terça-feira, 31 de dezembro de 2013

NOVO ANO: OS CENTROS DE PODER VÃO MEXER-SE EM BREVE

1 – O ano de 2014 parece vir a ser um ano de encruzilhadas, de início de recomposições de poderes, indiciários de possíveis explosões sociais de envergadura, mas também de tentativas de imposição de poderes ditatoriais do grande capital num sentido cada vez mais alargado no espaço planetário.

Os poderes, que eram e, em parte ainda o são, podem estar a ficar para trás, presos nas cadeias da História.

A imagem e a argamassa, que se construíram as instituições e os jogos de forças ao longo das últimas dezenas de anos, logo após a segunda grande guerra, com a ascensão meteórica da política hegemónica contínua dos Estados Unidos, principalmente depois do seu aparecimento na cena mundial com o triunfo da bomba atómica, e, posteriormente, do incremento da alta tecnologia, com a entrada na conquista do espaço e da evolução rapidíssima dos mísseis intercontinentais, e, acima de tudo, o seu domínio económico global, com a primazia do petrodólar, como moeda universal de troca na produção, distribuição e comercialização das riquezas ligadas ao petróleo e gás, pareciam apresentar uma auréola de sucesso sem fim.

Numa competição vencedora face ao capitalismo de Estado, matizado de falso socialismo, que teve a sua “entronização” como vanguarda de progresso, mas, na realidade, anti-materialista, primeiro, na antiga União Soviética, depois na República Popular da China.

A hegemonia norte-americana conquistada, de maneira evidente, na segunda metade do século XX, com uma actividade sem contestação de imposição e sem escrúpulos de violência e de terra queimada, sustentada em defesa de argumentos, sem qualquer discussão, como polícia mundial, em torno de umas pretensas e abstractas democracia e liberdade, que, aparentemente, não teria escolhos ou travões, tinha, mais cedo ou mais tarde, de colapsar.

E o marco divisório dessa realidade, que ganhou evidência, deu-se com a crise – financeira e económica - de 2008.




2 – Na realidade, os vencedores da II Grande Guerra Mundial aproveitaram o facto de ter havido uma carnificina planetária, que custou mais de 50 milhões de vidas, por um lado, na antiga União Soviética, a principal visada desde o início, por outro, na Alemanha e Itália, fomentadores do conflito, e, em países contíguos, cujos dirigentes se colocaram ao lado das potências nazi-fascistas da altura, como a Roménia, Hungria e Bulgária , juntaram-se, numa aliança provisória de divisão de despojos, que começou em Ialta, não para cooperarem, mas para repartirem, arbitrariamente, os territórios, primeiro, europeus, depois os circundantes e coloniais, em zonas de influência.

Assim aconteceu, da parte da ex-URSS, com os países que vieram a fazer parte do COMECOM e do Pacto de Varsóvia, e, da parte dos Estados Unidos, que forçaram o alinhamento de protectorado no chamado mundo ocidental, através da NATO e do Plano Marshall, e, em escala mais diluída, com a OCDE.

(Dividiram mesmo, por essas razões, a própria Alemanha).

Aparentemente, não se pode afirmar, de forma taxativa, que tal divisão, pós II Guerra, sucedeu, com violência, pois houve um assentimento tácito inicial dos próprios povos a essa repartição.

A fase seguinte, essa sim, a sua prática, do lado dos vencedores, esteve encharcada na na mão de ferro e no peso da violência.

Todavia, da parte da antiga União Soviética, até porque lhe faltavam os investimentos financeiros necessários e uma estrutura industrial e agro-industrial avançada, pois a destruição da sua capacidade produtiva no seu espaço territorial para reconstrução teve, já nos anos 50 do século XX, uma maior extensão e profundidade, que levou a espezinhar, desde logo, sem qualquer rebuço, os sentimentos nacionais, a pretexto de ter havido um colaboracionismo acentuado das suas classes dirigentes e intermédias com o regime de Adolf Hitler.

