1 – Os autoridades norte-americanas, através da sua
mais corrupta entidade governamental, a DEA, o Departamento de Combate à Droga,
e com a cumplicidade do Estado cabo-verdiano, capturaram, ilegal e
traiçoeiramente, no interior de um país independente, um dos seus comandantes
militares, acusado de ser um traficante de droga, mas reconhecido,
precisamente, pelas instituições governamentais que gerem esse país, a
Guiné-Bissau.
Os EUA arrogam-se em direito privado unilateral de
intervir, como os antigos senhores feudais, no interior de territórios e
Estados, como se fossem – e o são na realidade – assassinos predadores para
obter espólios das riquezas dos povos e actores nazis-fascistas que elevam a
doutrina de Estado, tal como Adolf Hitler, nos anos 30 e 40, um programa de
conquista territorial em nome de “um espaço vital” que, na sua versão, se
resume, apenas, a uma extensão do território dos Estados Unidos da América, em
nome da sua “segurança nacional”.
Espezinham, em nome dessa pretensa atitude
imperial, direitos nacionais, interesses próprios de povos, que não podem
utilizar as riquezas da sua produção interna ou do seu subsolo, porque esse
Estado imperial predador eleva a sua supremacia militar como arma de opressão e
de humilhação de outros seres humanos.
São, na realidade, na actualidade, criminosos
contra a Humanidade e como tal devem ser denunciados e tratados, para no
momento preciso, sejam julgados e encarcerados – os seus dirigentes políticos,
económicos, policiais e militares – para cumprimento de tais sentenças.
O pretexto foi a traficância de droga na
Guiné-Bissau, em que um dos principais intermediários na região seria o
comodoro Bubo na Tutcho, justamente um dos dirigentes militares da Guiné-Bissau
ligado aos Estados Unidos da América desde o golpe de Estado de 1998, que
afastou o antigo Presidente Nino Vieira da Chefia do Estado, com a própria
ajuda de Portugal.

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2 – Nasci e cresci numa pequena vila raiana
portuguesa, precisamente, onde, nessa época, um dos privilegiados meios de enriquecimento da
burguesia local, essencialmente, comercial, era o contrabando, a par da
utilização “braçal” ocasional de mão-de-obra.
Assisti, presencialmente, como miúdo, a
traficâncias e vi com os meus próprios olhos como se efectuavam as transacções,
quem eram os beneficiados, os servidores e controladores: conheci a época do
“contrabando” do sabão, do café, dos emigrantes e a primeira fase da
traficância de droga.
Desta experiência, fiquei a saber que é impossível
efectuar contrabando de fronteira em larga escala e organizada, sem a aprovação
directa das entidades policiais e para-policiais em intervenção nos dois lados
da raia.

Quando havia qualquer acto de prisão relacionado
com este tráfico era porque o visado – ou os visados – actuava(m) fora da
alçada do “controlo” daquelas entidades ou dos principais “comerciantes”
ligados ao mesmo contrabando. Que inclusive enquadrava certos hierarcas
religiosos.
Ou então, os detidos eram simples serventuários, os
serviçais que levavam o “produto”, e ultrapassavam a “dose” contratual
estabelecida com o agente policial de “serviço” na contagem dos volumes
transaccionados.
Já adulto e muitos anos depois, precisamente em
1986, como jornalista profissional, fiz uma viagem, em serviço, acompanhando o
então Primeiro-Ministro de Portugal ao México, que foi recebido no Palácio
Presidencial.
Conheci, então, ocasionalmente, alguns jornalistas
mexicanos, e nos minutos de conversa que mantivemos, um deles foi taxativo: Aqui está estabelecido o “quartel-general” do
negócio da droga.
Na ocasião, para mim, foi um desabafo, foi uma simples frase. Posteriormente, vi a sua
razão.
Meses depois tomei conhecimento pelos jornais que o
seu anterior Chefe de Estado Carlos Salinas teve de fugir do país, refugiando-se
na Irlanda, acusado, entre outras malfeitorias pela sua ligação directa à
traficância de droga.
Mais tarde, ou pela mesma altura, é detido o general que
actuou como seu Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, por
envolvimento no mesmo tráfico.
O
Presidente, que se encontrou com o então PM português António Guterres, Ernesto
Zedillo, veio também a ser acusado de práticas fraudulentas na gestão dos
dinheiros públicos e, também, por cumplicidades directas com os “capos” da
droga.
