1
– Em meados do mês de Julho, o jornal inglês «The Sun» publicou umas quantas
imagens de uma parte da família real britânica da altura, fazendo a saudação
nazi.
Foi
um acontecimento ocorrido em 1933, e, a imprensa de hoje do regime britânico,
claro com o coro imundo do actual gabinete da rainha inglesa, lançaram uma
nuvem de fumo, justificando que, nas imagens, apareciam duas jovens princesas,
Isabel (a futura rainha) e a irmã Margarida, a primeira, mais velha, então com sete anos, fazendo a
saudação fascista.
Os
comentários da actual +entourage+ de Isabel II, são significativos da
manipulação. Transcrevo-os: as fotos eram «enganosas» e «decepcionantes».
A
realidade é esta: quem são os «professores» das então jovens princesas? São os
futuros monarcas de Inglaterra, convictos da ideologia nazi.
Ele,
então o príncipe herdeiro, que ascendeu ao trono como Eduardo VIII, ela, a
cunhada, que foi rainha, quando o irmão daquele, Jorge VI lhe sucedeu no cargo.
O
abandono do cargo de rei da parte de Eduardo VIII foi justificado, então, pela
propaganda palaciana e do regime, com o seu desejo inalterado de casar com uma
norte-americana +plebeia+ e divorciada.

A
razão verdadeira foi obscurecida e somente adquiriu maior preponderância quando,
em 1937, em Munique, como príncipe, que abandonou o trono, juntamente com a
norte-americana conservadora e hitleriana Wallis Simpson, foi recebido,
oficialmente, com todas as honras e saudações por Adolf Hitler.
Manteve,
igualmente uma longa reunião com o então número dois e ideólogo do regime
hitleriano Rudolf Hess.

2
– Outro caso de manipulação propositada, sobre o seu passado nazi, é o caso de
Bernardo de Lippe-Bieterfeld, nascido na Alemanha, em 1911 e veio a casar com a
então rainha da Holanda Juliana.
O
evento ocorreu em 1941, com a presença, por convite expresso, do Presidente do
Reich alemão, Adolf Hitler.
Ora,
Bernardo, desde a sua juventude esteve filiado em várias estruturas nazis,
desde o Partido de Hitler até ser membro honorário, ainda antes da subida do
nazismo ao poder na Alemanha, do chamado Corpo de Cavalaria das SS. Pertenceu
também às SA e a um sector especial das SS, a *Reiter SS*.

Bernardo com Eva Péron
Quando
terminou a guerra, Bernardo, numa primeira fase, procurou, por todos os meios,
negar a sua associação ao nazismo. Mas, os documentos eram comprovativos.
Então,
os meios de propaganda da rainha e os interesses dos EUA, na relação directa
com o novo poder holandês, tudo fizeram para obscurecer o passado daquele,
sustentando, primeiramente, que Bernardo não era um membro activo do Partido
nazi, ele que fora nomeado em 1935 por Hitler para quadro superior da empresa
IG Farben, dirigente da sucursal de Paris.
Mais tarde, transformando-o em grande
pacifista, como Presidente do World
Wildlife Fund, e serviçal útil do capital internacional, como membro fundador
do Rotary International, e um dos principais fundadores do Grupo Bilderberg.
Curioso:
a empresa Royal Shell, que trepou nos anos 30, através do apoio ao regime
hitleriano, tem como principais accionistas as famílias reais da Inglaterra e
da Holanda, sendo o terceiro grande accionista um grupo de fundos, controlados
por Wall Street, chamado BlackRock.
3
– Na primeira quinzena de Julho, o jornal inglês «Sunday Times» iniciou uma
reportagem denúncia sobre a existência de uma poderosa rede de pedófilos, pelo
menos, desde os anos 80 do século XX, sobre a qual assinalou, em entrevista ao
programa Newsnight da BBC, o conhecido activista Peter Mckelvie, existem
documentos classificados com mais de 65 anos que contem um número já
identificado de personalidades de topo do regime britânico, incluindo – citamos
– pessoas *intimamente ligadas* com a família real britânica.
Segundo
o jornal, perante o avolumar das suspeitas o actual primeiro-ministro, David
Cameron, anunciou que iria fazer uma investigação, até porque – referiu o
periódico – existe a indicação de que alguns dos políticos no activo continuam
a sua actividade criminosa.
Entretanto,
já se sabe que desapareceram 114 documentos que implicavam deputados, ministros
ou membros dos seus gabinetes.
*The
Sunday Times* refere que em investigação processual estarão, pelo menos, 21
pessoas, alguns já conhecidos do público e da sua notoriedade, entre eles
alguns nomes ilustres, já mortos.
O
curioso é que o PM Cameron nomeou para chefiar a investigação do Ministério do
Interior uma juíza já jubilada de 80 anos de nome Elizabet Butler-Sloss.
Ora,
alguma imprensa e a oposição trabalhista torceu o nariz sobre a transparência
na investigação, e, isto porque a juiza jubilada teve como irmão o antigo
procurador geral Michael Havers, precisamente na era Thatcher que,
propositadamente, desprezou as denúncias de alguns dos indivíduos agora alvos
de investigação.
Tebbit, antigo presidente do
Partido Conservador e ex-ministro de Margaret Thatcher sublinhou, em
declarações à BBC, que se está perante um caso evidente de «encobrimento
político» através de «pessoas que sentiam protegidas pelo sistema político».
Tebbit pediu aos seus camaradas de partido para contarem o que sabem.
Justamente,
uma das altas personalidades já identificadas com a pedofilia foi Peter Hugh Morrison,
responsável político conservador e secretário pessoal de Margaret Thatcher, que
morreu em 1995, bem como o deputado do mesmo partido Rod Richards que foi
acusado de estar implicado no escândalo dos hospícios de Gales, onde se calcula
que mais de 650 crianças sofreram abusos sexuais entre 1974 e 1990.
Finalmente,
um dos nomes mais sonantes que foram denunciados é o de Leon Brittan, ex-ministro
de Interior de Thatcher, que esteve há dias a ser interrogado pela Scotland
Yard por eventuais violações de menores na sua juventude.
Está
a ser acusado também de ter montado um esquema para ocultar os relatórios
internos do Ministério do Interior e, deste modo, fazer gorar qualquer intenção
de investigação contra os membros proeminentes da elite britânica.
(PS: Já agora acrescento a inclusão, segundo a Imprensa de hoje, 4 de Agosto, do falecido Primeiro-Ministro Edward Heath, nesse lista de prováveis criminosos pedófilos).
4-
O que interessa neste imbróglio todo é saber exactamente o que se passa nos
«bunkers» escondidos das classes dirigentes.
O
escarcéu que a maioria dos grandes meios de comunicação britânicos +respeitáveis+
sicários dessas classes tem o objectivo de fazer esquecer os crimes que eles
cometem ao longo dos tempos.
São
nazis, pedófilos, criminosos, vigaristas capitalistas, o seu passado deve ser
conhecido.
A
luta de qualquer jornalista ou político honrado deve ser o de obrigar a tornar
público os relatórios, filmes, dossiês, rigorosamente vigiados em
cofres-fortes.
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