quarta-feira, 27 de julho de 2011

OS RICOS, A ESPECULAÇÃO E A RECUSA EM OS TAXAR


















Vivem como nababos, sem participarem na divisão de impostos para harmonia do equilíbrio da dívida




























Depois dos cortes radicais nos salários e pensões dos assalariados e pensionistas, esta notícia é, verdadeiramente, escandalosa, até porque o Executivo de Passos Coelho anuncia, para breve, um Orçamento Rectificativo que vai servir, precisamente, para encher os bolsos desta gente, através da capitalização dos bancos de que são accionistas e beneficiários.






Como se pode ver, pela descrição saída da revista Exame, um magazine especializado do Capital, o grosso dos lucros pessoais destes indivíduos e famílias advêm da especulação bolsista, que está sempre em crescimento.






Não haja dúvida que desde o golpe de Estado do 25 de Novembro, que o domínio económico e político da sociedade portuguesa começou a concentrar-se nos magnates da finança e da especulação financeira, que se constituiu em fracção privilegiada e predominante da grande burguesia portuguesa.






O expoente máxima desse domínio é a formação do governo liderado por Passos Coelho. Eles são os "representantes oficiais" dessa fracção. Como ocupam a Presidência da República, o governo, a Assembleia da República, os principais cargos públicos económicos e financeiros, como a Caixa Geral de Depósitos, a GALP, a EDP, a REN, CIMPOR, REFER (Caimnhos de ferro), TAP (aviação), etc, etc.






Vejamos, precisamente, o teor da notícia, retirada da edição do Público:






"A fortuna dos 25 mais ricos de Portugal aumentou 17,8 por cento, somando 17,4 mil milhões de euros, revela a lista anual da revista Exame, liderada por Américo Amorim. Após três anos consecutivos de queda, os bilionários conseguiram aumentar os seus activos.

O mais rico é, desde há quatro anos, Américo Amorim. Os activos do accionista da Galp Energia e da corticeira Amorim cresceram 18,2 por cento face à edição do ano passado da lista da Exame e atingem, agora, os 2,6 mil milhões de euros.

Alexandre Soares dos Santos, presidente do conselho de administração da Jerónimo Martins, subiu do quarto para o segundo lugar.

O aumento do património dos mais abastados em Portugal explica-se pelo crescimento da petrolífera portuguesa, e pelo desempenho em bolsa da Jerónimo Martins.

Segundo avançou ao PÚBLICO Filipe Fernandes, autor do estudo e director-adjunto da revista mensal, a fortuna da família Santos, que controla 58 por cento da Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, já é a maior do país. No total, valerá mais de quatro mil milhões de euros. “Estão há 90 anos no negócio, sempre a investir”, sublinha o jornalista.

Ao contrário do que sucedeu no ano passado, Maria Isabel dos Santos e Fernando Figueiredo dos Santos, primos de Alexandre Soares do Santos, estão agora entre os 25 mais ricos.

De acordo com a lista, que é publicada amanhã na Exame, Alexandre Soares dos Santos viu o seu património aumentar 88,9 por cento para 1,9 mil milhões de euros e, ao subir do quarto para o segundo lugar, ultrapassou Belmiro de Azevedo (cai para o terceiro lugar no ranking).

A Exame calcula o ranking anual com base na contabilização de activos, nomeadamente cotações bolsistas.

Os 10 mais ricos

1º Américo Amorim: 2587,2 milhões de euros

2º Alexandre Soares dos Santos: 1917,4 milhões de euros

3º Belmiro de Azevedo: 1297,6 milhões de euros

4º Família Guimarães de Mello: 1006,6 milhões de euros

5º Família Alves Ribeiro: 779,7 milhões de euros

6º Perpétua Bordalo da Silva e Luís Silva: 679,7 milhões de euros

7º Rita Celeste Violas e Sá, Manuel Violas: 650,6 milhões de euros

8º Maria do Carmo Moniz Galvão Espírito Santo: 645,8 milhões de euros

9º Família Cunha José de Mello: 638 milhões de euros

10º António da Silva Rodrigues: 551 milhões de euros "






Ora, esta notícia torna-se mais escabrosa, porque sabemos que nos impostos que o governo lançou e vai lançar nos próximos tempos para "conter" a dívida pública não estão contidos os ganhos de Capital. Ou seja, estão excluidos todos estes magnates.






Mas, o mais grave é que é a própria imprensa do regime que escreve no passado mês de Maio e cito, para que conste, que:

"Os gestores portugueses de patrimónios cortaram a fundo a posição em valores mobiliários portugueses.

"Maio foi o mês da fuga das grandes fortunas de valores mobiliários portugueses, segundo um relatório divulgado hoje pela APFIPP (Associação Portuguesa de Fundos de Investimentos, Pensões e Património).

"Os gestores de patrimónios de sociedades portuguesas cortaram em 5,3 mil milhões de euros a exposição a valores mobiliários nacionais no mês de Maio, segundo um relatório divulgado hoje pela APFIPP. Só em acções nacionais a diminuição das aplicações foi superior a 300 milhões de euros.

"As gestoras de patrimónios fecharam o mês com 12,75 mil milhões de euros investidos em valores mobiliários portugueses.






"Já a aplicação em acções nacionais situou-se em 1,5 mil milhões de euros. O montante total sob gestão teve uma quebra mensal de 2% desde o início do ano, reduzindo-se em 1,13 mil milhões de euros. Fixou-se em 59,8 mil milhões de euros no final de Maio.

Os maiores clientes das gestoras de patrimónios portuguesas são seguradoras e fundos de pensões. A maior parte dos investimentos feitos pelos gestores de patrimónios são em obrigações e títulos de dívida pública
".






Ponto final.





Como conclusão.






O Estado está na dependência directa desta casta financeira especulativa. Que quanto mais especula e trafica com o dinheiro arrecadado aos assalariados, mas rica fica e coloca de tanga financeira novamente o próprio Estado.






