1
–No passado dia 3, realizou-se em Moscovo o funeral de um oligarca judeu
(convém referir este facto, pois adiante dissertaremos sobre ele) e deputado
russo, assassinado dias atrás, junto à catedral de S.Basílio, em Moscovo, de
nome Boris Nemtsov, de 55 anos, quando se passeava com uma jovem modelo
ucraniana, de 23 anos, Anna Duritskaya.
De
repente, a comunicação social ocidental, sem qualquer presença de *cabeça
fria*, escreveu com toda a ligeireza, que o oligarca Nemtsov seria um honesto
opositor russo, e, provavelmente, poderia ser sido assassinado a mando do poder
político encabeçado pelo Chefe de Estado da Federação Russa, Vladimir Putin,
lançou uma campanha desenfreada nesse sentido.
Claro
que esta hipótese não pode ser descartada, porque as forças dominantes do poder
russo agem, perante os opositores, com mão de ferro.
O
sistema político russo, embora formalmente uma democracia parlamentar, é uma
potência – em especial nuclear – e está numa concorrência feroz, sem
meios-termos, com a sua homóloga norte-americana.
Mas
voltemos a Boris Nemtsov e ao seu endeusamento ocidental.
Primeiro
que tudo: era um oligarca, e, no sistema societário russo actual era esse o seu
estatuto. Enriquecimento ilícito e fraudulento à custa do Estado.
Boris
Nemtsov Yefimocich chegou a ser vice-primeiro-ministro da Federação Russa e
ministro dos Petróleos e Energia de Boris Yeltsin, que esteve ligado às grandes
privatizações do sector de que foi beneficiário directo.
Yeltsin e Nemtson
Tornou-se, em três tempos, um ultramilioniário, sendo, de entre outras grandes empresas, dono do banco Neftyanoi e Presidente do Conselho de Administração da empresa petrolífera Neftyanoi, que controlava, realmente, a instituição bancária.
Tornou-se, em três tempos, um ultramilioniário, sendo, de entre outras grandes empresas, dono do banco Neftyanoi e Presidente do Conselho de Administração da empresa petrolífera Neftyanoi, que controlava, realmente, a instituição bancária.
Pertenceu
a uma clique que dominou as fraudulentas privatizações do antigo poder
soviético, sob a liderança do então secretário do Comité Central do PCUS Boris
Ieltsin, que tinha como mentor um primeiro-ministro chamado Anatoly Chubais.
Dessa
clique, que sacou a seu favor as riquezas e interesses económicos russos,
contavam-se - ou ainda se contam - Mikhail Khodorkovsky, Alexei Navalny, Vladimir Bukovsky, Vladimir
Milov, Vladimir Ryzhkov, Nikolai Gluchkov, Mikhail Freidman, Vladimir Gusinsky,
Vladimir Potain, Alexander Vinogradov e Boris Abramovich Berezovsky, entre
outros.
Ora,
toda esta máfia, que viveu da antiga ordem soviética e se apoiou no bêbado e
ignorante Ielstin, para fazer reverter as grandes empresas, desde as companhias
de aviação, automóveis, petróleo, alta tecnologia, instituições bancárias para
a esfera privada dos seus interesses pessoais, em ligação directa com o poder
económico de Wall Street.
Todos
eles eram ou são de origem judaica e alguns depois, ao serem desmascarados fugiram
para Israel.
Quando
Putin subiu, pela primeira vez ao poder, verificou, tal como o rei português D.
João II, que o Estado russo somente *era dono das estradas*.
Naturalmente,
apoiou-se numa parte do poder de Estado, em especial os antigos organismos de
defesa de segurança, para fazer uma razia sobre uma parte significativa daqueles que roubaram, descaradamente, biliões de rublos.
Entre
eles, estava Nemtsov, e, uma parte da máfia judia.
Este foi um jogador.
Putin e Nemtson
Ao
princípio, apoiou Putin, depois entrou em negócios com a Ucrânia e juntou-se ao
então Presidente Viktor Yushchenko, de que se tornou assessor económico, contra
Viktor Yanukovych, que veio a vencer, posteriormente, as eleições ucranianas.
(Uma
curiosidade: o actual Presidente da Ucrânia Poroshenko foi ministro da Economia
e Negócios Estrangeiros de Yushenko, e, depois ministro da Economia de
Yanukovych. Tudo boas pessoas…).
As
grandes dúvidas do Kremlin sobre o papel de Nemtsov nasceram em 2002, quando o
seu nome aparece numa lista dos sequestradores da crise dos reféns do teatro de
Moscovo com quem aqueles estavam dispostos a negociar.
Das
investigações, as autoridades judiciais russas detectaram que as empresas
daquele estavam ligadas a negócios obscuros, lavagens de dinheiro, transacções
ilegais de Capital.
Foi
preso e o chamado Ocidente transformou-o em *prisioneiro de consciência*, cujos
principais fomentadores eram os senadores John McCain e Joe Lieberman, aquele
ligado a Israel e o segundo judeu, abertamente lobista do Estado judaico, que
foi candidato a vice-Presidente dos EUA.
