quinta-feira, 25 de agosto de 2011

LÌBIA/NATO: OS JORNALISTAS SÂO CÙMPLICES DE CRIMES





1 - A Líbia e a chusma de jornalistas.

Dizem,-se jornalistas...Mas os que realmente são jornalistas, que acompanham, forças ditas rebeldes, que mal sabem disparar (patéticas as fotos e filmes sobre esses disparos) não se questionam sobre quem está realmente a comandar?

É confragedor ver uma jornalista. como Cândida Pinto, que ae afirma ter estado em numerosas frentes de luta, não discernir o que realmente está a passar...


2 - O regime do Khadafi é o que o é. Mas os rebeldes são o que são.

Acham os jornalistas que eles poderiam avançar sem estar uma alta tecnologia militar em acção, superior à do regime de Khadafi e um comando estruturado ocidental, no terreno, a dirigir as operações?

É de meter dó a quantidade de a jornalistas, agentes secretos que estão metidos nesta merda...Não sei se a Cânida Pinto ou o Dentinho são verdadeiros jornalistas de...guerra. Eu vejo-os deitados, coitados, a debitar sobre um teatro de guerra que nem conhecem, nem a própria cidade.

3 - Eu fui jornalista e fui militar e digo-vos, por exeperência, que a guerra da Líbia, não foi conduzida por rebeldes, embora também existam, e que que o regime de Khadafi não cai, essencialmente, pela desagregação interna, mas por uma invasão imperialista do Mundo Ocidental, que, a prazo, penso que médio prazo, vai ter consequências.

Neste emaranhado da desagregação do capitalismo, estão a cometer-se verdadeiros crimes de guerra e os jornalistas têm de tomar atenção para não serem considerados cúmplices.

Porque não entraram por Tripoli, mas acompanharam os "mercenários" de Bengazi, que são as tropas da NATO. Depois não digam não vos podem cortar a cabeça...



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

11 DE SETEMBRO: 10 ANOS SEM EXPLICAÇÕES E JULGAMENTOS






1 - Aproxima-se o décimo aniversário dos chamados atentados da "Torres Gêmeas", em Nova Iorque, que, apesar do tempo dilatado dos eventos, as autoridades dos Estados Unidos da América, ainda não esclareceram o que, realmente, se passou, nem levaram a julgamento imparcial os chamados principais implicados nas acções que Washington sustenta ser obra de uma organização multinacional islâmica chamada Al Qaeda, liderada, até meses atrás, por um antigo colaborador da CIA e membro da grande família dirigente da Arábia Saudita chamdo Bin Laden.

(Os Estados Unidos da América informaram, meses atrás, que numa "operação secreta" realizada, sem o conhecimento das autoridade de Islamabad, conseguiram matar Bin Laden no Paquistão e lançaram o seu corpo ao mar. Até hoje, não foram mostradas provadas evidentes desta acção - e os EUA alardeiam, grandemente, nos meios de comunicação social, os registos televisivos deste "actos de grande bravura" -, nem o governo do Paquistão confirmou, taxativamente, que as tropas norte-americanas tivessem morto, naquela ocasião, o putativo lider da AL Qaeda. O que se sabe é que o único helicóptero que pousou no interior do edifício onde estaria abrigado o provável Laden se despenhou e incendiou, pouco depois, de tentar empreender a retirada).

Desde que os senhores de Washington, onde então pontificavam, como Presidente um senhor chamado George W. Bush, como vice-Presidente Richard Cheney, como secretários de Estado o general Colin Powel e Condoleeza Rice, e secretário da Defesa Donal Rumsfeld, bem como, numerosos membros do lobby judaico em que se destacavam o ex-vice-Secretário de Estado Paul Wolfowitz e o vice-secretário da Defesa Richard Perle, organizaram a estrutura de poder para intervirem directamente no Afeganistão e Iraque, a pretexto desse organizado e planeado atentado de 11 de Setembro de 2001, nunca foi levado a julgamento um único "conspirador" relevante dos entre 600 a mil que foram encarcerados, como animais na base militar cubana ocupada de Guantanamo.

O sucessor de W.Bush, o fiel democrata do grupo político-financeiro de Chicago, Barack Obama, que prometeu o encerramento da base e um julgamento transparente e explicativo do que se passou naquele dia, reafirmou, quando no poder, o legado do antecessor, colocando no fundo do poço a sua solene promessa eleitoral, e dando enfâse num eventual julgamento de carácter secreto, com juizes e júri militares.