Não se consegue reorientar a gestão administrativa estatal para conseguir um equilíbrio, quer nos Orçamentos, quer no dever e haver desse mesmo Estado sem retirar o poder a estes agiotas e apostar numa produção nacional, por um lado, mas principalmente, por outro lado, e acima de tudo, conseguir uma harmonia de contas públicas no interior da União Europeia.






O que pressupõe cortar radicamente com a especulação bolsista, a traficância bancária com o dinheiro público, a entrega das empresas produtoras europeias ao dominio do Capital financeiro parasitário. Ou seja, em termos práticos, esse senhores tem de ser severamente taxados.






terça-feira, 26 de julho de 2011

LÍBIA: O SILÊNCIO ENSURDECEDOR ANTICAPITALISTA



Que silêncio!!!






1 - Seis meses após o ataque criminoso de guerra da NATO à Líbia, em especial dos Estados Unidos da América e Itália, o silêncio cúmplice desta atrocidade por parte da chamada "esquerda anti-capitalista" no arco parlamentar português é ensurdecedor.



E mais ensurdecedor se torna, não porque o regime de Líbio, liderado pelo coronel, é uma ditadura repressiva, mas sim porque essa "esquerda" está a apoiar, no fundo, as acções neo-colonialistas do capitalismo internacional, ao não denunciar, precisamente, essas orientações e ter colocado, em marcha, todo o tipo de acção, a nível europeu, pelo menos, onde mantem vozes nas instituições parlamentares da União Europeia.



2 - Em torno do ataque à Líbia não está em jogo apenas mais uma "guerra pelo petróleo" está, em cima da mesa, um projecto de nova redistribuição geo-estratégica de salvação do capital financeiro parasita mundial.



A intervenção brutal e desumana da NATO - não se pode esquecer que esta estrutura belicista existe apenas porque os EUA a mantêem - e dos seus comparsas criminosos europeus (Cameron, Belusconi e Sarkosi) está toda ela planeada, há muito, em torno da evolução económica que se deu não só na Europa, China e Índia, mas igualmente, porque toda a África se começou a movimentar oara a criação de um "espaço comun económico", baseado no "modelo" europeu e em oposição a supremacia norte-americana.



Os movimentos recentes surgidos, quase todos ao mesmo tempo, na Síria, Egipto, Líbia, Tunísia, Argélia, Iémen e Marrocos, tendo no seu bojo uma intervenção popular de oposição aos seus regimes ditatoriais, foram quase todos realizados em concertação com as hierarquais militares internas, que controlaram, em três tempos, as quedas dos seus ditadores, excepto, justamente, na Líbia e na Síria.



Um traço comum a todos estes "rearranjos internos" nos países do Magreb e, em menor escala, no Médio-Oriente, está uma estratégia económica de relançamento do capital financeiro parasitário internacional, centrado em Washington e concertamente no lobby judeu, que se situa em Wall Street e Israel.



A realidade é que, desde a crise do petróleo de 1973, em todos os países do Magreb, Próximo e Médio-Oriente, se estabeleceram poderes que incrementaram a sua evolução económica, com um afastamento mais acentuado, de um lado, mais atenuado, de outro, de uma pata demasiada opressora do militarismo norte-americano, embora tivessem submetido os seus negócios ao arbítrio de Wall Street.



Um facto é que desde os inicios deste século se notou uma aproximação constante desses países à UE e um número significativo deles se pronunciou por uma nova moeda de troca, em especial o euro em formação em detrimento do dólar.


Ora, a operação Líbia ( e a Síria noutras condições) adquiriu uma projecção maior, porque não se deu a mudança do poder político que o capitalismo financeiro parasitário de Wall Street preconiza.


E isto é grave - para os EUA e Israel - precisamente porque a Líbia é um dos países não só do Magreb de mas todo o mundo com uma das maiores riquezas minerais actuais, o petróleo e o gás. Dizem os especialista que contem mais do dobro das reservas globais petrolíferas dos EUA.

A Líbia está entre as maiores economia petrolíferas do mundo, com aproximadamente 3,5% das reservas globais de petróleo, mais do dobro daquelas dos EUA. As suas reservas de gás estão estimadas em cerca de 2.000 mil milhões de m3.


A Líbia, além do mais estava a investir o seu dinheiro fora da alçada do sistema banqueiro controlado por Washington.


Ora, esta situação forçada obriga a NATO/Washington e os seus acólitos mais directos a apostar numa espécie de "economia de guerra" para conseguir evitar um descalabro financeiro e económico interno.


É, por cause, um incremento económico interno para insuflar um balão de oxigénio à sua economia que ameaça entrar em decadência.


Com a produção nacional em recessão, Washington opta pela manutenção em crescimento dos encargos militares, mantendo em actividade imperial o seu complexo industrial-militar.


Mas, esta opção está trazer também uma dívida pública crescente. A militarização traz um reservo da medalha: a exaustão física, económica e moral do Estado. "A guerra é um negócio" para os estrategas capitalistas internacionais, mas também pode trazer "o bicho da madeira" da sua destruição interna.



3 - Aqui é que entra a política anticapitalista. A denúncia, a luta e o apoio aos que se opõem à servidão (económica e política) e a maior arma de arremesso dos revolucionários para isolar os fautores do Império.



Escrevia, há 70 anos, o poeta andaluz Rafael Alberty, criticando os seus homólogos que se escusava a lutar contra o franquismo. "Onde estão os poetas andaluzes de hoje?".






segunda-feira, 25 de julho de 2011

PORQUE NÃO UMA AUDITORIA À PROTECÇÃO CIVIL?





Aqui, há dias, chegou-me um e-mail, provindo de um amigo meu, que transcrevia uma denúncia de gastos inúteis numa "firma", que se intitula Empresa de Meios Aéreos (EMA), dependente da Protecção Civil portuguesa, entidade esta que, certamente, poderia gerir, com eficácia, a citadada.

Fui confirmar a existência do deputado Altino Bessa, até porque no documento estava inserido o número de telemóvel. Contactei-o. Era verdade.

Transcrevo, pois, o texto do parlamentar

"O deputado Altino Bessa, eleito pelo distrito de Braga, vem denunciar, mais uma vez, a criação em 2007 da EMA - Empresa de Meios Aéreos em 2007, pelo governo socialista.

