1 - No passado dia 15, foi inaugurado, em Nova Iorque, no local onde existiram as chamadas Torres Gémeas, um Museu chamado Nacional do 11 de Setembro. A celebração oficial terá lugar a 21 de Maio.
Este evento, que procura tornar oficial a versão da Administração norte-americana do sucedido, ocorre 13 anos após o pretenso ataque da Al-Qaeda às Torres Gémeas de Nova Iorque (WTC) e ao Pentágono, mas o julgamento dos seus aparentes mentores e promotores que (alguns) estarão enclausurados no campo de concentração de Guantánamo, ainda não foram julgados.
Tem de se perguntar: Porquê.
E isto porque existe um relatório oficial do governo norte-americano a indicar, sem margem para dúvidas, que os eventuais sequestradores era 19, apontou os seus nomes, mantém detidos alguns dos seus "mentores".
Que o atentado teria sido obra da obscura e enigmática formação Al-Qaeda, que foi criada por um saudita riquíssimo chamado Bin Ladem, muito próximo, via família, do círculo real de Riade, que, na realidade, foi uma personagem que trabalhou para a CIA no Afeganistão, quando este estava ocupado por tropas da ex-URSS.
E, é sobre este relatório que se conta e sustenta um massacre de mais de três mil pessoas, entre os faleceram nas torres das WTC e arredores e nas quedas de quatros aviões comerciais.
O relatório, supervisionado por 10 senadores dos partidos do poder (cinco republicanos e cinco democratas), começou a ser elaborado em 2002 e publicado em 2004.
Longo o período de tempo, pois, na pretensa investigação independente...
Então, qual a razão do protelamento?
Refere o citado relatório, na sua introdução, logo no início: "Em 11 de Setembro de 2001, 19 homens armados com facas, estiletes e gás de pimenta (!!!, exclamação minha) violaram os sistemas de defesa da Nação mais poderosa do mundo. Causaram traumas insuportáveis no nosso povo e viraram a ordem internacional de cabeça para baixo".
Primeiro: há factos que destruíram grande parte do que foi elaborado pela citada comissão, que escreveu o relatório, após muitas divergências, na sua concepção.
A) Dos 19 sequestradores, todos referenciados no documento, e, portanto, dados como mortos, afinal, pelo menos, oito estão vivos. Na sua maioria, cidadãos pacatos da Arábia Saudita.
B) 15 dos sequestradores desse 11 de Setembro teriam vindo para os Estados Unidos com vistos oficiais da Arábia Saudita, ou seja, foram escrutinados e tiveram o assentimento para viajarem da parte das altas instâncias do reino saudita.
E, apesar dos seus nomes merecerem reparos quanto à sua idoneidade da parte do consulado norte-americano, a delegação da CIA naquele país deu-lhes cobertura.
Quem o afirma é Michael Springman, o antigo chefe da secção de vistos do consulado norte-americano em Jidá (Arábia Saudita), que acrescentou: desde 1987, a CIA concede, por meios ilícitos - por falsificação de documentos, nomeadamente - vistos a candidatos *não recomendáveis* do Médio-Oriente para viajarem para os Estados Unidos, para serem orquestrados e treinados para "operações encobertas" na guerra do Afeganistão, em parceria sincronizada com Bin Laden (citação da BBC, a 6 de Novembro de 2001).
A revista Newsweek, de 15 de Novembro de 2001, reportou que cinco dos indivíduos tidos com sequestradores, na década de 90, tinham recebido treino operacional em quartéis de tropas especiais dos Estados Unidos.
C) Vários jornais de língua inglesa, tidos como referências jornalísticas, noticiaram logo após o 11 de Setembro que haveria indícios de estar em preparação um atentado contra as Torres Gémeas, indícios estes menosprezados ou *esquecidos*, quer pela CIA, quer pelo FBI.
