terça-feira, 12 de abril de 2011

PEDOFÍLIA: ELES ESTÃO AÍ....










Os indiciados do caso Casa Pia, pedófilos sem pejo de o negar - um pedófilo nunca assume que o é - que se encavalitam no aparelho de Estado e nas suas mercadorias e sinecuras, como bancos e outros, estão de regresso, depois de travessias no deserto, pensando que "tudo já terminou".


Sem qualquer marca de vergonha, são chamados pelos seus pares entranhados no poder político para ocuparem cargos políticos em futuras gestão do país. Utilizam aventais e outros que tais para mascarar a sua criminalidade, usam a arrogância do poder que pensam deter para lançar campanhas de descrédito sobre as suas criminosas actividades, que, certamente, de uma maneira ou de outra, possivelmente, mais encoberta continuam a praticar. Só que a memória não tem esquecimento!!!. Eles existem. Foram indiciados, e por artimanhas e pequenos ou grandes poderes, "limpos de cadastro".


Só que este se mantém. Porque há muito gente que sabe que foram eles. Quem anda na lufa lufa do jornalismo sabe, perfeitamente, quem são. Provar, no sentido jurídico do termo, é difícil, mas existem dados mais que trocados que apontam numa direcção. Os principais autores no início do processo Casa Pia afirmaram aos jornalistas quem eram alguns dos implicados e sustentaram que tinham documentos compremetedores.


Quando o caso chegou ao ponto da ameaça directa, retiraram-se ordeiramente e deram o dito pelo não dito. O primeiro caso foi conhecido ainda nos 70 do século XX, mas no meio jornalístico já se citavam outros casos mesmo antes do 25 de Abril.


O General Eanes, então Presidente ds República, e a ex-secretário de Estado Teresa Costa Macedo souberam, perfeitamente, do sucedido em 1980.


Caso abafado.


O "estouro" surge, por acaso, em 2002, numa reportagem da jornalista Felícia Cabrita, no jornal Expresso. Ficou a meio.


A Cabrita, um antigo aluno da Casa Pia confessou ter sido violado como menor na instituição. Os principais implicados nessas violações de menores eram figuras públicas e um ex-funcionário da Casa Pia, Carlos Silvino, mais conhecido como Bibi.


Da investigação, as autoridades policiais admitiram que, pelo menos, 100 rapazes e raparigas da Casa Pia nessa altura, teriam sido molestados. Foram citados um rol de personalidades - portuguesas e estrangeiras. Da política, das finanças e da Igreja Católica. Após triagens, cirurgicamente realizadas, a Procuradoria- Geral da República, indiciou: Carlos Silvino, funcionário da Casa Pia e antigo aluno da instituição. Herman José e Carlos Cruz, duas figuras mediáticas da televisão portuguesa.

(Herman saiu porque a sua homossexualidade foi provada, apenas, com jovens com mais de 14 anos. Oportuno, não é verdade?)


Embaixador Jorge Ritto, já referenciado, no estrangeiro, quando efectuou missões diplomáticas, como pedófilo.


O arqueólogo Francisco Alves e o médico da zona do Restelo, com algumas ligações à Casa Pia, Ferreira Diniz. (Convém referir que este médico prestou cuidados a muitas crianças da zona bem do Restelo...).


O ex-Ministro da Segurança Social e actual deputado do Partido Socialista, Paulo Pedroso.


//Situemo-nos em Pedroso, porque o seu caso foi dos mais incisivos como montagem de uma extrema pressão política a alto nível para o ilibar. Foi apresentado como suspeito de 15 casos de abusos contra menores, com datas precisas entre 1999 e 2000. Ora, por pressão de altas figuras do Estado. Jorge Sampaio (Chefe de Estado) a Ferro Rodrigues (secretário-geral do PS), passando por António Costa (actual Presidente da Câmara de Lisboa) puseram *a cabeça no cepo* reclamando a sua inocência e levantado um tese de cabala. Não esquecer o papel do irmão de Pedroso, que na altura era Desembargador de Tribunal de segunda instância (não se sabe como mas isso é outra coisa).


O que sucedeu: arquivamento do processo. Pedroso garimpa e coloca o Estado em Trubunal (2008), pedindo uma indemnização. Um Tribunal de primeira instância ainda deu sentença de que o Estado deveria pagar 100 mil euros a Paulo Pedroso, por ter sido preso por erro nas causações pedófilas.