Duvidas, se é que as houvesse, deixaram de existir após as respostas dadas (rp815/XI) pelo Ministério da Administração do erro que foi a criação da EMA.

´
Em primeiro lugar convém salientar os vencimentos "chorudos" que os 3 administradores aferem.

Senão vejamos:

Presidente Conselho de Administração-----6.900€/mês*14/2009--------6.555€/mês*14/2010
Vogal (1) do Conselho de Administração -----6.600€/mês*14/2009-----6.270€/mês*14/2010

Vogal (2) do Conselho de Administração----6.600€/mês*14/2009-------6.270€/mês*14/2010

A acrescentar a esses ordenados existem outros encargos com estes membros do conselho de administração, como podem confirmar no documento em anexo impresso em 15-05-2010, dos quais gostaríamos de salientar os 17.994.72€, 17.175.48€ e os 17.067.48€ de renda anuais
para as viaturas de serviço destes membros.

É ainda de salientar o facto desta pagina - http://www.ema-sa.pt/Ema.aspx?aid=100012, que continha estas informações, ter deixado que estar disponível, nem tenha sido substituída por outra com a mesma informação.

Parece-nos evidente que houve intenção de suprimir informação que estava disponível.

Outro factor que nos parece relevante é o facto da EMA ter 58 trabalhadores, dos quais 15 são administrativos cujos custos com vencimentos em 2009, foram de 2.742.846.60€, o que dá uma média de 47.2920€7 anuais por trabalhador ou seja 3.3776€/mês por trabalhador.

É também insólito que um piloto, supostamente bem pago para exercer essa função, disponibilize o seu precioso tempo para exercer funções de assessoria de imprensa, auferindo um subsidio de 250€/mês.

Nesta mesma resposta (rp815/XI), o Ministério da Administração Interna, afirma que a EMA tem participado em enumeras missões conjuntas com o Ministério da Defesa e da Saúde, nomeadamente em missões de Busca e Salvamento e evacuação de sinistrados, evacuações inter - hospitalares e transportes especiais de órgãos respectivamente.

Por outro lado, os Ministérios da Defesa e da Saúde ( pr4089/XI e pr4087/XI ), quando por nós confrontado com as supostas missões conjuntas, afirmam quer um quer outro que nunca solicitaram os meios da EMA, o que significa que alguém está a faltar à verdade.

O Sr. Ministro da Administração Interna deveria tirar as devidas conclusões com o desmentido dos Ministérios da Defesa e da Saúde, as respostas que o seu Ministério deu ao CDS sobre este assunto.


No entanto, e como já aconteceu no passado recente no caso dos eleitores que se viram impedidos de votar, a responsabilidade será de um qualquer Director Geral.

O Deputado

Altino Bessa ( 963063620 )".


Fui consultar o site da EMA, e nele aparecem dados que o deputado diz terem sido sonegados. Naturalmente, na altura, teriam sido retirados e perante a acusação devem ter sido repostos.


É interessante referir alguns aspectos do seu último Relatório de Gestão e Contas 2009.

O "governo da sociedade" (curioso o nome para uma empresa pública!) está a cargo do Conselho de Administração.

Os órgãos sociais nomeados para o triénio 2007-2009 têm a seguinte composição:

Mesa da Assembleia Geral:


Substituída por uma Deliberação Unânime por Escrito (DUE) emitida nos termos do art. 54º, nº 1 do Código das Sociedades Comerciais por um elemento da Direcção Geral do Tesouro e Finanças na qualidade de representante do Estado, accionista único, nomeado para o efeito por Despacho Conjunto do Ministro de Estado e das Finanças e do Ministro da Administração Interna.

Conselho de Administração:


•Presidente – Dr. Rogério Manuel Lucas Estrela Pinheiro (nomeado por Resolução n.º 36/2007, publicada no DR, 2.ª série, n.º 162, de 23 Agosto).

•Vogal Executivo – Professor Doutor Domingos Pereira de Sousa (nomeado por Resolução do Conselho de Ministros n.º 48/2007, de 31 de Outubro, publicada no DR, 2.ª série, n.º 222, de 19 de Novembro).

•Vogal Executivo – Coronel Carlos Barata Santos (nomeado por Resolução do Conselho de Ministros n.º 48/2007, de 31 de Outubro, publicada no DR, 2.ª série, n.º 222, de 19 de Novembro).

Fiscal Único

•ROC Efectivo – Vítor Almeida & Associados, SROC n.º 191, representada pelo Dr. Vítor Manuel Batista Almeida

•ROC Suplente – António José Pires Brito da Cruz, ROC n.º 714, nomeados por Despacho do Secretário de Estado do Tesouro e Finanças n.º 654/2007, de 4 de Julho.

(Convém esclarecer que este mesmo CA se mantém no triénio seguinte, embora no site não esteja mais nenhum relatório posterior a 2009).


Sobre as REMUNERAÇÕES, além das que indica o deputado, é interessante referenciar mais algumas do seu CA:

Subsídio de Refeição - 1.763,40, 1.638,00, 1.622,40 (mensais);




Gastos de utilização de telefones - 798,79, 519,80, 1735,98 (mensais);




Valor do combustível gasto com a viatura de serviço - 2.700,00, 1.799,00, 1.291,00 (mensais);

e entre os "Encargos com benefícios sociais"

Segurança Social obrigatório 7.042,86, 7.042,86, 7.042,86

Seguros de Saúde 4.150,00, 3.430,00, 4.827,00.



Ora, este empresa, que foi constituida em 2007 com um capital social de 50 milhões de euros (provenientes do Estado, ou seja do contribuinte), fazia no ano seguinte um aumento de Capital de mais 20 mil milhões (Estado) e no ano de 2008 apresentava um resultado líquido negativo de 7.672.026,55 euros.