Era, no entanto, um homem de mão dos EUA, que se
formou na Universidade de Yale, e pagaram-lhe os favores: após a saída da
Presidência, não foi julgado, e tomou posse como administrador executivo de
várias empresas dos Estados Unidos (Procter and Gamble, Alcoa e Union Pacific,
esta última proprietária dos caminhos de ferro mexicanos, privatizados durante
o seu mandato).
Adicionalmente, participa ainda em alguns programas
das Nações Unidas, relacionados com o financiamento a países em via de
desenvolvimento.
Foi também questionado relativamente a actos de
gestão fraudulenta ocorridos no FOBAPROA.
3 – A produção, comercialização e venda das drogas
têm uma imensa e complexa rede de pessoas, mas, na actualidade, está tudo nas
mãos dos poderes estabelecidos: políticos, militares-securitários, financeiros,
judiciais.
O negócio da droga é hoje um assunto de Estado, e
nele estão implicados os dirigentes das grandes potências e dos principais bancos
e sistemas financeiros mundiais.
Claro que há intermediários tidos como “fora da
lei”.
A começar, justamente, pelos Estados Unidos da
América.
Desde o próprio departamento anti-droga (a DEA),
mas
igualmente os serviços secretos, em especial a CIA, os representantes dos cartéis e bancos ligados
ao investimento do dinheiro da traficância no Congresso e Câmara dos
Representantes, mas também as autoridades castrenses/e de segurança, que actuam
dentro do país, ou estão destacados, como ocupantes, em vários Estados do
Mundo.
O exemplo mais flagrante, actualmente, é o
Afeganistão, que trataremos mais à frente.
Mas já sucedeu no Vietname, no Laos e no Cambodja,
entre muitos outros países.
A realidade.
Os dados são das Nações Unidas.
Em 1998, foram
injectados, legalmente, repito, legalmente, na economia mundial 352 mil milhões
em dinheiro da droga.
Justificam os “peritos” financeiros dos principais
Estados: sem esse dinheiro, a economia global ter-se-ia desmoronado desde então
e – sublinho eu – vários grandes bancos dos EUA e da Europa teriam ido à
falência.
Ora, o centro do sistema financeiro mundial é Wall
Street em íntima ligação com o Banco do Vaticano, o Instituto per la Opere
della Religione (IOR), logo a
administração norte-americana, como braço político daquele, e a Santa Sé, que
domina o sistema financeiro europeu, e em grande parte sul-americano, com forte
presença nos EUA, ambos, portanto,
vivendo numa crise permanente e claro na especulação permanente, que lhes está
inerente, têm de contar, como do pão para a boca, do negócio da droga.
O sistema financeiro em estertor, minado por
contradições cada vez mais insolúveis, principalmente no domínio da produção e
da industrialização, necessita, seja por
que meio for, do controlo directo e radical dos investimentos de muitos
milhares de milhões – triliões de euros/e/ou dólares que montaram, fomentarem e
alargaram, através de gangues de proporções imensas no negócio das drogas em,
praticamente, todo o Mundo.
O director do Departamento das Nações Unidas sobre
a Droga e o Crime (UNODC), o italiano Antonio Maria Costa, explicou, em 1999, que o dinheiro acima citado foi o “único
capital de investimento líquido” que serviu, precisamente, para “salvar” grande
bancos da falência no ano em causa, 1998.
Claro que todas estas operações tiveram o
assentimento directo e foram coordenadas pelas autoridades em Washington, no
Vaticano, em Bruxelas e em Londres, pelo menos.

“Empréstimos
interbancários foram financiados pelo dinheiro que se originou do tráfico de
drogas e outras actividades ilegais … Havia sinais de que alguns bancos foram
resgatados dessa forma”, disse Costa ao jornal britânico Observer em 2009.
Esses biliões ou triliões entraram, calmamente, no
sistema económico e os seus possuidores transformaram-se em “pessoas
respeitáveis”, pois eram políticos, banqueiros, altas patentes militares ou
intermediários, agora considerados “investidores” de “cadastro limpo”, estilo
Uribe, da Colômbia ou Zedilho, do México, ou “donos” mafiosos de Las Vegas, ou
os mórmons comerciantes de Salt Lake City.