Mas, apesar desta parnafélia de contracções no peito de que tudo seria julgado e castigado -severamente castigado, nas palavras de Bush e, mais tarde, de Obama - o que é certo é que até hoje ainda não começou qualquer julgamento da "tal gente importante", nem conhecemos verdadeiramente que "gente importante" está metida no campo de concentração de Guantanamo...Não digo Auschwistz, para que conste.

2 - Em Abril deste ano, com juizes e júris militares, sem qualquer presença de público, começou o julgamento de um tal Salim Hamdan, que eles - os senhores de Washington - reconhecem ser apenas um motorista de Bin Laden acusado de fornecer apoio material para ações terroristas.

Preso na base militar americana de Guantánamo, em Cuba, o iemenita Salim Hamdan, de 37 anos, foi absolvido, entretanto, de uma acusação mais séria, de conspiração com a Al-Qaeda. Mesmo os jurados militares, bem como o juiz, igualmente um oficial castrense, não deram como provadas estas acusações.

Os EUA acusaram o motorista de participar de conspirações com a Al-Qaeda que incluiam os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 e outros atentados, ajudando a transportar e proteger Bin Laden. Hamdan pode ser sentenciado à prisão perpétua. Desconhecemos a decisão.

Ora, o julgamento de Hamdan, um "soldado" da Al Qaeda, é o primeiro desde que a administração do presidente americano George W. Bush autorizou a criação de um tribunal para julgar suspeitos de terrorismo fora das cortes civis e militares regulares.

Segundo denúncia do jornal americano "New York Times", entretanto, por trás do julgamento, há um "universo paralelo de leis, factos e advogados".

O jornal afirmou que provas consideradas secretas pelas autoridades não são reveladas publicamente no tribunal.

Hamdan foi levado para Guantánamo em Maio de 2002. Ou seja, esteve preso sem culpa formada nove anos.... Ainda não se conhece o veredicto.

(Nos primeiros meses deste ano, o Ministro da Justiça dos Estados Unidos, acossado pela opinião pública, quando Obama anunicou a sua recandidatura para 2012, afirmou que "dentro de dias" iriam começar, em Guatanamo, secretamente, o julgamento de Khaled Cheij Mohamed, kuaitiano de 45 anos; Ramzi ben al Chaiba, iemenita de 38 anos; Ali Abd al Aziz Ali, paquistanês de cerca de 30 anos; Wallid ben Atash, saudita também de 30 anos, e Mustapha al Husawi, saudita de 42 anos, presos em Guantánamo desde Setembro de 2006, como responsáveis pelos apelidados atentado.

Todos eles passaram anteriormente pelas prisões secretas da CIA, onde foram maltratados e inclusive torturados.


Até hoje, nada consta que tivesse começado).



Actualmente, admite-se que estejam detidos em Gaunatano cerca de 170 muçulmanos, sem qualquer acusação, nem possibilidade de serem defendidos.


São definidos com o rótulo de "combatentes inimigos", mas ininigos de quem, se foram capturados nos seus paéses, sem uma "justificação provável", muitos raptados e torturados em territórios externos aos Estados Unidos, por responsáveis de várias políciais secretas de diferentes países?

Já a absolvição de Hamdan em relação a parte das acusações foi uma conquista do júri militar contra a procuradoria americana, já que vários críticos afirmavam que o tribunal apenas confirmaria todas as acusações apresentadas pelo Pentágono.

3 - Então o que se passou com os "perigosos" combatentes - entre 600 e mil levados à força para Guatanamo, transportados, por vezes, à força daquela base para outras bases, incluindo europeias (da democrática Europa), e feitos regressados a Guatanano, onde estão na clausura absoluat ou mortos- assassinados - pelos respeitáveis responsáveis do democrático governo dos Estados Unidos?


Os investigadores militares norte-americanos chegaram a afirmar que mais de 60 por cento desses encarcerados e torturados nem sequer deveriam ser admitidos, na própria linguagem das autoridades norte-americanas, como "ameaças prováveis".

Sabe-se que uma parte significativa foi, pura e simplesmente, libertada, sem qualquer acusação e no mais absoluto segredo e entregue, uma parte, a despóticos governos, que ainda há meses eram fiéis aliados dos EUA, como o Egipto e a Síria, e hoje são proscristos, como horrorosos criminosos de guerra.


E os seus mentores - os responsáveis de Washington ou de Telavive - não são monstruosos criminosos de guerra?

4 - Mas a questão central é a que permanece sem esclarecer: o que aconteceu realmente em 11 de Setembro de 2001.