Medite-se sobre este apreciação do CA sobre as finanças: "No plano financeiro, registo para a assinatura, em 03 de Março de 2009, do contrato-quadro entre a EMA no valor de 22.800.000,00 euros, do qual consta o modelo de prestação de serviços aos diversos organismo do Ministério da Administração Interna e os termos da respectiva compaticipação no financiamento e manutenção dos meios que, agora, o estado passa a dispor em permanência, e cujos custos para 2009 estão estimados em 28.882.000,00 euros. (sublinhado meu)




"Assim, se a situação financeira actual da empresa se mantiver, com um quadro deficitário no financiamento da sua actividade, nomeadamente no que respeita à manutenção programada e á formação e treino das tripulações, o ano de 2009 poderá ser encarado com alguma reserva de que, no médio prazo, a EMA reúna as condições para garantir a sustentabilidade económica e financeira da empresa".




Ou seja, depois de tanto dinheiro enterrado - e necessariamente repartido por alguém - a EMA está à beira da bancarrota.




Estes são os exemplos gritantes de desperdício dos dinheiros públicos por parte do Estado.




Curiosamente, o actual governo não foi buscar os dinheiros a estes cancros para sanear a dívida pública, mas, sim, de imediato, sacou parte dos salários e pensões aos assalariados e reformados.




Os "boys" do aparelho de Estado e o sistema financeiro continuam a beneficiar do regabofe do Estado que eles dizem "grosso" em termos da baixa funcionalidade..




Parece que o deputado do CDS ainda não se deu conta da situação actual. Pelo menos, não colocou este e outros casos na ordem do dia, como o fez com o anterior executivo.



























sexta-feira, 22 de julho de 2011

NORUEGA: QUEREM A GUERRA, NOVAMENTE, NA EUROPA?

























1 - As informações sobre os atentados ocorridos, sexta-feita à tarde, em Oslo e nos arredores da capital norueguesa devem colocar-nos de sobreaviso.

Vão surgir muitas versões e muitas pistas.

A primeira veio logo dos Estados Unidos, a apontar para uma organização fanática religiosa de cariz muçulmano. Não pegou.

Tal como em 11 de Setembro de 2001, com o ocorrido nas Torres Gêmeas e no Pentâgono, os estrategistas de Washington apontaram de imediato o dedo a Bin Laden e lançaram-se na aventura do Afeganistão. Em busca da democracia e do "espaço vital".

2 - Devemos ser ponderados e ficar de ouvido atento.

Os Estados Unidos da América estão numa concorrência feroz com a União Europeia. A principal guerra de potência económicas mundiais está a desenrolar-se, precisamnete, na Europa, com a exploração da sua desagregação, através do sistema financeiro intercional, sedeado em Wall Street.

Os EUA estão eivados de uma ferroz corrida militarista mundial, atropelando todos os direitos dos povos para obter aquilo que eles consideram ser a "conquista e manutenção dos seus interesses nacionais" em zonas geo-estratégicas e ricas em minerais e outros produtos.

Podem ser postas em prática métodos obscuros para desenvolver esta estratégia, que igualmente receber resposta de quem está a ser explorado e humilhado. É uma hipótese. Quem vai à guerra dá e leva.

Mas a hipótese de uma guerra na Europa, no meio de uma guerra económica desenfreada, não está posta de lado, porque foi nesta região que se deram os conflitos mundial, em torno da supremacia do seu "espaço vital" e os pretextos podem ser trazidos de todos os modos e feitios.

Neste atentado, como no 11 de Setembro, os seus máximos dirigentes, na Noruega o seu actual Primeiro-Ministro,Jens Stoltenberg , teve de se esconder, porque não sabia os contornos da razão de ser do atentado (interno ou externo), e nos EUA, George W. Bush esteve 12 horas foram do controlo do poder em terra, porque também não sabia concretamente, na altura, a extensão da "conjura" que estava a ser tramada.


Somente quando foi estabelecida uma "harmonia" interna na classe dirigente para culpabilizar a Al Qaeda pelos "atentados" é que regressou a Washington.


quinta-feira, 21 de julho de 2011

ADMINISTRADORES DA CGD: O ESPLENDOR DO GRANDE CAPITAL








Querem assistir à festa do grande capital em todo o seu esplendor?










Reparem com atenção à nomeação da administração e respectiva "reorientação estratégica de gestão" da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o único banco do sistema financeiro ainda pertença do Estado.


É, precisamente, pelas nomeações que se pode seguir à caminhada, agora cada vez mais declarada, do domínio do poder em Portugal da fracção burguesa, que se instalou em todos os verdadeiros "silos" das decisões de dominância capitalista.



Esta fracção é a pequena camada de privilegiados detentores do verdadeiro capital financeiro: os banqueiros, os especuladores bolsistas, os detentores dos principais centros privados de negócios (saúde, medicamentos, rodovias, telecomunicações, entre outros). São uma fracção verdadeiramente "monárquica" no interior do próprio capitalismo português.


Centremo-nos nos seus "representantes directos" no terreno.


Para presidente da CGD, seu Presidente executivo, pois haverá um outro, com o título de "chairman" (muito ao gosto na nova burguesia especuladora, para dizer que fala inglês e toca flauta!).


Pois, o Presidente Executivo chama-se José Agostinho de Matos e era vice-governador do Banco de Portugal desde 2002. /É quadro do BP desde 1979-naturalmente já tem uma reforma dourada garantida/.A sua especialidade. Cita-se da imprensa: "experiência na área dos mercados, apreciação da política monetária e gestão de reservas". Deixemos estas palavras embrulhadas e chamemos aos "bois pelos nomes", um especialista na especulação financeira.


Para vice-Presidente foi escolhido um senhor que já foi secretário de Estado de Guterres, mas agora é "homem de mão" de Passos Coelho: Nogueira Leite.


Centremo-nos no seu último "posto de trabalho": administrador do grupo CUP, dos Mellos, que está metido "até aos ombros" nos negócios de privatização da saúde pública. Ora, a CGD tem muitos negócios nessa área. Citemos os principais:


Multicare-Seguros de Saúde, SA; EPS Gestão de Sistemas de Saúde; HPP - Hospitais Privados de Portugal (Lisboa, Faro, Lagos, Cascais, Sangalhos); Caixa Seguros e Saude SGPS e LCS (Linha de Cuidados de Saúde).