Segundo:
1 - Que especialistas aeronáuticos de renome colocam em causa a capacidade dos sequestradores, sem qualquer prática de voo, para pilotarem aviões comerciais sofisticados e navegarem, com uma precisão milimétrica, para acertar em pontos-chaves da estruturas dos edifícios do WTC e mesmo do voo rente ao solo que teria atingido o Pentágono.
A não ser que estivessem a ser controlados de terra, por sistema de comandos e comunicações altamente elaborados.
2 - Que investigadores, cientistas e mesmo instituições com a Universidade de Copenhaga que sustentam que a queda das Torres foi realizada de maneira controlada, a partir de colocação de material explosivo apropriado.
Terceiro -
a) Poucos são os especialistas, não ligados ao governo, que admitem as falhas *acidentais* ou até *descoordenação* dos responsáveis do sistema de segurança aérea existente nas áreas de Washington e Nova Iorque.
E isto porque, noutras ocasiões, sempre funcionou.
b) Actualmente, põem-se em causa os relatos de contactos telefónicos feitos de bordo, tal como foram descritos no relatório.
São vários entendidos na matéria, que seria impossível, naquela data, falar via telemóvel de bordo, na altitude em que voam os aparelhos.
Buraco produzido no Pentágono pelo alegado avião, já na fase do rescaldo.
Imagem reproduzida da dimensão real do avião. A foto foi tirada depois do fogo ter consumido grande parte da frontaria
Então o que sucedeu, realmente?
Somente com a eventual desclassficação dos documentos internos da Administração norte-americana se saberá.
O que se sabe são os efeitos imediatos que serviram o sistema político-militar dominante nos EUA:
- Do ponto de vista externo, as guerras no Afeganistão e no Iraque, já em programação, antes do 11 de Setembro.
- Do ponto de vista interno, o reforço da política repressiva, com leis secretas sobre a tortura, a prisão de oposicionistas ou de contestadores, a vigilância extensiva a nacionais e a outros países. Enfim, a fascização política do país.
2 - Desde as invasões do Afeganistão e do Iraque começaram a chover nos meios de comunicação social, dos EUA e internacionais, denúncias de casos graves de torturas, massacres, destruição maciças de estruturas daqueles países.
E, acima de tudo, uma incapacidade para encontrar ou destruir a Al-Qaeda, no Afeganistão, e, encontrar as armas de destruição massiva no Iraque.
Obama, eleito com a promessa de acabar com o campo de concentração de Guantánamo, fechar as prisões secretas e moralizar os serviços de informação percorridos por contínuas denúncias de acções de terrorismo de Estado, nada fez.
Pelo contrário, assinou novas leis repressivas secretas. Deu rédea solta à vigilância ilegal, não só no seu país, mas também, a nível mundial.
Eis que surge, Boston.
Há mais de um ano, precisamente, a 15 de Abril de 2013, ocorreram duas explosões na cidade norte-americana de Boston, num momento em que termina uma maratona concorrida.
Foram identificados dois suspeitos. Um deles morreu. Existem confissões. Provas concretas. O sobrevivente foi, formalmente acusado, dias depois da sua captura. Isto tudo segundo as autoridades policiais e judiciais dos EUA.
Então, porque ainda não houve julgamento?
Vamos ao guião oficial.
Atentado, dia 15 de Abril de 2013. Utilização de duas bombas artesanais, escondidas em mochilas.
Segundo as autoridades federais, em consequência de projecteis dos artefactos faleceram três pessoas e foram contabilizados mais de 280 feridos, com maior ou menor gravidade.
A 19 de Abril, ou seja, quatro dias depois, o FBI anunciava que os prováveis suspeitos eram dois irmãos, Tamerlan Tsarnaev (26 anos) e Dzhokhar Tsarnaev (19 anos), islâmicos de religião, nascidos na Tchétchénia, (os seus pais estão actualmente no Daguestão) onde residiam os seus pais, tendo emigrado, legalmente, para os Estados Unidos, em 2003.
Ou seja, emigraram para os EUA, ambos menores, sem a presença dos pais.
Na altura, o primeiro, teria 16 anos e o segundo 10.