A Segunda Instância não concordou e no Supremo Tribunal a condenação foi mais taxativa: a prisão preventiva de Paulo Pedroso esteve bem determinada, por haver «fortes e consistentes indícios» da prática de abusos sexuais de jovens da Casa Pia por parte daquele antigo Ministro e que era «bastante provável» nessa altura que viesse a ser condenado em julgamento.


O mesmo Tribunal sublinhou que «a prova produzida evidencia» que figuras responsáveis do PS fizeram uma série de «diligências» que perturbavam o processo e pressionariam as testemunhas//.


Uma delas foi Ferro Rodrigues. Ora em 2003, o jornal Expresso referia, baseado num relatório policial, que quatro menores situavam o então secretário-greal em locais onde teriam havidos actos de molestação de crianças. Houve acusações de Ferro Rodrigues contra os jovens e inclusive formulação de processos judicias. O tribunal não considerou tais fundamentos e arquivou o processo por "falta de provas".


Mas, o que é certo é que Ferro Rodrigues se afasta de Portugal e recebe uma sinecura como embaixador de Portugal junto da OCDE. Está agora de regresso.


Muitas manobras foram realizadas para que não houvesse julgamento, mas ele teve lugar em 2010.


E dele saiu o seguinte: Carlos Silvino : 18 anos de Prisão Efectiva; Carlos Cruz: 7 anos de Prisão; Manuel Abrantes: 5 anos e 9 meses de prisão; Jorge Ritto: 6 anos e 8 meses de prisão; Ferreira Diniz: 7 Anos de Prisão; Hugo Marçal: 6 anos e 2 meses de prisão; Gertrudes Nunes: Absolvida.


Os advogados dos condenados recorreram para a II Instância.

Começa, então, uma nova fase organizada para desacreditar todo o julgamento.

Aparece de repente um trabalho de um tal Carlos Tomás, que se afirma jornalista "por conta própria" autor de um livro, que rubrica em conjunto com Marluce, associada e ex-mulher de Carlos Cruz, que teria pago 15 mil euros a uma das testemunhas mais relevantes do processo para alterar a sua versão dos acontecimentos, informação entretanto negada pelos visados.

Ora, depois este mesmo Tomás entrevista Carlos Silvino, cujo texto aparece, sem mais nem menos, na revista "Focus", onde o funcionário pedófilo nega agora o que disse no processo.

Curiosamente, o jornal Expresso aparece com uma outra entrevista, que foi paga, -- aí este mercenarismo sem qualquer pejo de ética dos chamados grandes órgãos de comunicação social --a sustentar o mesmo argumento. E manipulação das manipulações, o jornal a exigir que as declarações deveriam ser alvo de nova investigação policial.


Os pedófilos da alta roda estão novamente aí. E têm guarida nos grandes meios de comunicação social.


2 comentários:

  1. "Herman saiu porque a sua homossexualidade foi provada, apenas, com jovens com mais de 14 anos. Oportuno, não é verdade?)" ?????


    Correção:

    O Herman José foi ilibado pela na primeira instância e depois pela Relação por FALTA DE PROVAS! leu o processo?! como é que pode escever tamanho texto sem ter pegado numa página?! Mais uma informação - a data da acusação de Herman José coincidia com a estadia dele no Brasil, ao serviço da SIC, de onde fazia diretos. SERÁ HOMNIPRESENTE?.... A informação é óptima para quando querems escrever artigos de opinião, amigo!

    Bem-haja

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  2. Peco desculpa por este reparo tardio, mas so hoje li o comentario.
    Obrigado Hugo pelo seu anonimato e pela sua correccao.
    Herman Jose nao foi ilibado, mas sim nao pronunciado, ainda, na fase instrutoria.
    As testemunhas e vitimas, essas, acusaram no dos actos praticados.
    A juiza de instrucao apenas optou pela nao pronuncia, porque havia discripancia de datas.
    As chamadas artimanhas judiciais tecnicas para desvalorizar o conteudo do que estava em causa. E esse, o conteudo, a juiza nao o colocou em causa.
    Veja a imprensa a imprensa da epoca.

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