Como foi possível suceder tais movimentos de avião, num dos espaços aéreos mais vigiados do mundo, como foi possível que "amadores" de pilotagem de aeronaves, perfeitamente desconhecedores de condução de aviões de grande complexidade, acertassem em cheio em edíficios em locais bem escolhidos?


Como foi possível desmoronarem-se, em três tempos, edifícios construídos com todas as regras de segurança?


Como foi possível determinar, também em três tempos, que o ataque tinha sido organizado por meia dúzia de "saloios" muçulmanos escondidos há anos em cavernas?





domingo, 14 de agosto de 2011

DE QUEM É A RESPONSABILIDADE DOS TUMULTOS INGLESES?





1- Quando se analisam e "inspeccionam", os acontecimentos recentes no Reino Unido, na Grécia, Espanha, Islândia, Noruega, e, também, nos Estados Unidos, China, e por toda a América Latina, para não falar, especialmente, em toda a bordadura mediterrânica e do Próximo Oriente muçulmanos, é, neste momento, difícil, em cima dos sucessos e eventos fazer uma resenha, minimamente, consistente, de todo um entralaçado interno aos conflitos e tumultos, buscando apenas como causas únicas as económicas.



Todavia, nos dias de hoje, apesar da catadulpa de dados e informações, por vezes contraditórios - económicos, políticos, culturais, militares - é possivel, até porque a sucessão de crises financeiras, sociais e económicas se sucedem a um ritmo avassalador, podemos materilaizar que existe um traço constante, desde a II Grande Guerra, que são as causas económicas que estão por detrás desses conflitos, que se repetem, mesmo quando a evolução da instabilidade social apenas surge, aparentemente, como por encanto à luz do dia, com carácter mais ou menos violento.




Para mim, a crise petrolífera do início dos anos 70 do século passado, foi, em grande medida, o bojo que deu origem a todos os focos revolucionários que surgiram na Europa, mas particularmente no mundo, desde as vagas tumultuosas, algumas de carácter quase insurrecional, até ao aceleramento dos processos de descolonização em África e no Extremo-Oriente.



Mas também o relançamento económico e industrial da América e da Europa (melhor dizendo da União Europeia) nos anos 80, com seguimento nos anos 90 do século passado, bem como os processos de incremento capitalista no resto do Mundo, com destaque para a Rússia (desagregação da URSS), China, Índia e Japão em meados da década de 90 do mesmo século, teve, como contrapartida, uma nova euforia do capitalismo financeiro na sua fase mais parasitária e sem quaisquer princípios. O que, em termos políticos, levou a uma extensão acelerada do processo reaccionário em todo chamado mundo capitalista ocidental.



Ora, a pressão constante das lutas das classes trabalhadoras desse período, com a melhoria económica levou as classes dominantes a isntituirem muitas das reivindicações do Trabalho na própria estrutura do Estado capitalista (que os seus representantes sociais democratas chamaram Estado Social).



Mas esta euforia - o fortalecimento sem entraves do capital financeiro, com a cristalização de uma elite financeira sem qualquer classificação e uma avidez de enriquecimento sem olhar a qualquer meio, mesmo criminosos vorazes, com um impulso mundial do capitalismo - escondeu, porque nunca existiu uma resposta e acções revolucionárias consistente e de eficácia programática, o larvar alastramento e aprofundamento de uma crise financeira e um incremento descomunal das dívidas públicas, cujas resoluções foram sempre construídas à custa do empobrecimento lento, nos últimos 10 anos, mas constante das classes trabalhadoras e a destruição (iniciada antes) das produções industriais nacionais, com o afastamento dos poderes de decisões das respectivas burguesias.


A situação levou à situação actual: uma crise endémica, económica e financeira, de proporções nunca antes atingidas. E, apesar de todos os paliativos que foram lançados pelas classes dominantes quando surgiu em 2008, verifica-se que o aumento da dívida pública é um facto, e que está a retirar dividendos reais e frutosos é essa elite financeira desclassificada, criminosa.


O dados dão das próprias instituições do Capital internacional, como o FMI ou a OCDE: para 2011 a dívida externa da França equivalerá a 99% de seu Produto Interno Bruto; a da Espanha, a 74%; da Alemanha, a 85%; a da Itália, a 130%; a do Japão, a 204%; a do Reino Unido, a 94%; a dos Estados Unidos, a 100%. Ou seja, teoricamente, estão na bancarrota.


Naturalmente, quem vai pagar estas dívidas? Mais impostos, menos salários, mais especulação para o grande Capital.

Significa isto que uma nova crise mais profunda irá surgir, irá levar a novas rupturas sociais. Poderá estar na forja uma nova Revolução? Pode. E os povos oprimidos, saqueados, roubados, tem de levantar a voz, sustentando que têm direito a ela.


