribuíam umas +migalhas+ pelos mais pobres, os governos petistas entregaram,
no entanto, a gestão financeira do Estado aos representantes do grande capital
financeiro, que iam ocupando, paulatinamente, os bancos públicos, incluindo o
Banco Central, bem como os ministérios das Finanças, Economia e Planeamento.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Pensavam
que esta *cedência* apaziguasse os apetites das classes capitalistas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Lula
da Silva, como Presidente, escolheu Henriques Meyrelles, hoje Ministro das
Finanças de Marcelo Temer, como Presidente do Banco Central do Brasil. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Este,
como banqueiro nas administrações de bancos nos EUA, durante 20 anos, assumiu
inclusive a Presidência do Conselho de Administração do potentado Global
Banking do FleetBoston Financial. (Meyrelles é, ainda, hoje presidente do
Conselho de Administração da J&F, dona do Banco Original, JBS, Vigor, entre
outras empresas. É também membro do Conselho de Administração da Azul Linhas
Aéreas).<o:p></o:p></span></b><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7469904128088651656" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Lula
da Silva e Dilma fizeram ascender a cargos de ministros com a responsabilidade
da economia homens ligados ao sistema financeiro, como Guido Mantega (ministro
da da Fazenda, Finanças, em Portugal, ministro do Planeamento, Orçamento e
Gestão do Governo), Joaquim Levy (Ministro das Finanças, que esteve no FMI,
Banco Interamericano de Desenvolvimento e BRADESCO) e Nelson Barbosa, também
nas Finanças que sempre conviveu com os bancos (Banco do Brasil 2009-2013 e
Membro do Conselho de Administração da Vale S.A. 2011-13). E ainda passou pelo
Banco Central do Brasil (1994-97) e Banco Nacional de Desenvolvimento Económico
e Social.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ou
seja, eram, realmente, representantes da grande burguesia financeira que
dirigiam a administração do Estado, que, além do mais controlavam, e controlam,
a opinião pública, através dos grandes meios de comunicação social, e determinam
a estratégia do poder judicial.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">Contou essa grande burguesia, na sua ânsia de enriquecimento, com uma chusma de
dirigentes do próprio PT, alguns com passado de resistência à ditadura, mas que
se </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">prostituíram</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"> e participaram nas mais repugnantes fraudes, acompanhando o
poder bancário num roubo descarado da riqueza do Estado, entrando, deste modo,
no círculo dos crápulas e dos mafiosos que começaram a inundar todas as esferas
do governo, do parlamento e do poder judicial.<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3 –
<i><u>O ascenso ao poder político no Brasil
de um partido com uma base operária e aureolado por um estatuto de progresso
democrático revolucionário não desbravou caminho para uma mudança radical do
regime político</u></i>.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Nem
trouxe conquistas reais para a emancipação das classes trabalhadoras.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
mudança política dentro do regime brasileiro com a subida do PT ao poder há 12
anos não conduziu, portanto, a um avanço revolucionário.<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQNvNHaIbth8Vu-DVRvMosohzrv14sqADokunAQhnMs1lbFkD-Mh4y0HtiyPuarcnpZ6fRx_vafgd-FvGPIdIfXlhhBceJlhfl_hgskOYe-jYfmMxytZ2q2MwKPuHBk28qm9cgefDWS64v/s1600/PT-reforma-politica.jpg" /><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Pelo
contrário, a submissão ao grande capital que a aquele partido permitiu, levou a
que se formasse dentro mesmo do governo, e, essencialmente, nos organismos
parlamentares (Câmara dos Deputados e Senado) uma forte corrente de cariz
contra-revolucionária, abençoada pelo capital financeiro, em particular o de
Wall Street.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
retrocesso político no Brasil, mas não só, igualmente noutros países, como a
Venezuela, foi aprofundado, precisamente, devido à recessão económica mundial,
que alastra desde 2007/2008.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ora,
esta recessão foi, justamente, provocada pela grande burguesia financeira
internacional, que, no entanto, não teve uma resposta classista revolucionária
que a responsabilizasse e pusesse em causa o seu domínio sobre a sociedade.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Todo
o amortecimento da revolta foi conseguido pela existência no poder de partidos
que se intitulavam de esquerda, como o PS francês, o Partido Democrático
italiano, o PSOE espanhol, o PS português, o chavismo na Venezuela, ou o
petismo no Brasil. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
continuidade sob umas «cores de esquerda».<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><u><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><u><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esta
é a realidade: sem uma perspectiva de uma mudança revolucionária, sem a
existência de um partido com esse programa, as classes trabalhadoras aceitam
entregar o poder a quem lhes aparenta uma representação de mudança. <o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Desde
os começos deste século, sabendo-se vulnerável, essa grande burguesia
financeira fez-se governar sob uma perspectiva +vermelha+, apoiou, tacitamente,
a chegada ao poder desses partidos ditos de esquerda.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Constatou,
desse modo, que a governação capitalista poderia prosseguir, sem que os de
baixo entrassem na via revolucionária.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">4 –
A fase actual da evolução do poder a nível mundial passa por um período de
avanço conservador contra-revolucionário, e, a grande burguesia financeira,
acossada por uma crise profundíssima que coloca em causa a própria existência
do regime capitalista, procura, desesperadamente, sobreviver exercendo o poder
por métodos nazi-fascistas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
movimentos populares, que se levantam desde a
França até ao Brasil, contra a subversão reaccionária, são indícios de
que os retrocessos conduzidos pelos partidos ditos de esquerda, que defendiam
uma mudança radical dentro do actual sistema político, não abrandaram a chama
de uma ruptura radical com o capitalismo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
capacidade de influir nesse movimento para uma etapa mais avançada depende da
capacidade dos seus líderes de se libertarem da influência programática dominante
de que é possível derrotar o capitalismo dentro da democracia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
constituição de um partido revolucionário, principalmente, a nível europeu,
pode ser o caminho mais consistente para recuperar e levar as energias
existentes entre as classes populares, para ultrapassar o rasto de derrotas
sucessivas no seu seio desde o século XIX.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-75086907515406878502016-05-11T14:19:00.000-07:002016-05-11T14:19:05.209-07:00O PODER MILITAR DE WASHINGTON ESTÁ A SER POSTO EM CAUSA<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">1 – Um frenesim de exercícios militares junto das fronteiras da Rússia e
das águas territoriais da China, supervisionados pelos Estados Unidos da
América, tem sido mostrado ao Mundo desde meados o ano passado.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Ao mesmo tempo, impulsionaram-se, na América do Sul, movimentos que
destabilizaram alguns dos principais governos de países (Brasil, Argentina e
Venezuela) que, de uma maneira ou de outra, estavam a tentar fortalecer, entre
si, uma parceria de comércio livre dentro das fronteiras do espaço geopolítico
daquela região do Globo. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Claro que, à superfície, esses movimentos continham, em grande parte,
indícios de descontentamento popular e enquadravam, tanto na Venezuela, como na
Argentina, actos eleitorais legais. A questão foi (e é) que o movimento político está centrado
no exterior.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Paralelamente, surge um movimento diplomático vincadamente *imperialista*
do Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, pressionando as
assinaturas de *Parcerias/Tratados de Comércio e Investimento*, sob a liderança
de Washington.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Essa mensagem está abertamente divulgada por Obama, num artigo que,
recentemente, publicou no jornal *Washington Post*, onde ele sustenta, a
propósito desses Tratados: </span></b><b><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #141823; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">«A América deve impôr as
normas. A América deve decidir. Os outros países devem agir segundo as regras
estabelecidas pela América e os seus aliados, e não ao cont<span class="textexposedshow">rário».</span></span></i></b><span class="textexposedshow"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #141823; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Mas, o porquê desse frenesim militar, dessa ameaçadora mensagem
imperialista?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">2 – A realização, a 9 de Julho de 2015, em Ufá, Rússia, da VII Cimeira dos
BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), onde aqueles dirigentes
deram um impulso institucional com a criação de um *Novo Banco de
Desenvolvimento e do Arranjo de Reservas*, para <i>«</i></span></b><b><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">apoio financeiro recíproco, como um passo importante na cooperação financeira
de nossos países»</span></i></b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">, </span><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">em concorrência directa com o FMI e o Banco Mundial.</span></b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<img height="225" src="http://blog.itamaraty.gov.br/images/brics-ufa-2015.jpg" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><u><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">E, principalmente, porque aqueles dirigentes deram luz verde para a
utilização bilateral das suas moedas nacionais, em detrimento do padrão
internacional dólar, no mercado das transações de matérias-primas.<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">A essa reunião dos BRICS seguiu-se uma cimeira de Chefes</span></b><b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;"> de Estado e de Governo dos países da União Económica Eurasiática e da
Organização para Cooperação de Xangai (OCX), bem como os Chefes de Estados
observadores da OCX. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Esta reunião, que enquadrava desde 2005,
a China, Cazaquistão, Rússia, Tadjiquistão e Uzbequistão, decidiu alargar o
grupo à Índia e ao Paquistão. E tem como observadores, entre outros, o Irão e a
Bielorrússia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Ou seja, o lançamento de uma estrutura de
controlo económico e militar, fora da influência norte-americana, em toda uma
região, que contem as maiores reservas de petróleo e gás, além de outras
matérias-primas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">(Esses projectos tidos como estratégicos
enquadram a construção de gasodutos e oleodutos, bem como uma estrutura
conjunta de refinarias e complexos petroquímicos de grande complexidade).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">As campainhas soaram em Washington.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Pode dizer-se, com algum menosprezo imperial, que as economias dessas
regiões ainda estão em reformulação e as debilidades das suas moedas em trocas
bilaterais são evidentes.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Mas, isso são nuvens propagandísticas lançadas para esconder o que germina,
de novo, na geopolítica mundial.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">O que é certo que é esses países já começaram a fazer trocas entre si, sem
passar pela moeda intermediária, o dólar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">O Irão, logo que abrandaram as sanções, anunciou abertamente que as suas
trocas de crude no mercado mundial seriam feitas por uma moeda alternativa ao
dólar, neste caso o euro.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">O que significa, em termos práticos, que o dólar começa a deixar de ser
referência.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">3 – Em política, o que parece é. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">E, embora, haja sempre algo de circunstancial e imprevisto nos
acontecimentos internacionais, o certo é que os dados confrontados têm um guião
permanente e não surgem por acaso. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Em Março de 2015, ou seja nas vésperas no encontro de Ufá, os EUA enviaram
para Riga, a capital da Letónia, forças e material militares, envolvendo-os
numa missão vaga de *treino na região do Báltico*.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcDYZJgnG68Tgz419Yrqzky79EgZGboPCZgzT9PEjBBzLiscyJxrxI4wjtsffdBrnG5NlVisGCVhoZ1ikJ98GS5weeaYSayignhsy0RZQJrF1D7yDC-Vi0kC_1Qw0_7B_XcVvgDekuHfM/s1600/NATO1%5B1%5D.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Estes exercícios militares, para ganharem *respeitabilidade*, são
realizados, teoricamente, sob os auspícios da NATO e estendem-se à Estónia e à
Lituânia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Segundo o governo da Lituânia, a NATO irá efectuar esses treinos *em
permanência*.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Entretanto, meses depois, a NATO anuncia, com a conivência do governo pró-fascista
católico polaco, liderado pelo partido Lei e Justiça (PIS), supervisionado por
Kaczynski, e que tem como primeira-ministra Beata Szydlolei, uma *marioneta*
daquele, que serão realizados na Polónia, manobras da NATO.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Estas manobras enquadraram 40 navios de guerra, cinco mil militares, a
maioria norte-americanos, de 17 países.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Os exercícios na região do Báltico continuam.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Desde finais de Março de 2015, que na região do Mar Negro, muito perto do
território russo, se efectuam exercícios navais com forças da Bulgária,
Roménia, Turquia, Reino Unido e França.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">E estes exercícios são mais frequentes desde a anexação da Crimeia por
parte da Rússia, após o golpe de Estado efectuado na Ucrânia por forças
pró-ocidentais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Exercícios militares estes que, por seu lado, também estão virados, a
partir de Julho de 2015, para a intervenção da NATO na própria Ucrânia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Desde os finais de 2015, os EUA tem tentado arregimentar a Geórgia, que faz
fronteira com a Rússia, para efectuar treinos militares envolvendo forças de
