terça-feira, 30 de novembro de 2010

NAZISTAS EM ASCENSÃO NA EUROPA: QUEM OS APOIA?










Os novos nazis tem apoio dos "velhos" sistemas financeiros internacionais



















Nos últimos 10 anos, começaram a florescer, quase por encanto, na Europa grupos de extrema-direita, alguns conotados abertamente com a ideologia nacional-socialista, que vingou na Alemanha nos anos 30, alcançando resultados significativos em termos eleitorais.


O primeiro caso relevante foi o do partido francês Frente Nacional, liderado pelo antigo legionário Le Pen, que, em 2002, foi à segunda volta das eleições francesas, competindo com o então líder da direita conservadora Jacques Chirac, este vencedor, apenas, porque o PS e PCF apelaram ao voto no ex-presidente da Câmara de Paris.

Ora, Le Pen, cujo partido nasceu, como grupúsculo sem significado, em 1972, surge com riqueza súbita, em 1977, que, segundo ele, foi uma doação de “um simpatizante”.


Ganhou, rapidamente, espaço na grande comunicação social, que, generosamente, lhe deu as páginas para a sua propaganda, e, mereceu a cumplicidade benevolente da direita no fomento das suas diatribes racistas e xenófobas, sem qualquer tipo de repressão judicial.

Pouco tempo depois, o caso mais alarmante ocorreu na Áustria. O Partido da Liberdade, abertamente nazi, colheu 27% dos votos, sendo o segundo partido mais votado do país (atrás apenas dos social-democratas), ficando a ser, nesta altura, o maior resultado eleitoral de um partido nazi-fascista na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Em seguida, os olhares viraram para a Suíça. O SVP, partido da mesma ideologia, alcançou cerca de 20% dos votos.

Desde então, a lista de partidos nazis a ascenderem, quase pulando, do nada, sem dinheiro, para uma certa expressão eleitoral com o peso de finanças avultadas, que, aparentemente, não se sabe de onde, foi-se (e está) multiplicando.
No começo do ano passado, a DVU (União do Povo Alemão) recolheu 13% da votação no acto eleitoral legislativo do Estado estado de Saxônia-Anhalt, que fica em território que pertenceu à ex-Alemanha Oriental.

Recentemente, o partido nazi dos “Democratas da Suécia" entrou no Parlamento em Estocolmo.
Os exemplos expandem-se no continente europeu. Dinamarca, Holanda, França, Suíça, Áustria, Hungria, Itália e Bélgica são os países em questão.

O Partido Popular da Dinamarca (DVP) é considerado o modelo para o Sverigedemokraterna. Foi subindo, com todo o apoio cúmplice do poder conservador e social-democrata dinamarquês, e a sua líder Pia Kjasgaard tem uma calorosa recepção nos meios de comunicação locais.

Na Holanda, o Partido pela Liberdade (PVV) foi a terceira maior força do último acto eleitoral para o Parlamento.

Na Aústria, a direita nazi ganhou mais poder em 2008. O partido,que foi de Haider – este faleceu num desastre entretanto - é, agora, o mais poderoso do país, com o apoio de 17,5% dos eleitores, juntamente com a liga BZÖ – formada por dissidentes do FPÖ, representa um total 28% dos votos naquelas eleições.
Com maioria de dois terços, a Liga dos Jovens Democratas (FIDESZ) está à frente do governo da Hungria desde as eleições de Abril de 2010. O chefe de partido e Primeiro-Ministro Viktor Orban está abertamente com as posições alinhadas com um programa de cariz nazi.
O mais importante grupo pró-nazi da Itália é a Liga do Norte, de Umberto Bossi, está no Governo de Berlusconi quatro ministros.

Por seu turno, a Nova Aliança Flamenga (N-VA) de Bart de Wever tornou-se o partido político mais forte da Bélgica, alcançando 17,4% nas eleições legislativas realizadas naquele país em Junho de 2010.

O que nos prende a atenção é que estes partidos medram no seio de uma sociedade que se diz democrática, e estão a ter a sustentação cúmplice dos chamados grandes partidos do poder na Europa, os democratas-cristãos, os liberais, os conservadores, por um lado, e os sociais-democratas/socialistas, por outro, ao mesmo tempo que realizam a sua propaganda, com fortes apoios nas grandes empresas de comunicação social (imprensa escrita, rádio e televisão), com fechar de olhos de todo o aparelho de Estado às suas ilegalidades e atitudes abertamente anti-democráticas e, supressumo das encomendas, aparecem estar a nadar em dinheiro.

