1 - O Sumo Pontífice da Igreja Católica Apóstólica Romana, o argentino Jorge Mario Bergoglio, fez, há dias, umas declarações bombásticas, ao participar numa cerimónia anual em memória das vítimas do crime organizado italiano, onde predomina a Máfia, apelando, directamente, aos mafiosos: mudem de vida ou "acabarão no inferno".
E, sem qualquer pejo de vergonha, fez um sermão estilo +Santo António aos peixes+: "O poder e o dinheiro que vocês têm agora, de tantos negócios sujos e crimes mafiosos, um dinheiro ensaguanetado, vocês não poderão levar para a vida elerna. Ainda há tempo para vocês se converterem e não terminarem no inferno".
Naturalmente, foi por puro esquecimento que o badalado Papa Francisco omitiu que uma parte significa do dinheiro da Máfia se encontra nos numerosos cofres dos Bancos ligados ao Vativano, incluindo o banco central, o IOR, o Istituto per la Opere de la Religione.
Rigorosamente guardados e entaipados.
É que esse mesmo IOR é uma das principais "praças" financeiras mundiais para o branqueamento do dinheiro da Máfia.
Giulio Andreotti, o político +oficial+ do Vaticano e Toto Riina, então o capo di capi da Máfia, em local secreto
Pois, o cardeal católico Bergoglio, que se transmudou para Francisco, quando subiu à liderança do Estado do Vaticano, e que como hierarca da Igreja Católica argentina, foi um cúmplice do crime organizado pela ditadura militar naquele país, a partir de 1976, permitindo inclusive que um dos criminosos da Junta Militar, o almirante Emílio Massera, tivesse a *honra* de ser doutorado +honoris causa* na universidade onde o actual Papa era reitor.
Os homens que geriam, nos anos 70, os grandes negócios da Igreja Católica: Licio Gelli, Roberto Calvi, Michelle Sindona e o arcebispo Paul Marcinkus, presidente do IOR e governador da Cidade do Vaticano
(Para recordar: Como membro da Companhia de Jesus, Bergoglio foi, em 1973, nomeado Mestre dos Noviços no seminário de elite em San Miguel dessa opulenta e ríquissima instituição da Ingreja Católica, cujo Superior Geral se apelida "Papa Negro" pelo seu poder, e a quem os seus membros religiosos e co-ajudantes leigos juram fidelidade acima do Pontífice Máximo, sendo nesse ano nomeado superior provincial dos jesuítas, Depois de ocupar esse cargo, e antes de ascender a cardeal, foi reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel.
E colocar os criminosos da Junta Militar, eles próprios, a falar, agora, sobre a colaboração directa com a ditadura.
As palavras são do general Jorge Videla, depois de ter confessado os seus crimes.
As citações são retiradas de uma entrevista a uma jornalista espanhol, e as palavras ficam em castelhano:
“Mi relación con la Iglesia Católica fue excelente, muy cordial, sincera y abierta”, porque “fue prudente, no creó problemas ni siguió la “tendencia izquierdista y tercermundista” de otros Episcopados”.
Condenava “algunos excesos”, mas “sin romper relaciones”. Con Primatesta, até “llegamos a ser amigos”.
Referencio integralmente a notícia inserta na Rádio Vaticana - órgão de comunicação social da Igreja Católica sobre o papel criminoso da hierarquia daquela instituição religiosa.
A versão é brasileira.
O cardeal Primatesta faleceu em 2006 e foi altamente elogiado pelo actual papa emérito Bento XVI.
Para que conste.
"Buenos Aires, 02 abr (RV) - Os integrantes da hierarquia eclesiástica argentina dos tempos da ditadura, e especialmente o Cardeal Raúl Primatesta, foram denunciados hoje, perante a justiça penal, por cumplicidade no seqüestro de cinco sacerdotes.
"Buenos Aires, 02 abr (RV) - Os integrantes da hierarquia eclesiástica argentina dos tempos da ditadura, e especialmente o Cardeal Raúl Primatesta, foram denunciados hoje, perante a justiça penal, por cumplicidade no seqüestro de cinco sacerdotes.
Os denunciantes são o Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquível, que está à frente do Serviço Paz e Justiça, e Alejandro Ramón Dauza, um dos cinco sacerdotes que, no dia 3 de agosto de 1976, foram levados a um centro clandestino de detenção em Córdoba (centro do país).
A denúncia, apresentada pela advogada Maria Elba Martínez, faz parte de uma grande causa judicial pelas violações dos direitos humanos no III Corpo do Exército, com sede em Córdoba, que por uma resolução da Corte Interamericana se reabriu em 1998.