Poderiamos referir muitos outros casos, mas viremo-nos agora para a "reorientação".


Do Banco de Portugal, sairam dois "quadros" da especulação financeira, um para o governo, como Ministro de Estado e das Finaças, Vitor Gaspar, outro para a CGD, o tal Agostinho.


Com que objectivos "desmembrar" o "Estado" dentro da CGD. Assim, segundo a "avisada imprensa económica" do nosso burgo, o governo e os seus representantes vão "virar-se para o financeiro" e colocar "fora do domínio" da banca pública todo o "lastro" que dá lucro, PT, Zon, EDP, Galp, etc etc.


Ou seja entregar aos "aristocratas" da finança privada os "bens da coroa". Que sem o controlo do Estado ficarão nas mãos do capital especulativo financeiro internacional, os tais que, através das suas empresas de notação ou (rating) atacavam "o Estado grosso".

Só para "adoçar": quem é o maior accionista privado da PT? o Capital Group, que domina a Moody`s e a Standard & Poors. E na EDP? a Iberdola.


Percebem?


Mas sabem que esta "desengorda" do Estado na CGD, para o governo, é feita com a engorda de administradores. Passa de sete para 11. Grande salto para esses rapazes. Claro que vão ganhar uns míseros tostões.


Reparem no que está escrito a seguir. Foi retirado do relatório e Contas da CGD de 2010.

Para que não haja mal-entendidos, assinalamos que os nomes eram os administradores de então.


Composição do Conselho de Administração
Presidente: Fernando Manuel Barbosa Faria de Oliveira
Vice-Presidente: Francisco Manuel Marques Bandeira
Vogais: Norberto Emílio Sequeira da Rosa, Rodolfo Vasco Castro Gomes Mascarenhas Lavrador, José
Fernando Maia de Araújo e Silva, Jorge Humberto Correia Tomé e Pedro Manuel de Oliveira Cardoso

ESTATUTO REMUNERATÓRIO FIXADO EM 2010


Mesa Assembleia Geral


(Valores em euros)
Mesa Assembleia Geral Remuneração
Presidente - Senha de presença no valor de 897,84
Vice-Presidente - Senha de presença no valor de 698,32
Secretário - Senha de presença no valor de 498,80.


(Um aparte, esta presença ...é em cada reunião...


Conselho de Administração


Administradores Executivos


Remuneração a auferir 14 vezes por ano.
(Valores em euros)


Conselho de Administração da CGD


Remuneração até 31/05/2010 (três últimos anos)


Presidente 26.500,00,25.175,00, 22.657,50


Vice-Presidente 22.525,00, 21.399,00, 19.259,10


Vogais 18.550,00, 17.623,00, 15.860,70


Elementos do CA da CGP que integram o CA do BPN recebem uma renumeração acumulada.


Conselho Fiscal


Remuneração a auferir 14 vezes por ano.
(Valores em euros)


Conselho Fiscal da CGD Remuneração até 31/05/2010

Presidente
20% da Remuneração do Presidente CA CGD

Vogais


15% da Remuneração do Presidente CA CGD.



Mas além destas renumerações existem outras regalias dos membros dos órgaos sociais, que não estavam disponíveis no relatório. Claro que existem.


Mas também há REMUNERAÇÃO DA SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS E DO AUDITOR EXTERNO

Remuneração da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas em 2010
(Valores em euros) (a)


Oliveira Rego & Associados, SROC, representada pelo sócio Manuel de Oliveira Rego


Serviços de Revisão Legal de Contas 236 289,24
Outros Serviços 69 480,04
(a) Valores sem IVA e referentes ao Grupo CGD.

Remuneração do Auditor Externo em 2010
(Valores em euros) (a)
Deloitte & Associados, SROC, SA
Auditoria Externa e Revisão de Contas 2 245 085
Outros Serviços de Garantia de Fiabilidade 887 551
Consultoria Fiscal 405 211
Outros Serviços 199 433
(a) Valores sem IVA e referentes ao Grupo CGD.


Analisem, em pormenor, quanto saca a Deloite.


Agora uma apreciação final sobre os salários dos assalariados, surgida na imprensa, via Banco de Portugal.



"Os custos das empresas com pessoal caíram 1,3 por cento no primeiro trimestre deste ano face ao período homólogo de 2010, segundo o Banco de Portugal.


"Trata-se do recuo mais elevado da última década.


"Este indicador é um dos que são calculados pelo Banco de Portugal no âmbito da sua Central de Balanços - a base de dados com informação económica e financeira de cerca de 83 por cento das empresas portuguesas.

"Este recuo nos custos com o factor trabalho segue-se a um crescimento de 0,4 por cento no trimestre anterior, mas não é único desde o início de 2010. Nos primeiro e terceiro trimestres do ano passado tinha-se verificado igualmente uma variação negativa, mas de menor dimensão (-0,1 e -0,2 por cento, respectivamente). Olhando para trás, na série estatística da última década, só há mais três trimestres em que se encontram quebras com os custos de pessoal nas empresas - segundo, terceiro e quarto de 2003.

"Os ganhos obtidos pelas empresas nos custos com pessoal estarão ligados a redução do efectivo laboral ou então a políticas de substituição de trabalhadores que entram a ganhar salários mais baixos do que os que foram substituir.

"Os empresários estão, globalmente, a cortar nos custos das suas unidades num momento em que o ritmo de aumento da produção se aproxima dos níveis que constituíam a média no período de pré-crise. No primeiro trimestre desde ano, a actividade das empresas aumentou 7,1 por cento face ao período homólogo, o valor mais elevado desde o início de 2010. Foi nos primeiros três meses do ano passado que se inverteu o ciclo de quatro trimestres de contracções profundas, na ordem dos 15 por cento - o pico mais elevado da crise para as empresas portuguesas.

