segunda-feira, 24 de março de 2014

UNIÃO EUROPEIA: A QUESTÂO NACIONAL PROCURA UM OUTRO CAMINHO PARA A EUROPA


1 - Quer queiramos, quer não, o conceito e a prática de Nação e, concominantemente, de Estado nacional, com todos os ingredientes actuais de um desenvolvimento acelerado do modo de produção capitalista, as questões nacionais e de autodeteminações do povos, voltam à ordem do dia, de maneira até mais visíveis e actractivas neste século XXI, do que foi, de maneira extensa e mesmo guerreira, no século XX.

Não convém esquecer, todavia, que o caso mais sangrento e criminoso deste princípio do século sucedeu com a declaração de independência do Kosovo em 2008, através de umas "entidades provisórias" de governo kosovar, sustentadas pelo dinheiro do narcotráfico e de Wall Street, sob a batutua dos Estados Unidos e das maioria dos paises satélites da NATO.

A aceitação de Kosovo como Estado foi uma imposição unilateral dos Estados Unidos da América, que conjuntamente com a Alemanha (pró-imperial, com as polícias e as Forças Armadas formadas por nazis hitlerianos) e a Santa Sé (na tentativa de refazer, paulatinamente, o Sacro Império), começaram a retalhar a Jugoslávia, ainda no século passado, com o fomento da cessão através da Croácia.

(A ocupação da Jugoslávia pelos hitlerianos em 1941 levou, a retalhar, a então jovem federação, com a criação de um Estado nazi-fascista de nome Croácia, sob a liderança do criminoso Ante Pavelic, que pos em marcha leis raciais, criou oito campos de concentração, que levaram ao extermínio de sérvios, roma e judeus. 

Um dessses campos - o de Jasenovac -, criado pelo partido nazi Ustase, foi um dos lugares onde se deram das maiores execuções massivas em toda a Europa então ocupada pelo regime nazi de Hitler. 

Muitos desses antigos ustase, sob a batuta dos EUA/NATO serviram de forças de comando na luta pela desagração total jugoslava neste século).

Voltemos a Kosovo:  os EUA impuseram a sua independência, bombardeando Belgrado e levaram os rafeiros  dirigentes franceses, alemães, dinamarqueses, japoneses e turcos a reconhcer essse Estado - praticamente fantoche, centro nevrálgico do tráfico de drogas de Oriente para Ocidente, sob a direcção operacional da CIA e o enquadramento meticuloso do sistema financeiro de Wall Street.

A resposta foi dada de imediato pela Rússia nos território das Ossétias. 

Como resposta "ocidental", apenas um palavreado *soviético* dos norte-americanos. 


Os EUA criaram uma crise na Ucrânia, já sem puderem com um gato pelo rabo

Mas, traduziu-se, na verdade, na aceitação de facto. 

Foi o primeiro sintoma evidente de fraqueza imperial.

Seguiram-se, no entanto, as monstruosidades norte-americanas no Iraque e no Afeganistão, que continuaram, refeitas, de outra maneira, na Tunísia, Líbia, Egipto e Síria.

Aqui, o "urso" russo falou alto e a nova potência crescente regional, Irão, bramiram sem encolher as garras. 

A China, lá ao longe, movimentou-se com força militar no domínio de ilhas reivindicadas por aliados norte-americanos. 

Nova dispersão de forças dos senhores de Washington.

As fraquezas militares norte-americanas vieram, agora com mais clareza, ao de cima.

(Abandono - ou semi-abandono apressado do Iraque; derrota operacional no Afeganistão, com a preparação de uma retirada entre pernas, com o seu antigo cão-de-fila Karzai a morder-lhe as canelas...)

Começaram, depois, mesmo a tremer, neste último ano, uma série de alianças na região, desde Israel até à Arábia Saudita.

2 - E tudo isto, porquê? 

Porque elas, as fraquezas, são essencialmente financeiras e económicas. 

O império dominante do Capital começa a fragmentar-se.

A dívida pública (que integra, na realidade, a privada) dos Estados Unidos já ultrapassa, oficialmente, os 16 biliões de dólares - repito, 16 biliões.

E a economia está de rastos para uma potência que tem encargos astronómicos - improdutivos - com um militarismo absurdo e crescente.

São, na realidade, o país mais endividado do Mundo.

Até um ano atrás, ainda, suportava, artificialmente, essa dívida, com a emissão desenfreada de dólares.

Essa situação está a entrar em colapso.

Os apologistas da imobilidade nas mudanças internacionais sustentam que os EUA ainda têm capacidade para dominar o Mundo.

A realidade geo-económica mundial, a prazo, diz que não.

E o que se passa na Ucrânia mostra, precisamente, isso.

Eles forçaram o derrube do regime de Kiew, mas não tiveram já capacidade (ou não quiseram) para conter "os demónios internos", pois foram os partidos fascistas que tomaram conta do poder. 

(Se se reflectirsobre o que se passa na Europa, verificamos que são Nações e Estados em ligação directa com a política norte-americana que surgem e incham os partidos fascistas, ligados ao lumpem capital internacional - Holanda, França (sintonia total entre Hollande e Obama na intromissão neo-colonial em África e no avanço norte-americano para Leste), Noruega, Dinamarca (o secretário-geral da NATO é um antigo primeiro-ministro dinamarquês, Polónia, Hungria,  Áustria e Itália - A Liga do Norte está fortemente interligada com a Igreja Católica e o apoio dos norte-americanos).

