sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O FRUGALIDADE VERSUS A USURA: A DUPLA LINGUAGEM DO PAPA FRANCISCO

1 – O Papa Católico Apostólico Romano, de nome Francisco, tem feito no seu primeiro ano de reinado temporal um enorme exercício manipulador de propaganda, para fazer crer aos seguidores, em dúvida, que a sua política assenta na instituição da pobreza, e na procura da humildade.

O dinheiro e a usura estão longe da sua Cúria Romana. Acredite que quer.

A 7 de Julho de 2013, o argentino Jorge Mario Bergoglio, apelidado de 266º Papa da Igreja Católica Romana, e, nesse ano, elevado ao cargo material de Chefe de Estado do Vaticano lançou, melifluamente, a frase: "A crise que estamos a viver é a crise da pessoa, que já não conta, só o dinheiro conta."

Pura linguagem de manipulador.

Como se tal desiderato estivesse fora das 

portas da Santa Sé e das acções gananciosas 

dos seus hierarcas (cardeais, arcebispos, 

bispos, monsenhores e leigos encartados, 

alguns mafiosos, defensores do lucro do Vaticano). 

Eles, na realidade, são os anjinhos ingénuos, 

dixit Francisco.

Com as mãos cruzadas e a linguagem estudada de milhares de anos de prática de sórdida dupla face, mascarada com a alienação palavrosa da bem aventurança e do servir *o bem*.

Ele, Jorge Mario Bergoglio, que foi superior jesuíta e hierarca católico de topo na Argentina dos generais ditadores, onde engordou os negócios do catolicismo, procura, agora, qual Houdini do ilusionismo, afirmar, na sua retórica, de chefe do maior centro económico internacional, que se transformou no maior praticante do despojamento material...

Jorge Mario Bergoglio usa a maviosa artimanha da descarada retórica do bonzinho, do homem simples, para levar papalvos a acreditar que chefe do maior centro de poder económico internacional, gostaria de viver a mendigar.

Oh, la, la.

Sem corar de vergonha, nem bater com a cabeça contra a parede de tanta hipocrisia.

Dias antes de ter proferido a frase acima citada – a 5 de Junho de 2013, a linguagem papal transformava-se num mar de *amor ao próximo*:

"Aquilo que domina são as dinâmicas de uma economia e de finanças carentes de ética: assim, homens e mulheres são sacrificados aos ídolos do lucro e do consumo, é a cultura do descartável."

Tudo hipocrisia, cinismo, diletantismo, palavras de *vendilhão do templo*.

Eis a realidade.

2 - Comecemos pela Alemanha, que, por acaso, é o centro da União Europeia, e, nessa UE, segundo os jornais e outros órgãos de comunicação alemães, a Igreja Católica é senhora de um capital financeiro de uma dimensão enorme – investimentos, acções e bancos, além de possuir uma fortuna, considerada incalculável em espécie e imóveis.

Diz a imprensa alemã, que a usura católica atinge *muitos e muitos biliões de euros*.

A sua verdadeira extensão está a ser revelada – ainda que parcialmente - à medida que as dioceses católicas, às *mijinhas*, divulgam os seus dados financeiros.

Desde o escândalo do "bispo de luxo" da cidade de Limburg, cada vez mais episcopados da Alemanha são obrigados a prestar alguma conta pública de suas finanças.

As somas que vão sendo reveladas são respeitáveis, como mostra uma investigação realizada, recentemente, pela agência de notícias alemã DPA em 27 dioceses.

Além de dinheiro vivo, aquelas têm vários biliões de euros acumulados na forma de capital aplicado, reservas – por exemplo, para as pensões dos padres – e bens imobiliários.

Segundo a DPA, entre as dioceses mais ricas estão Colónia, Limburg, Mainz e Trier.

(Já perceberam, porque foi escolhido o alemão Ratzinger para Papa!!!).

Em Colónia, que conta com o maior número de católicos registados no país, estima-se que a arquidiocese e a conta pessoal do arcebispo possuam mais de 612 milhões de euros, e isto somente em imóveis.

