1 - Nos últimos 20 anos, assistimos à institucionalização de "Santos" políticos pelos representantes da política capitalista ocidental, através de uma máquina publicitária, claramente, orientada pelos grandes meios de comunicação social, para fazer obscurecer as lutas de classes, os conflitos revolucionários, as relações cortantes entre exploradores e explorados.
Pelo contrário, têm sido *diabolizados* os que ousaram colocar em causa o sistema capitalista existente, recorrendo às armas e às movimentações populares anti-capitalistas, sendo, friamente, assassinados por ordens directas do serventuários locais e dos agentes destacados da principal potência capitalista, os Estados Unidos. Falamos do argentino-cubano Ernesto *Che* Guevara, dos brasileiro Maurício Grabois, Carlos Marighela e Carlos Lamarca, do colombiano, padre católico, Camilo Torres, entre muitos outros.
Che Guevara e os seus carrascos
Maurício Grabois, que liderou a guerrilha do Araguaia
Marighella metralhado à queima roupa pelos esbirros da DOP´s
Camilo Torres na guerrilha colombiana
2 - Não é de estranhar que um homem
apelidado de delinquente, terrorista, fora da
lei, pelos torturadores assassinos do apartheid
sul-africano, e, pelos lacaios jornalistas,
políticos e capitalistas norte-americanos e
pelos os capangas submissos europeus, no
caso em apreço, Nelson Mandela, fosse
transformado, num espaço de poucos meses,
pelos mesmos protagonistas, em *um dos
líderes morais e políticos do nosso tempo*???.
pelos os capangas submissos europeus, no
caso em apreço, Nelson Mandela, fosse
transformado, num espaço de poucos meses,
pelos mesmos protagonistas, em *um dos
líderes morais e políticos do nosso tempo*???.
Nelson Mandela passou 27 anos nas prisões sul-
africanas, inicialmente em Robben Island, e
depois, em Pollmoor e Victor Verster.
(A prisão de Mandela, no seu regresso, em
1962, à África do Sul, depois de ter efectuado
um curso de guerrilha na Argélia, partiu de
informações da CIA, e foram essas informações
que permitiram a detenção do chefe do ANC,
segundo o New York Times, de Dezembro de
2013, que confirmou junto da agência dos
serviços secretos do seu país).
(A prisão de Mandela, no seu regresso, em
1962, à África do Sul, depois de ter efectuado
um curso de guerrilha na Argélia, partiu de
informações da CIA, e foram essas informações
que permitiram a detenção do chefe do ANC,
segundo o New York Times, de Dezembro de
2013, que confirmou junto da agência dos
serviços secretos do seu país).
Nessa altura, era um revolucionário que queria
destruir a sociedade racista capitalista sul-
africana.
destruir a sociedade racista capitalista sul-
africana.
Tornou-se, então, a personalidade política
detestada por todo o sistema capitalista
internacional ocidental, que sempre recusou a
sua libertação, e, mesmo, a suavização das
suas condições prisionais.
detestada por todo o sistema capitalista
internacional ocidental, que sempre recusou a
sua libertação, e, mesmo, a suavização das
suas condições prisionais.
(Já em 1987, quando decorriam
negociações secretas entre Mandela e as
autoridades sul-africanas do apartheid, a
assembleia-geral da ONU aprovou uma
resolução, onde constava a exigência de
libertação incondicional de Nelson Mandela,
apenas com três votos contra: EUA (Ronald
Reagan), Inglaterra (Margaret Tchatcher) e
Portugal (Cavaco Silva, Primeiro-Ministro;
Mário Soares, Presidente da República).
Qual a razão para um *volte-face*,
quando a sociedade que Mandela afirmava
modificar, radicalmente, permaneceu nas mãos
do mesmo sistema.
Acrescento mais: transformou-se mesmo, sob a
sua liderança, na mais descarada instituição
estatal do lumpen-capitalismo internacional?
sua liderança, na mais descarada instituição
estatal do lumpen-capitalismo internacional?
O que levou à saída da prisão de Mandela?
Naturalmente, a evolução que a sociedade sul-
africana, mas especialmente a africana, estava
a sofrer, em particular, desde a década de 70,
e, especialmente, nos territórios limítrofes da
República Sul-africana, governada por nazis
brancos africandêres.
A África do Sul estava rodeada, naquela altura,
por novos países independentes, saídos dos
regimes coloniais, inglês (Tanzânia, Zâmbia,
Zimbabué), e, português (Angola e
Moçambique), todos eles anti-colonialistas e
afirmando-se anti-capitalistas.
Corria, portanto, riscos de ser asfixiada.
Corria, portanto, riscos de ser asfixiada.
No interior do movimento interno anti-
apartheid sul-africano, começava a irromper
uma contestação fora das orientações, ainda
que dominantes, dos velhos líderes do ANC.