Forças do capital financeiro internacional, e em particular o europeu, reunem-se, frequentemente, com esses partidos, e muitos dos grandes financeiros e industriais fazem afirmações públicas ou declarações avulsas, em que preconizam "medidas drásticas" de contenção das reivindicações populações, e fazem apelos, cada vez mais insistentes, à "reformulação do poder", insistindo na centralização em "executivos de pulso" em detrimento da actividade partidária e da liberdade de expressão e políticas.

Quando o capital financeiro parecia estar no auge (2003 e 2007), já era evidente que os principais paises capitalistas (EUA, Reino Unido) apodreciam com a falta de produção própria nacional. E os principais economistas e analistas económicos do grande capital sustentavam que a crise ecómica em gestação iria alargar com um crise maior, financeira.

A Europa, desde os anos 80 do século passado, estava então a ser a potência económica em ascensão, causando fortes engulhos ao capitalismo imperial norte-americano. Ao mesmo tempo nessa Europa, ganhavam forças as reivindicações sociais e movimentações em torno da construção de uma "Europa Social" em contraponto às políticas capitalistas especulativas, apelidadas eufemisticamente de neo-liberais.

Começaram então as maiores tentativas de destabilização da unidade política dessa Europa (de fora para dentro e com os cúmplices internos do suserano norte-americano).

Regressemos, então, agora, à velha Europa saída da II Grande Guerra, percorrida pela crise e, principalmente, a uma Europa dos princípios dos anos 20 em que ganha força uma ideia de ruptura com a velha ordem estabelecida com as ascensões ao poder nos finais dos anos 90 do século 19 e principios do século XX dos governos representantes do grande Capital (França, Inglaterra, Alemanha).

A Alemanha era o caso mais preocupante, pois na Baviera, em 1918, um partido de inspiração comunista, a Liga Spartaquista, tomara o poder, e esta revolta fora jugulada pela força de milícias de direita, impulsionadas ou admitidas pelo Partido Social-Democrata nacional.

Na altura, também havia numerosos grupos insignificantes de extrema-direita, mas, além de fragmentados, não tinham qualquer expressão significativa eleitoral.

A partir dos finais dos anos 20, tal muda de figura.

Em Setembro de 1930, os nacionais-socialistas, de um austríaco pouco letrado e tido como esquisito na altura, Adolfo Hitler, inesperadamente, recolhe 10 vezes mais votos do que na eleição anterior para o Parlamento da República de Weimar. Hitler aparecia com uma força para-militar de guarda-costas, carros com motorista, dinheiro a rodos para propaganda. Uma aceitação crescente entre a oficialagem que pertencera ao Exército imperial, alguns com cargos de generalato.

Não se encontrava, então, um justificação política muito plausível para tal.
Até porque estavam no poder forças coligadas da direita conservadora. Algo estava a acontecer, não não se tinha uma extensão precisa do que germinava para tal suceder tão rapidamente.

Em 1948, já no fim da guerra, apareceram informações mais esclarecedoras.

Os investigadores de História e da Política tiveram conhecimento de dois livros que tornavam público, em parte, os apoios que tiveram os hitlerianos.
Estes livros chamam-se “Liebet eure Feinde”, que significa “Amai vossos Inimigos” (Ed. Frankhauser, Neuf-Chatel, da autoria do escritor suíço Werner Zimmermann e outro livro, de Severin Reinhard, intitulado “Spanischer Sommer” ou seja, “Verão Espanhol” (Ed. Aehren).

E o que descrevem esses livros, segundo os investigadores? Que em 1933, na cidade holandesa de Amesterdão, uma editora então conhecida a Van Holkeman & Warensdorfs publicou um livro com o título “Hitlers geheime Geldquellen”, ou seja “As fontes de Dinheiro Secretas de Hitler”, de autoria de Sidney Warburg.

Este livro reproduzia o teor de três conversas que Warburg mantivera com Hitler.

Com a ascensão do líder do Partido Nazi ao poder em 1933 a edição do livro desapareceu.
Restaram dois exemplares que ficaram na posse de um antigo responsável nazi dissidente, que se exilou na Suíça, chamado Otto Strasser, que em 1936 referiu o seu conteúdo numa obra que lançou, três anos mais tarde, chamada “Finanzielle Weltgeschichte”, cuja tradução em português e ´"História Financeira Mundial".

Em síntese o que expunha Strasser, referindo-se ao livro do norte-americano.

Felix Warburg, tio de Sidney, pertencia a uma família judia de grandes finaceiros. Tinha nascido na Alemnha e fora o organizador da carreira de navegação alemã Hamburg-America Linie.

Um seu irmão, Paul M. Warburg, estava então no governo de Washington e, ao mesmo tempo, era grande accionista do Banco Kuhn, Loeb & Co., de Nova Iorque.