Nemtsov disse ter abandonado, formalmente, os negócios e ter passado, apenas, a opositor
político de Putin.
Continuou,
todavia, na senda da oligarquia financeira, agora sem grande poder, pois nem
sequer era deputado nacional, mas sim estadual.
Foi
assassinado por ordem de Putin?
Não
sei.
Temos
de meditar sobre o seguinte: foi um assassínio, no meio do Kremlin, demasiado evidente de um
opositor desacreditado.
Posso
duvidar, todavia não ponho as mãos no fogo.
Não sei as conexões de toda a
escroqueria russa.
2
– A questão central que eu quero denunciar, todavia, é o papel sanguinário,
arrogantemente mafioso, e, secretamente consistente de criminosos que todos os
Presidentes dos Estados Unidos da América, depois da II Grande Guerra assumiram
e levaram a efeito as maiores mortandades e assassinatos decididos na Sala
Oval, sob as garras das suas agência de serviços secretos e de segurança.
Não
só no estrangeiro, mas, igualmente, no seu território contra adversários
políticos e contra chefes de Estado ou de governo que lhes eram adversos.
Não
é especulação. Netsov fica fora deste sequema? Não o poderei afirmar. Tudo pode acontecer.
A política encoberta assassina dos lideres de Washington está inserto em documentos desclassificados.
Alguns
transcritos em livros, que, praticamente, não mereceram uma linha nos nossos
democratas grande órgãos de comunicação social.
Vou
exemplificar com apenas um livro, saído à estampa em português em 2014, sob a
chancela da Bertrand Editora e escrito por um jornalista e investigador
italiano chamado Eric Frattini.
O
livro intitula-se *CIA –Jóias de família*, e, curiosamente, tem prólogos de
duas personalidades que sabem da poda: Jorge Silva Carvalho, ex-Director-Geral
do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e Jorge Descallar,
ex-Director-Geral do Centro Nacional de Inteligência (CNI) de Espanha.
Do livro: “Na
manhã de 9 de Maio de 1973, James Schlesinger, director da CIA, decidiu assinar
uma «directiva» que ordenava a compilação num só relatório de todas as
operações secretas ilegais realizadas pela instituição, tanto dentro como fora
do território norte-americano.
Sem
dúvida, Schlesinger, nomeado pelo Presidente Nixon DCI (Director of Central
Intelligence) da CIA três meses antes, não sabia que estava a brincar com o
fogo e que, sem dúvida, seriam muitos a queimar-se”, assim inicia Eric Frattini
o seu livro.
Este
relatório veio a revelar o papel de assassinos instituicionais de todos os
Presidentes dos Estados Unidos desde Dwight D. Eisenhover, John F. Kennedy,
Lyndon B. Johnson, e, assinala Frattini, Richard Nixon.
Mas
os *serial killer* presidenciais continuaram com Carter, Gerald Ford, Jimmy
Carter, Ronald Reagan, George H.W. Buh, Bill Clinton, George W. Bush até ao
actual Barack Obama.
“Este
livro – assinala Frattini a finalizar a sua introdução - é um resumo de algumas
das 300 operações ilegais ou «actividades altamente voláteis» (sublinhado meu) conduzidas pela
CIA, tanto dentro como fora dos território dos Estados Unidos, e retiradas das
703 páginas tornadas públicas pela CIA”.
Foi
Eisenhower quem enquadrou o sistema de assassinato e eliminação de opositores e
de actuações criminosas, partindo da Casa Branca, com o assentimento dos
Presidentes, mas sem que algo ficasse escrito ou implicasse directamente o
chefe de Estado.
Cito
um pequeno apontamento (pag. 67 do citado livro):
“William
Colby – foi DCI da CIA – ouviu com atenção as intenções do presidente
comandante-chefe dos EUA. Antes de abandonar a Sala Oval e quando Ford
(Presidente que substituiu Nixon) já dera por terminada a conversa, o DCI
decidiu dar mais um dado.
«-É
certo que nós (a CIA) planeámos operações para assassinar dirigentes
estrangeiros. Ainda que saibamos que não foram nunca levadas a
cabo – atirou Colby, perante o olhar surpreendido do próprio presidente e dos
seus assessores, Buchen, Marsh e Scowcroft».
O
experiente director da CIA mencionou casos como o de Fidel Castro, de Cuba,
Rafael Trujillo, da República Domicana; Patrice Lumumba, do Congo, o general
Abdul Karim Kassem, do Iraque ou do caso do general Schneider, do Chile. De
seguida, Colby despediu-se dos seus interlocutores e saiu da Sala Oval perante
o silêncio sepulcral dos que estavam ali reunidos”.