O episcopado de Limburg declarou,  no seu relatório empresarial, 810 milhões de euros em activos fixos e activos financeiros, não estando incluídas outras fontes de capital.

Os dados retirados, em síntese da reportagem da DPA são, em parte, incompletos, e nem sempre passíveis de serem comparados entre si.

Ainda assim, Mainz está entre as dioceses com maior fortuna, com um capital total de 823,3 milhões de euros, seguida por Trier, com 759,6 milhões de euros apenas em investimentos declarados (falta os encobertos).

Em Augsburg, o conjunto do património líquido, activos fixos e financeiros representam mais de 620 milhões de euros.

Em Passau, na diocese, a conta  episcopal e uma caixa de pensões possuem, juntas, 570 milhões de euros.

Fulda admite somente no seu património líquido: 456 milhões de euros.

A diocese de Munique-Freising, encabeçada pelo presidente da Conferência do Bispos da Alemanha, cardeal Reinhard Marx, é também das mais afortunadas.

O estado real do seu património só será conhecido dentro de alguns anos, depois que de serem avaliados, por entidades estatais, os sete mil prédios que possui, entre outros bens.

Todas as dioceses citadas se situam na parte oeste do país.

As situadas no leste (antiga RDA) –  são consideradas relativamente pobres.

A diocese de Magdeburg, capital do Estado de Saxônia-Anhalt, por exemplo, só possui 200 mil euros.

Admitem os investigadores que a diocese católica de Colónia pode ser muito mais rica do que o próprio Vaticano, tal o seu interesse em bancos, indústrias, mercado bolsista, investimentos capitalistas.

Refere a DPA que o valor real é difícil de decifrar, porque os hierarcas evitam divulgar, publicamente, o valor real dos prédios, das acções, dos investimentos e de terrenos, aparentemente, adquiridos por doações de paroquianos, cuja transparência deixa muito a desejar.

(Como surgiu a pesquisa mais aprofundada?:  pelos dinheiros gastos em benesses pessoais a favor do bispo católico Franz Peter Tebartz van Elst, da diocese de Limburg. 

Não mais, nada menos, do que 41 milhões de euros, que ele achou bem gastos!!! 

Só uma banheira para nela se marinar, o hierarca de Limburg gastou 20 mil dólares e 482 mil dólares em armários do melhor que há.

Claro que com o escândalo, o Papa – já o actual - suspendeu-o da diocese, mas colocou-o no centro do poder no Vaticano….Está tudo dito.

 

O arcebispo Robert Zollistsch, responsável pela Conferência Episcopal da Alemanha, desautorizou o próprio Papa, rejeitando a ideia de abandonar ser transportado no seu BMW 740 D).

Poderíamos fazer uma incursão pormenorizada por outros Estados europeus da *coroa católica*, como a Espanha, pois tornar-se-ia fastidioso descrever o poder real económico da hierarquia católica no país.

Vamos, pois, referenciar, apenas, o poder do seu sistema bancário capitalista neste *Estado fidelíssimo* ao Vaticano, todo ele nas mãos das seitas católicas:

Santander, BBVA, Banco Popular, CaixaBank, que quer, aliás, controlar, totalmente o BPI português(o seu presidente actual Isidré Faine e presidente da Fundação La Caixa é membro destacado do OPUS DEI, tal como o Presidente Executivo, recentemente nomeado, o monárquico Gortázar Rotaeche.

Uma referência especial a dois potentados económicos, em maioria, nas mãos da mesma OPUS: a Telefónica e a Repsol.

Daí mais uma vez, a retórica cínica do egoísmo católico, do mesmo tipo da usura do judaísmo.

As palavras de usurário, mas afirmando-se longe dessa actividade, proferidas, a 2 de Fevereiro passado,  pelo argentino Francisco, elevadas ao céu pelos *vendedores do tempo* daquela sacristia:

 "Quando o poder, o luxo e o dinheiro se convertem em ídolos, antepõem-se à exigência de uma distribuição justa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à simplicidade e a compartilhar."