intervenção norte-americana naquele Estado.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Para este mês de Maio, estão programados</span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;"> exercícios militares conjuntos da
Geórgia e dos EUA com o nome de código *Noble Partner 2016*, para terem lugar
nos arredores da capital, Tbilisi.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">4 – Porque será, que, de repente, na segunda metade de 2015, se
multiplicaram os *confrontos legais* para substituir os dirigentes independentes de Washington na América Latina, aproveitando as eleições
presidenciais e legislativas?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">A par da UE, a América Latina era, no passado, o mercado tipo *quintal*
norte-americano para escoar as exportações, incluindo as militares, dos EUA.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Com o surgimento de economias em concorrência feroz com Washington, a
América Latina tentou (e tenta) organizar e desenvolver a sua *armadura
comercial* interna, através do MERCOSUL, e, aprendendo com a UE, pela negativa, estruturar uma
componente castrense correspondente, a UNASUL, que defenda os seus interesses.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<img height="218" src="http://www.gazetadopovo.com.br/ra/mega/Pub/GP/p3/2012/06/29/Mundo/Imagens/reuniao_mercosul.jpg" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Vejamos então o que sucedeu: <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">A 22 de Novembro de 2015, teve lugar a segunda volta da eleição
presidencial na Argentina. Venceu o candidato Maurício Macri, um milionário com
negócios fraudulentos, apoiado abertamente pela administração Obama.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">A campanha eleitoral já se tinha iniciado em Agosto com a escolha
*criteriosa*, segundo os padrões de Washington, de Macri, que era presidente da
Câmara de Buenos Aires.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Naturalmente, a anterior gestão governamental argentina, liderada por
Cristina Kirchner, como representante do capitalismo nacional, e que apoiava o *peronista* Daniel Scioli,
tinha os *pés de barro*, pois permitiu todo o tipo de corrupção e nepotismo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Todavia, não estava sintonizada com o *império* norte-americano.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">O primeiro acto político de Macri foi atacar o governo venezuelano, que
estava envolvido na campanha eleitoral para as legislativas do país. Governo
este que, desde os tempos de Hugo Chavez, encabeçava o poder anti-imperialista
burguês na América Latina.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">As eleições legislativas venezuelanas ocorreram a 6 de Dezembro de 2015, e,
o partido governamental, Partido Socialista Unidos da Venezuela, é derrotado por
uma frente eleitoral conservadora, igualmente apoiada pelos EUA.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">O primeiro acto político foi arremeter contra o Presidente da República,
Nicolas Madura, procurando levá-lo à demissão.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Curiosamente, e talvez não, inicia-se a 2 de Dezembro desse ano, o processo
de destituição da actual Chefe de Estado do Brasil, Dilma Rousseff.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">O processo surge em torno de uma questão processual de aplicação das leis
orçamentais, em torno da gestão do governo presidencial.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Todavia, o processo foi empolado e conduzido apenas por uma via política,
procurando explorar um caso bem real: um eventual combate à corrupção existente
no sistema político, que atinge todos os sectores desde a Câmara dos Deputados
até aos Tribunais, passando pelo Senado e mesmo ministros e ex-ministros. A sua face mais visível é a governação do
Partido dos Trabalhadores.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">E entre os promotores do processo de destituição, curiosamente, estão os
principais deputados representados na Câmara.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Este processo é seguido, sôfrega e atenciosamente, pela administração
norte-americana. Porque em causa está o papel que o Brasil está a desempenhar
na instituição do MERCOSUL e da UNASUL.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">4 – Este frenesim militar pode apresentar, aparentemente, poderio. </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Os
Estados Unidos da América estendem o seu *braço imperial* a mais de 180 bases e
quarteis castrenses espalhados pelo Mundo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">Mas, tudo isto custa dinheiro. E o dinheiro não terá suporte contínuo se não
estiver estribado na produção interna industrial.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">A realidade é que o crescimento produtivo nos Estados Unidos da América
estagnou.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;"><br />
Ora, o militarismo norte-americano para se expandir necessita de novas
injecções de investimento. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">O erário público começa a ficar exausto.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;">A Secretaria de Defesa dos EUA anunciou, que, para 2017, estão já orçamentadas
</span></b><b><span style="color: #232339; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt;"> despesas militares de 583 mil milhões de
dólares (537 mil milhões de euros).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="color: #232339; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Um
balúrdio.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="color: #232339; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Este
militarismo desenfreado terá de conduzir à falência financeira.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="color: #232339; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Como,
dentro do sistema norte-americano começa a existir a noção de que a
concorrência poderá colocar em causa o seu *modo de vida*, este afã pela via
militar torna-se perigoso.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="color: #232339; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Ou há
uma contenção mundial das despesas castrenses, ou mais cedo ou mais tarde,
soarão as trombetas de guerra generalizada. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="color: #232339; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Mas,
também, poderão surgir sintomas de mudança radical no actual sistema político
internacional.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.1pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="color: #232339; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt;">O
tempo o vai dizer.</span></b><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-26547604761454915562016-04-26T14:04:00.003-07:002016-04-26T14:04:45.417-07:00A NATO ESTÁ À DERIVA E OS GENERAIS NORTE-AMERICANOS QUEREM SANGUE NA EUROPA<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1 –
Nunca, como agora, estão a aparecer declarações sonoras de generais
norte-americanos, comandantes da NATO, falando de cátedra, sobre o *perigo
russo*, ultrapassando mesmo a *diplomacia* do poder político, a que estão
subordinados. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esses
*alfaiates* do complexo militar industrial dos Estados Unidos da América procuram,
nos últimos meses, afanosamente, provocar conflitos com Moscovo, desde o Mar
Báltico ao Azerbeijão, com compasso de espera na Ucrânia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Um
exemplo. Estas foram proferidas, há cerca de dois meses, na Geórgia, uma zona
de crise, pelo general Philip Breedlove, que, então, ocupava os cargos
simultâneos de comandante das Forças norte-americanas na Europa e Supremo das
Forças Aliadas da NATO na Europa (SACEUR): <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">*Estamos
a assistir a um ressurgimento de uma Rússia agressiva, que, voluntariamente,
escolheu ser um adversário e representa uma ameaça agressiva e de longo prazo
para os Estados Unidos e os nossos aliados e parceiros europeus*.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
agressiva para os EUA…na Europa? Será que a fronteira norte-americana começa em
Portugal?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBTgCVMuW9ZT21g68oLCEEuHtSkjFULKVzTUx6iUMH3mcpifRIwaUDYc-YbgbDFGGS7uRPmT3AxPugl4YFFBuKRYJ_p4hyphenhyphen7w63Ic0AZSJpaftz6OfHh8PTH1wB8iI4GDiD-oJ2tvqR8OY/s1600/nato_basemap%5B1%5D.jpeg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2
- Mas o que representa, verdadeiramente, a NATO na actualidade?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Qual
a razão de declarações cada vez mais agressivas de generais norte-americanos?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
NATO – Tratado da Organização do Atlântico Norte -, criada em 1949, pelos
Estados Unidos da América *e os seus aliados* de peito, Inglaterra, Alemanha, e
França, portanto muito antes de existir a chamada *cortina de ferro* e de ser
instituída uma aliança militar sobre a liderança da antiga União Soviética com
os países *seus satélites* chamada *Pacto de Varsóvia* em 1955.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Nasceu,
desta maneira, como instrumento de poder imperial dos Estados Unidos para
*amarrar* os europeus ao seu controlo
económico que começou a ser instituído com o *plano Marshall*. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Wall
Street sabia que a recuperação económica da Europa ocidental seria superior e mais rápida face à
recuperação da parte leste e da própria ex-URSS, onde o desenvolvimento do
capitalismo estava em fase inferior e a destruição produtiva desses espaços
atingia percentagens muito superiores do que do lado ocidental.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O empréstimo
estatal de Washington, sob a supervisão do sistema financeiro e em seu
benefício, foi algo como 13 mil milhões de euros, a partir de 1947 (uma
valoração superior actual superior a 140 mil milhões de euros).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Era
uma batalha, contra o tempo, de salvação do capitalismo financeiro ocidental, o
que foi conseguido.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
realidade, o crescimento da Europa ocidental nas duas décadas seguintes foi significativo,
como foi arrasador o fluxo de exportações norte-americanas para o mesmo espaço
geográfico (cerca de 80 % dos produtos entrados), mas mais arrasador foi a
exportação bélica, o que representou a *asfixia* de Washington sobre a
capacidade europeia de impor a sua própria política externa e a política de
defesa.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
primeiro objectivo de Washington foi o de enxamear a Europa ocidental de bases e
estruturas controladas pelas Forças Armadas norte-americanas. Ou seja, ocupação
efectiva de territórios. Transformá-los em protectorados.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img height="400" src="http://jornaldiabo.com/wp-content/uploads/2015/05/Plano-Marshall.jpg" width="337" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">No
continente europeu, devem existir mais de 100 mil soldados dos EUA, cerca de 40
mil só na Alemanha. As suas bases estendem-se desde Portugal até à Turquia,
passando pela Inglaterra, Grécia, Itália, Dinamarca, Islândia, Noruega, Holanda
e Luxemburgo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
desde a queda da URSS, à Polónia, Hungria, Roménia, Bulgária, Albânia e Kosovo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Embora
a *ajuda* do plano Marshall fosse aproveitada pela burguesia desenvolmentista
europeia para levar avante o seu projecto de criar um espaço europeu, através
da cooperação económica primeiro, esse espaço está cerceado pela sua incapacidade de
forjar uma diplomacia e Forças Armadas únicas. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">De
certo modo e em certo sentido, essa burguesia avançou, tirando lições dos
esforços anteriores (napoleónicos, prussianos e hitlerianos) de rasgar para
essa via, de maneira unilateral, brutal, desprezando os direitos nacionais e
soberanos dos povos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Para
que se tivesse implantado a CEE, e, depois introduzido a UE, contaram com a
cumplicidade dos sectores mais conscientes das classes laboriosas. E isto
porque se instituíram, ao mesmo tempo, uma panóplia de direitos para todos os
diferentes povos e nações da Europa.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
CEE nasceu, realmente, de uma nova tentativa de desbravar o espaço económico
sem fronteiras (circulação de mercadorias e de pessoas), <i><u>agora em harmonia internacional</u></i>.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhDx2DtvYmyZFxfkHmrr1QpV04sDlZyKjcg50LKPbJwn-MpZiM2EmzDWoORyVGEU26icgXnfrxdSnwiZzD_XlTbxjGhnS0htjwKOq55jsUVpb8a5rAyZYRlc-kgQdW34JQd8-mlJmEyro/s1600/Cee.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esse
espaço – económico e político – é essencial à emancipação política das próprias
classes trabalhadoras.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><u>Estas
terão, agora, a tarefa de criar a sua própria estrutura própria com as suas
reivindicações específicas. </u></i><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
NATO é, hoje, um entrave a esse caminho, é, na realidade, um escolho mantido
por Washington para desarticular o nascimento de União Europeia independente, dentro de uma harmonia possível, e, englobar um território maior, talvez dentro
de duas décadas, com a própria Federação Russa.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Ou
seja, o maior mercado comercial do Mundo.<o:p></o:p></span></i></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">(O
capitalismo centrado em Washington tem consciência que foi – e será – na Europa
que surgiram as maiores convulsões revolucionárias que deram a perspectiva de
um novo rumo societário para o Mundo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Essas
convulsões deram-se sempre na esteira do avanço da burguesia na sociedade
europeia, com o ascenso, primeiro, do capitalismo industrial na Inglaterra e
depois em França; depois com a sua extensão à Alemanha e à Itália, nos finais
do século XIX. Mais tarde, com a sua penetração na Rússia czarista).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
esse escolho, presentemente, é visível desde a entrada forçada, eivada de *nacionalismos* e com o financiamento do lado
norte-americano dos países do leste, antigos integrantes do Pacto de Varsóvia
na estrutura da Aliança, totalmente dominada pelos Estados Unidos da América.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3 –
Com os novos rearranjos geo-estratégicos e geo-políticos, criados com o
aparecimento de novos centros capitalistas em concorrência directa com os EUA,
em particular, a Rússia e a China, o papel da NATO tornou-se obsoleto.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://www.noticiaso.com/wp-content/uploads/2015/09/tanques-russos.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Numa