Apesar do contexto de austeridade que o país está a viver e das perspectivas de se reduzir o rendimento disponível das famílias portuguesas, as vendas e prestações de serviços das empresas ainda não reflectiram esse quadro. No primeiro trimestre, o indicador evidenciou um crescimento de 5,9 por cento, claramente acima da média de 2010 (um pouco menos de cinco por cento). "

sábado, 16 de julho de 2011

O CAPITAL PARASITÁRIO E OS SEUS REPRESENTANTES NO PODER





1 - Uma realidade "cobre" hoje todo o mundo capitalista - seja sob a forma de democracia parlamentar oligárquica de alternativa entre partidos burgueses ou de ditadura de capital de Estado - o facto de existir um domínio absoluto do sistema financeiro parisitário mais desenvergonhado e de desclassificados vigaristas burgueses marginais.

Esta discussão hipócrita em torno das chamadas agências de "rating", na sua versão anglo-saxónica, ou de notação financeira, numa tradução aportuguesada.










Os lamentos assanhados dos comissários europeus, do Presidente da República portuguesa, ou dos "especialistas" económicos da "economia do mercado" contra as empresas da rating faz lembrar aquela frase popular do ladrão que chama ladrão ao seu parceiro de vigarice.

Na realidade, elas, as empresas, são "braços" armados, mais ou menos anónimos, propositadamente, na grande imprensa, dos grandes banqueiros internacionais.

E os homens de "Estado" que se atiram, agora, contra essas empresas, foram os seus divulgadores, impulsionadores e organizadores de todo do sistema de especulação financeira no interior dos respectivos Estados.

Foram - e continuam a ser -, na sua hipocrisia, cúmplices criminosos do sistema que ajudaram a cimentar- se e pretendem apenas "defendê-lo", mantendo-se no poder, levando a efeito as suas políticas.

Quem dominou no Mundo, com especial incidência após a crise económica e petrolífera de 1973, não foram partidos que se diziam socialistas e sociais democratas, que implantaram o que hoje se chama de Estados Sociais.

Quem começou a implantar-se, até as entranhas, em todos os Estados do chamado Mundo Ocidental, e dos outros que se vieram a chamar de emergentes, mas estão a aplicar as "receitas" económicas do sistema financeiro especulativo, foi uma fracção da grande burguesia: o grupo seleccionado da banca internacional, que medrou em torno da especulação bolsista, da conquista dos principais eixos accionistas das empresas mais produtivas de cada país, desde a banca até à indústria farmacéutica, passando pela metalomecânica, contrucção naval, aviação, ferrovia, grandes transportes rodoviários, entre outros.

Quem está no poder, quer na União Europeia, quer nos Estados Unidos da América, quer na Rússia, India ou China, são os representantes directos desse sistema financeiro internacional burguês desclassificado e obscuro.

Os seus representantes directos na altura, porque a fraqueza dos velhos partidos conservadores era evidente, foram os partidos ditos socialistas e sociais democratas (quase todos, incluindo o português, fizeram a revisão dos seus estatutos "limpando" os resquícios apelidados de "lixo marxista" e optaram pela defesa das «leis do mercados» e do capitalismo de «rosto humano») .

Foi, pois, sob a liderança desses partidos "refundados ou recauchutados" - o PSOE, de Felipe Gonzalez, o PS, de Michel Rocard e, mais tarde, de François Miterrand, o Partido Social Democrata alemão, de Willy Brandt ou o Partido Socialista Italiano, de Betinno Craxi/Partido Comunista, de Enrico Berlinguer, que essa alta finança banqueira impôs, sem restrições, o seu domínio ( político, económico e social).

Referia-se a propósito que, em Portugal, quem levou a Garcia a tarefa se chama Vitor Constâncio, então secretário-geral do PS, mas teve a conivência militante do seu fundador Mário Soares, que renegou, então, o que propusera em 1973.

Principalmente, a partir dos finais dos anos 70/inícios dos anos 80, essa finança, dominadora e bem situada, directa ou indirectamente, deixou as veleidades da descrição, e mandatou ou colocou os seus representantes para refazer Constituições, organizar a legislação que servisse, sem restrições, o aumento do poder do Capital, indo ao ponto de dispor os seus "homens" pelos cargos públicos mais relevantes, desde a formação de governos até às administrações das prinicipais empresas públicos ou de capital maioritariamente público.

Mas também foi, por essa altura, que se verificou, a nível mundial, mas com especial incidência nos EUA e na Europa Ocidental (deu lugar à UE) uma tendência mais ou menos constante de queda da taxa de lucro.










Já no final dos anos 80, havia indícios suficientes de uma ruptura entre capital industrial, que fora dominante em todo o período pós Grande Depressão, e o capital baseado nos lucros fáceis, e acima de tudo fictícios.

A rumo que este Capital optou foi, pura e simplesmente, a especulação.










Mesmo em países de domínio absoluto do capitalismo mais puro, como os EUA, desprezou-se a produção nacional em detrimento da especulação. É já na década de 90, que o modelo especulativo (ou em termos de economia burguesia o modelo liberal) ganhou foros de cidadania e de grande sistema de orientação para o capitalismo.

Era a globalização, em termos gerais, mas também a procura de sectores da grande burguesia, como a europeia, de modelos de alternativa societária (desde económica até à monetária) em concorrência que obstassem a uma avassaladora política ultra-imperialista.

Começou então a verificar-se a instabilidade cambial - e isto em particular, porque a formação da UE trouxe uma novo modelo de acumulação que engrandecia o sistema capitalista, como modelo de crescimento industrial e de harmonia económica, mas igualmente o crescimento constante da dívida pública.

O reinado estava cada vez mais concentrado no poder desse extracto da burguesia, que dominava o sistema bancário e a finança. Com a contracção financeira dos Estados, estes, através dos seus representantes recorriam aquele, o que implicava uma submissão crescente.

O Estado, aparentemente como instituição "neutra" estava nas mãos da banca. Esta pedia sempre mais, emprestava ao Estado, exigia pagamentos, obrigava a garantias do próprio Estado, sem nada dar em troca.

Então exigia mais exploração da parte do Trabalho, ou seja mais exploração dos assalariados (menos salários, mais impostos, mais horas de laboração, etc etc).