Não se podem esconder com o medo de que o que está a vir será pior. Há fraquezas é certo, mas, na realidade, as mudanças somente acontecem depois de muitos fracassos,



Mas a História ensinou-nos que, actualmente, uma Revolução para ter condições de sair vitoriosa, tem de assentar no amadurecimento ideológico das classes trabalhadoras. O capitalismo, como poder, mesmo enfraquecido, não deixa os palcos históricos por sua própria vontade.

As revoluções anticapitalistas derrotadas, como a Comuna, ou que se tornaram reaccionárias, devido à fraqueza do seu desenvolvimento económico e social, como a Soviética e a Chinesa (e que têm de ser críticadas, precisamente, pelo seu reaccionarismo, o que não sucedeu até hoje) são (e foram) indicativas de uma clarificação: nenhuma revolução se mantém eternamente revolucionária, se a luta de classes não for sustentada pela maioria dos povos assalariados e escravizados.


Ora, a própria evolução da indústria no último século também ela se tornou esclarecedora de uma outra realidade: o capitalismo ocidental adquiriu o estatuto de modelo mundial, e especialmente, nos últimos 30 anos, rejeitou, ostracizou, cilindrou todo um conjunto de fases intermédias do seu incremento, como o chamado Capitalismo de Estado, o que colocou, em barricadas, perfeitamente, diferenciadas a burguesia na sua forma mais lumpen, com uma nova cultura das classes trabalhadoras.


2 - Os últimos acontecimentos do Reino Unido tem sido descritos pelas classes dirigentes - e em particular o seu governo, o do conservador David Cameron, que gozava férias milionárias na Itália, naturalmente à custa do erário público - como actos de "animais", de uma repugnância atroz, porque existiram nelas certos actos de vandalismo gratuito. (Naturalmente, o que fez Murdoch é um puro acto de beleza britânica!!!)


Podem servir tais argumentos para assustar a classe média britânica, medrosa, e sempre encolhida no seu antigo estendal quando comia à custa do poder imperial, a realidade é que, embora não se tenha ainda uma percepção em todo o sentido do que realmente sucedeu, o método em economia política é que verificar se os conflitos sociais e políticos se entroncam nos desfasamento dos interesses classistas, e analisar como o desenvolvimento económico teve a ver com o surgimento dos tumultos.


Os conservadores, naturalmente, não representam os interesses daqueles que explodiram, e eles representam, sim, os interesses do capital financeiro. Os criminosos que levaram os grandes bancos britânicos à bancarrota são apenas meninos de coro!!!


Curiosamente, recusam-se a impor qualquer tipo de impostos aos lucros desmesurados desse Capital. Na última década, o Reino Unido sofreu um retrocesso enorme na sua produção nacional e os casos de crimes financeiros são mais que muitos. Nenhum poderoso que roubou está na cadeia, incluindo os deputados que sacaram dinheiro, irregular e ilegalmente, erário público.


Mas, prontamente, estão a querer impor medidas repressivas de alargamento dos poderes da polícia, que, curiosamente, monitorizava toda a movimentação e não actuava. Porquê? Porque certamente estava a espera de mais poder repressivo, com a cumplicidade do poder político.


3 - Na situação actual, as classes laboriosas, da Europa, e do Mundo, necessitam do poder político para conduzir a uma ruptura do estado de coisas.


A luta contra a exploração capitalista não pode ser apenas uma luta económica, tem de ser uma luta política. Para se estruturarem do ponto de vista económico, essas classes têm de montar organizações políticas que lhe sirvam de surporte material e ideológico para conseguir mais direitos políticos.


Por muito que lutem, por muito que mostrem a sua indignação, esses movimentos tendem a ser ultrapassados sem não existir um programa político, unificado em grande base territorial, que ponha como centro da sua actividade a entrada dos meios de produção e distribuição na posse de um poder político que seja deles.


Mas, esse programa somente tem eficácia se for de ruptura com a situação existente.




quinta-feira, 11 de agosto de 2011

AFEGANISTÃO: OS VALENTES SOLDADOS DA NATO PAGAM PARA NÃO MORRER

Tão valentes que nós somos para as fotografias!!!


Eis os belos exemplos de democracia, direitos humanos, conquista da liberdade, transparência, honestidade dos promotores do Império ocidental, que se subordinam ao suserano de Washington, atravês da máquina militar norte-americana, chamada NATO. Olhemos, precisamente, para o Afeganistão.