escala menor, o Brasil, com o MERCOSUR, a Índia e a África do Sul, associados
àquelas nos BRIC´S.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">As
crises do Médio-Oriente trouxeram, de maneira mais visível e aguçada, a
impotência da NATO e da sua cabeça política, Washington, e financeira, Wall
Street.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esse
obsoletismo político-militar faz vir ao de cima as ameaças dos generais, que,
no fundo, são as ameaças do complexo industrial-militar, ou seja, gritos de
agonia de um militarismo que contra a marcha da História pretende continuar actuante. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">São, pois, perigosas, porque estão centrados no desespero de um modelo político-económico que está a entrar em colapso, ainda com poder castrense extraordinário.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Justamente porque
são gritos de desespero de um sector do grande capital financeiro que sente o
chão a fugir-lhe dos pés, e isto porque a UE não quer contribuir para o
financiamento da NATO.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Desde
os atentados do Charlie Hebdo em Paris, a França, que se considerou atacada de
fora pelo *terrorismo internacional*, nem sequer fez um esgar para se dirigir à
NATO, como organismo de *defesa colectiva*.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
Alemanha, e por tabela a UE, na recente crise dos refugiados, opinou que a
Aliança Atlântica actuasse como *guarda costeira* no Mediterrâneo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">4 –
A gravidade da questão é que, na crise geral do capitalismo, a concorrência inter-imperialista está provocar um
incremento desmesurado do militarismo nos próprios EUA, na Rússia, na China, o
que provoca um aprofundamento crescente da crise financeira internacional.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Curiosamente
na UE, são os governantes dos países do leste que mais pressionam para que
aquela enverede pelo apoio à política de Washington dentro da NATO. Com o dedo
apontado ao *monstro* russo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
os países mais evoluídos economicamente, como a Alemanha e a França, estão mais
preocupados em reatar os *laços comerciais* com Moscovo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Quem
quer lançar gasolina para o fogo neste momento ao território europeu?: </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Apenas
os EUA, e, depois colocar-se de fora para vir recolher os *proventos* quando a
Europa novamente estiver reduzida a cinzas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Só
que, no presente, os ventos da guerra atingirão todo o planeta.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
tecnologia castrense para alcançar a destruição não precisa de grande
deslocamento de forças.<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Vamos
esperar para ver como reage a UE ao que se está a passar no Médio-Oriente.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-10726560608905434622016-04-10T15:22:00.001-07:002016-04-11T00:43:59.829-07:00EUA: UM FUTURO COM ESPECTRO DE GUERRA CIVIL<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1
– Quando o candidato presidencial norte-americano Donald Trump afirma que os
Estados Unidos da América estão em recessão, tal divulgação, alicerçada nas
propostas do capitalista, enquadra já uma promessa de futuro:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><u>A
sua eventual ascensão ao poder político será feita, com mão de ferro, em defesa
do capitalismo puro e duro, alicerçado na supremacia da finança
norte-americana.</u></i><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><u><br /></u></i></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://cdn.theatlantic.com/assets/media/img/mt/2015/07/AP_185770709334/lead_960.jpg?1437771676" height="278" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
a mensagem política traz uma *armadura militar*: vai haver guerra contra todos
os explorados do Capital, desde os naturais integrados até aos migrantes
documentados e indocumentados. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Pode
parecer estranho, mas a alternativa política dentro do actual regime
norte-americano, construído, desde as primeiras décadas do século XX sobre a
luta ideológica contínua contra o «comunismo soviético», abominando tudo o que
cheirasse a revolução, está num senador desse próprio regime, Bernie Sanders,
que defende uma *revolução política* e que essa deva nascer da implantação do
*socialismo democrático*.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2 –
O combate ideológico e político de Sanders centra-se sobre o domínio avassalador
de Wall Street, ou seja o grande capital financeiro especulador sobre a própria
sociedade norte-americana, em que o senador de Vermont engloba a própria antiga
secretária de Estado Hillary Clinton, sua comparte partidária na liça.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Nesta
perspectiva, Sanders apresenta-se como o representante da *oposição* burguesa –
industrial, camponesa e, em grande medida, a pequena burguesia (intelectuais,
artistas, certas profissões liberais) – afastada, na realidade, de qualquer
representação no aparelho governativo e legislativo do Estado norte-americano.</span></b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://cdn1.theodysseyonline.com/files/2016/01/24/635892629752453805-507486078_Bernie06.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Apesar
da manobra da grande burguesia financeira, de há 10 anos, de alçarem uma
personalidade como Barack Obama, proveniente, por nascimento, de um pai negro,
a Presidente, o certo é que ele era – é – um membro destacado de um grupo
escritório de advogados, que servia e serve a facção financeira dominante da
grande burguesia. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Não
resultou essa manobra face à crise existente aprofundada desde 2007/08.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
fosso entre governantes e governados aumentou nos EUA.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
ascenso revolucionário que impregnou a Europa na segunda metade do século XIX e
primeiras décadas do século XX, que trouxe vitórias às classes trabalhadoras em
todo o Mundo, desde a redução do horário de trabalho, os contratos colectivos,
as seguranças sociais, o próprio direito de voto alargado impulsionou, todavia,
uma enorme onda contra-revolucionária, cujo expoente desde a II Grande Guerra,
se situou, precisamente, nos Estados Unidos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Apesar
do descalabro dessa onda, a partir dos finais do século passado, tal facto não viu
crescer uma nova estrutura
político-partidária, coesa e internacional,
com uma nova capacidade programática revolucionária.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3
– Os Estados Unidos da América, a </span></b><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">alma
mater</span></i><b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> do poder
contra-revolucionário mundial durante décadas, estão, agora, acantonados sob a
ameaça de uma possível implosão da sua sociedade.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Então,
ainda que com reservas, admitem toda a argamassa ideológica e política de uma
*sociedade socialista*.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas
– sublinhamos – sob o manto diáfano da social-democracia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
Estados Unidos da América, como Nação independente, têm, historicamente, um
passado recente.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Embora
apresentem uma unidade política, na realidade, não tem o cimento de uma
centralização definida desde os seus primórdios.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
acontecimentos históricos marcantes na sua vivência estão assinalados por
conflitos de envergadura, e, ainda hoje, problemáticos, porque fazem vir ao de
cima clivagens na sua sociedade, como é o caso da guerra civil norte-americana
(1861-85).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Uma
guerra sangrenta que levou à morte de mais de 750 mil norte-americanos envolvidos
nos combates e número não determinado de civis.<o:p></o:p></span></b><img src="http://seuhistory.com/files/hnh-guerra-civil-americana.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ainda
hoje em muitos locais públicos do sul dos Estados Unidos se usam bandeiras da
Confederação secessionista.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXFIeQZuPjORSYG7GDq0n-4GyRZg1QodjQCnCul4KMKD5brkYychEmZGBhUmECQjb68tl8pXPd71H3HUkbFQNz3zVpaB4R7gBg-fjNc_e5xywpMegBsU4zTT67R8VhQ1czjA0XiuhYCmC3/s1600/southrise2.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esta
guerra civil provocou o incremento da grande burguesia industrial e
impulsionou em poucas décadas o ascenso do capitalismo norte-americano à
cidadania mundial, e, acima de tudo, internamente, à coesão como Estado
territorial.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
realidade, foram abertas estradas rodoviárias de norte a sul e de leste a
oeste, e ferroviárias, que colocavam homens e produtos de costa a costa.
Desenvolveram-se as comunicações, com os telégrafos; inundaram-se as grandes
cidades com fábricas, estaleiros e navios, a agricultura elevou-se a
agro-indústria. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A indústria de guerra contribuiu para todo este ascenso. Rapidamente,
abriram caminho ao extraordinário desenvolvimento do capital financeiro.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
actual fase recessiva desse capitalismo, ameaçado pela falência e pela ruptura
entre forças produtivas e relações de produção, está a fazer vir ao de cima as
clivagens sociais que estiveram na origem do nascimento do *milagre*
norte-americano.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Claro
que a sociedade norte-americana evoluiu muito desde a luta contra a
escravatura, mas os resquícios permanecem – norte com sul, brancos contra
negros e hispânicos, regiões de alta tecnologia industrial contra cidades
decadentes da *velha indústria*, cidades contra campos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Este
fantasma está latente nas candidaturas principais dos republicanos, desde Trump
a Marco Rubio ou Ted Cruz. Acirradas por muito ódio.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Do
outro lado, é Sanders, que sustenta que é preciso uma *revolução*.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">No
ar, fica a ideia de guerra civil…se o regime claudicar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
resultados das escolhas da candidaturas presidenciais ir-nos-ão apontar o
futuro que está reservado aos Estados Unidos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esse
futuro parece bem sombrio.<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-21047391737631575352016-03-29T07:00:00.000-07:002016-04-01T10:26:29.218-07:00REFLEXÕES SOBRE UMA CRISE MUNDIAL QUE QUER UMA SOLUÇÃO<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1 –
O que está a suceder, nos últimos meses, na Síria e também no Iraque, deve ser
analisado e interpretado em ligação com a evolução dos acontecimentos mundiais
desde a crise financeira e económica capitalista desde 2007/2008.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em
meados de 2015, a Síria estava no limiar da fragmentação total, destruída pela
cupidez norte-americana que não teve pejo em lançar o caos no país para substituir
o actual regime por governos *fantoches* formados por diferentes facções de
*combatentes da liberdade* jihadistas que lhes permitiriam, através de *feudos*
menores, rapinar e controlar as riquezas minerais, em especial o petróleo e o
gás para as multinacionais petrolíferas, ligadas ao capital de Wall Street.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://economico.sapo.pt/public/uploads/articles/1_novo_site/card_russia_avioes_guerra_ataque_siria.jpg" height="323" width="640" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
Iraque, onde os Estados Unidos da América foram o invasor e ocupante em nome da
sua *liberdade* e dos seus * direitos humanos*, destruidor do país desde 2003,
ficou destroçado, ensanguentado, desarticulado, entregue, em grande parte do
território, aos jihadistas wahbadistas, enquadrados, militarmente, por antigos
quadros militares do regime de Saddam Hussein, tranvestidos, agora, de
apologistas do EI.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">No
fundo, parecia que o rumo traçado pelos EUA para o controlo económico e
geopolítico da região com o retalhamento dos países produtores petrolíferos
iria dar novo alento aos objectivos norte-americanos de retomar a sua
supremacia sobre as outras potências.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">Ora,
em poucos meses, a Rússia </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">intervém</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"> directamente na Síria, e, indirectamente, no
Iraque, em parceria militar com o Irão e o Hezbolá libanês, e, as debilidades
económicas e castrenses norte-americanas vêem ao de cima. Um sinal de
decadência evidente do sistema capitalista norte-americano, e, por tabela dos
seus congéneres ocidentais.<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
a Rússia fortaleceu-se, militar e economicamente.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2
– De certo modo e em certo sentido, é esse o sentimento que existe nas classes
dirigentes em Washington. O capitalismo financeiro sediado em Wall Street está
a perder o controlo sobre o seu sistema político.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E,
no âmbito geoestratégico, o controlo da sua ponta de lança militar-imperial, a
NATO. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
«cavalgada sem freio» em direcção ao Magreb, Próximo e Médio-Oriente da chamada
*aliança ocidental* por terras do Afeganistão, Iraque, Síria, Líbia, Somália, Sudão,
está em banho-maria, mesmo em retrocesso, com os +aliados+ europeus dos Estados
Unidos, em retirada, deixando o seu parceiro, a gesticular sobre a falta de
empenhamento daqueles.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
realidade, mesmo na Europa, sendo mais precisos na União Europeia (UE), os
governos deram como tarefa à NATO, nesta longa crise de refugiados que a
percorre, a *fiscalização*... das águas costeiras no Mediterrâneo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://thumbs.web.sapo.io/?epic=OTU1XaCYTZu41B0SHikhzpgYW7LjaOCxjh+QrEzRraQ9P8q+rlnRDW/VvHxrR6sHYoNOfudfp8twaBdnsB7zeZMhtI2d4cgxaNZ9+Wph/Nz5nLw=&crop=center&tv=2&errorpic=transparent&delay_optim=1&W=960&H=540&Q=70&bgcolor=ffffff" height="360" width="640" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Nem
se fala, nem é pedida, na vaga de atentados que atinge vários membros europeus
da NATO, a *solidariedade* desta instituição.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
obsessão dos EUA é a Europa. Mas, a UE já não olha para Washington.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Aqueles procuram,
