segunda-feira, 8 de julho de 2013

ISLAMISMO RADICAL VERSUS CATOLICISMO E PROTESTANTISMO RADICAL

1 ­ - O maior avanço, que se deu, nos últimos 100 anos, na construção ideológica de um Estado democrático, foi a Constituição de um Estado rigorosamente não confessional com a vitória, momentânea, da Revolução Socialista Russa de 1917, que, nos seus pressupostos, seguia os ditames tentados, meio século antes, com a Comuna de Paris.

Porque foi, primeiro, na Comuna, depois na Rússia revolucionária que se colocou a religião fora da esfera estrutural do aparelho de Estado, e a tornou como um dos “ramos” da miríade de elementos privados que constituem o que se denominava então “sociedade civil”, tal facto significou que o Estado se estava a implantar como meramente político.

Este paradigma, embora com diferentes projectos e proposições ideológicas constitucionais nos incrementos que se deram nos Estados modernos, democrático-parlamentares, teve a preocupação de separar o Estado da religião.


Mesmo nos Estados já existentes onde o islamismo era dominante, ou nos futuros Estados “de base muçulmana” nascentes das descolonizações europeias, como o Egipto, a Líbia, a Síria, Argélia, Iraque, Irão, Síria, Indonésia, entre outros.



2 – Esta evolução entrou em retrocesso, principalmente, na segunda metade do século XX, com uma evidência devastadora e acelerada nos finais do mesmo e já em todo o século XXI.

Os desafios programáticos das revoluções políticas que marcaram os finais do século XIX e a primeira metade do século XX deixaram de ser os objectivos de transformação da sociedade humana e, uma parte significativa da suas classes, que a constituem seguiram, os ditames religiosos, como princípios de organização modificadora dessa sociedade. 

De maneira evidente, no mundo muçulmano, de maneira oportunista, no mundo ocidental, à medida que o cristianismo e o judaísmo se organizaram e se interajudaram como entidades que utilizam o o comércio e a actividade bancária como objectos de domínio, de usura, de egoísmo humano.

Quer as Igreja protestantes anglo-saxónicas, quer a Igreja Católica Romana universal,  transformaram a sua natureza religiosa pura em prática dominante de domínio do dinheiro.

Utilizam a riqueza material como objectivo de domínio político, que lhes é alheio, destroçando, de certa maneira, paulatinamente, a constituição do Estado Democrático. 

Com o apoio das classes dirigentes, para usufruto próprio do seu egoísmo pessoal.


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