Citamos um telegrama da agência oficial de notícia italiana, chamada ANSA, emitido dias atrás, na sua capital, Roma: "As autoridades da Itália fazem pagamentos aos membros de milícias guerrilheiras talibãs e aos "senhores da guerra" no Afeganistão para "evitar ataques" aos seus soldados e para "obter protecção". Esta é uma acusação proveniente da Secretaria de Estado norte-americana, divulgada em telegramas revelados pelo sítio "WikiLeaks".

Os subornos, atestam os documentos, estariam incomodando, na altura, o então presidente dos Estados Unidos Geore W. Bush (2001-2009) e outras autoridades norte-americanas, isto segundo a diplomacia daquele país.

O jornal italiano L'Espresso divulgou, a 12 de Agosto, alguns dossiês do departamento de relações internacionais dos Estados Unidos, cedidos pelo WikiLeaks, que solicitavam intervenções "ao máximo nível do governo [do primeiro-ministro Silvio] Berlusconi para acabar com os subornos".


De acordo com o documento, Bush chegou a pedir, pessoalmente, ao primeiro-ministro italiano que interrompesse os pagamentos às "milícias fundamentalistas".

O documento mais antigo sobre o caso é de Abril de 2008.


Estávamos nas vésperas das eleições nos Estados Unidos. No telegrama, o embaixador norte-americano em Roma, Ronald Spogli, promete que fará "pressões para que as tropas assumam uma atitude mais ativa contra os insurgentes", e que Berlusconi prometara um "forte recado" contra os subornos.

Em 6 de Junho do mesmo ano, Spogli escreveu para Washington afirmando que Berlusconi "assegurou não saber de nada" sobre os pagamentos.


Coitado estava a leste do sucedido. Ele um homem acima de qualquer suspeita...


Mas, prudente, refere o diplomata, Berlusconi sustentou, batendo no peito, que era contra tal tipo de acções, caso fossem "encontradas as provas" das subornos.

No entanto, meses depois, o embaixador assinalou, noutra mensagem telegráfica, que a prática continuava e opinou que a actividade militar dos homens de Berlusconi apresentava uma "crescente reputação negativa dos italianos", pois, valentões!!!!, "evitavam os combates, pagando resgates e dinheiro para obter proteção".

Porém, ele admitiu que parte a "má reputação" estava assente em "troca de dados" não escritos e outra parte em "informações dos serviços secretos que não fomos capazes de verificar completamente".

"Verdade ou não, os italianos perderam 12 soldados, menos, portanto, do que grande parte dos aliados com responsabilidades semelhantes", observou em tom de crítica o diplomata norte-americano. Actualmente, o número de militares da Itália mortos no Afeganistão desde o início da guerra no país, em 2004, é 41.

Fontes dos serviços secretos italianos confirmaram ao jornal L'Espresso a existência de pagamentos a líderes locais, frequentemente aliados dos talibãs, com os "fundos para estas 'operações'" geridas por um subordinado do general italiano Nicolò Pollari, ex-diretor do Serviço para Informações e a Segurança Militar (SISMI).


O assunto poderia ser localizado neste corpo de Exército. E os norte-americanos até têm razão. Mas a questão é que eles fazem exactamente o mesmo...para salvar a pele.


É um jornal norte-americano que o denuncia:


"O dinheiro de um contrato multimilionário de transporte entre os Estados Unidos e o Afeganistão, que teria como objetivo movimentar os negócios no país da Ásia Central foi transferido para membros do Talibã, revelou o jornal americano "Washington Post" neste domingo, citando uma investigação do Exército americano que ainda não foi divulgada ao público.


Segundo o jornal, pelo menos quatro das oito companhias contratadas pelos EUA por 2.16 mil milhões de dólares para transportar mantimentos para as unidades militares no Afeganistão estão ligadas ao crime e/ou ao movimento de guerrilheiros.


A investigação, dirigida também pelo Congresso e pela Agência dos Serviços Secretos externos americanos (CIA), começou há cerca de um ano, no entanto, apesar de os indícios de fraudes, Washington prolongou por mais seis meses o contrato com todas as oito companhias envolvidas (sublinhado nosso).

Ao contrário do Iraque, onde as empresas que trabalham na reconstrução do país são, em grande maioria americanas, no Afeganistão, tal compromisso, é assumido por companhias locais.


Durante o primeiro trimestre desde ano, por exemplo, 53% da verba de contratos no Afeganistão foram destinadas a empreendedores nativos.



Das oito empresas escolhidas para transportar mantimentos para militares americanos, seis são chefiadas por afegãos ou têm participação afegã e apenas duas são consideradas americanas.