Mas, claro, Washington - e por tabela os sicários dirigentes europeus - estão no fio da navalha.

Como resolver o problema?

Ou cedem e entram em compromisso com a Rússia, e remodelam o governo ucraniano, ou vão deixar que Moscovo esmague, paulatina e aos bocados, toda a instituição estatal ucraniana.

Do ponto de vista militar, a Rússia não pode deixar a Crimeia, com fracas ligações por terra com o poder de Moscovo, rodeada por forças hostis. Certamente, mais espaço de ocupação será necessário.

Em caso extremo, haverá guerra. 

E a guerra vai custar muito mais dinheiro aos Estados Unidos - e claro em menor escala à Rússia - do que se supõem.

Não sou eu que faço o quadro de uma situação em colapso.

Nem tenho a visão ideológica e política do autor que vou citar.

Mas vou fazê-lo, porque ele é apologista do sistema capitalista e foi um governante económico importante na Administração de Ronald Reagan.

Chama-se Paul Craig Roberts, economista, foi secretário adjunto do Tesouro daquela administração.

Como jornalista de economia, exerceu o cargo de editor do Wall Street Journal, o jornal do grande capital financeiro norte-americano.

O que escrevo está no blog de Roberts, e é do ano passado: 

"O colapso do dólar apresenta-se como provável. 

A política do governo dos Estados Unidos de maximizar os défices orçamental e comercial (dar-lhe uma meta superior de ultrapassagem, estabelecido por legislação parlamentar, NM) e a política da Reserval Federal de monetarizar o défice orçamental (emitir dólares sem correspondência e colocá-los em circulação) e os fradulentos activos em papel dos grandes bancos, fazem com que o dólar caminhe para o seu desaparecimento. 

À medida que se empola a impressão de dólares, diminui o seu valor. 

Talvez não esteja longe o dia os governantes deixem de vender os seus povos a troco de dinheiro norte-americano". (emwww.counterpunch.org/roberts02012011.htmil).

O gráfico abaixo inserto foi retirado do jornal brasileiro "o Globo".



Histórico da dívida pública dos EUA (Foto: Editoria de Arte/G1)


Como está no interior dos Estados Unidos a sua situação económica.

Os dados que apresentam são da parte final do ano de 2012..

Não sou eu, colocado noutro lado do espectro político, que analiso as estatísticas oficiais do governo de Washington.

É o citado por Roberts, com data de finais de 2012:

"O relatório de sexta-feira (foi a data de saída) sobre a estatística do emprego, assinala que foram criados 96.000 novos empregos em Agosto e que a taxa de desemprego (U.3) desceu de 8,3 % para 8,1 %.

Como os 96.000 novos empregos não nos apresentam uma correspondência com o crescimento populacional, a descida na taxa de desemprego U.3 esta relacionada com o facto de 368.000 trabalhadores que desapareceram das estatísticas, porque desanimados com os insucesso de procurar emprego nos departamentos oficiais, desistiram. Logo foram eliminados da eventual forças de trabalho potencialmente contabilizada, isto de acordo com a contagem U.3.

 Ora, os desistentes não são, portanto, incluidos nas estatísticas de desemprego U.3.

O único objectivo da U.3 é separar as boas notícias das más.

A taxa de desemprego U.3 tem o objectivo apenas de contabilizaram aqueles que continuam a inscrever-se, mesmo continuando à muito no desemprego.

O governo norte-americano apresenta ainda uma outra taxa de desemprego a U.6. Esta enquadra as pessoas desempregadas de longa duração, mas ainda não completaram um ano fora dos locais de trabalho.

Esta item que atinge 14,7 %, chamaria certamente a atenção se fosse noticiado.

Se somarmos os desempregados de longa duração (mais de um ano), verificamos que a taxa de semprego real atinge os 22 %.

Ou seja, a taxa real de desemprego nos EUA é cerca de três vezes superiores ao divulgado oficialmente - 8,1 %.

Então qual é o objectivo de divulgar uma taxa de desemprego inferior em um terça à real?

A única resposta é esta: enganar as pessoas com boas notícias.

Centremo-nos nesses 96.000 empregos.

Que tipo de super-empregos de alta tecnologia e alsalários está a +única superpotência, o país indispensável, a maior economia mundial e paraíso capitalista+ a fomentar?.

A resposta é: empregos mal pagos, próprios do terceiro-mundo, razão pela qual não existe e não pode existir recuperação económica. Todos os bons empregos foram para o exterior, de modo a retirar o máximo de lucros para os ricos,

De acordo com o Deparmento de Estatísticas do Trabalho (BLS), 28.300 dos 96.000 empregos, ou seja 29% são de empregadas domésticas e empregados de mesa - htpp.bls.gov/news.realease/empsit.t17.htm.

Os serviços de saúde auxiliares e os serviços sociais, sobretudo, serviços de cuidados de saúde ambulatórios deram 21.700 empregos (22,6 %).

Deste modo, 52 % dos novos empregos criados pela superpotência anericana são empregos mal pagos de empregadas e empregados, auxilaires de enfermaria e auxiliares dos serviços hospitalares.

