terça-feira, 1 de maio de 2012

PEQUENOS TRECHOS DA HIPOCRISIA CAPITALISTA


1- A administração dos supermercados Pingo Doce admitiu, hoje, ao colocarem os preços dos seus produtos a metade do seu valor de venda habitual que estão a explorar, desonestamente, os portugueses no seu dia-a-dia.

Na realidade, o objectivo da multinacional da distribuição 
alimentar, liderada por esse "democrata" chamado E.A. 
Soares dos Santos, que foge aos impostos, em Portugal, 
levando a sede da empresa para a Holanda, onde, 
curiosamente, é parceiro comercial com a UNILEVER, neste 
dia, 1º de Maio, era (e é) o de "destruir" o feriado do "Dia do 
Trabalhador".

Mas, ao fazê-lo, lançando "mão" da esperteza saloia de 
colocar no mercado preços mais baixos, numa altura de crise, 
levando, deste modo, sectores importantes desfavorecidos da 
população portuguesa, a servir de "almofada" à contestação 
dos seus próprios trabalhadores.

Todavia, um facto é evidente: se consegue colocar os produtos a baixo preço, o Estado - e já agora os partidos que se arrogam da defesa dos direitos dos assalariados e os sindicatos - devia actuar para obrigar este grupo capitalista a manter os preçários  daqui em diante.

Ou então, o que será mais grave, se tal acontecer - e aí a 
autoridade de segurança alimentar - deveria estar atenta, o 
grupo Jerónimo Martins, com esta artimanha, esteve a 
desfazer-se de produtos com os prazos no limite ou fora dele.

Foi realmente um triste espectáculo ao ver, em plena 
cidade de Lisboa, família inteiras, com filhos menores, em longas filas, e a transportarem - os miúdos também - caixas e mais caixas de cerveja e vinho, bem como outros produtos alimentares, como se tivesse a assistir a uma "romaria" de província. 

Na realidade, a encher os cofres desses cafres chamados Soares dos Santos. Miséria humana. 

2 - A multinacional IKEA, com sede na "civilizada" Suécia, foi 
acusada por por um canal de televisão daquele país, a SVT, 
que apresentou documentos, de ter utilizado a força de 
trabalho de presos políticos na antiga República Democrática 
da Alemanha (RDA), nas décadas de 1970 e 1980.

A multinacional, que, como grande empresa capitalista 
liberal, acusava a então RDA de ser um "antro do 
comunismo", e ser um país onde não existia liberdade, veio 
agora a saber-se realizava operações "encobertas" de 
trabalho forçado naquele antigo país, agora integrado na 
Alemanha, para aumentar exponencialmente os seus lucros.

O grupo IKEA é o maior vendedor de mobiliário do mundo, 
com uma facturação, em 2011, da ordem dos 25 mil milhões 
de euros e um conjunto de 130 mil trabalhadores em várias 
partes do planeta, na sua maioria, em precariedade de 
emprego. Mas com lucros fabulosos.

Era esta a RDA, que o PCP glorificou, e continua a 
glorificar, como modelo de capitalismo de Estado, 
que apelidava de socialista!!

3 - O jornal I traz hoje uma entrevista com um antigo 
diplomata britânico de nome Carne Ross, que fez parte da 
delegação governamental do Reino Unido na ONU, Nova 
Iorque, durante os anos de 1997 e 2002. 

O entrevistado afirma ao jornal, que se demitiu do cargo 
depois do seu país e dos Estados Unidos terem invadido e 
ocupado o Iraque, o acto bélico daqueles dois países 
imperialistas foi propositado, pois tanto o governo de 
Londres, como o de Washington, sabiam que não havia 
armas de destruição maciça, nem o regime iraquiano 
constituía uma ameaça militar para qualquer país da região.

"A nossa avaliação interna na altura - refere - era que não 
havia ameaça", sustenta Ross, que  acrescenta: "Tony Blair e 
George W. Bush ainda hoje dizem que foram levados ao 
engano pelas *provas* dos serviços secretos e pelos serviços 
de informação. Pura mentira".

Praticaram, pois, um crime de guerra, um crime contra a Humanidade. Morreram na invasão e, posterior, ocupação devastadora do Iraque perto de 
um milhão de pessoas. 

Pois estes homens são criminosos de guerra. Mas, os piedosos democratas ocidentais continuam a considerá-los como "heróis".

A questão era o controlo do petróleo e o desejo manifestado por Saddan Hussein de sair do sufoco do domínio financeiro do dólar.


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