Sidney era filho de Paul. Ora, em Julho de 1929, cerca de um ano antes das eleições legislativas alemãs, o banco Guarantee-Trust, de Nova Iorque, pertencente ao grupo Warburg, deu instruções a Sidney para representar os interesses do sector norte-americano naquele país e que apoiasse, para o efeito, um grupo político e o seu líder que preconizassem a ideia e a prática de "uma revolução nacional" alemã.

Como foi decidido este apoio? Segundo o livro, citado pelos dois autores, o presidente do Guarantee-Trust reuniu-se, em privado, com os administradores do Banco de Reserva Federal americano, FED, Rockfeller, da Standard Oil Co., MacGlean, da Royal-Dutch Co. (Shell) e ainda administradores de outros bancos que não são mencionados.

O que preocupava o capital financeiro judeu norte-americano? O facto de, com o Tratado de Versalhes, que pós fim a guerra franco-alemã, a França, através das reparações de guerra, punha em causa, pela sua forte presença na dívida teutónica, as trocas cambiais do Reino Unido e dos EUA.

Ou seja, os financeiros judeus norte-americanos queriam ter nas mãos a Alemanha em detrimento da França.

O intermediário alemão escolhido foi Hitler. O Warburg encontrou-se, pela primeira vez, com o austríaco em Munique, que aceitou os apoios. Teria recebido, logo uma primeira tranche, de 10 milhões de dólares, via banco (judeu) Mendelsohn & Co.

Este movimento monetário teria ocorrido em 1929.

Perante a ascensão dos votos em 1930 - e com a libra e o dólar fracos face ao franco na Alemanha - e esta em clara fraqueza para pagar dívidas, a campanha hitleriano subiu de tom, mas o líder do partido nacional-socialista exigiu mais dinheiro: 500 milhões de marcos para fazer uma “revolução verdadeira”, ou 200 milhões para uma “tomada legal do poder”.

Warburg conseguiu, de imediato, mais 15 milhões de dólares via Mendelsohn & Co.e ainda do Rotterdamischer Bank, de Roterdão e da Banca Commerciale Italiana, de Roma, com cinco milhões de cada.

No livro, segundo os autores já citados, Warburg refere que viajou então para Roma, junto com Strasser, Heydt e Goering, onde teria ficado na residência de Ítalo Balbo. Depois seguiu para Génova e embarcou aqui para Nova Iorque.

A 30 de janeiro de 1933, Hitler foi chamado pelo Presidente Hindeburgo para assumir o lugar de chanceler do Reich.

Os autores escrevem que, em fevereiro de 1933, Warburg manteve o seu último contacto com Hitler, em Berlim, na Fasanenstrasse nº 28.

O livro de Warburg refere ainda que, antes da eleição de 1933, teriam sido doados a Adolf Hitler mais dois milhões de dólares através do Banco Rhenania de Düsseldorf e mais de cinco milhões através do Banca Commerciale.

Os capitalistas financeiros judeus teriam, deste modo, ajudado, fortemente, a ascensão de Hitler ao poder.

Quando Hitler lança a campanha diriguida contra os judeus na Alemanha, já nenhum dos grandes empresários e financeiros estavam no país. Refugiaram-se nos EUA.

A "arraia-miúda" judia sofreu depois as consequências. Mas, alguns importantes judeus continuaram a apoiar Hitler dentro das ...próprias Forças Armadas.

Mas as relações económicas entre a Alemanha de Hitler e os empresários norte-americanos não findaram em 1933.

O falecido filósofo de origem judia Roger Garaudy no seu livro "mitos fundacionais da política israelita", sustenta o seguinte:

"No preciso momento, quando Hitler obteve, com os seus aliados políticos, a maioria absoluta do Reichtag, recebeu uma grande ajuda financeira para o rearmamento da Alemanha, quer em dólares, libras e francos. A "Caixa Central de Propaganda" do partido de Hitler não foi apenas alimentada pelo banco alemão Schreider, mas também pelos grandes grupos norte-americanos, ingleses e franceses".

Tal foi o caso do consórcio químico americano Dupont de Nemours e do grupo inglês Imperial Chimicals Industry, que investiram na I.G. Fraveb, com a qual dividiram o mercado mundial de pólvora. E também o Banco Dillo de Nova Iorque, que subvencionou a Vereinigt Stahlwerke, o complexo alemão do aço.

Outros estão a ser subvencionados pelo Morgam ou Rockfeller, etc... Deste modo, foram cúmplices a Libra e o Dólar na conspiração que levou Hitler ao poder".
A História repete-se, agora, com a dupla figura de farsa e tragédia.

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