Os empregos de firma industriais bem pagos baixaram em 15.000.

O rendimento perdido por estes empregados execede largamente os salários desse empregados e auxiliares de saúde.

De onde vêm os outros 46.000 empregos?

Antigamente, nos momentos difíceis, o emprego estatal aumentava, mas, apesar da propaganda republicana, nos melhores tempos de hoje esses empregos já não existem.

O Estado - federal, estatal e municipal - perdeu sete mil empregos.

Os serviços de "colarinho branco" e de negócios tiveram um ganho de 28.000 lugares, sobretudo em sectores de desenho de sistema de computadores e  correlacionados (mas principalmente para cidadãos indianos e visto de trabalho H-1B) e serviços de consultoria técnica e de gestão (e isto, em particular, para antigos empregados das grandes empresas que agora vivem, dificilmente, como consultores nas suas antigas firmas, sem reforma ou protecção de saúde, ou por outras palavras, trabalhando o mesmo por menos salário.

Essas três categorias enquadram 81% dos novos empregos.

Onde ficam, então, os restantes?

São alguns milhares nos sectores financeiros e de seguros, empregos estes que absorvem rendimento dos consumidores, mas não produzem qualquer produto.

Os sectores de telefones, transmissão por cabo, água e electricidade e energia de aquecimento deram origem a 8.800 empregos.

Transportes e sistema de armazenagem de bens excedentários criaram 5.700 emprego.

Comércio de retalho - em particular pequenos restaurantes ou locais de venda de comida e bebidas (alcóol) deram 6.100 empregos.

E é tudo.


A original Lee norte-americana é feita na China

A «poderosa economia americana» é uma economia que não consegue produzir o seu próprio vestuário, ou calçado, ou mesmo os produtos manugacturados que consome, incluindo os produtos de alta tecnologia, ou até a sua própria energia. Tudo isso está a ser importado com a emissão de mais dívida.
A «grande economia hegemónica americana» está á beira do colapso total, porque a única maneira que tem de pagar as importações que a vão mantendo é pela emissão de mais dívida e a impressão de mais dinheiro.

Dado que a criação de divída e de moeda minam o dólar, como moeda de reserva mundial, os EUA estão a tornar-se, de um dia para o outro, um país do terceiro mundo. e isto para alívio do resto de mundo.

Roberts conclui que um sistema financeiro baseado em mentiras e enganos não pode durar sempre.

3 - As reivindicações em torno de territórios nacionais (por razões económicas, culturais ou mesmo de etnia rácica ou religiosa) irá crescer, não só na Europa, mas também em antigos Estados coloniais, mas igualmente pode atingir os próprios Estados Unidos da América. 



Há menos de 200 anos, os EUA eram um Estado dividido.

As razões pendentes na Europa têm concepções diferentes de outras partes do Mundo.

Mas, o cerne da questão é o crescimento das desigualdades dentro do próprio sistema capitalista actual.

O poder de Estado, actualmente, na sua fase mais aguda de crise capitalista, está a derrapar na sua missão que foi estabelecida com o surgimento das Nacões modernas, por um lado, com o derrube do feudalismo, por outro, com o fim do próprio colonialismo nas Américas.

Ou seja, o "contrato social" estatal enquadrado no seguimento da vitória política da Revolução Francesa estava, genericamente, enquadrado no pressuposto de que o poder se organizava como forma de gerir os interesses económicos comuns, que então eram simbolizados por toda a classe burguesa.

As Nações, então organizadas, foram, ideologicamente, interiorizadas pelas classes dirigentes como fenómenos perenes, alijados de toda a luta política e mesmo classista. 

Quer a burguesia desenvolvimentista, quer os sectores, ideológica e politicamente, mais avançados sabem que quanto maior for o avanço e até homogeneização das condições produtivas e de incremento industrial e pós-industrial maior será do impulso de desenvolvimento das forças produtivas, o que leva à estruturação de instituições em espaços cada vez maiores.

Foi justamente o que sucedeu na Europa, no caminho para a União Europeia; como se iniciou essa fase, na fase final da década de 80 do século passado no Mercosur e, em bases ainda incipientes com a União Africana, já no início deste século, torpeada de maneira evidente pelos Estados Unidos.

Ora, os referendos que estão a surgir na Europa para criar novos Estados não têm o propósito de desfazer a União Europeia, mas de reagir a espezinhamentos das burguesias capitalistas dominantes, e reforçar uma nova União Europeia mais democrática e independente das subserviências actuais aos representantes do grande capital financeiro.

Esta perspectiva não é apoiada pela grande burguesia, cujo "patronato" real reside em Wall Street. 

Aquela sabe - e os acólitos também - e tem a perfeita noção que a actual fase de expansão do Capital - que já não se concentra apenas em Nova Iorque ou no Vaticano, mas alastra por países em crescimento acelerado como a China, a Rússia, a Índia, o Brasil, o Irão ou a própria Àfrica do Sul - poderá estar a minar os alicerces dos seus sustentáculos e a conduzir à sua própria destruição.

Quer dizer que este desenvolvimento constante e em extensão territorial das forças produtivas, que já não querem ficar amarradas às estruturas económicas em decadência, pode levar a rupturas que coloquem em causa a própria concepção de Estado como instituição de dominação de uma classe minoritária.