Mas
foi sob a supervisão do general Eisenhower, como Presidente, que a CIA é
autorizada a criar uma Divisão Técnica que se vai refinar, ao longos dos anos,
até hoje, como o centro promotor das maiores atrocidades humanas, merecedoras
de serem julgadas em Tribunal Penal Internacional, nada ficando a dever às
experiências e massacres dos SS e SS Wafen hitlerianos.
O
homem que esteve à frente dessa Divisão, pelo menos até 1973, foi um ser
semelhante ao sinistro Joseph Mengele alemão e teve, sempre, mas sempre, o
assentimentos dos Chefes de Estado de Washington.
Esse
homem era um judeu que modificou o seu nome inicial – Joseph Scnneider – para
Sidney Gottlieb, licenciado em Química.
A
sua Divisão veio a ser conhecida dentro da própria CIA, como a *Casa dos
Horrores* e o «modesto» judeu apelidado pelos pares de *doutor Morte*.
Eis
o relato, retirado dos documentos desclassificados, e escolhidos por Frattini:
«Pouco
a pouco, o Doutor Morte foi ganhando nome dentro da comunidades dos serviços
secretos, uma vez que Gottlieb era o cientista encarregado de desenhar e criar
nas décadas de cinquenta e sessenta os venenos que seriam depois utilizados pela CIA para assassinar um espião inimigo
ou um Chefe de Estado ou de governo incómodo. Seria o responsável de fazer
experiências com drogas para tentar
dominar de possíveis inimigos, durante
as operações Mkultra e MKSearch...
Documento oficial de autorização de envenenamento por LSD
Documento oficial de autorização de envenenamento por LSD
«Por
exemplo, Gottlieb financiou, coordenou e superintendeu diversas experiências de
torturas realizadas sob apertada monitorização médica. Para tal reuniu um grupo
de médicos, químicos e especialistas com ideias semelhantes às suas numa
equipa +ultrasecreta+ e compacta. Sidney
Gottlieb pagava aos seus colaboradores com fundos especiais da CIA que apenas
ele geria. Para o cientista, o seu trabalho na CIA era vital para a segurança
nacional dos EUA, e ele próprio via-se como parte integrante de uma grande
engrenagem que serviu única e exclusivamente um só cliente: o presidente dos
EUA e os seus interesses em qualquer ponto do planeta».
Gottlieb com Allen Dulles e o general Edward Lansdale
3 –
Finalmente, um jornalista do New York Times Mark Mazzetti (10 de 2014) que escreveu e escreve durante dezenas de anos
sobre assuntos de guerra e *segurança nacional* dos Estados Unidos, sintetiza
no seu livro, que lhe valeu o prémio Pulitzer,e que intitulou «Guerra nas
Sombras – O Exército Secreto da CIA» denuncia o papel nefasto e criminoso das
agências de informação e das Forças Armadas do país em todo o mundo,
principalmente nos últimos 15 anos.
Citamos
alguns extractos:* E assim como a CIA passou a assumir tarefas tradicionalmente
associadas às Forças Armadas, como os espiões convertidos em soldados, o
contrário também ocorreu. As forças armadas foram dispersadas pelos vãos
escuros da política externa norte-americana com equipas de comando conduzindo missões de espionagem que
Washington nunca sonharia aprovar nos anos anteriores ao 11 de Setembro. Antes
dos ataques, o Pentágono realizava pouquíssima espionagem humana e a CIA não
tinha permissão oficial para matar (apenas encoberta – NM). Nos anos
subsequentes, cada qual desempenhou ambas as funções e um binómio
exército/inteligência surgiu para conduzir o novo estilo americano de guerra.
massacres norte-americanos no Afeganistão
massacres norte-americanos no Afeganistão
Os
contornos históricos das guerras do Afeganistão e do Iraque são hoje bem
conhecidos. Mas, ao longo de mais de uma década, tem sido travada uma guerra
separada e paralela, um reflexo sombrio das +grandes guerras+ iniciadas pela
América após os ataques do 11 de Setembro. Numa guerra obscura conduzida à
volta do globo, a América tem perseguido os seus inimigos por meio de robôs
assassinos e tropas de operações especiais. Tem contratado sicários para
estabelecer redes clandestinas de espionagem e confiou em ditadores
temperamentais, serviços estrangeiros suspeitos e exércitos maltrapilhos que
agem por procuração. Em locais onde os Estados Unidos não podiam mandar tropas
para o solo, personagens marginais materializaram-se para desempenhar papéis de
destaque, incluindo um oficial do Pentágono, fumador inveterado que juntou
forças com uma figura da CIA dissidente do escândalo Irão-Contras para conduzir
uma operação clandestina de espionagem no Paquistão e uma herdeira do clube de
equitação da Virgínia, que ficou obcecada com a Somália e convenceu o Pentágono
a contratá-la para apanhar membros da AL-Qaeda naquele país».
E
mais à frente: “As fundações da guerra secreta foram lançadas por um
presidente conservador do Partido Republicano e abraçadas por um esquerdista
do Partido Democrata, que se enamorou daquilo que herdou”.
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