A investigação, no entanto, não conseguiu identificar (ou não quis) quais são as quatro companhias que estão desviando dinheiro para os Talibãns.

De acordo com o relatório, os tais quatro "parceiros internos" estão envolvidos em lavagem de dinheiro, suborno e trafulhice político-ideológica.


Como muitas das companhias não têm capacidade de promover a segurança das estradas e nem camiõespara transportar os mantimentos, elas contratariam outros serviços de parceiros "encobertos", que estavam ligadas aos inssurectos, com conhecimento das autoridaes afegãs e norte-americanas.

Um responsável da Defesa norte-americana, no entanto, garantiu ao "Washington Post" que os contratos do sistema de transporte no Afeganistão vão ser totalmente revistos e remodelados assim que os actuais acordos expirem no próximo mês de Setembro.



O que trouxe de novo a intervenção "democrática" dos Estados Unidos e países vassalos ao Afeganistão?


Leia-se o relatório das Nações Unidas sobre o Tráfico de Droga (UNDOC) e meditem. Diz respeito ao ano de 201


"A pobreza e a violência são geralmente retratadas como os maiores desafios enfrentados pelo Afeganistão. Mas basta perguntar os próprios afegãos para obter uma resposta diferente: a corrupção é hoje a maior preocupação deles.


Um novo levantamento feito pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) revela que 59% dos afegãos consideram a desonestidade pública como uma preocupação maior do que a insegurança (54%) e do que o desemprego (52%).

O relatório Corrupção no Afeganistão: Casos de Suborno Relatados pelas Vítimas (em inglês) foi baseado em entrevistas realizadas com 7.600 pessoas em 12 capitais de províncias e em mais de 1.600 aldeias em todo o Afeganistão.


Ele aponta as experiências reais (e não apenas em percepções) de cidadãos que vivem em áreas urbanas e rurais, homens e mulheres, relatadas entre o último trimestre de 2008 e o último trimestre de 2009.

Em 2009, os afegãos tiveram de pagar cerca de US$ 2,5 mil milhões em subornos - o que equivale a 23% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo o relatório.


Por coincidência, esse valor é semelhante ao total de receitas acumuladas pelo comércio de ópio no país em 2009 (estimados pelo UNODC em US$ 2,8 mil milhões).


"Drogas e subornos são os dois maiores geradores de renda no Afeganistão: juntos, eles correspondem a cerca de metade do PIB lícito do país", disse o Diretor-Executivo do UNODC, o italiano Antonio Maria Costa, no lançamento do relatório em Londres.

O relatório mostra que a corrupção faz parte da vida cotidiana no Afeganistão. Durante o período da pesquisa, um a cada dois afegãos teve de pagar pelo menos um suborno a um funcionário público. Em mais de metade dos casos (56%), o pedido de pagamento foi um pedido explícito por parte do prestador do serviço público.


Em três quartos dos casos, o suborno foi paga em dinheiro. O valor médio do suborno foi de US$ 160, num país onde o PIB per capita é de apenas US$ 425 por ano.

Segundo o relatório, as pessoas encarregadas de fazer cumprir a lei são vistas como as mais culpadas na sua violação.


Cerca de 25% dos afegãos tiveram de pagar pelo menos um suborno aos policias e autoridades locais durante o período do inquérito.


Entre 10% e 20% subornaram juízes, delegados do Ministério Público ou membros do governo.


A comunidade internacional não escapou às críticas: 54% dos afegãos acreditam que as organizações internacionais e ONGs "são corruptas e estão no país apenas para enriquecer".


A falta de confiança na capacidade das instituições públicas de fornecer bens e serviços públicos tem feito com que os afegãos a procurem fornecedores alternativos de segurança e bem-estar, inclusive recorrendo a organizações paralelas e criminosas.



"A corrupção é o maior entrave à melhoria da segurança, do desenvolvimento e da governança no Afeganistão", disse o chefe do UNODC. "E também permite outras formas de crime, como tráfico de drogas e terrorismo", alertou.

As notícias recentes revelam que a corrupção está na Presidência da República do Afeganistão e nos Altos Comandos militares da NATO, com especial revelância para a Secretaria de Defesa dos Estados Unidos da América.



segunda-feira, 1 de agosto de 2011

NORUEGA: A FARSA ACTUAL DA TRAGÉDIA ALEMÃ DE HÁ 60 ANOS















O nazi-fascismo actual apresenta-se com novas caras e novos discursos
















1 – As cabeças pensantes da grande burguesia europeia estão a procurar “limitar” ou “enquadrar” a acção terrorista e premeditada que teve lugar na Noruega, a 22 de Julho deste ano, como um acto de “um lobo” solitário, extremista, semi-louco, desinserido da sociedade Noruega.