E criou, deste modo, uma tensão crescente em Estados como a Jugoslávia, logo em 1947, porque se libertou do nazi-fascismo, praticamente, sem apoios exteriores e a Hungria em 1956, com uma revolta generalizada, sufocado com a intervenção directa militar da URSS.

Os Estados Unidos da América foram os grandes beneficiários da II Grande Guerra, nela entrando na sua fase final, quando o regime nazi já estava em retrocesso, e, em fase de agonia.

No período de 1939 a 1942, juntamente com o Canadá, incrementaram a sua industrialização, em especial a indústria pesada, e a exploração de riquezas minerais.

Na realidade, duplicaram a capacidade industrial dos dois países, e, os Estados Unidos fomentaram, grandemente, o investimento, abrigados de toda a destruição que atingiram os países, verdadeiramente, empenhados em conter o avanço nazi-fascista imperial (alemão, italiano e japonês).

Os norte-americanos apenas começaram a fornecer material bélico e produtivo aos países europeus, em guerra contra os nazis hitlerianos e fascistas mussilinianos, já ia dentro o ano de 1941, mas num processo de chamado de Lend-lease Act ( Lei de empréstimo e arrendamento), o que pressupunha pagamentos com juros.

Procuraram, acima de tudo, balizar, a partir de meados de 1943, altura em que desembarcaram na Sicília, uma “zona de influência” político-militar na parte ocidental da Europa, em especial França, Espanha, Itália e Inglaterra, e, se possível, o que conseguiram, na própria Alemanha.

Os Estados Unidos forçaram os Estados, que ficaram sob o seu controlo económico-financeiro, através do Plano Marshall, a constituir governos da sua confiança, a partir de 1949, organizando, ao mesmo tempo, uma parceria militar, a NATO, que dominaram, totalmente, enxameando a chamada Europa ocidental de bases castrenses e corpos de Exército de verdadeira ocupação, como na Alemanha Ocidental, Itália, Bélgica, Inglaterra, Espanha e Portugal.

O incremento desmesurado militar dos Estados Unidos, aliado à sua caminhada crescente para a supremacia nas relações financeiras internacionais,  começou a dominar, paulatina e em alargamento extensivo a outros países, as relações comerciais e o avassalamento dos grandes bancos, da actividade bolsista, e de uma parte significativa da produção/comercialização/distribuição de matérias-primas, com especial destaque o petróleo e o gás.

Ao mesmo tempo e impondo o dólar, como a moeda de troca padrão incontornável de todas as actividades, comercial e financeira, internacionais, impossibilitaram, nos países mais avançados, qualquer alternativa de poder independente, pois as burguesias nacionais foram subservientes e as classes trabalhadoras a lutarem sem programas revolucionários.

Intervieram abertamente em territórios que se desejavam emancipar das tutelas coloniais, em Estados que aspiravam, pura e simplesmente à sua independência, dividiram e espezinharam, inclusive, parte da Europa, já depois de destruição da antiga URSS, motivo principal do seu apego propagandístico em defesa da democracia em luta contra o comunismo.

A sua arrogância de supremacia do seu sistema que consideravam perfeito e indestrutível, como modelo a seguir em todo o mundo, valia mais, muito mais, que as aspirações dos povos a sua própria soberania, ao seu caminho independente.

Intitulavam-se libertadores, mas massacravam e humilhavam.

O rol passa pelo Vietname, Cambodja e Laos, passa por toda a América Latina, desde Cuba à Nicarágua, incluindo as ditaduras chilena, brasileira, argentina, uruguaia, paraguaia, peruana, boliviana, venezuelana e colombiana.

Extravasando mais recentemente para a Europa do sul com a destruição programada da Jugoslávia e a transformação da Albânia e o Kosovo em Estados de narcotráfico, controlados pelos serviços secretos norte-americanos. E reduzindo a escombros o Iraque, o Afeganistão e a Líbia.

Todavia, esta actividade criminosa, embrulhada em falsa democracia, está a acabar.