3 - O Sumo Pontífice católico Francisco é o primeiro papa nascido no continente americano, o primeiro senhor do Vaticano não europeu em mais de 1200 anos.

E também o primeiro papa jesuíta da história.

Isto é muito importante para falar sobre a riqueza no continente americano da seita da Companhia de Jesus.

Eles dominam uma parte substancial do poder bancário, das estrutura educacional e sanitária, e de sectores importantes da indústria.

A empresa Universidade de Georgetown é um antro jesuítico, que vai da educação à indústria farmacêutica, por exemplo.

Mas, o poder capitalista da Igreja Católica nos Estados Unidos é muito mais abrangente.

Universidade de Georgetown: o ensino é um pequeno negócio entre a grande indústria.

Não é por acaso que o secretário de Estado John Kerry foi escolhido para o cargo por fazer parte do lobby católico.


São numerosos os investigadores sobre a acção da usura do Vaticano nos negócios mundiais.

E, curiosamente, muitos dos homens políticos e da economia são parte do poder dos EUA, que repartem com o lobby judeu.

Nos anos 80 do século passado, Avro Manhattan, um influente membro de topo da hierarquia católica laica, e que foi cavaleiro da poderosa Ordem de Malta, igualmente Cavaleiro da Casa de Sabóia, Templário e Cavaleiro da Ordem de Mercedes, lançou um livro, com dados obtidos nos arquivos da Santa Sé, que consultou, e que intitulou *Os biliões do Vaticano*. 

Não era um vulgar panfletário. 

Foi membro da própria nobreza britânica, embora tivesse nascido em Itália.

Licenciou-se na Sorbonne e na Faculdade de Economia de Londres.

Foi um escândalo, ouviram-se muitos rangeres de dentes, tentativas de destruir pessoalmente a personagem, mas nunca houve um desmentido formal do que denunciou.


(Anteriormente, nos anos 60, já um outro escritor e jornalista, este norte-americano de nascimento Nino Lo Bello, que foi correspondente junto da Santa Sé do New York Herald Tribune, durante oito anos, desenvolveu em livro, O Empório do Vaticano, a sua experiência vivida sobre os segredos da Igreja Católica Roma. 

Ainda hoje de leitura obrigatória para quem desejar conhecer os meandros nefastos da Cúria romana).

Actualmente, os documentos são acutilantes, saídos do próprio secretismo vaticano e podem ler consultados em Gianluigi Nuzzi e Eric Frattini, entre outros.

Deles se retira que a Santa Sé – e os seus conclaves de seitas – é a possuidora terrena e usurária de, pelo menos, um terço de toda a fortuna ocidental, mas com grandes investimentos já na Rússia e na China.

É accionista de quase todos os grandes bancos internacionais.

Exemplificam que é acionista de referência, com uma percentagem elevada, do capital do Bank of America.

E que tem acções em quota substancial nos bancos dos Rothschilds, Hambros, Crédit Suisse, Chase, Citigroup, Morgan e empresas petrolíferas com a Chevron, Shell, nos sectores norte-americanos do aço, dos automóveis, e, empresas industriais, ligadas ao complexo militar industrial, como a Boeing, a Lockheed, a Douglas, ou a Curtis Wright).

Avro Manhattan, no livro citado,  no capítulo 24, sustenta mesmo que a Igreja Católica dos EUA é “uma nação dentro de uma nação”.

Para Avro, mas já antes para Lo Bello – embora este centre grande parte da sua investigação em Itália, como também depois do escândalo do Banco Ambrosiano, com as ligações directa entre a Máfia e o próprio Estado norte-americano, a Santa Sé está a exercer um controlo crescente em todos os sectores sociais dos Estados Unidos.

Horizontal e verticalmente, inclusive com lobby directo nas instituições legislativas, militares e judiciais.