Claro que só imbecis manipulados é que acreditam em tal perspectiva, e tal ponto de vista e orientação está a ser imposta, diária e sibilinamente, a, praticamente, toda a grande comunicação social ocidental.


As ideias que, aparentemente, emanam de Anders Breivik, o único membro dado a conhecer pela polícia, como executor de uma acção de uma envergadura logística excepcional, são transmitidas por alguns dos grandes partidos europeus mais pró-capitalistas, muitos deles dominando já o poder de certos países ditos civilizados, membros da União Europeia (EU).


Breivik, por muito voluntarioso que fosse e por muito organizado e paciente que possa transmitir na execução neste caso, não conseguiria efectuar o que quer que fosse, no espaço de tempo que nos é apresentado, agindo como um “ser único”.

Por muito excelente atirador que fosse, não poderia matar tantas pessoas, que se movimentavam e escondiam, numa ilha/floresta, mesmo que fosse rápido, como o “heróico” americano Super-homem.

Podem fazer-lhe perfis, inventar situações, restringir a amplitude do acto em si à existência de meras “falhas de segurança” para não apontar o dedo acusador a uma estrutura político-económica-militar, que pretendia, no fundo, dar um golpe de Estado.


O primeiro-ministro norueguês estava no seu gabinete, no preciso momento, em que rebentou a bomba. E outros ministros noutros edifícios próximos. Ora, não seria um “saloio” Breivik, a viver numa quinta distanciada do local, que conseguia saber dessas presenças, apenas com uma “vigilância de ocasião”.


Ele não poderia colocar um carro-armadilhado num local, isoladamente, distante, mesmo que o trajecto fosse realizado em passo acelerado, a mais de meia hora do outro “alvo”, onde se situava um acampamento de jovens do Partido Trabalhista, atravessar um canal numa lenta lancha, e despejar, de uma penada, sucessivas rajadas de centenas de tiros. Isto com a clara percepção da sua parte de que uma parte significativa do aparelho dirigente do partido no poder iria estar nessa ilha nessa ocasião.


Curiosamente, não havia controlos policiais nestes locais.


Nem capacidade mental especial conteria para elaborar, sozinho, um extenso programa histórico, ideológico e político, - 1.516 páginas !!!! - com alvos militares e estratégicos em dezenas de países.


Mas o que se sabe é que, após o rebentamento, o primeiro-ministro norueguês, o trabalhista Jens Stolenberg, foi aconselhado a esconder-se durante horas por uma parte dos Serviços Secretos, porque haveria outras bombas para explodir…


E porquê? Só por segurança? Claro que não. Os serviços, que o protegiam, desconfiavam – ou até tinham a certeza – que estava em jogo algo mais ameaçador.

O PM, curiosamente, na sua primeira alocução – cerca de uma hora depois do rebentamento da bomba – de um local secreto, alertou, por via telefone, para uma cadeia de televisão, e não a de maior audiência, para a “gravidade” do sucedido, ou que estava ainda em curso, e não acusou qualquer extremismo islâmico, que, curiosamente, já estava nas páginas da cadeia norte-americana CNN, como sendo reivindicado por um grupo fanático islâmico…pouco conhecido.


A polícia não actuou, somente, por negligência? Claro que não. Nem estava sequer a vigiar um local, onde iriam ou estavam a discursar algumas das principais personalidades políticas do Partido no poder, incluindo o próprio chefe de governo.


Não havia controlo directo, nesse dia, do local onde funcionavam os principais estabelecimentos governamentais, mas as entidades de segurança tinham perfeito conhecimento de que os ministros, incluindo o PM, estavam no seu interior.


Naturalmente, falhando uma parte, o todo desmorona-se, ou por decisão própria, ou por desarticulação forçada. Estes factos devem ser conhecidos quer do povo norueguês, quer de todo o Mundo.

2 - Um dado factual, preciso, que a comunicação social dominante procura obscurecer é o de que Andres Breiviik era – deixou de pertencer, dizem eles agora, depois de ali militar 10 anos, com viagens constantes a outros países, onde se relacionava com grupos de idêntica ideologia. Naturalmente militava sozinho…durante tantos anos, coitado - filiado no Partido do Progresso da Noruega (PPN), dirigido por Sviv Jensen, que defende as ideais centrais expostas no programa do até agora único citado do massacre.


O PPN recolheu 22,9 por cento nas últimas eleições legislativas e preconiza um sistema político pró-fascista. É o principal partido capitalista extremista da Noruega. Nada mais.