por todos os meios, segurá-la firmemente nos braços da sua dependência do
capital financeiro de Wall Street.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Por
isso, brandem, através de ponta de lanças estribados em declarações de generais,
senadores, ou mesmo de candidatos às próximas eleições presidenciais
norte-americanas, o «perigo» que vem da Rússia. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Falam mesmo, com palavras
evasivas, em possível «invasão» iminente dos Exércitos de Moscovo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
isto, porque, uma realidade nasceu e proliferou, apesar de tudo, com a
Comunidade Económica Europeia: a necessidade de maiores territórios para o
alargamento comercial em espaços maiores, sem entraves alfandegários e
fronteiriços. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
o complemento desse alargamento passará por território russo. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Eis,
portanto, o busílis da questão. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">(A
ameaça de cessão do Reino Unido da UE – a quinta coluna dos EUA - e o fluxo
descontrolado de refugiados deve ser enquadrado neste problema).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
avanço da CEE para UE é, simultaneamente, do interesse das suas burguesias, mas
também das classes trabalhadoras. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Porque
será essa grande Europa, que é historicamente o centro das grandes
transformações sociais e revolucionárias, que em caso de novas convulsões,
poderá contribuir para lançar os germes de uma nova sociedade.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3 –
A evolução do capitalismo financeiro está a bater num muro, em que o outro lado
já não tem a continuidade no modelo específico ocidental. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O capitalismo
financeiro atingiu dimensões mundiais com vários centros de decisão. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em
concorrência feroz de interpares. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Estes novos centros também estão a patinhar com muros e sem caminho estabelecido.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
UE, apesar da crise, permanece, com o euro a servir de farol para as novas
transacções mundiais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
BRIC´s procura lançar a sua moeda como unidade de troca e de financiamento
transnacional à revelia do dólar e de Wall Street. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://s2.glbimg.com/Tcx0DX-Nf8sZroyy_BstHazrGvA=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/07/15/000_mvd6625722.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Existe
desorientação real nas superestruturas capitalistas. Porque as suas economias
estão em derrapagens, sem se ver uma luz ao fundo túnel.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
actual fase da evolução societária, existem condições materiais para uma
ruptura de onde pode vir a surgir uma nova sociedade.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">São
factos indicativos evidentes desde a crise económico-financeira do capitalismo
de 2007/2008, que permanece e se tem aprofundado desde então: Será escusado
tentar esconder estes factos – as forças produtivas materiais societárias estão
em contradição com as actuais relações de produção existentes<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> </span></b><b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Estamos
em época, mais ou menos prolongada, de revolução social?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Apontamos
para isso, e, esses indícios vem justamente do centro capitalismo
internacional, por excelência, os EUA.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esse
indício vem, precisamente, da sua superestrutura política. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
campanha eleitoral presidencial naquele país centra-se, a nível de ideias, entre
o candidato republicano Donald Trump que defende a fascização do poder estabelecido
e o candidato Bernie Sanders, que preconiza *a salvação* do mesmo através do
*socialismo*, ou seja de um poder de compromisso classista chamado
*social-democracia*.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Como
vai ser essa ruptura política ou asfixiamento por métodos violentos, os
próximos tempos o vão determinar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
questão principal para uma nova sociedade vai depender do papel prático que as
classes trabalhadoras vão desempenhar nos próximos anos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-58610927584233792122016-03-15T04:31:00.001-07:002016-03-15T04:31:18.001-07:00REBELO DE SOUSA: O NOVO MESSIAS DO REGIME<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1 –
Através dos grandes meios de comunicação social, o actual Presidente da
República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, foi elevado ao estatuto de
*Messias*, o salvador da Pátria, fazendo acreditar que a sua ascenção ao cargo,
que vai desempenhar, é obra de um indivíduo especial com um carisma fora do
normal que o impulsiona para desempenhar uma missão sem paralelo na História de Portugal.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Rebelo
de Sousa representa interesses, representa classes sociais, e, no caso
presente, ele surge como o *candidato do regime* que não teve qualquer oponente
de ruptura com esse regime. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="https://aventadores.files.wordpress.com/2016/01/mrs-rs.png?w=580&h=340" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ele
pretende, pois, exercer o cargo para sustentar um regime que está em perigo. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Que o seu antecessor contribuiu para fazer com que o descrédito desabasse sobre
ele. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Rebelo de Sousa vestiu, portanto, novas vestes. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Procurou, e procura, transvestir-se em Messias, o amigo de todos, o homem dos consensos, o reformador
do regime.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
sintonia do regime com Marcelo está, pois, em sintonia dos seus órgãos de
comunicação social.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Todos
os candidatos – mas todos, desde Mariza Matias (BE) a Edgar Silva (PCP/CDU) –
se enquadraram na defesa da Democracia e da Constituição. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ora,
Rebelo de Sousa é um dos artífices da actual Constituição e do seu conteúdo
classista burguês.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">As
revisões constitucionais desde 1976, todas elas, foram feitas para legalizar as
estruturas económicas do capital financeiro, que domina hoje todas as esferas
do Estado português. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Nelas pontificou, precisamente, o professor de Direito
Constitucional Marcelo Rebelo de Sousa.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2
– O *messianismo* marcelista é exactamente o mesmo que elevou Cavaco Silva à
liderança do PSD em 1985, com o apoio directo e entusiástico de Marcelo Rebelo
de Sousa, que fazia parte da chamada tendência *Nova Esperança*, com José
Miguel Júdice, Durão Barroso e Pedro Santana Lopes.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img height="267" src="http://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2016/01/17154954/nova-esperan.jpg" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Era
na altura esta *Nova Esperança*, o centro ideológico de combate à então
Constituição e, principalmente, ao governo de coligação PS/PPD/PSD, que estava na fase de adesão à CEE, que,
conjuntamente, com Cavaco Silva e os seus seguidores (Eurico de Melo)
criticavam essa adesão.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Foram,
pois, eles – Nova Esperança - os construtores do papel de *Salvador da Pátria*
que institucionalizou Cavaco Silva no governo, sendo, portanto, os apologistas
cimeiros da *transformação* do Estado português numa marioneta do capital
financeiro (privatizações bancárias e seguros, grandes empresas, predomínio
bolsista especulador, reconstituição do latifúndio, destruição da produção
piscícola).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3
– A derrota do processo revolucionário em 25 de Novembro de 1975 abriu as
portas à implantação da chamada Democracia, ou seja a República que a grande
burguesia desejava para implantar o seu modelo económico capitalista.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ora,
a questão da implantação de um novo sistema político que a Constituição de 1976
preconizava, com a apropriação dos meios de produção e distribuição, com o
golpe de Estado novembrista, deixou de estar, desde aquela data, na ordem do
dia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
partidos que o defendiam foram, paulatinamente, adaptando-se a essa realidade,
e, tacitamente, aceitando-a.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
questão da revolução abrilista como processo socialista deixou de o ser, desse
modo, com os anos de distanciamento, uma questão portuguesa, como o deixou de
ser europeia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR3tsQ05xaqMRZLllvI8PrYvuipsrzGSZIswMZy7fMhysJyV3JDBag08a0GYOKk0yWmx_ejn01RGiPKb8bA3mxrg_nN7hCK5BJv2vmQoEUXHyHvTNQ-lnVh_UsG7Rd5bTYHJufUkYj1_k/s320/eanes+-s%C3%A1+carneiro.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://images-cdn.impresa.pt/expresso/imv-0-426-793-ramalho-eanes25-1889.jpg?v=w620h395" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
regime democrático tornou-se assim uma república do Capital e este estabeleceu-se,
até agora, com todo o seu autoritarismo no espaço europeu, desprezando direitos
nacionais, os interesses das classes trabalhadoras. O capital financeiro
alastrou como uma sanguessuga sobre a União Europeia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ora,
a capitulação dos antigos partidos ditos de esquerda ao *arco* do regime, à
depreciação de um programa revolucionário socialista, tendo-se inserido numa
*ala esquerda* dentro do regime de democracia, levou ao alheamento das classes
trabalhadoras. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Com
os partidos ditos radicais dentro da ordem estabelecida, - e o apoio
envergonhado ao actual governo o demonstra - a consciência política dilui-se.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">As
classes trabalhadoras sentiram essa realidade, quando no rescaldo do 25 de
Novembro viram os partidos que se reclamavam do poder socialista representados
então no Parlamento – PS, PCP e UDP – aceitarem *o status quo*, com mais ou
menos esbracejamento, estabelecido pelos organizadores do golpe de Estado
novembrista.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">As
suas lutas, os seus protestos, as suas proclamações, pautaram-se sempre, desde
então, nos limites da Constituição. Ou seja, dentro da ordem novembrista.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Toda
a movimentação que se seguiu, inclusive, as lutas dos últimos quatro anos, que
fizeram crescer um partido como o Bloco de Esquerda, como esperança, se balizou
nesse estreito caminho dessa democracia. Da ordem. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Embrulharam-se
numa falsa *política prática progressista* de respeitabilidade. Olharam
essencialmente para a reforma, desprezaram a revolução.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">4
– Com a crise mundial em crescendo, o
conflito de interesses sociais ir-se-á aprofundar e irá estilhaçar em múltiplas
facções os partidos desse regime democrático.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O que
irá resultar desse processo? A evolução será ditada pelas condições materiais e
pelas circunstâncias políticas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Para
os interesses das classes trabalhadoras, o essencial é ter um programa de
ruptura, de caminho de um novo regime.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Naturalmente,
se houver um pendor político a seu favor, elas irão intervir. Actuarão conforme
os acontecimentos. É certo. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Todavia,
com um rumo definido, com programa político inserido num movimento crescente
com consciência ideológica, o avanço da defesa dos seus interesses cimentar-se-á
rapidamente e terá capacidades imediatas de vencer e subsistir. O tempo o vai
dizer. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-76607532879517783142016-03-08T14:37:00.000-08:002016-03-08T14:37:28.013-08:00O *SOCIALISMO* DE SANDERS É PRENÚNCIO DO COLAPSO DO CAPITALISMO DE WALL STREET?<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1
- As nuvens de uma crise económica, política e social de envergadura pairam
sobre o actual sistema capitalista mundial, dos Estados Unidos à China,
passando pela União Europeia (UE).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
ameaça da actual crise não está isolada da crise financeira-económica de
2007/08, provocada pelo capital financeiro a partir dos Estados Unidos da
América, que procurou fazê-la recair,
essencialmente, sobre a UE.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">No
passado mês de Março, os sinais </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">premonitórios</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"> vieram, novamente, do sistema
financeiro ocidental.<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">No
principio do mês, o alerta veio de dois grandes bancos, um do Reino Unido,</span></b>
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">o Royal Bank of Scotland
(RBS), o outro dos Estados Unidos da América, JP Morgan.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ambos
admitem uma perspectiva sombria para a economia mundial, com um cenário
"semelhante a 2008".<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
dois grandes bancos recomendaram aos investidores capitalistas que façam rapidamente
a venda das suas acções. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
Royal Bank of Scotland (RBS), inclusive, encorajou os investidores a
desfazer-se de tudo, excepto títulos de dívida (bonds) de alta qualidade. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Já
o JP Morgan coloca de lado mesmo o mercado de acções e, pela primeira vez em
sete anos, recomenda aos seus clientes vender acções «a qualquer sinal de
turbulência».<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
RBS, por seu turno, sustenta mesmo que se vai estar perante em «ano bastante
devastador».<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Alguns
dias depois, a presidente do FED (o banco central norte-americano), Janet
Yellen, afirmou-se preocupada com o cenário da economia mundial, em particular,
a norte-americana, que está, praticamente, estagnada. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ao
depor perante o Congresso dos Estados Unidos, Yellen alertou que a queda nas
bolsas mundiais deve tornar mais lento o processo de alta dos juros americanos.
