O Sumo Pontífice da Igreja Católica Romana, o argentino Jorge
Mario Bergoglio, apelou hoje, durante um ritual da sua seita religiosa, por
ocasião de uma data que não tem sequer existência histórica, a Páscoa cristã,
aos não crentes e aos ateus que se encontram “longe de deus” para “se
interrogarem”, optem por “darem um passo” e “aceitarem o risco” de se integrar
na sua congregação.
Eu faço um idêntico apelo ao Papa católico: acorda e diz-me
onde se encontra esse “deus” que nunca ninguém viu, nem conheceu, que largue a
irracionalidade da sua metafísica e se torne racional e se oponha a uma
doutrina que se baseia numa metafísica. Seja não-crente e ateu.
Em vez de olhar para o céu, se vire para a terra e medite
sobre o que é a sua Igreja: uma empresa capitalista. Que entregue os imensos
tesouros aos Estados, onde foram doados, roubados, ao longo dos séculos em
saques materiais violentos, ou simplesmente adquiridos nos jogos da especulação
bolsista ou da rapina capitalista.
Como homem de estudos, e, aparentemente culto, não acha estranha que a personalidade que
ele considera como fundador da doutrina, onde assenta a sua confissão religiosa, tem um nome de origem aramaica vulgar, Jesus, um diminutivo de Jeshuah,
semelhante a centenas, senão milhares, de seres que existiram na região, onde
pretensamente, se deu o seu nascimento, e um apelido grego Cristo, que nem sequer deveria ser conhecido naquele território?
Não acha estranho que os romanos ocupantes dessa terra, a
Palestina, que tudo registavam de subversivo nos seus anais, nem sequer um página
dediquem, digo por menos, uma palavra, a um acontecimento a Páscoa, que
segundos os cânones cristãos, os Evangelhos, movimentou milhares de pessoas,
movimento este em que era Cristo proclamado “rei dos judeus”?
Como se atreve a falar de “ ressurreição” desse Cristo grego,
pregado na cruz, sem qualquer documento coevo a descrever um acto de tal
envergadura?
Não acha estranho que a classe sacerdotal judaica, que era
letrada, e deixou os seus escritos, por essa época, igualmente nada referenciem
sobre o acontecimento?
Não considera este Sumo Pontífice, que se dedica a um Deus etéreo
e desprovido de bens materiais, deveria abdicar do poder do dinheiro e viver
apenas das rezas e das procissões rituais, para ser consentâneo com a sua
doutrina primitiva?
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