4 – A especialização especulativa financeira do
tráfico de droga – legal e ilegal -
transformou-se, deste modo, em objectivo geo-político e geo-estratégico para os
principais do poder do grande capital financeiro.
Combater a droga, como um cancro social, deixou de
ser um acto de justiça, mas adquiriu, na realidade, o estatuto de projecto de
primeiro plano de controlo de dinheiro, logo, de segurança nacional e de
segurança do “espaço vital” em todas as zonas do globo.
E assim entramos directamente no Afeganistão.
Existe hoje mais traficância e cultivo de papoilas
brancas no Afeganistão do que no tempo dos talibans.
É um facto. Está
registado.
E quem controla este negócio rentável?
Os valores são oficiais, das Nações Unidas.
Os
senhores do Afeganistão (locais e ocupantes) recebem, na actualidade,
anualmente, mais de quatro mil milhões de dólares da droga, tida como ilegal.
Segundo as estatísticas da UNODC, 92% dos opiáceos
produzidos no mundo que não possuem uso farmacêutico procedem do Afeganistão,
que actualmente dedica mais espaço ao cultivo da papoula branca do que a
América do Sul ao cultivo da árvore da coca.
Além disso, o Afeganistão, UNODC dixit,
é, neste últimos anos, o maior produtor de haxixe do mundo.
Para onde vai aquela soma astronómica?
A maioria para os ocupantes da NATO (e naturalmente
para os seus apoiantes internos, Karzai e companhia).
É o UNDOC que o sustenta: um quatro do dinheiro
recebido vai para os cultivadores, o restante para os “controladores”, cuja
cabeça central é a DEA norte-americana, os militares daquele país, bem como os
seus numerosos grupos paramilitares.
Segundo o UNODC, que explica num relatório intitulado
“Vício, crime e rebelião”, 3,4 mil milhões de dólares são produzidos,
anualmente, a partir dos opiácios no Afeganistão.
Deste valor, os talibans
recebem apenas cerca de 4 por cento, os cultivadores 21%.
Então oque acontece
aos restantes 75%?
São distribuídos pelos ocupantes e pelos senhores
da guerra locais que estão ao lado da NATO.
Para onde vai este dinheiro?
Para o grande sistema financeiro internacional.
(Só um pormenor – os talibans em 2000 começaram uma
campanha interna para controlar a expansão do cultivo da papoula branca. Quando
se deu a ocupação do Afeganistão por parte dos EUA e dos seus sequazes,
incluindo os portugueses? Em 2001: Será mera casualidade?).
Um facto: a implantação desde 2001 dos EUA no
Afeganistão, além do seu propósito económico de controlo de matérias-primas,
nomeadamente o petróleo e o gás do país, mas igualmente como placa
geo-estratégica para toda a região do Médio-Oriente e do Cáspio, onde se
concentras as maiores reservas mundiais de gás, e, possivelmente de petróleo, o
certo é que foi estabelecida um conjunto de rotas de abastecimento e
fornecimento de drogas com íntima ligação a todo o sistema económico mundial.
Não é por acaso que houve uma pressão militar dos
Estados Unidos – com cumplicidades de certos Estados europeus – para
desmembramento da Federação Jugoslava e criar umas espécies de protectorado em
Kosovo, Macedónia, e, mais diluído no Croácia e Bósnia.
O que é certo é que a rota principal de
abastecimento de drogas, em especial opiácias, do Afeganistão para a Europa,
tem como trânsito a Turquia – uma placa giratória de dupla importância, civil e
militar – e “caminhos de passagem” pelas Balcãs. São valores, segundo a ONU, da
ordem dos 20 mil milhões de dólares anuais.
Talvez se perceba, também aqui, a pretensão “obsessiva”
dos EUA, com a cumplicidade do Vaticano e da Alemanha (foram os dois países
europeus, sim porque a Santa Sé é um país, que mais contribuíram para a
separação da Croácia da Federação Jugoslava) pelo desmembramento e controlo
daquela região.
O relatório da ONU, que temos citado, especifica
que o volume de negócios global criado por opiáceos atinge cerca de 65 mil
milhões de dólares, dos quais entre 90 e 95% é lavado através de actividades
"legais" de comércio e introdução no sistema bancário.