Era o caso do Movimento da Consciência Negra
(Black Consciousness Movement), dirigido pelo
activista Steve Biko, que vai morrer, sob
tortura, da polícia sul-africana em 1977.
Sabe-se, agora, que a transferência de
Mandela de Robben Island para Pollmoor, foi
uma acção planeada para que o falecido
primeiro Presidente negro da África do Sul
pudesse estabelecer ligações e contactos com
membros ditos *moderados* da direcção da
ANC, onde se colocava a questão de uma
possível *transição pacífica* do Estado fascista
para um Estado formalmente democrático.
Assim aconteceu, em 1990, Mandela foi
libertado, - meses antes já saíra da prisão
Walter Sisulu, que, com Olivier Tambo, foram
os principais renovadores de um velho ANC nos
anos 50, depois de formalizar um compromisso,
primeiramente, com Pieter Willem Botha,
depois, finalmente, assumido com Frederik
Willem de Klerk (os últimos Presidentes
africandêres do país).
Esse compromisso passava, justamente, pela
manutenção de todo o *status quo* do sistema
económico capitalista, engendrado pelo
apartheid", com a cumplicidade directa de Wall
Street.
Quando Mandela sai da prisão, com o braço
levantado e o punho esquerdo fechado,
mostrava já apenas a fachada do seu passado,
porque o seu conteúdo tinha sido traficado.
Do ponto de vista da História, pouco interessa
o moralismo de ocasião ou as atitudes de
homem de Estado íntegro que a propaganda
intensa e dirigida pelo jornalismo do Capital,
implantou em torno de Nelson Mandela.
O seu legado histórico é a sua participação
concreta na evolução social.
E, nesse aspecto, a comparação terá de ser
feita com os seus antecessores, quanto à
melhoria de vida dos explorados.
Os bairros negros de hoje, tal como no tempo do apartheid
Já passaram mais de 20 anos, que se estabeleceu no África do Sul, um governo sob
os auspícios do ANC, e, concretamente, sobre
os ditames políticos preconizados por Nelson
Mandela.
Essa transição, que Mandela apelidou de
"táctica" e passageira, instituiu-se
permanentemente.
Do apartheid branco, racial, mas que era
apenas na realidade de governação de um
sector ultra-minoritário do capital, entronizou-
se, com mais uns quantos ricaços negros, um
real apartheid classista.
permanentemente.
Do apartheid branco, racial, mas que era
apenas na realidade de governação de um
sector ultra-minoritário do capital, entronizou-
se, com mais uns quantos ricaços negros, um
real apartheid classista.
Os dirigentes próximos de Mandela tornaram-
se oligarcas multimilionários, como Mbéki,
Trevor Emanuel, e agora o próprio Jacob Zuma,
o actual Chefe de Estado.
A realidade é o que dá o taticismo: todos esses
antigos dirigentes da luta armada são ricaços
instalados, desde o partido ao principal
sindicato Cosatu, pertencem a *Country clubs",
que eram exclusivos para brancos, são donos
sócios minoritários das principais empresa
multinacionais de exploração mineira, a
riqueza do país.
Ou seja, a estrutura económica do país
permaneceu a mesma: mais de 25 % da
população, segundo estatísticas oficiais, vive
com valores diários inferiores a dois dólares, o
que significa que sobrevive no limite da
pobreza.
Com papas e bolos, enganam-se os tolos.
Com papas e bolos, enganam-se os tolos.
Este foi o real papel desempenhado por
Mandela, como Presidente, incensado pelo
poder dominante: deram-lhe em 1993 o prémio
Nobel, juntamente, com o seu algoz, de Klerk.
A pró-americana ONU formalizou um dia, 18 de
Julho, para ser "Dia Internacional Nelson
Mandela.
Os Estados Unidos cumularam-no de honrarias,
das quais a mais destacada é a *Presidential
Medal of Freedom*, outorgada por George
W.Bush, a sinistra Isabel de Inglaterra
galardoou-o com a Ordem of St. John e, o
rasteiro político português Cavaco Silva
colocou-lhe o Grande Colar da Ordem do
Infante d.Henrique.
3 - O caso mais gritante, porque nos é próximo
e actual, é o de Alexandre Gusmão, que é
conhecido por Xanana Gusmão, actual primeiro-
ministro de Timor-Leste, de onde já foi Chefe
de Estado.
Foi transformado em herói, no momento da sua
prisão, finais de 1992, quando já actuava como
um poltrão, ao serviço da política de
compromisso para a manutenção da estrutura
ditatorial na Indonésia, e, em troca da
liberdade de Xanana Gusmão, posteriormente,
quando estivesse na ordem do dia a
possibilidade da independência do território
timorense, sem pôr em causa os interesses
energéticos (petrolíferos e de gás) da
superpotência norte-americana e dos lacaios
australianos.