“Pela ação do Cardeal Primatesta, que então era Arcebispo de Córdoba e fazia parte da Conferência Episcopal, os sacerdotes teriam desaparecido”, disse hoje a agência EFE, a advogada de direitos humanos, comentando o caso dos cinco sacerdotes, um deles norte-americano.
O cardeal Primatesta e o general Videla, após uma reunião, em 1978
Segundo Maria Elba Martínez, a ação do consulado dos Estados Unidos foi fundamental para que os sacerdotes fossem libertados.
Os denunciantes anexaram à sua denuncia algumas cartas firmadas pelo Cardeal Primatesta, nas quais, segundo a advogada, consta que em 1976, ele sabia da repressão atuada pelo governo militar, então encabeçado por Rafael Videla: “um fundamentalista católico bem próximo à Opus Dei” que acreditava que os sacerdotes que tentavam aplicar a doutrina do Concilio Vaticano II eram “marxistas” _ indicou a advogada.
Segundo ela, quando o Cardeal Raúl Primatesta foi citado outras vezes, na causa do III Corpo do Exército, respondeu em via oficial, que não tinha conhecimento de nada. “Indubitavelmente o Cardeal Primatesta era uma pessoa de poder e além da responsabilidade penal que pudesse ter, sua responsabilidade é ética e moral” _ manifestou a advogada Martínez.
O Cardeal, hoje, com 84 anos, foi “uma pessoa totalmente próxima à ditadura” e certamente “teve em suas mãos a possibilidade de salvar muitas vidas”, acrescentou ela. (MZ)"
2 - As ligações reais e factuais do Vaticano com a Máfia estão denunciadas ou divulgadas em numerosas peças jornalísticas ou em livros.
O mais eficaz e sem qualquer desmentido do próprio Papado ou dos seus acólitos instalados em instituições, desde o governo, aos meios judiciais ou então os próprios meios de comunicação social, é o conteúdo que está inserido num livro do jornalista italiano Gianluigi Nuzzi.
Chama-se "Vaticano S.A", e está editado em português pel Editoria Presença.
Tudo o que lá está publicado provém do arquivo de um monsenhor, já falecido, chamado Renato Dardozzi, que foi um dos homens da maior confiança do falecido papa João Paulo II, que na prática era um dos principais gestores das finanças do IOR e instituições financeiras e comercias da Santa Sé.
Quando faleceu, deixou o arquivo nas mãos de pessoas da sua confiança e um escrito que dizia o seguinte: "Tornem públicos todos esses documentos para que todos saibam o que aconteceu".
E o mensageiro indicado foi o jornalista de investigação Nuzzi.
Ele descreve as peripécias no livro. São mais de quatro mil documentos (alguns estão expressamente inseridos no livro).
Pelo descrito, ficamos, com provas evidentes, do que já se sabia.
A Igreja Católica Romana é uma enorme e tentacular empresa capitalista, que utiliza a religião como meio de penetrar em todas as esferas do poder político e económico.
Em 1960, refere-se, "a Igreja Católica controla de 2% a 5% do mercado de acções" em todo o mundo.
Existe uma ligação directa entre o capital do Vaticano, Wall Street, a Máfia e os negócicos de tráfico de armas, droga e prostituição.
Mafiosos conhecidos, como o banqueiro Michelle Sindona ou o antigo Primeiro-Ministro italiano Giulio Andreotti (ambos já falecidos) foram figuras proeminentes nos negócios económico-financeiro e políticos do Papado, com o seu consentimento e benção.
O livro "Vaticano S.A.", que tem um longo pós-título:
"Um documento histórico e exclusivo que revela a mão do Vaticano nos bastidores dos jogos políticos e financeiro", estipula um capitulo inteiro, entre pg. 38 e 66, com um subtítulo significativo: "Assinatura autorizada: Andreotti Giullio".
Retiramos alguns extractos, e simplesmente porque o que ela está escrito não sofreu uma beliscadura, nem deste Papa que procura apenas o folclore para que «tudo continue na mesma».
Pag. 36 "o estatuto e os acordos com o Estado italiano permitem ao IOR um modo de operação bancária off-shore, para lá de qualquer controlo".
Pág 37: "O IOR não pode ser alvo de buscas. Os telefones não podem ser interceptados. Os funcionários nem sequer podem ser interrogados. Para obter qualquer tipo de informação sobre as operações do banco, a magistratura de qualquer país do mundo tem na verdade de dirigir uma rogatória ao Estado do Vaticano. (...)
"Quase sempre o Vaticano recusa assim quaisquer esclarecimentos e devolve as rogatórias". (...)
"O Estado da Cidade do Vaticano é o único país da Europa que nunca assinou qualquer convenção de assistência judiciária com os países do continente".
3 - Coitados dos Papas católicos - mortos ou vivos - estão todos metidos no inferno, na visão do argentino Bergoglio.
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