A declaração acentua as suspeitas de crise nos mercados globais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esses
mercados mundiais, na perspectiva do capitalismo norte-americano, perderam
cerca 12 biliões de dólares em valor comercial desde o início do ano. Os
grandes bancos admitem mesmo o risco de uma recessão económica nos Estados
Unidos. (A actual +viragem+ dos políticos republicanos candidatos presidenciais
para um processo de fascização do regime norte-americano está em sintonia com
esta realidade: o capital financeiro procura a salvação no poder político).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigsN6lwfBBEhbWZvlTr3pI_EfrGMv2Zho3U5mEvmMI0rx4GgNRM7u1pyy4eDbHZvtkyxz3Pl-A2STkWzU2ftuzZ1wmFmPLVLa-b8Zk35hF132IhMWdtyyMax8hQeBelkqCtntlIo5o2kg/s1600/Detroit+trabalhadores+protestos3-12-2013.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2 –
A crise capitalista económica-financeira de 2007/08 teve particularidades que,
na actualidade, atingem maiores proporções, pois o seu processo produtivo está
em fase de ruptura com as relações de produção que indiciam uma inversão no
incremento das forças produtivas que já não se enquadram nos limites de um
sistema social capitalista.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Nestes
quase 10 anos de crise contínua, que se agrava, ocorreram, no entanto,
situações novas que se devem assinalar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
permanece uma *obsessão* que os Estados Unidos da América sobre o
aprisionamento e controlo da União Europeia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em
2008, foi um ataque directo ao sistema financeiro, e, particularmente ao
enfraquecimento do euro como moeda de troca mundial alternativa ao dólar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
actualidade, assiste-se a uma conjugação económico-social de procura, novamente, de
enfraquecimento da unidade da UE: um fluxo migratório descontrolado fomentado (e
em sintonia) pelo aliado ocidental dos EUA/NATO, a Turquia, a ameaça da saída
da União do Reino Unido, aliado preferencial norte-americano (a razão principal
é manutenção - sem interferência do Eurogrupo - da City londrina, parceira de
peito da Wall Street), e ataques concertados do lado norte-americano à
indústria automóvel e ao grande banco Deustche Bank, ambos alemães, a pretexto de
ilegalidades.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img height="240" src="http://static.guim.co.uk/sys-images/Guardian/Pix/pictures/2015/1/8/1420733889800/0b19ef83-1e3c-41e7-a3a3-2b712bbc90de-2060x1236.jpeg" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Tal
como em 2007/2008, a razão principal está no euro como moeda alternativa ao
dólar (euro este que resistiu e, apesar das incertitudes presentes parece
resistir e restabelecer-se, ainda que lentamente) e no imenso mercado europeu –
a UE continua a ser a principal potência comercial, que atrai novos países ao seu
território -Bósnia-Herzegovina, Turquia, Macedónia, Montenegro e Sérvia).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">/A
UE só avançará na sua caminhada para um grande espaço político se restabelecer
a cooperação harmónica interna e se separar, militarmente, dos EUA/.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3 –
Reflictamos sobre as situações novas surgidas desde o início da crise de
2007/8.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Fortaleceram-se
potências e grupos de potências face à hegemonia norte-americana: a China
evoluiu no seu processo produtivo, adquiriu o estatuto de potência comercial e
incrementou grandemente o seu arsenal castrense; a Rússia, apesar da crise
petrolífera, transformou-se em potência militar capaz de influenciar, no Mundo,
a geo-estratégia em confronto, sem peias, com os Estados Unidos; através da
parceria estratégica económica e financeira russo-chinesa, impulsionou-se a
formação dos chamados BRICS (Building Better Global Economic´s), que junta
ainda a Índia, Brasil e África do Sul, economias que procuram forjar uma moeda
de troca fora da influência do dólar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
actual fase da crise do sistema capitalista, o que é novo e mostra o seu
aprofundamento, ele está a atingir não só as economias ditas +ocidentais+, mas
igualmente as emergentes dos BRICS.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
todos essas potências estão dominadas por um militarismo concorrencial
exacerbado, que as leva a desviar dinheiro, crescentemente, para os seus
complexos industriais castrenses, contribuindo, deste modo, para a bancarrota
geral.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">4 –
É nos Estados Unidos da América, ameaçados pela possível recessão imediata,
pela estagnação continuada do seu processo produtivo industrial, pelo
desemprego profundo e pela falência de grandes cidades da indústria, como
Detroit, que surge, pela primeira vez, na sua História, um programa de um
candidato presidencial do regime, de uma ala do Partido Democrático, que admite
a possibilidade de haver uma *revolução política* e instituir no país um modelo
+socialista+ (claro que numa versão social-democrata) de governação.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img height="266" src="http://www.corradinomineo.it/wp-content/uploads/2016/02/bernie-sanders-1.jpg" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">O
colapso económico-financeiro norte-americano também surge, por outro, </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">indiciário</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"> na candidatura presidencial republicana, especialmente, em torno de
Donald Trump e Ted Cruz, que preconizam uma fascização do sistema político em
defesa declarada de Wall Street.<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">É,
precisamente, na questão de alternativa face ao agudizar da crise económica e
social que se coloca a questão que se poderá colocar: que novo sistema político
irá surgir?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Existe
no Mundo, mas de maneira evidente na Europa, berço das grandes revoluções
socialistas, uma corrente política e social que preconiza uma *mudança* face
aos regimes representantes do capital financeiro.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
esta corrente, que se agrupa em partidos, tipo Bloco de Esquerda, PCP
(Portugal), Podemos (Espanha), Syriza (Grécia), Partido de Esquerda (França), a
Esquerda (Alemanha), Sinn Féin (Reino Unido e Irlanda) e Partido da Esquerda
(Suécia) circunscrevem os seus programas políticos na arena da Democracia, ou
seja são uma *ala esquerda* dos regimes instítuidos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Se
houver um colapso do actual sistema capitalista, e, irromperem processos
revolucionários – e eles irão aparecer de uma maneira ou de outra – o seu sucesso
será inserto, se não forem apresentados, com clareza, programas
revolucionários, que rompam com o marasmo político actual.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-71194947548145378142016-02-07T14:34:00.001-08:002016-02-08T14:53:29.901-08:00GOLDMAN SACHS DUVIDA DA EFICÁCIA DO CAPITALISMO<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1
- "Se estivermos errados e as altas margens – de lucro - conseguirem
manter-se nos próximos anos (particularmente quando a procura global está
abaixo da média), há questões mais amplas a serem colocadas sobre a eficácia do
capitalismo".<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Com
este parágrafo, o banco norte-americano Goldman Sachs termina um relatório, elaborado
pelos seus analistas </span></b> <b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Sumana Manohar, Hugo Scott-Gall e
Megha Chaturvedi e enviado para os seus investidores e accionistas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esta
tirada levou o editor-chefe da agência noticiosa económica Bloomberg Joseph
Weisenthal a comentar que tal é coisa que nunca se viu: um banco dessa
envergadura a questionar o próprio capitalismo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img alt="Link permanente da imagem incorporada" src="https://pbs.twimg.com/media/CaRDUhWVIAA1Eao.png" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
qual a razão deste questionamento, pondo em causa o capitalismo?.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">/A
especulação desenfreada do Goldman Sachs nos anos que antecederam a crise de
2007/8 fizeram com que ele fosse uma dos intervenientes principais no
acirramento dessa crise, pois levou à falência do seu fundo de cobertura de altíssimo risco Alpha Global,
que teve um ano antes uma queda de 12% do seu valor e em 2008 uma outra grande
quebra de 22,17%.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E,
recentemente, aceitou pagar uma coima de mais de cinco mil milhões de dólares
pelas suas práticas fraudulentas não só nos EUA, como na Europa/.</span></b> <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2
- O tema do relatório enquadra a questão das margens de lucro das grandes
empresas que surgem historicamente altas nas maiores economias mundiais, em
particular a dos Estados Unidos da América.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
lucro nos EUA, já depois dos impostos, duplicou dos 5% do PIB em 2000 para 10%
do PIB em 2014.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
analistas citados interrogam-se se esta situação se pode manter, considerando
que existe um incremento concorrencial no mundo e o crescimento económico está
estagnado ou mesmo em regressão.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Colocam
então duas respostas possíveis.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esses
analistas, que referenciam de «bulls» (touros, na gíria do sector) os
financeiros que sustentam que se deve continuar em alta. Esta sustentação está
no pressuposto de que essas margens de lucro crescentes podem ser enquadradas
por uma baixa de custos e pelo crescimento dos avanços tecnológicos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
outra resposta está na visão dos «bears» (ursos) que consideram que haverá uma
queda desses lucros, melhor dizendo uma diminuição do fosso de desigualdades,
já que a concorrência fará aumentar o crescimento económico, bem como terá de
se ter em contra uma pressão para incrementar as condições sociais, bem como
uma supervisão mais apertada sobre a distribuição de lucros que, na sua
opinião, influenciará o binómio preços/lucro.