(Colocou-se, nos grandes meios de
comunicação social desde a segunda metade
dos anos 90 do século passado, uma tarjeta de
censura sobre as declarações que Xanana
Gusmão fez no momento da sua detenção em
que renegou todo o seu passado de
guerrilheiro.
Afirmou-se então arrependido do mal que
sustentou ter feito ao povo maubere e lançou
um apelo aos seus seguidores da guerrilha e
da resistência para optarem pela deserção.
Quando prestou estas declarações não pareceu
constrangido, nem mostrou sinais de torturas,
nem de fraquezas provocadas por eventuais
problemas de saúde mental.
Poderia ter desmantelado, com esta sua
postura, a guerrilha e a resistência timorenses,
mas outros agarraram e impediram, sem
qualquer intervenção do Xanana capitulador).
Temos, todavia, de analisar a História política
pelos factos.
O período em que Xanana Gusmão, então um
inexperiente chefe político, conseguiu refazer
um exército guerrilheiro, e pôr em sentido
um poderoso exército ocupante javanês, entre
os primeiros anos da década de 80 do século
passado até à sua rocambolesca prisão em
1992, quando, infantilmente, se passeava de
motorizada em Dili, esse, contudo, é
obscurecido nas resenhas da grande imprensa
internacional e nas cobardes chancelarias
ocidentais, incluindo a portuguesa.
(Na realidade, nessa altura, os primeiros-
ministros portugueses e os respectivos Chefes
de Estado da altura menosprezaram, pura e
simplesmente, o papel desempenhado pelos
representantes da única delegação exterior,
onde a determinada altura pontificava um
triunvirato de unidade, representado pelo
falecido bispo resignatário de Dili Martinho
Lopes da Costa (que morreu na miséria,
abandonado pela própria hierarquia da Igreja
Católica), Abílio Araújo (FRETILIN) e Moisés da
Costa Amaral, que lutava pelo reconhecimento
diplomático do direito à independência
timorense).
Mas mais sinistra, pindérica e omissa na
verdadeira História de Timor-Leste, no
ocidente, e, em particular nos grandes meios
de comunicação social, alguns dos quais foram
dirigidos por jornalistas que apoiaram a
FRETILIN revolucionária, é o "apagamento"
dos "pais" fundadores da actual República de
Timor-Leste, apagamento este que os dois
principais dirigentes que estiveram ao leme da
Chefia do Estado e do governo (Xanana
Gusmão e Ramos Horta) são cúmplices
premeditados.
Foto de arquivo da proclamação de independência de Timor-Leste em 1975. Da esquerda para a direita Mari Alkatiri, Nicolau Lobato, Xavier de Amaral, Rogério Lobato (era alferes do Exército português), Guido Soares e Afonso Redentor, irmão de Abílio Araújo. O vice-primeiro-ministro e ministro da Economia era Abílio Araújo e o ministro dos Negócios Estrangeiros era Ramos Horta. De registar que uma portuguesa, Guilhermina Araújo, era a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros.
Na realidade, a República foi, formalmente, constituída a 28 de Novembro de 1975.
E a razão de ser da luta de resistência contra a invasão indonésia foi produto, justamente, do facto de haver em Dili, em Dezembro de 1975, um governo legítimo, com forças armadas que o defendiam.
Havia reconhecimento internacional, principalmente entre os países saídos do colonialismo ocidental, desde meados dos anos 50 do século XX. Nomeadamente, os cinco africanos de língua portuguesa, a China, Cuba, República do Congo, a Tanzânia, a Argélia, entre outros.
E Jacarta foi agiu, porque teve a concordância desta invasão dada pela autorização directa do então Presidente dos EUA Gerald Ford, em visita a Jacarta, com a anuência australiana, que, em 1978, à revelia da decisão do Conselho de Segurança da ONU, que não considerava legal face ao direito internacional a integração de Timor-Leste no território indonésio.
E os obreiros directos deste feito - a resistência em condições adversas - eram liderados por Nicolau Lobato, o segundo Presidente da República, seu primeiro chefe de governo e comandante e organizador das FALINTIL, as forças, primeiro, estatais, depois guerrilheiras, de quem esteve à frente até à sua morte pelas tropas indonésias em 1978.
E que Xanana Gusmão veio a ser o seguidor, por exclusão de partes, porque nos inícios dos anos 80 era o último membro do CC vivo no interior e permanecendo na guerrilha, mas que não era, na altura, o seu mais importante comandante operacional.
O papel desempenhado por Xanana Gusmão na *reestruturação* das chefias da guerrilha e da liderança da FRETILIN, a principal, e, praticamente única estrutura política interna na defesa radical da independência, foi controverso e levou a divergências e casos nebulosos, ainda não esclarecidos no afastamento político dos seus oponentes.