O crescimento deste partido é um fenómeno pontual, na Europa, nas Américas, na Ásia? Claro que não.


Na América, o Partido Republicano dos Estados Unidos já estás nas mãos do sector mais retrógrado do Capital financeiro parasitário, através da criação organizada no seu interior de uma facção, chamada Tea Party, cujos principais dirigentes preconizam a “supremacia branca” naquele país, contestando até o seu mestiço Presidente, de nome Barack Obama, pondo em causa mesmo o facto de ter nascido nos Estados Unidos e da sua mãe ser uma branca de origem anglo-saxónica.


Na Europa, concretamente, na muito polida e “aberta” Suíça, terra de imigrantes de muitas gerações, um Estado, ele próprio formado por comunidades de várias línguas, está no poder – ou seja, é o partido dominante – a União Democrática do Centro, com 28,9 por cento dos votos, liderado por um pró-nazi chamdo Toni Brunner.

Na Áustria, o terceiro partido do espectro parlamentar é o Partido da Liberdade, com 17,5 %, que já esteve no poder e governa executivos regionais, cujo líder é Heinz-Christian Strache.

Na Holanda, o partido pró-nazi, Partido da Liberdade, de Geert Wildres, é o principal esteio do governo de coligação (Partido Trabalhista, Partido da Direita conservador), que pode interferir na orientação do executivo.

Uma das principais medidas deste novo governo foi o pôr em prática um “Plano Nacionalista”, de exclusão da imigração, cujo conteúdo reza o seguinte:

“O governo partilha da insatisfação social em torno do modelo multicultural da sociedade e planeia mudar em direcção aos valores dos holandeses”. (sublinhado meu).

O rol poderia e deverá ser aumentado. Na Finlândia, o Partido Finlandeses Verdadeiros, com 19 %; na Dinamarca, o Partido Popular Dinamarquês (13,8%); na França, a Frente Nacional, com 10,4 %; na Itália, a Liga do Norte, que está no governo, com 8,3%; na Suécia, os Democratas Suecos, com 5,7 %.

Tudo tem um denominador comum: forte apoio do Capital interno e externo, um “nacionalismo” virado contra os não brancos, ataques fortes às organizações políticas e laborais dos assalariados.

3 – A História está a repetir-se, tal como afirmava aquele senhor de barbas de há 150 anos, então como tragédia, agora como farsa.


A burguesia capitalista entranhou-se, depois da II Grande Guerra, como uma sanguessuga que pretende a sua sobrevivência a qualquer preço, em todas as esferas do poder mundial.


O avanço industrial neste últimos 30 anos foi enorme e trouxe uma concorrência feroz, sem olhar a meios e a éticas, nem a letargias. Com a evolução económica, aumentou a exploração, mas também fez engrandecer o poder cultural e político das classes trabalhadoras.


O engrandecimento da economia produziu um crescimento, sem qualquer referência anterior de tal, dos chamados mercados mundiais e criou uma diversificação de poder dos negócios entre várias partes do planeta, dos quais se destacou, pela sua importância económica, política, cambial e social, a Europa, com especial incidência na União Europeia.

Esta começou a ser “o farol” de orientação para um novo modelo societário, que traz no bojo um provável salto qualitativo para um novo tipo de regime social.


Esta UE, cujos pontos fracos são a sua unificação política e militar, está (e estava) a afirmar-se como o modelo de harmonia de um novo tipo de produção, mesmo capitalista, impulsionada pelos movimentos sociais e políticos das classes laboriosas e proletárias.

O capitalismo financeiro parasitário, que se acolita, em força, na parte norte-americana do “mercado mundial”, está a ver-se ameaçado por esta “nova experiência” que lhe retira a possibilidade de continuar a ser a “superpotência” sem concorrentes.


É necessário, para ele, privar a consolidação da união política europeia e o fortalecimento dos seus sistemas produtivo interno e monetário. Daí, a guerra comercial e política instalada, visando o desmembramento e, se possível, uma nova guerra, para destruir todas as infra-estruturas económicas, instigando para isso “os nacionalismos”.

Naturalmente, tal como nos anos 20 e 30, criou os Hitler e Mussolinis, como “salvadores da alma” europeia, agora, numa versão menos grotesca, mas igualmente terrorista e arrasadora, impulsiona o aparecimento de arrivistas e conspiradores desclassificados que se tornem em senhores poderosos, de mão de ferro, que coloquem a política, sem qualquer partilha de poder, incluindo o parlamentar, ao serviço do Capital.