<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
perspectiva do banco é que nos próximos dois a três anos, os «ursos» devem
mostrar que estão correctos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Se
assim não suceder, o banco emite, então, a citação com que abre este artigo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://si.wsj.net/public/resources/images/BN-AQ479_1204go_P_20131204080926.jpg" height="266" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3 –
O que os analistas dos bancos na sua linguagem «cifrada» querem dizer é que as
desigualdades estão a aumentar. E que se caminham para um ponto de ruptura se
as actuais relações produtivas da sociedade entrarem em contradição evidente
explosiva com as forças produtivas materiais da mesma, terá de haver uma
revolução.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
que é inédito nesta análise de um superbanco capitalista é que admitem que o
capitalismo não é eterno e pode ser superado como modo de produção até aqui
dominante da vida societária na terra.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
analistas capitalistas do Goldman Sachs admitem que, se não houver um
+refrescamento+ do sistema, por sua própria iniciativa, o resultado será o
descalabro do mesmo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Dão-lhe
um prazo de dois a três anos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Não
prevejo um tal curto espaço para o afastamento do capitalismo como modo de
produção dominante.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
realidade, existe um «abafamento», um verdadeiro travão nas relações actuais de
produção capitalistas, em que se regista um desperdício significativo, em
crescendo, dos resultados dos melhoramentos material e intelectual das classes
laboriosas, em que o sector principal da classe dirigente, a burguesia
financeira, somente vê, à frente dos olhos, o objectivo de obter mais lucro.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
análise do Goldman Sachs assenta num pressuposto capaz de ser mensurável do
ponto de vista económico, ou seja das condições económicas capitalistas, mas a
sua forma política, em particular, o aumento da consciência da ideologia como
superestrutura capaz de levar a cabo essa revolução e a resolução a favor dos
explorados ainda não está na ordem do dia. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Assim o penso.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Naturalmente,
se as condições económicas forçarem a via da ruptura social, com maior ou menor
esforço, haverá uma transformação política.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
questão será, pois, o grau de consciência social transformadora que será ditada
por essa revolução e quais os países que são o principal esteio e consolidação
da mesma.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-12281525941554119492016-01-31T10:23:00.003-08:002016-02-01T13:14:42.144-08:00IRÃO/VATICANO: OS NEGÓCIOS NA AGENDA *ESPIRITUAL*<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1
– O Papa católico romano, Francisco, recebeu, no passado dia 26, no Vaticano,
em audiência, o Chefe de Estado do Irão, Hassan Rouhani.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
Presidente iraniano é, tal como o Chefe de Estado do Vaticano, um dirigente
religioso no seu país, formação essa que iniciou no seminário islâmico de
Semnan, tendo concluido os seus estudos no ramo no tradicional seminário de
Qom.</span></b> <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas
ainda no tempo do regime monárquico do Xá Pahlevi, seguiu os estudos laicos na
Universidade de Teerão, tendo-se licenciado em Direito.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas
tarde, prosseguiu esses estudos no Reino Unidos, tendo obtido o mestrado e o
doutoramento em Direito Constitucional na Universidade Caledónia, em Glasgow,
Escócia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Depois
da ascensão do actual regime teocrático no país, Rouhani adquiriu preponderância na estrutura do poder, sempre na sombra do
*líder supremo* religioso: membro da Assembleia dos Peritos (desde 1999), do
Conselho de Discernimento (desde 1991), do Conselho Supremo de Segurança
Nacional (CSSN) (desde 1989) e presidente do Centro de Pesquisa Estratégica do
Irão (desde 1992).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Rouhani
foi eleito presidente em 15 de Junho de 2013.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Foi
ainda deputado durante as cinco primeiras legislaturas do Parlamento iraniano
(Majlis), tendo sido presidente da Comissão de Defesa e da Comissão de Relações
Exteriores e presidente do Majlis.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">No
governo do ex-presidente Mohammad Khatami (que o apoiou nas eleições), Hassan
Rouhani foi o negociador-chefe do programa nuclear do Irão nas negociações com
a União Europeia. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Antes
de ser eleito Presidente, dirigia o importante Centro de Pesquisa Estratégica
nacional, directamente ligado ao *líder supremo*, Ali Khamenei.<o:p></o:p></span></b><b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://media02.radiovaticana.va/photo/2016/01/26/OSSROM93015_Articolo.jpg" height="283" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: x-small;"><i>Os interesse geoeconómicos nos colóquios cordiais</i></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2
– Qual foi a razão central da vista do clérigo Presidente Rouhani ao Papa?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
Santa Sé procurou *atirar para debaixo do tapete* os interesses materiais
profanos que estiveram, realmente, na agenda dos dois Chefes de Estado.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
Sala de Imprensa da Santa Sé, em comunicado, cinicamente, referiu que
"durante os cordiais colóquios foram evidenciados os valores espirituais
em comum e o bom estado das relações entre a Santa Sé e a República Islâmica do
Irão".<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">As
delegações diplomáticas também abordaram a recente conclusão e aplicação do
Acordo Nuclear e foi destacado que o "Irão é chamado a desempenhar um
importante papel, junto com os outros países da região, para promover soluções
políticas adequadas às problemáticas que afligem o Oriente Médio, contrastando
a difusão do terrorismo e o tráfico de armas". <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Neste
sentido, foi recordada ainda "a importância do diálogo inter-religioso e a
responsabilidade das comunidades religiosas na promoção da reconciliação, da
tolerância e da paz".<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Tudo
muito pacífico e religioso...<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Todavia,
por *debaixo do tapete* está a realidade da vida. O mundo profano, material. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esse
é o que conta para as duas entidades.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Para
o Irão, o Vaticano é avaliado como «grande empresa» capitalista, fortemente
enraizada na União Europeia e nas Américas, que serve os objectivos da sua
reconstrução económica e da sua necessidade de recuperar o terreno da
actividade comercial prioritária.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Para
o Vaticano, o Irão, como provável grande potência regional, é um terreno para a
aumentar a força económica do potentado da Santa Sé.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
realidade, a Santa Sé é «um dos maiores titulares de acções do mundo» -*O
empório do Vaticano* -, um valor que se desconhece na sua tenebrosa extensão.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Polvo
este escondido dos seus crentes, já que «o Vaticano tem investimentos nas
Bolsas de todo o Mundo», número que o jornal +Economist+, nos anos anos 60 do
século passado referenciava, por baixo, só para Itália, em «cerca de 1/15 do
número total das acções nas dez Bolsas italianas».<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Realmente,
o alcance do poder económico da Santa Sé é avassalador e está encoberto em
numerosas «companhias de fachada» desde bancos, seguros, empresas industriais e
comerciais, estabelecimentos de ensino e saúde, complexos armamentistas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">No
caso específico de Itália, os interesses vaticanistas estendem-se desde os
grandes bancos (Intesa Sanpaolo, Nazionale del
Lavoro, Unicredit, Popolare, Ambrosiano, entre outros) ao petróleo (ENI)
e ao armamento (Finmecanica).<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://media2.intoday.in/btmt/images/stories//March2013/finmeccanica-chopeerscandal_small_022313021352.jpg" /><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
Itália é, precisamente,</span></b> <b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> o país que tem a maior capacidade de refinação
de petróleo da Europa.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
o Vaticano, também pode ser intermediário, neste fase de «costas voltadas» entre Washington e Teerão, para os negócios com os Estados
Unidos da América, pois o papado romano está perfeitamente integrado no +tecido
financeiro e económico+ norte-americano, desde a banca ao complexo industrial
militar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ora,
o Irão necessita de relançar e expandir o comércio do petróleo, bem como da
logística para a recuperação da sua indústria petrolífera.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Bem
como para se impor como potência regional de modernizar, rapidamente, o seu
arsenal militar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Naturalmente,
para se poder impulsionar o comércio, sem entraves, no Médio-Oriente, terá de haver
*soluções políticas* na região.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas,
tal desiderato só se consegue essencialmente com acordos em torno de força
económica e não com os «cordiais colóquios» acerca dos «valores espirituais em
comum e o bom estado das relações entre a Santa Sé e a República Islâmica do
Irão».<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3 - Sob o manto diáfano da religião, a Igreja Católica está a penetrar, totalmente, na esfera do capitalismo mundial.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E, a sua aceitação planetária está ligada, justamente, ao papel que desempenha, actualmente, nos negócios mundiais. <u><i>Caso contrário, os dignitários governamentais nem sequer lhe davam um olhar. </i></u></span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A crise do capitalismo contribuirá também para a crise do catolicismo romano, que abandonará o manto pio, para se tornar no seu cão de guarda mais acirrado. O tempo o dirá.</span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-61983023414737788162016-01-27T10:34:00.002-08:002016-01-27T10:45:54.650-08:00O CAPITALISMO EM CRISE, AS CLASSES TRABALHADORAS AMORFAS<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1
– O capitalismo mundial juntou-se, há
dias, em Davos, Suíça, para discutir, precisamente, a crise que o está a
atravessar e, acima de tudo, a enredar sem solução para esse sistema dentro da
evolução societária actual.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ao
contrário de outros grandes conclaves capitalistas encenados naquela cidade,
este está ensombrado pela realidade da vida: <i><u>o reinado dos banqueiros parece estar em plano inclinado.<o:p></o:p></u></i></span></b><br />
<img alt="World Economic Forum - Davos" src="https://superbberry.files.wordpress.com/2015/01/world-economic-forum-davos.jpeg?w=640" /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><u><br /></u></i></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
crise geral financeira de 2007/08, iniciada nos Estados Unidos da América, está
aí para durar. Parece aprofundar-se, na realidade, já em 2016.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Está
situação apresenta dois aspectos que se entrelaçam: a crise financeira em si,
que se prolonga até hoje, e, na sua subsequência, uma crise geral do comércio e
da indústria. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
grande burguesia capitalista mundial reunida em Davos fez constar que tem como
seu principal objectivo lançar uma «quarta revolução industrial», mas frisou
que esta irá fazer aumentar o desemprego, de imediato, em mais cinco milhões de
pessoas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><u><span style="font-family: "andalus" , "serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></u></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><u><span style="font-family: "andalus" , "serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em
suma, está a dar-se uma contradição evidente, que se alarga, entre as forças
produtivas existentes e as relações de produção capitalista que estão a começar
a entrar em derrapagem, para não dizer colapso.<o:p></o:p></span></u></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2
– Dois dias antes de começar o Forum Económico Mundial, em Davos – o super
conclave capitalista -, uma piedosa «organização não-governamental» chamada
Oxfam revelava que *62 pessoas possuem tanto capital como a metade mais pobre
da população mundial*. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
acrescentava: há cinco anos, a riqueza de 388 pessoas estava equiparada a essa
metade. De acordo com a mesma entidade, a riqueza acumulada por 1% da população
mundial, entre os mais ricos, superou a dos 99% restantes, em 2015, um ano mais
cedo do que se previa.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Com
a míngua financeira dos Estados capitalistas, estes estão na mão dos chamados
grandes *empréstimos* da grande burguesia financeira, cada vez mais concentrada
e reduzida, que, deste modo, amordaça, crescentemente, através da usura dos
juros, os mesmos Estados. <o:p></o:p></span></b><br />
<img src="https://economianostra.files.wordpress.com/2013/09/260511_opior.jpg" /><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
isto quando esses mesmos Estados os capitalizavam com pseudo empréstimos a custo
zero, ou seja os enchem de dinheiro público...para benefício privado!!!<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ora,
será impossível fazer inverter esta desigualdade e acabar com o *reinado*,
desenfreado, do capital financeiro sem atingir profundamente os interesses
económicos e políticos dos regime e sistema dominantes.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ou
seja, em termos práticos, o controlo estatal dos bancos, sob um novo poder
político, a desarticulação completa da especulação bolsista, o desmembramento
da ligação entre o capital financeiro e o poder de Estado, nomeadamente o seu
campo legislativo, judicial, militar e o da propaganda, através dos seus
principais meios de comunicação social.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">No
que diz respeito a nível estatal nacional, o desequilíbrio aprofundado nas
últimas décadas a favor dos interesses do capital financeiro provocou uma
recessão continuada que contribuiu para um empobrecimento generalizado das
classes trabalhadoras.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Deste
ponto de vista, para acabar com esta vergonhosa barganha do Capital, não poderá
haver um equilíbrio interno societário, ou seja, um equilíbrio entre as
despesas e despesas públicas de cada Estado da Europa à China, passando pelos
Estados Unidos da América à Rússia, </span></b><b><i><u><span style="font-family: "andalus" , "serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">se não houver um claro golpe
nos interesses da grande burguesia financeira, desde os lucros, à especulação,
aos impostos.<o:p></o:p></span></u></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3
– Uma interrogação se coloca: Porque será
que um descalabro tal da grande burguesia e um ataque de uma envergadura
descomunal aos direitos dos explorados não levou o mau-estar e o
descontentamento existente para uma revolta generalizada?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Depois
da vaga revolucionária que percorreu uma grande parte da Europa, com especial
destaque na França, nos finais dos anos 60 do século passado e depois de toda
uma série de revoluções nacionais, iniciadas com movimentos de libertação
nacional, em África e Ásia, nos anos 60 e terminadas com a tomada do poder em
meados dos anos 70, o período que se seguiu, até ao final desse século, transformou-se