E o centro mais avançado e de consciencialização classista está, justamente, neste altura, no espaço europeu comunitário.

Quer isto dizer que a questão nacional na Europa pode contribuir para o desaparecimento do próprio Estado burguês fossilizado.

Pode surgir uma formação estatal ainda classista, mas com os sintomas de conter um programa político revolucionário, que pode ser construido nos próximos anos.

Os Estados nacionais dos séculos anteriores estão desactualizados. 

O nacionalismo serôdio pertence ao passado, trará entraves à própria constituição de uma nova Europa.

É esta a orientação que o imperialismo norte-americano decadente quer que vingue na UE. 

Para isso, paga e mobiliza todos os partidos nacionalista nazi-fascistas, como sucedeu na Ucrânia, e está a apoiar vigorosamente em França, com a cumplicidade do PSF, criado pelos colaboracionistas como Mitterrand e Hernu, e continuado por Hollande, Fabius, Sègolene Royal e outros.

É sobre esta reflexão que se devem analisar os acontecimentos que percorrem a Europa e acção nefasta que os Estados Unidos estão a conduzir dentro da União Europeia.

  

domingo, 23 de março de 2014

OS DINHEIROS DA MÁFIA A HIPOCRISIA PAPAL



1 - O Sumo Pontífice da Igreja Católica Apóstólica Romana, o argentino Jorge Mario Bergoglio, fez, há dias, umas declarações bombásticas, ao participar numa cerimónia anual  em memória das vítimas do crime organizado italiano, onde predomina a Máfia, apelando, directamente, aos mafiosos: mudem de vida ou "acabarão no inferno".

E, sem qualquer pejo de vergonha, fez um sermão estilo +Santo António aos peixes+: "O poder e o dinheiro que vocês têm agora, de tantos negócios sujos e crimes mafiosos, um dinheiro ensaguanetado, vocês não poderão levar para a vida elerna. Ainda há tempo para vocês se converterem e não terminarem no inferno".

Naturalmente, foi por puro esquecimento que o badalado Papa Francisco omitiu que uma parte significa do dinheiro da Máfia se encontra nos numerosos cofres dos Bancos ligados ao Vativano, incluindo o banco central, o IOR, o Istituto per la Opere de la Religione.

Rigorosamente guardados e entaipados.

É que esse mesmo IOR é uma das principais "praças" financeiras mundiais para o branqueamento do dinheiro da Máfia.



Giulio Andreotti, o político +oficial+ do Vaticano e Toto Riina, então o capo di capi da Máfia, em local  secreto

Pois, o cardeal católico Bergoglio, que se transmudou para Francisco, quando subiu à liderança do Estado do Vaticano, e que como hierarca da Igreja Católica argentina, foi um cúmplice do crime organizado pela ditadura militar naquele país, a partir de 1976, permitindo inclusive que um dos criminosos da Junta Militar, o almirante Emílio Massera, tivesse a *honra* de ser doutorado +honoris causa* na universidade onde o actual Papa era reitor.



Os homens que geriam, nos anos 70, os grandes negócios da Igreja Católica: Licio Gelli, Roberto Calvi, Michelle Sindona e o arcebispo Paul Marcinkus, presidente do IOR e governador da Cidade do Vaticano

(Para recordar: Como membro da Companhia de Jesus, Bergoglio foi, em 1973, nomeado Mestre dos Noviços no seminário de elite em San Miguel dessa opulenta e ríquissima instituição da Ingreja Católica, cujo Superior Geral se apelida "Papa Negro" pelo seu poder, e a quem os seus membros religiosos e co-ajudantes leigos juram fidelidade acima do Pontífice Máximo, sendo nesse ano nomeado superior provincial dos jesuítas, Depois de ocupar esse cargo, e antes de  ascender a cardeal, foi reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel.

E colocar os criminosos da Junta Militar, eles próprios, a falar, agora, sobre a colaboração directa com a ditadura. 

As palavras são do general Jorge Videla, depois de ter confessado os seus crimes.

As citações são retiradas de uma entrevista a uma jornalista espanhol, e as palavras ficam em castelhano:

Mi relación con la Iglesia Católica fue excelente, muy cordial, sincera y abierta”, porque “fue prudente, no creó problemas ni siguió la “tendencia izquierdista y tercermundista” de otros Episcopados”. 

Condenava “algunos excesos”, mas “sin romper relaciones”. Con Primatesta, até “llegamos a ser amigos.

Referencio integralmente a notícia inserta na Rádio Vaticana - órgão de comunicação social da Igreja Católica sobre o papel criminoso da hierarquia daquela instituição religiosa. 

A versão é brasileira. 

O cardeal Primatesta faleceu em 2006 e foi altamente elogiado pelo actual papa emérito Bento XVI.

Para  que conste.

"Buenos Aires, 02 abr (RV) -
Os integrantes da hierarquia eclesiástica argentina dos tempos da ditadura, e especialmente o Cardeal Raúl Primatesta, foram denunciados hoje, perante a justiça penal, por cumplicidade no seqüestro de cinco sacerdotes. 

  Os denunciantes são o Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquível, que está à frente do Serviço Paz e Justiça, e Alejandro Ramón Dauza, um dos cinco sacerdotes que, no dia 3 de agosto de 1976, foram levados a um centro clandestino de detenção em Córdoba (centro do país).