Ora,
grande parte deste negócio e do consequente “encobrimento” do dinheiro no
interior do sistema financeiro acontece nos Estados Unidos.
Ou seja, o grande mercado de recepção e
distribuição de drogas passa, em grande medida pelos próprios EUA.
Socorro-me de dados oficiais, divulgados, para
justificar esse movimento.
Naquele país, calcula-se – estatísticas oficiais de
1990 - que entre 5 a 15 mil milhões de
dólares (20%), dos valores entre 50 e 75 mil milhões, que se gerem em torno do
comércio de drogas foram desviadas para
fora do país: um terço em moeda, o restante por meios bancários
norte-americanos de transferência electrónica.
Estima-se que entre cinco a dez mil milhões sejam
para pagar os intermediários do tráfico, principalmente colombianos e mexicanos.
Os especialistas sustentam que este movimento,
embora os volumes sejam grandes, é, todavia, muito inferior aos valores que
chegam e permanecessem dentro do país.
Todavia, a própria administração está a combater
esta saída de dinheiro, que é sintoma de debilidade da descrença na segurança
do sistema financeiro norte-americana, porque o seu valor tem um impacto
negativo na própria balança de pagamentos, encarando esta “fuga de capitais”
com a gravidade que estão a fazer com os próprios gastos em importações de
mercadorias legais.
Em 2005, o Relatório Mundial das Nações Unidas
sobre Drogas, proveniente do UNODC, revelou que o valor do mercado ilegal de
drogas deve ter atingido os 13 mil milhões do países e territórios produtores,
cerca de 95 mil milhões nas transacções correntes e mais de um bilião de
dólares nas entradas finais, isto tendo em conta as eventuais perdas.
Em termos de movimentação financeira bancária é
muito dinheiro.
Pode não ser a primeira actividade directa do
aprovisionamento de Capital pelo lúmpen grande capitalismo internacional, mas
corresponde a uma fatia de tal maneira elevada que, necessariamente, será
levada em conta nas opções geo-estratégicas e geo-económicas das grandes
potências, em especial dos grandes centros financeiros.
Por isso, é que o caso da invasão do Panamá, em
1989, não pode ser visto apenas como um processo de evitar que um antigo aliado
de peito dos Estados Unidos, e seu agente da CIA, o general Noriega, fugisse ao
seu controlo geo-estratégico-militar.
Em causa estava, também, todo o comércio de droga,
cuja intermediação a nível de transporte e de “lavagem de dinheiro”, sob a
supervisão de Noriega, que envolvia outros componentes de contrabando, começava
a desemparar o “abraço” norte-americano na “asfixia” da produção de cocaína da
Colômbia, e por tabela, do Peru, da Venezuela, da Bolívia e do Brasil.
4 – Eis,
pois o cerne da questão.
O comércio, desde a produção ao transporte e à
própria venda/distribuição, de drogas ilegais (mas também legais, e falaremos à
frente) não está concentrado no “espaço vital interno” dos Estados Unidos, nem
no centros principais das finanças mundiais (Vaticano, Wall Street e City
londrina) é uma actividade muitinacional, que se estende numa escala
planetária.
O que pressupõe uma estratégia de controlo como
fazendo parte do “espaço vital” dos interesses nacionais fora do seu
território.
Os seus lucros dependem do espaço geográfico dos
locais de produção e de consumo, da existência de fronteiras nacionais e da
legislação de cada Estado nacional.
Quer isto dizer que os lucros e mais valias dessa
cadeia de economia de droga e de outros produtos ilegais que, por vezes, estão
dentro das mesmas redes e rotas, levam a procurar harmonizar alianças políticas
e militares, subornos nas proporções definições de políticas governamentais,
através de chamados programas de assistência de erradicação das próprias
drogas, que não passam de “instituições de fachada”, estilo DEA, USAID, para
controlar internamente a produção e distribuição dos produtos ilícitos.
E, acima de tudo, subornados por bancos colocados
estrategicamente para financiar programas ditos de “actividade económica”, mas
que são, na realidade, entidades bancárias “encobertas” para financiar
conflitos guerreiros ou anti-guerrilheiros, para proteger a actividade ilícita
garantida pelos governos e exércitos desses países, como é o caso da Colômbia,
das Honduras, do Paquistão, e até a própria Birmânia, ou como já sucedeu (e
continua a suceder noutras escalas) no Brasil, Argentina, Venezuela, Bolívia ou
Perú.