Essas ramificações, vulgarmente, fazem-se por *piedosas* organizações *humanitárias*

Desde as fundações ou instituições de *caridade*, como a Mãe Católica do Ano, a Legião Católica Romana da Decência, Clube de Livro e Discos Católicos Romanos, Associação dos Empregados Postais Católicos Romanos, Associações de Rádio e TV Católicas Romanas, Associação de Imprensa católica Romana, Companhias de Seguro Católicas Romanas, Veteranos de Guerra Católicos Romanos – e uma enorme variedade de organizações *não governamentais* semelhantes.

Todas essas organizações católicas romanas são apoiadas por possessões financeiras as quais, quando tomadas num todo, devem somar milhões de milhões de dólares.

As mais relevantes – porque penetram no bojo da sociedade - de todas essas fundações católicas centram-se nos sectores educacional e saúde.

Um império de sociedade, que vai dar sempre ao dinheiro.

A sua estrutura educacional opera desde os jardins da infância até às universidades, passando por todos os sectores dos secundários aos profissionais.

A sua instituição de saúde estende-se desde as clínicas mais humildes até os hospitais mais modernizados.

O capital financeiro dessas estruturas atingem valores de biliões de biliões de dólares.

E uma parte da arrecadação desse capital vem do próprio Estado norte-americano.

Só para apreciar alguns dados e do menos conhecidos: A Igreja Católica norte-americana controla mais de 2.500 escolas secundárias, 300 colégios superiores e universidades, seminários e outros institutos escolares.

Muitos dos seus edifícios, eles próprios, já são poderosos valores em capital imobiliário.

E sempre com apoio estatal.

Existem centenas de ordens religiosas similares, dirigindo prósperos negócios, e sem pagar um único centavo de impostos, sob a alegação de serem instituições religiosas.

Algumas delas, embora apenas parcialmente religiosas, ou mesmo consideradas, formalmente, mais leigas do que religiosas, são gigantes financeiros.

Uma destas é a dos Cavaleiros de Colombo.

Segundo a imprensa, os Cavaleiros possuem haveres que excediam no final do século passado os 200 milhões de dólares.


Do seu investimentos – os dados são do final do século passado – incluíam depósitos de 55,5 milhões de dólares; vários milhões em títulos do governo canadiano; 4,8 milhões em acções dos caminhos de ferro; 18 milhões em títulos vários e contas a prazo; 12 milhões em seguros industriais e títulos do governo dos Estados Unidos. 

Já não se fala nos imóveis, tal como o Estádio Yankee de Nova Iorque.

Contudo, e isto é que interessa agora, pois não é por acaso que o novo Papa é membro da Companhia de Jesus, a ordem considerada como a mais importante implantada na América do Norte é a dos Jesuítas.

Segundo os dados que estamos a seguir, ela é de uma grande importância nos sectores da educação, ensino e financeiro.

Ela dirige 28 universidades católicas.

Algumas destas, não referimos agora a Georgetown, como a Fordham, na cidade de Nova Iorque, e a Universidade da Louisiana, recebem substanciais subsídios do governo, sendo que a ordem já, por si, está ligada, privadamente, a negócios muito vantajosos.

Ela é accionista, por exemplo, do Bank of América e também faz parte do sistema accionista das companhias de aviação e espacial do complexo industrial militar.

Para terminar, um pormenor da usura católica. 

A sua apetência pelo dinheiro dos chamados *jogos de azar*.

Segundo dados de alguns anos atrás, o sistema de bingo estava legalizado em apenas 11 Estados norte-americanos.

Pois, a Igreja Católica actua, com o sistema, em todos os Estados.

Fazendo uma média diária de 100 mil dólares que as paróquias arrecadam, no conjunto, por ano, só neste pequeno *nicho de mercado*, os hierarcas católicos empocham algo da ordem dos dois mil milhões de dólares anuais.

Isentos de impostos….

Eis a verdadeira imagem da Igreja Católica, sem máscara.

As palavras são do seu líder e foram proferidas em 16 de Maio de 2013:

 "[A crise financeira mundial tem origem] numa profunda crise antropológica com a criação de ídolos novos, o culto do dinheiro e a ditadura de uma economia sem rosto, nem objetivo verdadeiramente humano."  

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