A denúncia, apresentada pela advogada Maria Elba Martínez, faz parte de uma grande causa judicial pelas violações dos direitos humanos no III Corpo do Exército, com sede em Córdoba, que por uma resolução da Corte Interamericana se reabriu em 1998.


“Pela ação do Cardeal Primatesta, que então era Arcebispo de Córdoba e fazia parte da Conferência Episcopal, os sacerdotes teriam desaparecido”, disse hoje a agência EFE, a advogada de direitos humanos, comentando o caso dos cinco sacerdotes, um deles norte-americano. 


O cardeal Primatesta e o general Videla, após uma reunião, em 1978

Segundo Maria Elba Martínez, a ação do consulado dos Estados Unidos foi fundamental para que os sacerdotes fossem libertados.

Os denunciantes anexaram à sua denuncia algumas cartas firmadas pelo Cardeal Primatesta, nas quais, segundo a advogada, consta que em 1976, ele sabia da repressão atuada pelo governo militar, então encabeçado por Rafael Videla: “um fundamentalista católico bem próximo à Opus Dei” que acreditava que os sacerdotes que tentavam aplicar a doutrina do Concilio Vaticano II eram “marxistas” _ indicou a advogada.


Segundo ela, quando o Cardeal Raúl Primatesta foi citado outras vezes, na causa do III Corpo do Exército, respondeu em via oficial, que não tinha conhecimento de nada. “Indubitavelmente o Cardeal Primatesta era uma pessoa de poder e além da responsabilidade penal que pudesse ter, sua responsabilidade é ética e moral” _ manifestou a advogada Martínez.

O Cardeal, hoje, com 84 anos, foi “uma pessoa totalmente próxima à ditadura” e certamente “teve em suas mãos a possibilidade de salvar muitas vidas”, acrescentou ela. (MZ)"

2 -  As ligações reais e factuais do Vaticano com a Máfia estão denunciadas ou divulgadas em numerosas peças jornalísticas ou em livros.

O mais eficaz e sem qualquer desmentido do próprio Papado ou dos seus acólitos instalados em instituições, desde o governo, aos meios judiciais ou então os próprios meios de comunicação social, é o conteúdo que está inserido num livro do jornalista italiano Gianluigi Nuzzi. 

Chama-se "Vaticano S.A", e está editado em português pel Editoria Presença.

Tudo o que lá está publicado provém do arquivo de um monsenhor, já falecido, chamado Renato Dardozzi, que foi um dos homens da maior confiança do falecido papa João Paulo II, que na prática era um dos principais gestores das finanças do IOR e instituições financeiras e comercias da Santa Sé.

Quando faleceu, deixou o arquivo nas mãos de pessoas da sua confiança e um escrito que dizia o seguinte: "Tornem públicos todos esses documentos para que todos saibam o que aconteceu". 

E o mensageiro indicado foi o jornalista de investigação Nuzzi. 

Ele descreve as peripécias no livro. São mais de quatro mil documentos (alguns estão expressamente inseridos no livro).

Pelo descrito, ficamos, com provas evidentes, do que já se sabia. 

A Igreja Católica Romana é uma enorme e tentacular empresa capitalista, que utiliza a religião como meio de penetrar em todas as esferas do poder político e económico.

Em 1960, refere-se, "a Igreja Católica controla de 2% a 5% do mercado de acções" em todo o mundo.

Existe uma ligação directa entre o capital do Vaticano, Wall Street, a Máfia e os negócicos de tráfico de armas, droga e prostituição. 

Mafiosos conhecidos, como o banqueiro Michelle Sindona ou o antigo Primeiro-Ministro italiano Giulio Andreotti (ambos já falecidos) foram figuras proeminentes nos negócios económico-financeiro e políticos do Papado, com o seu consentimento e benção.

O livro "Vaticano S.A.", que tem um longo pós-título: 
"Um documento histórico e exclusivo que revela a mão do Vaticano nos bastidores dos jogos políticos e financeiro", estipula um capitulo inteiro, entre pg. 38 e 66, com um subtítulo significativo: "Assinatura autorizada: Andreotti Giullio".

Retiramos alguns extractos, e simplesmente porque o que ela está escrito não sofreu uma beliscadura, nem deste Papa que procura apenas o folclore para que «tudo continue na mesma».

Pag. 36 "o estatuto e os acordos com o Estado italiano permitem ao IOR um modo de operação bancária off-shore, para lá de qualquer controlo".

Pág 37: "O IOR não pode ser alvo de buscas. Os telefones não podem ser interceptados. Os funcionários nem sequer podem ser interrogados. Para obter qualquer tipo de informação sobre as operações do banco, a magistratura de qualquer país do mundo tem na verdade de dirigir uma rogatória ao Estado do Vaticano. (...)

"Quase sempre o Vaticano recusa assim quaisquer esclarecimentos e devolve as rogatórias". (...)

"O Estado da Cidade do Vaticano é o único país da Europa que nunca assinou qualquer convenção de assistência judiciária com os países do continente".