Nunca houve preocupação - pelo contrário - dos governos de agir para colocar a Administração Pública, ou seja o Estado ao serviço dos interesses da comunidade nacional, com um equilíbrio do Orçamento, indo buscar a parte restante ao poder do Capital.

O décife estatal tornou-se então avassalador. Os bancos enriqueciam, aumentando a sua dívida privada; faziam desaparecer o dinheiro e pediam mais, incluindo a exigência de garantia mais dinheiro no seu próprio Capital à custa de impostos das classes trabalhadoras.

Tudo lhes foi concedido.

A crise mundial de 2008 veio a atirar para a os olhos de quem pensa e sabe o que se pode passar que os EstadoS capitalistas (EUA, UE, China, India, Rússia, Brasil, etc etc) se estavam a tansformar e a agir, descaradamente, como uma sociedade monstruosa de acções que sacavam os seus lucros às riquezas nacionais de cada Estado.

Quando se dá a crise nos EUA nesse ano a principal preocupação da grande burguesia financeira foi procurar salvar, no imediato, única e completamente os seus interesses e dividendos, ou seja evitar a bancarrora dos seus principais sistemas financeiras, desde a bancos a companhais de seguros, injectando-lhe Capital público.










E foi, precisamente, a Administração Obama (e não qualquer administração republicana, curioso!!!) que desempenhou essa tarefa.

Em nome do bem público, os senhores bens instalados do Capital financeiro, vigaristas e criminosos até a medula (norte-americano e europeu) receberam e usaram em benefício próprio os investimentos nacionais de cada Estado.

De lado, ficou o comércio, a indústria, a agricultura, os transportes ferroviários, rodoviários e marítimos, ou seja quer as classes laborisosas, quer certos sectores da burguesia ficaram de fora, foram humilhados e roubados nos seus interesses e benefícios.

Neste momento, uma situação económica pode vir a agravar a crise actual e pode vir a fazer surgir movimentos societários de eclosão social imprevisível: a divida norte-americana, as faltas de pagamentos daquela super-potência a nivel internacional.










Qual a evolução? Não sabemos. Mas a gravidade é tal, que uma revolta generalizada pode saltar para o meio da rua.

A resposta não pode ficar somente por cada país isoladamente.

2 - A comunicação social dominante e os políticos do regime - e mesmo os da chamada esquerda - fazem o possível por apresentar as agências de notação (rating) como seres etéreos. Não explicam que elas estão representadas directamente nas grandes empresas e, na prática, são as detentores do Capital.

Um economista, como o actual Presidente da República, Cavaco Silva, serviu de motor, em passado recente, para dar o mote à argumentação que eram "meras intermediárias" do "mercado", que teria de ser tomadas em cconta.

Agora já sustenta que essas agências são uma ameaça. Só lhe fica bem. Mas deveria fazer a auto-crítica, em primeiro lugar.

O que ele não diz, e isto relativamente a Portugal, é que elas já estão nos Conselhos de Administração das principais empresas e, em algumas delas, são os accionistas principais. Com as privatizações ou a retirada do "poder de veto" (golden share) por parte do Estado, elas serão os agentes decisores dessas empresas.

O Capital Group, que domina a Moddy e a S&P, é, por exemplo o principal accionista privado da Portugal Telecomum, (mais de 10 por cento) e o actual administrador executivo Zeinal Bava o seu homem de mão. Por eles, os fundos "anónimos", indicado para o cargo que ocupa na PT.

Este Capital Group, que representa o Capital de Wall Street, tem participações de relevo em 36 países.

Cito a imprensa internacional. É considerada a entidade mais poderosa do mundo a actuar nos mercados financeiros e talvez seja uma das mais discretas. A Capital Group é, através de uma das suas empresas, a Capital World Investors, a maior accionista da entidade que detém a agência de ‘rating' Standard & Poor's e tem uma participação de mais de 10% na Moody's.

Além disto, através de fundos de investimento, a Capital World Investors detém ainda milhões em dívida soberana, onde se incluíam no final de 2010, pelo menos, 370 milhões de euros em dívida da Irlanda, Portugal, Espanha e Grécia.

Este valor pode ser superior, já que diz respeito apenas a dois fundos direccionados para o retalho de uma das cinco entidades do Capital Group.
A agência Bloomberg refere que a Capital Group opera com "luva de veludo" no controlo e influência das empresas onde está investida. Já o britânico "Independent" refere que a instituição "é quase patologicamente receosa dos meios de comunicação social". Mas a sua influência é inversamente proporcional ao seu ‘modus operandi' recatado.

Um estudo publicado no ano passado por dois investigadores do Swiss Federal Institute of Technology concluiu que o Capital Group era a instituição financeira com maior poder nos mercados globais.

A investigação incluiu 48 mercados, concluindo que o grupo é "uma accionista proeminente do controlo simultaneamente em vários países", concluem Glattfelder e Battiston.










O ‘ranking' feito pelos investigadores pode ser encarado como "uma medida de controlo e de poder potencial (nomeadamente, a probabilidade de determinada entidade conseguir atingir os seus próprios interesses em oposição a outros actores). Dadas estas premissas, não podemos excluir que os maiores accionistas com vasto poder potencial global não exerçam esse poder".

O montante canalizado para dívida portuguesa por dois dos veículos geridos pela Capital World Investors, o American Capital World Bond Fund e o American Funds Insurance - Global Bond Fund, ficava-se pelos 19,5 milhões de euros no final de 2010, aplicados em Obrigações do Tesouro que vencem em 2020, segundo a Bloomberg.





Por outro lado,os fundos geridos pela Capital Research & Management construíram uma participação qualificada na PT, isto é, acima de 2%, a 12 de Agosto, já depois da empresa nacional ter decidido vender a posição que detinha na brasileira Vivo à Telefónica. No final desse mês, a Capital Research reforçou a posição 5,07% e a última posição conhecida era de 10,09%, podendo ser superior sem que tenha de ser comunicada.