numa fase de contra-revolução, ligada ao grande desenvolvimento da produção
capitalista, com um magistral salto na inovação técnica e científica.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Todavia,
o incremento da produção capitalista tornou-se num moinho de usura nas mãos do
grande capital financeiro.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">Foi
este que veio a transformar-se na fracção dominante dos diferentes regimes
burgueses: controlaram, paulatinamente, o poderes político (chefias de Estado,
governos e parlamentos), judicial (grandes firmas de advogados, </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">juízes</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"> e procuradores) e militar (escolhas dos chefes e controlo da oficialagem,
mercenarização dos Exércitos), desde as bolsas, aos bancos, seguros, grandes
negócios castrenses, empresas de ponta das telecomunicações, distribuição
alimentar, turismo, grandes propriedades agrícolas, saúde (privatização,
indústria </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">farmacêutica</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">, tecnologia hospitalar).<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Colocada,
nos finais dos anos 60, então sob a perspectiva de poder haver uma ruptura, a
burguesia, empoleirada no ascenso industrial e comercial, abriu os olhos e
através dos partidos sociais-democratas realizou uma aliança declarada com os
partidos conservadores, populares e democratas cristãos, para promover a
chamada *revolução pelo emagrecimento do Estado*, ou seja a privatização a
favor do capital financeiro.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">(Convém
recordar que contou, em períodos delicados com o apoio dos maiores Partidos
Comunistas europeus de então, que, directa ou indirectamente, participaram nos
governos. Casos do francês (PCF), italiano (PCI) e espanhol (PCE)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
exemplo do PCF é paradigmático, (pode-se juntar o PCI de Togliatti, que serviu
a ascensão da +falecida+ Democracia Cristã ao avassalamento do Estado italiano), pois
foi ele que, logo após a II Grande Guerra, com Thorez, que permitiu a
consolidação do +gaulismo+, que hoje se reproduz em Sarkosy.<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<img src="http://www.matierevolution.fr/local/cache-vignettes/L401xH401/114964853-55464.jpg" /><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
realidade, o PCF esteve no governo com Mitterand em 1981. Foi um ministro
daquele partido Jean-Claude Gayssot (Transportes) que controlou a privatização
da Air France.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em
1997, voltou ao governo de maioria PS, sob a chefia de Lionel Jospin, executivo
este que deu o seu assentimento ao bombardeamento da ex-Jugoslávia).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Depois
da II Grande Guerra, as classes trabalhadoras, em particular os seus sectores
mais avançados e conscientes, abandonaram, progressivamente, a sua perspectiva de efectuar uma transformação revolucionária da sociedade.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Obscurecido
– e depois mesmo estigmatizado - o programa radical socialista, após a derrota
da Revolução Soviética, e a sua contínua caminhada para a contra-revolução,
essas classes caíram, lenta, mas seguramente, para colocarem, na sua intervenção
política prática, como objectivo de poder, a sua adaptação a um «programa de
esquerda dentro da democracia».<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Visão
esta ainda mais estreita, porque se encerra nas fronteiras nacionais, enquanto
a grande burguesia se expande e actua, cada vez mais, ao mesmo tempo e em todo
o globo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Situação
aquela que perdura nos dias de hoje.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> </span></b><b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> </span></b></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-20057579711994604392016-01-17T10:50:00.001-08:002016-01-17T10:50:51.074-08:00UMA TRAGÉDIA PODE ABALAR A EUROPA, ATRAVÉS DA ALEMANHA E FRANÇA<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1 –
Curioso, parece que o *filme* da lenta
fascização da França e da Alemanha volta a ressurgir naqueles países.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Tal
como nos anos 20 e 30 do século passado, no meio de uma crise económica,
política e social de uma envergadura descomunal, cujo poder dominante é
exercido pelo capital financeiro, este utiliza as armas mais díspares para,
através dos seus partidos e forças *nacionalistas*, e, com a cumplicidade de
forças policiais e militares, tentar manter o seu domínio por meios ditatoriais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://www.tctelevision.com/elnoticiero/sites/default/files/img-articulo/atentado_paris.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://www.tctelevision.com/elnoticiero/sites/default/files/img-articulo/atentado_paris.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<br />
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7469904128088651656" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><br />
<br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: xx-small; line-height: 115%;"><i>O atentado ao *Charlie Hebdo*: a segurança em França não existiu</i></span><br />
<br />
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2 –
No dia 13 de Novembro do ano passado, ocorreram ataques de membros do Exército
Islâmico (EI), estabelecidos e perfeitamente enquadrados em França (mas também
na Bélgica, Alemanha, e noutros países da União Europeia e da NATO).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
ataques deram-se no centro de Paris e nos arredores (Saint-Denis), com a
utilização de suicidas, que fizeram detonar artefactos, dispararam, quase
militarmente, com espingardas-metralhadoras, e tinham organizado planos de
fugas para os sobreviventes, o que sucedeu, estranhamente, atravessando vários
Estados.</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Morreram
mais de 120 pessoas e cerca de 350 ficaram feridas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Um
clamor apareceu e, nele se entronizou em bicos de pés o débil Chefe de Estado
francês, impondo, de imediato, o estado de emergência, limitando as liberdades
e ameaçando com legislação *purista* de corte da nacionalidade gaulesa sobre os
chamados binacionais, mesmo que nascidos no país, que sejam considerados como implicados
+em actos de terrorismo+.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
estado de emergência – que se pretende legalizá-lo, permanentemente, na
Constituição, admite detenções e investigações arbitrárias sem decisão
judicial, restringe – e impede mesmo – o direito de manifestação e protesto,
bem como o de circulação, se necessário, se colocarem em causa +a ordem
pública+.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Quais
foram os primeiros resultados práticos visíveis deste estado de emergência? <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mais
de 200 manifestantes detidos por participarem numa acção a favor de medidas
práticas para a cimeira do clima que decorreu em Paris.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E
os resultados das detenções de *suspeitos* de casos de *terrorismo* islâmico, quantos casos tiveram seguimento? <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://cdn.cmjornal.xl.pt/2015-11/img_757x426$2015_11_14_10_15_45_495912.jpg" height="225" width="400" /><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: xx-small; line-height: 115%;"><i>Emergência, apenas para muscular Paris</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Muito pouco. Tenho a impressão que não ultrapassam um dedo de uma mão. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Não se sabe nada, porque não existem, sequer até agora, processos
judiciais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><u><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
que é estranho, até porque já deveria ter havido um *roteiro* organizado, com
pés e cabeça, para +combater o Estado Islâmico+, nos bancos, nos negócios de
armas, no contrabando de petróleo, nos financiamentos a partir de Estados. <o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
realidade, a 15 e 16 de Janeiro de 2015, houve duas acções armadas sangrentas
e, mais tarde, reivindicadas por aquele em Paris e arredores (Charlie Hebdo e
um supermercado judeu), onde o ilustre Hollande já vociferou – só em palavras –
que havia um +ataque organizado+ contra a França.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Então
porque não foram fichados e presos todos aqueles que os serviços secretos
sabiam que estavam prontos a agir?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
questão é que parte do EI (via Frente Al Nusra) é – ou era, até há pouco tempo
– </span></b><b><i><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: x-large; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Aharoni;">pessoal amigo do governo francês</span></i></b><b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">, que a promovia (talvez continue a
fazê-lo) como +resistência moderada+ a Bashar al Assad, chefe de Estado da
Síria.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Afinal
quem é o verdadeiro inimigo do actual regime francês?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Uma
eventual explosão das classes laboriosas do país face ao aprofundamento da
crise económica do capitalismo. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Nesse
sentido, aí está a reserva *política* de ataque que pode ser conduzida pela
Frente Nacional. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ora,
nada melhor que aplainar o caminho dando-lhe as bandeiras ideológicas práticas:
a emergência, a *pureza* nacional, a segurança *nas fronteiras da pátria*. Ou
seja, o PS francês deu como alternativas as bandeiras fascistas da FN...<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">3 –
Actualmente, tal como nos anos 60/70 do século passado, o patronato alemão está
interessado em receber mão-de-obra barata, através de migrantes.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
situação de hoje é um pouco diferente da vaga migratória do século passado.
Neste período, a Alemanha recebera milhões e milhões dólares norte-americanos
para refazer a economia capitalista.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Recorreu
a um processo de recrutamento, entre o legal e ilegal, do chamado
+trabalhador-convidado+ em que a mão-de-obra mercadejada era trazida de forma
*orientada* e lenta, embora sem grande instrução. Assim, foram arrebanhados
turcos (cerca de três milhões), jugoslavos, portugueses, espanhóis e italianos,
principalmente.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Actualmente,
o patronato alemão está interessado em receber mão-de-obra barata, através de
migrantes do Médio-Oriente, tal como sucedeu nos anos 60/70 do século passado
com os migrantes turcos, e, em menor escala, portugueses, italianos e
espanhóis. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="https://insdrcdn.com/media/articles/f/36/a453a436f__430x224_0671430812.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: xx-small; line-height: 115%;"><i>Estes refugiados só existem com apoio turco</i></span><br />
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Não
é por puras balofas razões humanitárias que o governo de Merkell abriu, numa
primeira fase, as portas à migração. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt; line-height: 115%;"><i><u><b>O
objectivo era, justamente, a entrada de migrantes, essencialmente, letrados,
para acolher mão-de-obra barata que fizesse concorrência ao nível dos
trabalhadores locais e organizados sindicalmente na sociedade alemã.</b></u><o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">Só
que a Turquia, acossada por um fluxo enorme de refugiados provindo dos
conflitos – Síria e Iraque - em que fomentou, e fomenta, juntamente com os seus
parceiros da NATO, aproveitou a oportunidade, para organizar através de redes,
para canalizar uma mole </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">indiferenciada</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"> de pessoas, que </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">incluía</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">, jovens, mulheres, crianças e até idosos, para os remeter maciçamente com a indicação,
perfeitamente orientada, repito, perfeitamente orientada, para que seguissem
para a Alemanha e países nórdicos. <o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E,
com esse fluxo desordenado, que, curiosamente, partiu (e continua a partir)
sempre da Turquia, servia (e serve) os objectivos de Erdogan de pressionar a
UE, aflita, para *conter* essa movimentação a troco de choruda compensação
financeira. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ao
mesmo tempo, pressionar a Alemanha para *facilitar* a aproximação à UE sem
condições.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ora,
a Alemanha poderia receber esses migrantes, </span></b><b><i><u><span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">em condições normais
de evolução capitalista da sua economia</span></u></i></b><b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">,
o caso é que, nos últimos dois anos, deu-se uma regressão no tecido produtivo
do país, que entrou em estagnação.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Aqui
o patronato alemão entrou em parafuso, perante a avalanche, que não consegue
fazer entrar na cadeia produtiva, até porque os migrantes são, em grande parte
mulheres, crianças e homens, sem instrução e dificuldade de adaptação.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Pressiona, então agora, a sua chanceler para conter, e até fazer retroceder parte dos migrantes, e, ao
mesmo tempo esse mesmo patronato fomenta, com o apoio de forças de serviços secretos
e de segurança, e, através dos grupos fascistas, o confronto e a xenofobia,
esperando o endurecimento político do regime.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Reflictamos
sobre os acontecimentos de fim de ano em Colónia.<o:p></o:p></span></b><br />
<img src="http://s1.lemde.fr/image/2016/01/11/534x0/4845459_6_6123_2016-01-11-58a2b74-27102-1yc77q9_77e51b044822406962c020a071453a69.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #16212c; font-family: arial, sans-serif; line-height: 21px;"><i><span style="font-size: x-small;">Esta foto colocada na net como sendo de Colónia é uma manipualção: Trata-se de uma agressão ocorrida em Londres à modelo Danielle Lloyd, </span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na
realidade, começaram, noticiosamente, a 4 de Janeiro (quem deu a notícia aos
jornais?), empolados três dias depois, com dimensão nacional, e, curiosamente,
apesar da sua aparente dimensão e gravidade.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Desapareceu,
nos últimos dias, quase por encanto, dos noticiários dos grandes meios de comunicação
social.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Um
relato sucinto: a 4 de Janeiro, em certa imprensa alemã, surgem notícias de que
junto à estação ferroviária de Colónia, Alemanha, se produziram desacatos, onde
teriam havido roubos, alguns casos de assédio a mulheres, com apalpões, e, um
ou dois casos de violações (ou tentativas).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Noticiou-se
então que teriam sido um centenas os eventuais criminosos, uma parte,
minoritária, de indivíduos com a «aparência» de norte-africanos e árabes.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Do
primeiro relatório policial, referia-se que os agentes, destacados para o local,
conseguiram dissolver a concentração, levá-los para o interior da estação, onde
os teria abandonado à sua sorte. Sem qualquer detenção ou contenção.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O
sucedido ter-se-ia dado depois do abandono da polícia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Após
4 de Janeiro, os casos de eventual assédio sexual crescem exponencialmente, e,
fica-se a saber que acontecimentos idênticos tiveram lugar em outros cidades
alemãs em diferentes Estados regionais.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Cito
as interrogações sobre estes acontecimentos feitos, no passado dia 10 pela rádio