3 - Coitados dos Papas católicos - mortos ou vivos - estão todos metidos no inferno, na visão do argentino Bergoglio.


domingo, 16 de março de 2014

ESTAMOS NUMA ENCRUZILHADA NA RUPTURA COM O SISTEMA CAPITALISTA


1- Estão espalhados pelos meios de comunicação social do chamado ocidente uma multidão de "fuinhas" - sim fuinhas pagos pelos norte-americanos estilo, em português, Miguel Monjardino, Vasco Rato, e outros, que debitam para a "praça pública" as arengas em torno da defesa da democracia, segundo as quais tudo se pode fazer, (claro com *moderação* moralista), levando pela frente o que se se opuser a ferro e sangue.

(A História não é eurocêntrica, nem o mundo é especial, porque foi "construído" com o capitalismo a partir da sua parte ocidental!!!)

Vem isto a propósito dos acontecimentos que ocorreram nos últimos meses na Ucrânia, que conduziram a um golpe de Estado, e colocaram em lugares-chaves do novo poder partidos abertamente nazis, que ocupam postos chaves na governação de parte daquele país, na Justiças, nas Forças Militares e de Segurança.

(Exactamente como na Alemanha dos anos 30 do século passado...Para que conste!!!)

Com uma cobertura inusitada dos meios de comunicação norte-americanos, todos ligados ao capital de Wall Street, com os seus *alti-falantes* instalados na Europa, Washington, em chamas com as labaredas de uma nova crise financeira, económica e política interna a espraiar-se por todo o país, virou, outras vez, as baterias da geo-política para a União Europeia, forçando-a a um confronto concorrencial com a potência militar em recuperação, chamada Rússia.


 Vasco Rato com Pedro Passos Coelho num congresso do PSD em 2010


2 - As reuniões de Teerão, Ialta e Postdam, 

respectivamente, em Dezembro de 1943, 

Fevereiro de 1945 e Maio de 1945 (esta pouco 

dias após a rendição incondicional de nazismo 

alemão), retalharam e refizeram, de tal 

maneira e a seu, exclusivo, favor, o mapa da 

Europa (e de certa maneira de territórios 

coloniais que estavam sob a alçada dos 

europeus), com a uma orientação meramente 

imperialista, quer do lado dos EUA/Reino 

Unido, quer do lado da antiga URSS.


Embora sob um argumento legal do ponto de 


vista dos vencedores,  espezinharam, no 

entanto, as reacções internas das pessoas, 

menosprezaram aqueles que lutaram, no 

interior dos seus países, contra o imperialismo 

levado ao extremo como nazi-fascismo.


Estão, neste caso, a resistência guerrilheira em 


França, Itália, Grécia, Polónia e Jugoslávia, 

mas, esses vencedores não castigaram, com 

toda a dureza, aqueles que participaram 

activamente (com armas ou apoio logístico) no 

nazismo, como sucedeu na Alemanha (toda a 

estrutura de poder militar e securitário foi 

reformulada por oficiais generais e superiores 

hitleriano), na Espanha e em Portugal.


Os EUA e o Reino Unido aceitaram, em Teerão, 


por exemplo, com toda a naturalidade, a 

integração da Estónia, Letónia e Lituânia na 

ex-US. 


Como em Ialta, os dirigentes da URSS 


concordaram que, na "zona de influência" dos 


EUA/Reino Unido, ficasse a Itália, a Grécia e 


grande parte da Jugoslávia, embora a


resistência interna armada, que contribuiu 


grandemente para a sua libertação, quisesse 

organizar o Estado segundo a sua própria 

orientação.


Pouco valeram os sentimentos nacionais, 


pouco ou quase nenhum mérito tiveram, de um 

lado e de outro, o que pensavam os povos 

dentro das fronteiras que eram traçadas e 

retraçadas.


Apenas se impôs e colocou um obstáculo sem 

meia medidas, verdadeiramente, a 

antiga Jugoslávia, que meteu então um travão 

às ambições dos dois lados.






Conferência de Ialta...

e Conferência de Postdam: apenas Stáline permanece como dirigente mundial vencedor até final. Roosevelt (EUA) falecera e fora substituído pelo seu vice Truman e Churchill perdeu as eleições e retirou-se para dar lugar a Clement Atllee (Trabalhista).




Todavia, naquela situação e naquela altura, 

exceptuando a Alemanha, que colapsara por 

crimes cometidos, logo, ficara sem direitos, e 

que fora o centro do expansionismo e os seus 

dirigentes e personalidades principais das 

finanças, indústria e mesmo da Igreja Católica 

os criminosos promotores principais ou 

cúmplices da imensa mortandade e destruição,  

não se pode afirmar, verdadeiramente, 

que houvesse reacções e sentimentos 

nacionais ofendidos que se tivessem 

manifestado abertamente.


Mesmo os resistentes italianos e franceses - e 


noutra escala, a Grécia que lutou durante 

vários anos após 1945, verdadeiramente, e foi 

abandonada à sua sorte - cumpriram, 

fielmente, através dos seus principais 

dirigentes, Thorez em França, Togliatti em 

Itália, as directivas de "zona de influência" que 

o seu "mentor ideológico" Joseph Stáline lhe 

impos.


Foi uma situação que, no entanto, não podia 


durar muito tempo, quer de um lado, quer do 

outro dos eixos vencedores.