Ou então, instituindo, encobertamente, entidades
bancárias ou parabancárias nos próprios países de economia desenvolvida, como
aconteceu nos EUA, com os Casos “Irão/Contra” e detenção arbitrária de Noriega
e, agora, sucede na Guiné-Bissau.
(Claro que na Guiné-Bissau o objectivo é mais
extenso e pressupõe o controlo naval-militar de todo o golfo da Guiné, com os
olhos postos, principalmente, no petróleo da Nigéria).
Ora toda a “lavagem de dinheiro ilegal” não
estaciona nas mais valias das drogas, mas, normalmente está associado ou actua
em parceria, ou paralelamente, com a própria e simples fuga de capitais, o contrabando
de armas, de diamantes e outros
riquezas, como o lítio, de produtos electrónicos,
de matérias primas para a fabricação de armas nucleares, bem como os lucros, aparentemente, mas só
aparentemente, sob o controlo de máfias (como o tráfico de jovens, prostituição,
hotéis, casinos, casas de câmbio- hoje muito em voga, entre outros).
O exemplo mais gritante é o Estado norte-americano
do Nevada, em particular a cidade de Las Vegas.
Não nos fixemos somente no aspecto da droga ilegal
e da sua “lavagem de dinheiro” para a introduzir no sistema financeiro legal
(Quando à lavagem de dinheiro, a ONU estimou que são processados entre 120 a 500
mil milhões de dólares – e estou a falar de narco-dólares - por ano através do sistema bancário mundial ),
mas sim num papel crescente da produção e distribuição de drogas legais e como
o sistema usa os países menos desenvolvidos.
Convém não esquecer, pois, que é um
assunto grave e terrivelmente criminoso.
Vamos abordá-lo, sinteticamente, para acabar este
texto.
5 - É a
existência nos principais países do chamado primeiro mundo, com os EUA, à
cabeça, onde são produzidas, mais ou menos, legalmente, mais legalmente, ligadas à sua omnipresente indústria farmacêutica, milhares de milhões de dólares em
drogas sintéticas.

Vão desde os alucinogénios, estilo LSD, mas a
depressivos e estimulantes, onde se incluem metamfetaminas, que conforme o
destino imediato, podem ser confeccionados em laboratórios, mais ou menos clandestinos,
ou abertamente legais.
Basta transformá-lo, com um simples documento, em
produtos farmacêutico, consentido pela indústria farmacêutica e pela INFARMED
lá do sítio, a FDA (Food and Drug Administration).
A introdução da indústria farmacêutica na difusão e
comercialização das drogas, ditas legais, ainda é pouco conhecida.
Como é pouca
conhecida a sua interligação, a esse nível, comercialização da droga, na
entrada do sistema financeiro mundial.
Mas que existe, isso existe, e desempenha
um papel relevante nesse criminoso comércio.
Exemplos: os grandes “trusts” farmacêuticos, que
dominam sem qualquer rebuço, a produção internacional de fármacos, pode, com
toda a naturalidade, utilizar os benefícios legislativos legais de outros
países, facilmente subornáveis, para enriquecer.
Falemos por exemplo do
Rohypnol, que é trabalhado na Colômbia, México ou na Suíça, em nome do grande
laboratório Hoffmann-La Roche.
Pois, é vendido, com grandes lucros, nos Estados
Unidos da América, onde não pode ser produzida ou transaccionada legalmente.
Nos próprios Estados Unidos, estão a disseminar-se,
largamente, o cultivo de “marijuana” (cannabis) como planta natural para fins terapéuticos.
Na realidade, por detrás desta fachada, está já um rendoso mercado comercial,
que contempla mais de 25 % do uso naquele país, como mera droga.
Mas pode falar-se,
por exemplo de drogas produzidas em alguns países, como sendo destinadas à cura
de doenças graves, como a sida, que na realidade são produzidas industrialmente
para serem drogas injectáveis, perigosas, no mercado corte-americano.
Como se pode atacar este flagelo?
Somente com uma ruptura do actual poder político.
Não há outra alternativa.
Ou se controla, revolucionariamente, todo o sistema financeiro mundial,
ou não haverá qualquer mudança.
É esta a realidade que se tem de pensar e por
em prática.
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