Tinha de acabar.


3 - A violência de Estado pode ser um acto de prática selvagem ou de próprio ordenamento social, mas é, acima de tudo, um produto económico.

Logo, custa dinheiro.

Baseando-nos em dados do Instituto Internacional para a Investigação da Paz (SIPRI, em inglês), com sede em Estocolmo, no ano passado, os EUA gastaram cerca de 682 mil milhões de dólares em despesas militares, o que representa perto de 40% de todas as despesas castrenses dos restantes países da Terra.

As despesas militares norte-americanas aumentaram cerca de 68%, desde que foram organizados os atentados de 11 de Setembro em Nova Iorque e Washington a 11 de Setembro de 2001.

Embora uma parte destas despesas possa trazer benefícios em exportação armamentista, a maioria faz parte de uma actividade improdutiva para a economia, que conduziu ao reforço interno do militarismo, com a componente imperialista, que, ao longo dos últimos 50 anos, se foi transformando em objectivo central de toda a actividade estatal norte-americana.

Ora, em termos de economia política, tal orientação, seja qual for o Estado, contribui para a sua decadência e, provavelmente, a prosseguir o mesmo rumo, para a sua destruição.

/De maneira evidente, desde 2001, os EUA mostraram ao Mundo que a sua imposição imperial através das suas Forças Armadas constituiu a finalidade central da sua acção como Estado.

De certo modo, esta política foi um “tubarão” feroz da sua penúria económica e financeira, e, em grande medida, a razão da sua entrada em plano inclinado no domínio da cena internacional/.

Porque todo o processo de incremento militarista norte-americano, deu-se, concomitantemente, com um progressivo empobrecimento da economia interna dos Estados Unidos, e, uma avassaladora dominância do grande capital financeiro centrado em Wall Street, com ramificações interligadas, na City londrina.

Este capital, cada vez mais concentrado numa fracção da grande burguesia, em particular a sua face lumpem, estendeu as suas “garras” ao sistema financeiro de cada Estado, às suas bolsas, às suas riquezas minerais, às suas grandes redes de transporte transnacionais, às suas grandes propriedades agrícolas e produções agro-industriais.

Este domínio da lúmpen grande burguesia afastava-se cada vez mais da produção industrial dos Estados Unidos, produzia retrocesso interno: falência de Estados e grandes cidades, desemprego, abaixamento contínuo dos salários, cortes no papel social do Estado.

Consequentemente, alargou fissuras no seu poder real internacional, que levou países e grupos de países a entrar na sua própria corrida armamentista, mas também a procurar “parcerias alargadas” de alternativas de intercâmbio monetário, trocas comerciais e inclusive, na formação de polos de Estados com a economia interligada (a UE é o caso de sucesso, mas estão forjando-se outros como o MERCOSUR, e, essencialmente, a composição de uniões monetárias, como os BRICS e o grupo de Xangai – este com uma certa componente militar – para facilitar as trocas comerciais entre si, sem passar pelo padrão dólar).

/Vejamos o incremento das despesas militares de todos os países, incluindo os EUA, segundo o relatório do SIPRI de 2013 - 1.756.000.000.000,00 : um total de despesas maior do que em qualquer ano desde o fim da II Grande Guerra e o ano de 2010/.



4 – A paralisação parcial de toda a Administração norte-americana, incluindo o seu governo, na segunda metade deste ano, trouxe uma grande machadada na confiança já abalada do dólar como moeda de referência.

Mas, isso não é o mais saliente no conjunto das relações comerciais e económicas mundiais, o que relevou esse aspecto visível do “icebergue” que está a ferir a estrutura política, social e militar norte-americana é que a crise aberta naquele país com a falência do seu sistema financeiro, em 2008, e passados cinco anos, não dá mostras de um controlo.

Pelo contrário, aprofunda-se continuamente, e, abriu, definitivamente, a caixa de Pandora que está a fazer em estilhaços toda a estrutura montada na geopolítica dos últimos 30 anos. 