O primeiro grande processo, como já referido 

citado, de rebeldia, aconteceu na Grécia, 

através de uma guerra civil prolongada desde 

1941 a 1949, em que as forças imperialistas 

ocidentais EUA/Inglaterra (o próprio Winton 

Churchill, a determinada altura, esteve no 

terreno a coordenar as forças 

monárquico/socialistas coligadas) intervieram 

abertamente, tendo Moscovo deixado à sua 

sorte as forças de guerrilha, as maiores 

unidades internas do país, à sua sorte.


Revolução húngara de 1956, que iniciou a 23 


de Outubro e foi jugulada a 10 de Novembro, 

com a entrada das tropas da ex-URSS. 

Foi um movimento estudantil inicial, que se 

organiza fora das estruturas do chamado 

Partido Comunista da Hungria, que, mais tarde, 

veio a pôr em causa a política do partido no 

poder e a orientação pró-capitalista que estava 

a ser imprimida em todos os Estados sob a 

supremacia da ex-US. 


Já antes em 1953, em Berlim, iniciou-se uma 

revolta interna de operários da construção 

civil, que exigiam melhores condições de 

trabalho. 

O levantamento nacional, no entanto, começou 

a ser "infiltrado" por forças vindas do 

Ocidente, o que levou as autoridades soviéticas 

a intervir, e mereceu, tal como na Hungria, o 

assentimento tácito das outras potências 

ocupantes da Alemanha (EUA, Inglaterra e 

França).


Durante toda a década de 60 do século 


passado, registaram-se dos dois lados dos

blocos movimentos de envergadura 

descomunal que estavam orientados, embora 

com projectos de poder diferenciados,  

para contestar a supremacia imperial, quer dos 

EUA/NATO, quer da URSS/Pacto de Varsóvia.


A leste, os mais significativos e profundos 

deram-se, justamente, na Polónia e na 

Checoslováquia. 

E ocorreram, justamente, na parte final da 

década de 60, sendo que o caso polaco se 

prolongou pela década de 70, misturando uma 

movimentação operária, com uma orientação 

ideológica religiosa, neste caso, a católica, que 

financiou, a tripa forra, (mais de 300 milhões 

de euros), os sectores mais reaccionários 

pró-fascistas daquela sociedade, sectores 

esses que constituem hoje, no país, a grande 

lumpem burguesia financeira.


Os ocorridos no Ocidente - desde os 

próprios Estados Unidos, passando por 

França, Itália, Alemanha, Japão e mesmo 

o México, Brasil e Argentina - surgiram, 

todavia, com uma maior consciência 

classista, pois os sectores laborais que 

estavam, em primeiro plano, contestavam 

o poder capitalista existente, mas não 

havia um programa partidário que 

indicasse uma clara visão de uma ruptura 

social.


//De certo modo e em certo sentido, é esse desprezo pelos sentimentos e interesses dos povos espoliados, como aconteceu mesmo antes da II Grande Guerra, com a invasão fascista italiana da Líbia e também da Etiópia, mas também o espezinhamento brutal dos povos árabes pelos imperialistas britânicos (em conluio aberto com os judeus sionistas) fez rebentar a revolta árabe de 1936/39 em toda a região que constitui, actualmente, os territórios da Jordânia e da Palestina, a que pertencia o que hoje é Israel //.


Com o final da II Grande Guerra e a grande evolução tecnológica que deu nos anos subsequentes, abriu-se um período alargado que atingiu, do ponto de vista da geo-estratégia, da economia política, dos progressos militares, uma nova dinâmica na sociedade, que, progressivamente, se vai tornando global.


O incremento do progresso humano, a evolução de sistemas produtivos inter-Estados, os mais dependentes e atrasados economicamente (claro que em busca do lucro máximo por parte do grande capital financeiro), fomentaram uma "revolução" da estrutura produtiva em países pré-capitalistas, deram, pois, um impulso as relações de produções em diferentes locais que o que significou um "pontapé para a frente" na geopolítica, que já não é possível obstar, controlar ou destruir (a não ser por uma radical intervenção castrense nuclear).


De certo modo e em certo sentido, esta nova "localização geo-estratégica" teve dois pólos diferenciados. 

É essencial defini-los para se poder compreender, na minha opinião, a situação actual: 
 
a) revolução anti-imperialista de 1949 na China e 

b) constituição de uma nova Europa ocidental, baseada, primeiro, no alargamento progressivo do seu espaço económico cooperativo (fazendo desaparecer as fronteiras alfandegárias), e, segundo, na formação de 
de uma interligação cambial única dentro desse espaço, com a criação do euro.
 
3 - A revolução anti-imperialista chinesa que foi, inicialmente, um revolta com projecto socialista contra o imperialismo ocidental, e como tal influenciou, de uma maneira ou de outra, toda a política anti-capitalista e anti-colonial em todo Extremo e Médio Oriente, e, mais tarde, na Europa e mesmo nos Estados Unidos, adquiriu uma dupla concepção, ao criticar nos princípios os anos 60, o próprio capitalismo de Estado, implantado na ex-URSS com o epíteto de sociedade socialista.


Foi, no entanto, uma revolução socialista falhada. 

Tal como o fora a Revolução soviética. 

Enquadrava o mesmo modelo.

Tanto uma como outra, nasceram em territórios onde as relações sociais produtivas estavam atrasadas para dar um salto numa nova instituição social de ruptura com o sistema capitalista.


Contudo, o  movimento social rebelde chinês que lançou, num e noutro lado dos blocos imperialistas e principalmente nos países dependentes, levaram aqueles para um caminho em ascensão para um militarismo desenfreado. 