Que, não tendo a profundidade e gravidade no presente momento, ainda hoje mina a sociedade timorense.
Com erros, ou até com incompreensões políticas, o certo é que Xanana Gusmão desempenhou um papel de liderança política e militar até à sua prisão.
Pode dizer-se que estava isolado em Cipinang.
É verdade. Mas a postura política não se verga, por vontade de outrem.
Xanana Gusmão cedeu, tornou-se colaboracionista, e, este aspecto é que tem de ser analisado para se compreender como foi "santificado" pelo poder ocidental.
Quando os movimentos internos em Timor-Leste se radicalizaram e o sistema político da Indonésia começou a ameaçar implodir, com a saída do general Suharto do poder, começou a germinar nos Estados Unidos e na Austrália uma linha orientadora para uma saída política, com um Xanana domesticado.
Permitiram que o líder timorense preso tivesse contactos e até deixaram que uma australiana desconhecida Kirsty Sword, sua actual esposa, entrasse e permanecesse, com Xanana Gusmão, na prisão de Cipinang e andasse, livremente, em serviço de *espionagem* a favor da causa maubere.
É uma estória da carochinha.
Convém um esclarecimento: os responsáveis sucessores de Xanana, retiraram-lhe o comando político e militar quando prestou declarações pró-indonésias.
O Vice-Presidente da FRETILIN e chefe do governo revolucionário Nicolau Lobato discursa e o fotógrafo de serviço de imprensa da FRETILIN Alexandre Gusmão cobre o acontecimento.
Xanana Gusmão é preso em 1992, aparentemente, por quebras de sistemas de segurança, principalmente após a juventude estudantil se rebelar sob a direcção da FRETILIN, que aquele renegara.
Essa juventude enfrentou os esbirros indonésios e, os jovens, apesar de praticamente desarmados, lutaram nas ruas de Dili, em enfrentamentos, cujo conflito mais saliente foi o massacre do cemitério de Santa Cruz (12 de Novembro de 1991).
Gusmão fica detido, em Dili, numa prisão de triste memória, sendo julgado em 1993 e colocado numa prisão de presos comuns denominada de Semarang.
Mais tarde, quando começam a haver contactos com *interlocutores internacionais* é transferido para Cipinang, onde eram encarcerados os presos políticos.
Aquele massacre, que foi filmado por um jornalista estrangeiro Max Sthal, e divulgado internacionalmente, fazendo com que a acção monstruosa do Exército indonésio merecesse o repúdio geral, arrastando, desta maneira, a própria Administração norte-americana a juntar-se ao coro da denúncia mundial.
O engrandecimento dado a Xanana Gusmão, após o seu aprisionamento em Cipinang, e, particularmente, após o referendo em a 30 de Agosto de 1999, em que a população opta pela independência, é feito em paralelo, com a penetração da Igreja Católica em todas as estruturas da nova sociedade timorense, incluindo a educação e a própria política.
E, principalmente, com a tentativa premeditada entre os sectores afectos a Gusmão e à UDT, agora já dominada pelos irmãos Carrascalão, e os poderes políticos ocidentais (EUA e Austrália), para criar uma nova formação política, o Conselho Nacional da Resistência Timorense, que desarticulasse a FRETILIN, que estava associada à independência, através da luta armada.
Não foi, por acaso, que na prisão de Cipinang, ali estiveram, em conciliábulo com Xanana, a então secretária de Estado norte-americana Madeleine Albright, o ex-presidente daquele país Jimmy Carter e Alexander Downer, na altura ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália, país que rubricou, com a Indonésia um pacto de assentimento da integração timorense, em troca da repartição dos benefícios do petróleo e do gás do mar de Timor.
Após a saída da prisão e das primeiras eleições presidenciais, Xanana Gusmão é eleito Chefe de Estado, mas é a FRETILIN, que vence as eleições legislativas por maioria absoluta e forma governo.
Que vai ser sabotado pela dupla Xanana-Ramos Horta e afastado pela intervenção estrangeira, australiana.
(Para que conste, na apreciação futura- e já agora actual: Xanana Gusmão e Ramos Horta são filiados na maçonaria de obediência norte-americana).
3 - Chegamos à situação actual.
Por muito dura que a crítica seja feita a esses ex-revolucionários que amoleceram as suas convicções, em nome das manobras tácticas, para "atingir o objectivo pretendido" temos de as reafirmar, tal como o fizemos no passado, por muito que custe.
Não se pode se condescendente com quem renega o seu passado revolucionário, para atingir o poder a todo o custo, ou com justificações de o fazer para "salvar a Nação".
E só fica admirado com as transformações quem trafica com convicções, e procura sempre estar de bem com deus e o diabo.
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