Ora, quer o PR, quer os diferentes governos establecidos desde 25 de Novembro de 1975 tem perfeito conhecimento de toda actuação, que veio dar à situação actual.






3 - Esta realidade é uma; a outra é que essas agências também estão ligadas e controlam a própria Reserva Federal dos Estados Unidos, de que são os principais accionistas.






Não se pense que o Banco central norte-americano é uma instituição pública.






Nada de mais errado e catastrófico: está na mão do capital privado, e em especial do Capital do lobby judeu internacional.






Citemos para que conste os nove maiores e dominantes accionistas dessa Reserva, cujo Presidente é justamente um judeu, Ben (Benjamim) Bernanke:






Banco Rothschild de Londres e Berlín;






Banco Lazard Brothers de París;






Banco Israel Moses Seif de Italia; Banco Warburg de Hamburgo e Ámsterdam;






Banco Lehman Brothers de Nueva York; Banco Kuhn Loeb de Nova York;






Banco Chase Manhatan de Nova York;






Banco Goldman Sachs de Nova York.

National Bank of Commerce NY/Morgan Guaranty Trust (J. P. Morgan Bank Hanover Trust of NY (William and David Rockefeller & Chase National Bank NY são os accionistas principais).






Como se pode ver, pela evidência, são todos bancos do capital judeu internacional.











segunda-feira, 4 de julho de 2011

O CASO STRAUSS: QUE SE PASSA NAS ENTRANHAS DA ALTA FINANCA...








Que se passa no interior do sistema financeiro internacional, em especial nas entranhas do poder capitalista dos Estados Unidos (mas não só), e, de modo concreto, na engrenagem da alta finança controlada pelos judeus norte-americanos, quando aceitam, de mão-beijada a substituição de um seu par - embora europeu - Strauss Khan por uma ministra das Finanças de meia-tigela, mas que pertence a uma das mais poderosas empresas multinacionais de advogados dos EUA, que se movimenta e movimentou, como peixe na água nos meios de Wall Street?
Algo de muito grave, para a finança norte-americana, estaria - e estará - na posse de Khan para o prenderem, com o maior dos espalhafatos, com um acusação sem contraditório na altura, quando o antigo ministro das Finanças francês regressava ao seu país?


Como se deixou armadilhar Khan, sabendo que estava a ser vigiado? O depravado francês, porque o é, os dados são mais que evidentes, caia numa ratoeira daquela maneira? Ainda por cima, havia escutas aos telefonemas da vítima com um namorado que estava preso. Tudo isto parece mal contado.

Mas porque se cala Khan? E se retira, quase sem dar luta, do cargo de director-geral do FMI e arruina uma possível candidatura à Presidência da República gaulesa?

Alguns dos jornais norte-americanos, como o New York Times, ou o inglês Times, ou as cadeias de televisão, CNN e FOX News, citaram, há dois anos, um congressista norte-americano chamado Ron Paul, que afirmou que, na sua opinião, não exista ouro em Fort Knox, ou seja os EUA estão a negociar no mundo sem "reservas estratégicas reais".



Perante a acusação, nunca houve um desmentido consistente e transparente, mas apenas notas formais. Nunca foi realizada uma auditoria externa a uma tal acusação. Será verdade?.

Nos meios informativos corre um rumor que os EUA teriam pago com outro falsificado, com a chancela da Reserva Federal, uma dívida à China. Será verdade?.

O Primeiro-Ministro Vladimir Putin afirmou, oficialmente, após a detenção de Khan, que este fora "vítima de uma enorme conspiração americana". Os EUA não refutam tal acusação.

E admitem, pouco depois, aliás como a Rússia e a China que uma obscura ministra das Finanças de um Presidente francês em decadência seja eleita como nova directora do Fundo Monetário Internacional, cuja principal actividade foi a "carreira" feita na firma de advogados, a norte-americana Baker &Mckenzie (3.750 advogados distribuídos por 69 escritórios em 41 países diferentes). A francesa a ela pertenceu durante 25 anos...anos, não são dias.

Curiosamente, Lagarde é uma defensora intransigente da aplicação, sem dó, nem piedade, dos planos de austeridade fomentados pelo FMI para puderem prover de fonte de novos financiamentos salvadores para os principais bancos internacionais, com os norte-americanos à cabeça.

Ora, a Baker and McKenzie, de que a actual directora do FMI, foi presidente, é uma empresa que conta entre os próprios clientes multinacionais como a holandesa Unilever (Axe, Lynx, Dove, Becel, Hellman's, Knorr, Lipton, Lux, Omo, Surf, Rexona, Carte d'Or, Olá), Honeywell (informática e armas), William Wrigley Jr. Company (gomas alimentares: Freedent, Doublemint, Spearmint, Orbit, Juicy Fruit), Searle (farmacêutica, agora Pfizer) e Eli Lilly and Company (Methadone, Prozac). Ou seja, uma fatia substancial dos accionistas do sistema financeiro de Wall Street.

Assinala alguma imprensa internacional, imprensa de referência, como o The Guardian, que Christine Lagarde foi colocada no cargo, essencialmente, para "proteger" os grandes bancos ...

E assinalam que o sistema finnaceiro norte-americano está a procurar colocar como número dois do FMI, o judeu David Lipton, considerado como "o auxiliar precioso da ajuda" ao decadente sistema financeiro.

De onde vem Lipton? Precisamente do Citigroup. Que esteve - e está - com a corda ao pescoço, com uma ameaça de bancarrota.

Será que o sistema financeiro norte-americano está numa fase de tal vulnerabilidade que as "grandes potências" se uniram para salvarem o dominio de Wall Street? Ou seja a continuidade financeira do lobby judeu.

Lagarde esteve ligada também à multimacional bancária ING Group e foi, entre 1995 e 2002, membro do Center for Strategic and International Suties (CSIS), liderada pelo judeu de origem polaca, ex-conselheiro de Segurança Nacional Zbigniew Brezinski, um dos membros mais influentes do AIPAC (ou seja a principal estrutura lobbista judaica norte-americana).

Os proximos meses sao de expectativa.