As Forças Armadas e o seu aperfeicoamento, cada vez mais sofisticado, conduziram os grandes Estados super-imperialistas a torná-las, praticamente o fim e o sentido único da sua existência.


O incremento das despesas castrenses começaram a devorar os interesses económicos, com uma intensidade crescente, à medida que regurgitavam a concorrência entre superpotências, por um lado, com o desmembramento acentuado dos domínios coloniais em África e no Oriente, e por outro, na propria concorrência no seio dos seus blocos intraimperialistas.


É neste aspecto que a URSS se desmembra, por exaustão, e a Europa se afirma como potência económica  (Mercado Comum), primeiro, e depois, cambial (euro), face ao próprios Estados Unidos.


Face às debilidades de unidade política e de defesa comum europeias, os seus dirigentes desde os anos 90 do século passado, em vez de seguirem uma política autónoma e cada vez mais cooperante e distributiva nos seus planeamentos económicos e Orçamentos de Estados e Comunitário, tornaram-se nos subservientes do grande capital financeiro sediado em Wall Street.


Os Estados Unidos tornaram-se 

arrogantes até ao extremo, adquirindo 

mesmo uma política abertamente nazi de 

"avanço em busca de espaço" vital, 

considerado como "defesa dos seus 

interesses", unilateralmente em várias 

partes do Mundo.

 

Levaram o seu militarismo aos píncaros, mas que se tornou, também, no "monstro" voraz da sua decadência.


(O Orçamento de Defesa dos EUA ascendeu a 698,3 mil milhões de dólares em 2010 e foi de 689,6 mil milhões em 2011. Representou 42,7 % do OE e 4,8 % do seu PIB - a maior percentagem mundial)


A Grande Rússia destroçada pela rapina dos oligarcas judeus que dominavam, em grande parte, o aparelho da antiga União Soviética, e ficaram com grande parte das empresas estatais foi-se recompondo, como potência económica, com as suas riquezas minerais, e pelo relançamento de um novo militarismo.


Começou, exactamente, no ano 2000, com a chamada impropriamente a era Putin.

Os encargos orçamentais militares russos no ano passado ultrapassaram em muito os 60 mil milhões de euros. Que já inha detrás: 56,6 em 2010 e 64,4 em 2011.

Entretanto, a China, desde 1972, introduziu na sua política de capitalismo de Estado, uma orientação "nacionalista" no incremento económico, que, como país de desenvolvimento incipiente capitalista - poderemos afirmar mesmo pré-capitalista- forjou uma estrutura produtiva gigantesca, onde o capital financeiro se tornou dominante no interior e concorrencial, ainda que com certas limitações de expansão no exterior.

Para entrar na concorrência internacional, principalmente aproveitando as debilidades do capitalismo norte-americano, impulsionou enormemente o seu militarismo e a sua capacidade tecnológica castrense e espacial. 
 
Aumentou em 12,2 por cento o seu Orçamento de Defesa para 2014. Passou para os 808 mil milhões de iuanes (cerca de 132 mil milhões de dólares):mais de 1,5 % do que em 2013. Superior ao próprio crescimento do PIB. Esse Orçamento representa mais ou menos 7,7 % do do mesmo, o segundo do mundo.

(O terceiro está localizado na Rússia: 3,8 % do OE).

O que já representou aumentos na China face a 2010 e 2011, respectivamente: 121,1 e 129,3 mil milhões de dólares.

Os EUA não deixaram de ser uma potência financeira, económica e militar.

Continuam a ser. 


Só que o seu incremento sem freio do seus encargos castrenses estão a aprofundar a crise financeira que a corroi desde 2001, mais abertamente desde 2008.


E o seu domínio nas trocas cambiais unívocas estão a ser, aceleradamente, postas em causa pela concorrência de novos centros económicos e geso-estratégicos de poder. 


Tudo mudou desde 2001.


Os sentimentos anti-imperiais são visíveis e alastrativos e os sintomas de revolta manifestaam-se por todo o lado.


A Ucrânia ficou presa nos ensarilhamentos desta encruzilhada de novos acontecimentos.


Os seus dirigentes políticos ligados aos Estados Unidos pensaram que poderiam canalizar a revolta interna, real, para um confronto com um polo crescente de novo poder imperial.

Só que os EUA, que utilizaram essas marionetas, não têm dinheiro, nem homens para manter uma guerra no terreno, institucional, com um desgaste logístico que ultrapassa as suas capacidades actuais.


Como ultrapassar a questão: A resposta é difícil.


Podem apostar na conquista por dentro da "fortaleza Europa", minada na sua crise, através de partidos nazi-fascistas e empurrar os Estados nacionais, desmembrados da UE e do euro, num confronto bélico com a Rússia.

Ou, subir a parada militar para forças de capacidade tecnológica de armamentro nuclear. 


Mas como ocupar o terreno?. Pela exaustão? 

Pode ser, mas então já não haverá humanos em quantidade suficiente para reconstruir.



Existe um outro caminho, que também está latente, em todas estas movimentações.

Caminhar no sentido da revolução. 

Aqui as classes laboriosas  para fazer valer os seus interesses teriam de se separar definitivamente das ilusões burguesas e do seu poder.