pública alemã Deustche Welle.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt; line-height: 115%;"><i>*O
que se sabe sobre os crimes na passagem de ano em Colónia?<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>Mais
de uma semana depois dos assédios sexuais contra mulheres na noite de passada
passagem de ano, em Colônia, muitas questões continuam sem resposta. <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>Confira
o que se sabe até o momento e quais perguntas seguem em aberto.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>O
que se sabe<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>–
Segundo a polícia, os criminosos saíram de um grupo de cerca de mil homens que
se concentrava em frente à estação central de Colónia, ao lado da Catedral.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>–
Segundo o presidente regional do sindicato da polícia, Arnold Plickert, já na
noite de passagem de ano, os agentes abordaram e pediram os documentos a mais
de 70 pessoas. Destas, quatro foram detidas, 11 foram mantidas sob custódia e
houve o registo de 34 ocorrências. </i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>Segundo ele, várias pessoas abordadas apresentaram
comprovantes de registo do Departamento de Migração, que são concedidos a
pessoas que pedem asilo. "Isso mostra que havia refugiados entre
elas", disse. Ele não soube responder por que as pessoas foram abordadas
pela polícia.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>–
A polícia de Colónia registou 516 ocorrências até este domingo (10/01), sendo
que cerca de 40% são de assédio sexual. Há também muitos casos de furto de
telemóveis, bolsas e carteiras. Duas pessoas testemunharam que teriam sido
violadas.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>–
A polícia de Colónia afirmou que 20 suspeitos estão sob investigação. Muitos
deles foram identificados, mas não foram detidos. Um marroquino de 19 anos foi
detido neste sábado. Está referenciado pela polícia desde 2013. As identidades
dos demais suspeitos não foram reveladas. Entre os investigados estão sobretudo
homens de países do norte da África.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>–
A Polícia Federal, que é responsável pela segurança dentro da estação central e
numa distância de até 30 metros do prédio, registou 32 ocorrências na noite de
passagem de ano, incluindo ferimentos, roubos e crimes sexuais. </i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>A Polícia
Federal afirmou ter identificado 32 suspeitos. São eles nove argelinos, oito
marroquinos, cinco iranianos, quatro sírios, um iraquiano, um sérvio, um norte-americano
e três alemães. Desses 32 suspeitos, 22 são requerentes de asilo. <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>Nenhum
deles foi até o momento acusado de crimes sexuais e as acusações contra eles
assinalam casos de ferimentos e furtos.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>–
Na sexta-feira, a polícia de Colónia prendeu dois suspeitos, de 16 e 23 anos,
um deles do Marrocos e o outro da Tunísia. Os dois são requerentes de asilo e
foram libertados pouco depois por falta de provas. <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>Três
pessoas estão em prisão preventiva por suspeita de roubo durante naquela noite.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>O
que não se sabe<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>–
Não se sabe quem são os criminosos e quantos são. <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>Até
o momento há apenas suspeitos.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>–
Também não se sabe se há requerentes de asilo ou refugiados entre os
criminosos. <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>Eles
formam, porém, o principal grupo de suspeitos. Requerentes de asilo e pessoas
que vivem ilegalmente na Alemanha estão no foco das investigações da polícia de
Colónia, mas a própria polícia ressalvou que nada foi provado contra eles. <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>A
Polícia Federal afirmou que há refugiados entre os suspeitos. Testemunhas,
vítimas e polícias, falam de homens de aparência árabe ou norte-africana. <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>A polícia
local abordou e pediu documentos a pessoas que estavam na área da estação
central, e entre elas havia refugiados, mas não se sabe se as pessoas abordadas
têm alguma relação com os crimes cometidos.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>–
Não se sabe também se os criminosos planearam ou organizaram o que aconteceu diante
da estação central de Colónia. Também não se sabe se há relação entre o que
aconteceu em Colónia e crimes semelhantes ocorridos em outras cidades alemãs na
mesma altura. <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>A
procuradoria de justiça de Colónia, porém, parte do princípio de que se trata
de crime organizado. <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>O
ministro da Justiça, Heiko Maas, também afirmou acreditar que haja uma relação
entre os acontecimentos em várias cidades e que as agressões foram planeadas
com antecedência. <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>O
jornal Bild am Sonntag publicou que grupos de norte-africanos usaram redes
sociais para chamar conterrâneos para Colónia. <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">Segundo
informações da emissora WDR, a polícia investiga já há alguns meses grupos de
criminosos formados </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">maioritariamente</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"> por argelinos, marroquinos e tunisinos. <o:p></o:p></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"><i><br /></i></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><i>Esses
grupos estaria a seguir para a Alemanha como refugiados. Viajariam para
Istambul e, de lá, entram na Europa misturados com grupos de refugiados que vêm
da Síria, do Iraque e de outros países, segundo as informações da WDR.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 18pt; line-height: 115%;"><i>Fonte.AS/dpa/epd/kna</i><b>*<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">Esta
ambiguidade do poder político alemão, acompanhada de toda a trama obscura da
estrutura policial, lançando suspeitas sobre a existência de um *grupo
organizado*, sem identificar, que enquadrou, a nível de várias cidades do país,
uma acção, onde pontificaram *árabes e norte-africanos* deu imediato alento à </span><span style="font-size: 24px; line-height: 27.6px;">irrupção</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"> de manifestações fascistas.<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Facto
este aumentado pela grande imprensa conservadora. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Empolado,
organizadamente, na net com fotografias, claramente manipuladas, de pseudo
agressões, sexuais ou não, de mulheres que teriam ocorrido em Colónia na noite
da passagem de ano. Le Monde 11.01.2016<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">4
– A velha tragédia do capitalismo financeiro alemão e francês pode avolumar-se
naqueles países através da sua fascização. Por agora, apenas pela via
eleitoral.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Se
não se encontrar uma alternativa política revolucionária nacional e ao mesmo
tempo europeia para fazer frente a essa realidade.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Não
se pode esperar que a alternativa surja no *mal menor* de uma Merkell ou
Holande.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
aparente luta entre, por um lado, a coligação CDU/SDP e os partidos fascistas
alemães, por outro o PS/Holande e a Frente Nacional, é uma comédia entre os
dois lados dos apologistas da *ordem nacional* capitalista.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esperemos
que um alento de viragem que se verifica em outros países europeus brote, no
meio da crise capitalista, e estilhace a argamassa que ainda consegue manter o
poder do Capital.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7469904128088651656.post-88957027580447366272016-01-08T15:20:00.000-08:002016-01-08T15:20:36.548-08:00PORTUGAL PRESIDENCIAIS: SERÁ POSSÍVEL MUDAR COM UMA CONSTITUIÇÃO CONTRA-REVOLUCIONÁRIA?<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">1
– Portugal está em período de campanha eleitoral para a Presidência da
República.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Pela
troca de opinião entre os candidatos, quer se digam de esquerda ou de direita, parece que se
entendem todos nas águas mornas do regime existente, ou seja, na chamada
democracia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ou
seja, pergunto eu, quem poderá mudar a política prática, e beneficiar as
classes trabalhadoras, <i><u>dentro do
regime</u></i> que, desde 25 de Novembro de 1975, amordaçou e desfez tudo o que
foi conseguido por essas mesmas classes trabalhadoras no período de 25 de Abril
a 25 de Novembro de 1975?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="http://www.regimentodecomandos.com/25novembro/fotos/foto_25_novembro_1975_09.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
candidatos – sem excepção –, desde Marcelo Rebelo de Sousa, que tem o apoio do
PSD/CDS até Marisa Matias, do BE, passando por Maria de Belém (apoiada por uma
fracção PS), Sampaio da Nóvoa (apoio de outra ala PS) e Edgar Silva (PCP),
dizem que apoiam a actual Constituição e a farão cumprir.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os
restantes representam sectores minoritários sem verdadeira componente classista.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Explicação
da evolução da Constituição desde 1976 até 2005, ou seja a actual, contada pela
própria Assembleia da República: <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
Constituição da República Portuguesa, aprovada a 2 de abril de 1976, dotou a
Assembleia da República de poderes de revisão constitucional, exercidos, pela
primeira vez, num longo (entre Abril de 1981 e 30 de Setembro de 1982) processo
de revisão do seu articulado inicial, o qual reflectia opções políticas e
ideológicas decorrentes do período revolucionário que se seguiu à ruptura
contra o anterior regime autoritário, consagrando a transição para o
socialismo, assente na nacionalização dos principais meios de produção e
mantendo a participação do Movimento das Forças Armadas no exercício do poder
político, através do Conselho da Revolução.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
revisão constitucional de 1982 procurou diminuir a carga ideológica da
Constituição, flexibilizar o sistema económico e redefinir as estruturas do
exercício do poder político, sendo extinto o Conselho da Revolução e criado o
Tribunal Constitucional.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em
1989, teve lugar a 2.ª revisão constitucional que deu maior abertura ao sistema
económico, nomeadamente pondo termo ao princípio da irreversibilidade das
nacionalizações directamente efectuadas após o 25 de Abril de 1974.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">As
revisões que se seguiram, em 1992 e 1997, vieram adaptar o texto constitucional
aos princípios dos Tratados da União Europeia, Maastricht e Amesterdão,
consagrando ainda outras alterações referentes, designadamente, à capacidade
eleitoral de cidadãos estrangeiros, à possibilidade de criação de círculos
uninominais, ao direito de iniciativa legislativa aos cidadãos, reforçando
também os poderes legislativos exclusivos da Assembleia da República.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em
2001 a Constituição foi, de novo, revista, a fim de permitir a ratificação, por
Portugal, da Convenção que cria o Tribunal Penal Internacional, alterando as
regras de extradição.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
6.ª revisão constitucional, aprovada em 2004, aprofundou a autonomia
político-administrativa das regiões autónomas dos Açores e da Madeira,
designadamente aumentando os poderes das respetivas Assembleias Legislativas e
eliminando o cargo de “Ministro da República”, criando o de “Representante da
República”.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Foram
também alteradas e clarificadas normas referentes às relações internacionais e
ao direito internacional, como, por exemplo, a relativa à vigência na ordem
jurídica interna dos tratados e normas da União Europeia.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Foi
ainda aprofundado o princípio da limitação dos mandatos, designadamente dos
titulares de cargos políticos executivos, bem como reforçado o princípio da não
discriminação, nomeadamente em função da orientação sexual.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "Arial Black","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em
2005 foi aprovada a 7.ª revisão constitucional que através do aditamento de um
novo artigo, permitiu a realização de referendo sobre a aprovação de tratado
que vise a construção e o aprofundamento da União Europeia</span></i></b><b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esta
explicação retrata, em traços largos, o caminho contra-revolucionário seguido
pelo poder político até agora.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Logo,
como se pode colocar como *princípio programático* de mudança de *ciclo
político* com uma defesa da Constituição que sedimentou, jurídica e legalmente,
uma contra-revolução?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">2 –
Com o estrangulamento da semi-revolução a 25 de Novembro de 1975, impulsionada
após a tentativa de golpe de Estado contra-revolucionário, empreendida, meses
antes, a em 11 de Março, desapareceu, também, a influência política daqueles
que se intitularam revolucionários, representados no governo provisório e ainda
na Assembleia Constituinte (PCP) ou apenas naquela (UDP), mas serviram, de uma
maneira ou doutra, como apaziguadores instituicionais, nos meses a seguir ao
golpe de Novembro. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<img src="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSHuMT6fWm8NU4lkMYhdlk6x1P06WPszLoHfF_IHCJsOJNGWgXQ9Q" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Depois
de afastados e ostracizados pelo poder estabelecido, abandonaram,
progressivamente, os seus resquícios revolucionários e integraram-se no regaço
da chamada democracia. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Chegaram
à situação actual, em abraço com o PS, campeão do 25 de Novembro. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
UDP reformada no Bloco de Esquerda, tal como num período intermédio o fez com a
aliança eleitoral com a LCI, de Francisco Louçã.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Representam
a pequena burguesia dita progressista que levanta os punhos revolucionariamente
quando as classes trabalhadoras estão na mó de cima, e, agitam a defesa
*intransigente* da Constituição liberal quando a *mudança* pode ser obtida legalmente...<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A
questão que se coloca, portanto, numa campanha eleitoral que se pretende de
*mudança* é a do poder. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Que
poder? <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Para
haver uma mudança real que produza uma transformação na sociedade, e não um
mero arranjo na forma de Estado +mais ou menos democrático+ que favoreça as
reivindicações profundas, classistas, das classes trabalhadoras, não só de
Portugal, mas principalmente da União Europeia, tem de existir um programa de
ruptura revolucionária com a situação actual.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ou
seja, os avanços das reivindicações revolucionárias em Portugal, para serem
consistentes e terem, realmente, uma orientação de mudança social terão em
estar em sintonia programática com idênticas reivindicações classistas dos
restantes Estados da UE.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><u><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Para
serem conhecidas essas reivindicações, nada melhor do que uma campanha
eleitoral mediática para fazer a sua divulgação.<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><u><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><u><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ora, elas não existem.</span></u></b></div>
Serafim Lobatohttp://www.blogger.com/profile/11765032005890460664noreply@blogger.com0