O primeiro casou com uma cidadã norte-americana, de quem teve um filho.
Os dois suspeitos transportaram os artefactos em duas mochilas, que a polícia sentenciou, após as detonações, serem idênticas as que os dois irmãos usavam e teriam sido referenciadas por câmaras de vigilância no local.
No dia 19, as autoridades policiais teriam abatido o irmão Tarmelan, numa troca de tiros, e no dia 20, teriam encontrado o outro irmão Dzhokhar, escondido num barco de recreio nos arredores de Boston, com múltiplos ferimentos de bala, "na cabeça, pescoço, pernas e mãos".
As autoridades hospitalares assinalaram, na sua primeira comunicação, que o estado do capturado era muito grave, de praticamente coma, e que não poderia falar, pois um tiro ter-lhe-ia atingido a garganta.
Imagem do jovem Tsarnaev, divulgada pela polícia, no momento da detenção. Não parece estar em estado grave.
Dias depois, foi transmitido que o seu estado já era estável, embora não pudesse falar.
A 20 de Maio, a CBS referia, citando fontes anónimas "ligadas à investigação" que Dzhokhar escrevera um bilhete no interior do barco (sic), antes de ser capturado, confessando que o atentado fora um*dano colateral* pela intervenção norte-americana no Afeganistão e no Iraque.
O que começa a "cheirar a queimado" são notícias que vão surgindo.
Eu cito os jornais e agências, como a France Presse.
"Tamerlan Tsarnaev, um dos suspeitos do atentado de Boston, morto na quinta-feira, chamou, repetidas vezes, a atenção dos serviços de segurança do Daguestão, indicou à AFP uma fonte dos serviços secretos daquela pequena República do Cáucaso.
"Tamerlan Tsarnaev permaneceu aqui cinco meses e 13 dias" em 2012, declarou a fonte, que, segundo a agência, está ligada à luta anti-terrorista.
Neste período "esteve, pelo menos, quatro vezes, na mira do nosso serviço", acrescentou.
Mas, o alerta já era anterior e o FBI reconheceu-o, oficialmente, em declarações à imprensa do seu país.
Descrevo: "O FBI informou na sexta-feira que os seus agentes interrogaram, em 2011, um dos dois suspeitos do atentado ocorrido durante a maratona de Boston na segunda-feira, a pedido da Rússia".
O porta-voz ou representante do FBI sublinhou que o pedido da Rússia se baseava em "possíveis ligações extremistas", porque seria um "seguidor do Islão radical".
O representante do FBI argumentou que não fora encontrada qualquer "informação depreciativa" ou ligação terrorista.
Depois, os EUA autorizaram, aparentemente, sem o "checar", que Tamerlan se deslocasse, em 2012, ao Daguestão por um período dilatado.
A quem serviu o atentado de Boston no imediato: o desvio do que se passava com os crimes norte-americanos no exterior e interior do país e o reforço das medidas de controlo individual policial.
Afinal, temos ou não matéria para reflectir.
Temos ou não matéria para constatar que há manipulação do que se passa com a luta anti-terrorista da classe dominante norte-americana.
ONDE ESTÃO OS PERIGOSOS TERRORISTAS ENCARCERADOS SEM CULPA FORMADA EM GUANTÁNAMO.
Estes prisioneiros foram humilhados como seres humanos, sem culpa formada, sem julgamento
ESTA JÁ FOI ESVAZIADA DE MAIS DE DOIS TERÇOS DOS SEUS PRISIONEIROS.
E A ADMINISTRAÇÃO NORTE-AMERICANA PROCURA, AFANOSAMENTE, QUEM RECEBA OS RESTANTES.
SEM QUALQUER JULGAMENTO, SEM UMA EXPLICAÇÃO LÓGICA E RACIONAL.
Esta parte do texto é um lapso.
ResponderEliminar«E, é sobre este relatório que se conta e sustenta um massacre de mais de três pessoas, entre os faleceram nas torres das WTC e arredores e nas quedas de quatros aviões comerciais.»