Os “remédios” receitados pelo sistema financeiro internacional, centrado nos organismos de Washington, o FMI e o Banco Mundial, com as chamadas “medidas de austeridade”, que levaram os povos ao empobrecimento em todo o globo, podem trazer no bojo nos próximos tempos as tempestades revitalizadoras de uma, ou várias explosões sociais, daqueles que consideram que o caminho percorrido tem de ser invertido.

Já não há lugar para recuo, quando muito uma travagem brusca, momentânea, para fazer avançar o comboio da humanidade noutro sentido.

Os Estados Unidos, como motor da economia mundial, já foi chão que deu uvas.

Em Outubro, os seus departamentos estatais divulgavam, oficialmente, que a sua dívida pública atingia então os 16,699 biliões de dólares.

E esta dívida tem vindo sempre a crescer, impulsionada artificialmente por emissão de dólares sem correspondência real com o desenvolvimento económico.

São "papéis" que o Estado emite em títulos, comprados pelo Banco Central – a Reserve Federal – depois de serem adquiridos pelos principais bancos que receberem empréstimos constantes do mesmo Estado a juros quase zero.

Somente, portanto, o sistema financeiro tem sido beneficiado com o crescimento da dívida.


Histórico da dívida pública dos EUA (Foto: Editoria de Arte/G1)

Retirado do jornal O Globo


Como se pode verificar o grande salto na dívida inicia-se em 2001.

Como hoje é, consensualmente, admitido nos Estados Unidos – e em todos os países, que acefalamente seguiram Washington, e os ditames de Wall Street -, os beneficiários do reembolso da dívida pública norte-americana são os grandes bancos norte-americanos.

O endividamento público norte-americano, nitidamente em crescendo nos últimos 10 anos, está, neste período, directamente relacionado com dois aspectos da política da classe dominante: o financiamento, com dinheiro dos contribuintes, sem limites, dos principais bancos e companhias de seguros, os verdadeiros fautores e responsáveis conscientes da crise, a partir da falência fraudulenta do Lehman Brothers e o investimento constante do complexo industrial militar.

Mas, como a voracidade do grande capital, os seus representantes políticos no aparelho de Estado – governo, Câmara de Representantes e Congresso e Reserva Federal – (curiosamente, na sua esmagadora maioria ligados ao lobby judaico, quer pela sua origem, como Ben Bernanke, o Presidente da FED, quer pela sua adesão ao mesmo, Barack Obama, Hillary Clinton ou John McCain), têm de enquadrar orçamentos federais que possam alimentar a pretensão constante de lucro imediato.

Mas, naturalmente, como necessitavam de mais dinheiro, lançaram uma campanha manipuladora, sustentando que irão produzir mais dólares e bilhetes de Tesouro, para estimular a economia. Chamaram a essa campanha de quantitative easing QE (tradução livre *facilidade de quantidade*).

O objectivo, segundo os promotores – a FED, de Bernanke – era o de lançar, na economia, estímulos monetários para que servisse o desenvolvimento empresarial, com a criação segura de emprego e incrementasse a produção interna (agro-industrial, industrial e tecnológica).

Ao mesmo tempo, evitar a subida de impostos e evitar a restrições nos acessos às prestações sociais.

Foram três os QE lançados desde 2009 pela FED, que atingiram os quatro biliões de dólares do erário público.

Os resultados para a economia real onde estão?

Retiramos, através de um artigo inserido do jornal português Expresso, que recorreu a um texto inserido, em Novembro, no “Wall Street Journal”, com o título de “Confessions of  a Quantitative Easer”, cujo autor Andrew Huszar foi um dos responsáveis desses estímulos no interior da FED.

Segundo Huszar, os quatro biliões de dólares tiveram apenas um efeito multiplicador de apenas 40 mil milhões de dólares de aumento do PIB.

Di-lo o agora académico Huszar: os beneficiários foram os bancos.

