domingo, 8 de maio de 2011

A MORTE DE BIN LADEN: UMA ÓPERA BUFA

Os mentores imperiais de assassisnatos políticos a sangue-frio









1 - Os EUA estão a transformar numa "ópera bufa" a história em torno da morte do seu antigo agente secreto norte-americano Osama Bin Laden, pretendendo fazer crer que conseguiram efectuar uma operação de grande eficácia no interior do Paquistão, sem o conhecimento das autoridades daquele país, através de um ultra-sofisticado golpe de mão, com três helicópteros, que teriam voado, possivelmente milhares de quilómetros de outro país, sem serem referenciados e reabastecidos.


É, realmente, uma estória de carochinha para "crentes" na liberdade, na democracia e na legitimidade, principalmente os grandes jornalistas portugueses ocidentais actuais e os anafados dirigentes políticos desse mesmo "mundo".


2 - Além da estória de encantar - convem salientar que o governo dos EUA não é fonte credível em matéria informativa. É apenas uma fonte -, pelo relato do executivo de Obama este executou, em primeiro lugar, um assassinato político mesmo face ao "sua" lei judicial internacional, em segundo, fê-lo, violando, grosseiramente, a soberania de um país, mesmo que para o efeito tivesse a cobertura dos seus dirigentes políticos.


3 - Na realidade, os EUA reivindicaram a morte de um homem que nada sabemos sobre se as acusações que as autoridades de Washington lançaram tivessem comprovação oficial e provadamente em Tribunal.


O que sabemos, oficialmente, porque Washington confirmou-o é que Osama Bin Laden foi seu agente secreto em missões no Afeganistão contra a então ocupação das tropas da ex-URSS, que o armou, ensinou e controlou.


A partir daí, até agora, não há provas levadas a julgamento e confrontadas por fonte judiciais independentes que garantam que a estrutura chamada Al Qaeda, pretensamente liderada por Bin Laden, tivesse efectuada a destruição das Torres Gêmes em Nova Iorque, um ataque ao Pentâgono e o despenhamento de um avião na Pensilvânia em Setembro de 2001.


Acção essa foi o pretexto para a aceleração da militarização mundial e para a efectivação de todos os crimes contra a humanidade, que têm sido perpretados pelos EUA, um pouco por todo o mundo, desde o Afeganistão ao Iraque, passando pela Líbia e, muito provavelmente, na Síria, enfim um pouco por todo o mundo onde estejam em causa "os interesse nacionais estratégicos" da oligarquia democrata-republicana que domina a economia e a política dos EUA desde o século XIX. Repito século XIX.


(Convem igualmente referir que - e os dados proveem dos economistas norte-americanos - que a chamada campanha contra o terrorismo internacional já custou só aos EUA, nestes 10 anos, mais de 1,4 biliões de dólares, que têm sido gastos essencialmente com grandes empresas privadas de armamento e de segurança, bem como na institucionalização de uma monumental rede policial ultra-sofisticada e ultra-secreta não só no interior do país, mas em todo o mundo que se submete à sua vassalagem, incluindo Portugal).


4 - Concentremo-nos já agora em detalhes, que nos ajudam a duvidar de tudo o que o governo de Obama contou a propósito desta morte de Bin Laden. Oficialmente, a operação teria ocorrido a 1 de Maio passado.


Na primeira versão anunciada pelo executivo de Washington, Osama Bin Laden havia sido morto após um tiroteio contra de um grupo especial de nome "Seals" da Marinha dos Estados Unidos, e que o árabe teria usado um das suas esposas como escudo humano.


Na segunda versão, 24 horas após a primeira, o governo relatou que Bin Laden não estava armado e que a sua mulher não fora usada como escudo, mas investira contra os homens que atacavam o seu marido e fora ferida na perna.


Surge então uma terceira versão desse mesmo governo, agora formulada 72 horas após a ação.


Desta vez, o que foi transmitido à imprensa é que não existiu um violento tiroteio durante a invasão, e apenas foram disparados alguns tiros por um subordinado de Bin Laden no início da operação que durou 40 minutos, e que o sujeito foi eliminado, com toda a rapidez e limpeza pelas tropas de elite.


Sobre o destino de Laden, há duas versões: uma que o enterraram com a "dignidade" das tradições islâmicas e outra que o lançaram ao mar. Mas poderá colocar-se uma terceira. Estará vivo?

Surgem, entretanto, outras versões do lado paquistanês, e dos seus serviços secretos, que não brincam em serviço, e que teriam ficado com, pelo menos uma das mulher de Laden e os filhos. Essa mulher relatou aos seus captores (ou guardadores...) que o líder da Al Qaeda foi capturado vivo, desarmado e levado pelos soldados norte-americanos e executado, mais tarde, friamente. Possivelmente, após interrogatório.


Os senhores de Washington não desmentiram esta versão. Segundo Obama, a cara ficou desfigurada, mas porquê? Apenas pelo tiro ou algo mais? Há provas de alguma coisa?


5 - A morte de Bin Laden surge, por um lado, no meio de uma crise económica, orçamental e financeira de tais proporções nos Estados Unidos da América, e por outro, no aprofundamento de uma crise social e política não só no centro do mundo capitalista mais avançado - EUA e União Europeia, mas também na periferia desses dois pólos - norte de África e Médio-Oriente e América Latina e Ásia.


Ainda no interior dos EUA, aproxima-se uma campanha presidencial, e o Presidente, que foi impulsionado pelo capital norte-americano, e escolhido com pompa pelo lobby judaico dominante, para a Casa Branca em 2008, estava numa fase de declínio político acentuado. Tudo indica que o mesmo capital financeiro deseja catapultar o democrata Obama novamente para ficar à frente dos destinos executivos de Washington.


Além do mais, os decisores de Washinton têm de resolver um problema que os está a minar: a crescente militarização do seu país. A dispersão dos seus exércitos, em conflitos prolongados, está a tornar-se no sorvedouro de dinheiro, sorvedouro este que tem contribuido, fortemente, para o seu declínio produtivo, económico e financeiro.


Naturalmente, esta morte pode servir de argumento para justificar uma retirada menos "desonrosa", mas que não vai ser possível, pois os seus concorrentes, quer a nível mundial, a União Europeia, Rússia, China e Brasil, quer nas regiões ocupadas, não vão querer que Washington saia de um atoleiro, que debilita crescentemente os EUA, indo eles ocupar o seu lugar.


Os próximos irão dar-nos, certamente, mais pistas para clarificar o que realmente sucedeu com Bin Laden.





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