Cita-se: “os bancos norte-americanos viram o seu valor em bolsa triplicar desde Março de 2009 e apenas 0,2 % deles controlam mais de 70 % dos activos bancários – cartel”.


5 – Colocando de lado as divergências e questiúnculas no interior das instâncias dirigentes capitalistas norte-americanas, e centremo-nos na razões de fundo que enquadram estas revelações, retiramos que a crise está a ultrapassar os principais dirigentes do sistema financeiro mundial.

(Perante a dimensão da crise, o sector dominante de Wall Street, ligado ao lobby judaico, procura reforçar, desde já, a sua penetração nos meandros dos negócios especulativos dos EUA, colocando dois dos seus no topo da FED: Janet Yellen, que substituirá Bernamke na Presidência em Fevereiro próximo e em número dois Stanley Fischer, que ocupou o cargo de governador do Banco Central de Israel entre 2005 e 2013).

Desde 2008, o selecto grupo do G-8 (EUA, Alemanha, Japão, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia), que era o “centro geo-estratégico financeiro e militar da altura-1975, onde se debatiam e harmonizava, de acordo com os seus interesses, as relações económicas, comerciais e militares").

Devido às sucessivas crises mundiais ou regionais de envergadura, iniciadas já na década de 80 do século XX, e porque surgiam países e Nações com novas capacidades económicas e militares que fugiam ao estrito controlo dos seleccionados, claro que contra a sua vontade tiveram de alargar o grupo em 1999.

Chamaram-lhe g-20, que enquadrava uma nova realidade, a União Europeia, a mais importante, mas também um conjunto de BRICS – os emergentes, como a China, a Índia, Brasil, África do Sul, e os parceiros em crescimento que com eles podem fazer parcerias, como a Argentina, ou interligação com outros como a Coreia do Sul, México, Canadá, Austrália, Indonésia, Arábia e Turquia.  

Com a crise de 2008, e, sob a perspectiva de um descalabro do próprio capitalismo internacional, a 25 de Setembro de 2009, os seus representantes políticos intitularam o g-20 como “o novo conselho internacional permanente de cooperação económica”.

O objectivo desta concertação de países, aparentemente divergentes, teve um único propósito – controlar as possíveis explosões sociais, procurando, no mínimo, atrasar o que eles sabem ser inevitável, e, defender e resguardar as principais instituições financeiras e bancárias.

Foi então organizada, a nível planetário, a maior manipulação propagandística para colocar em prática aqueles propósitos: dizer que os povos viviam acima das suas possibilidades e que era necessário implantar uma austeridade forçada e permanente para colocar, novamente, a economia nos carris.

Tal como foi uma operação concertada para salvar o actual lumpen sistema financeiro internacional, era – é – um sintoma de que os principais dirigentes dirigentes do sistema estão ultrapassados.

Tiveram de se socorrer de – logo admitir – uma nova dinâmica geopolítica e geoeconómica, o que significa que estamos, por assim dizer – numa nova fase em desenvolvimento de uma nova definição geopolítica, que quer queiramos, quer não, se irá estender, em breve, ao próprio Irão.

Esta dezena de anos trouxe, por um lado, uma transformação radical da economia, com uma desarticulação de todos os centros de poder, mas também de busca de novos modelos de intercâmbio cambial, onde o dólar perdeu confiança e forças política e militar para se impor como padrão único, por outro, um afastamento enorme e evidente dos povos das balelas da democracia, buscando antes – ainda que indecisiva e titubeantemente – alternativas, que cada vez mais se encaminham para rupturas políticas.
 
No meio de uma tentativa mundial de forçar uma ditadura organizada do grande capital financeiro, enrolado nas suas contradições, farejando uma saída por um novo tipo de nazi-fascismo político, sob uma pretensa representação parlamentar, existem luzes ao fundo do túnel que tentam relançar as probabilidades de se construir uma nova sociedade mais humana e igualitária.

Os próximos anos dir-nos-ão a nova arquitectura da geopolítica mundial.




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