sexta-feira, 15 de outubro de 2010

OE: A VITÓRIA DO CAPITAL ESPECULATIVO




Os bancos são os beneficiados com as medidas do OE







Os quatro grandes bancos privados do mercado português BES, BCP, BPI e Santander Totta apresentaram no ano passado lucros de 1,445 mil milhões de euros, mais 13,8 por cento do que no ano anterior, ou seja, quatro milhões de euros por dia.

O Santander Totta foi quem apresentou os maiores lucros com 523 milhões de euros, mais 1,1 por cento do que em 2008, seguido de muito perto pelo Banco Espírito Santo (BES), que teve um resultado líquido de 522 milhões de euros, mais 30 por cento do que há um ano.

Em terceiro lugar surge o Millennium BCP, que passou de lucros de 201 milhões de euros, em 2008, para 225 milhões de euros, uma variação positiva de 12 por cento, enquanto que o Banco BPI fecha a lista com lucros de 175 milhões de euros, mais 17 por cento que no mesmo período do ano passado.

Ora, estes valores, que revertam para os capitalistas privados, praticamente sem impostos, ou então com taxas irrisórias, representam uma autêntica humilhação para todos aqueles que estão a ser fortemente taxados, a coberto de uma pretensa resolução de uma crise económica, cujo cerne da mesma está no aumento substancial da dívida pública criada e fomentada em torno da especulação financeira desenfreada.
Especulação esta, que afundou os próprios bancos, que foram ressarcidos e apoiados com fundos públicos pelo governo de Portugal.

Na realidade, estes bancos que geraram estes lucros vão exportá-los para o estrangeiro, sem qualquer cobrança significativa de impostos, exaurindo as receitas do Estado que recaem sobre aqueles que são, na realidade, os contribuintes líquidos.

E isto porque esses bancos estão nas mãos de capitalistas estrangeiros.

O BPI pertence ao grupo La Caixa (30,1 %), ao grupo ITAÚ (18,9 %), ao grupo Allianz (8,8 %), entre outros menores.

Por seu turno, o BES tem uma forte componente accionista do Crédit Agricole e, em menor escala, do brasileiro BRADESCO.

O Millenium BCP, sob intervenção estatal, é, no entanto, governado por representantes do BPI, grupo EUREKO, JP Morgan, Sonangol, Sabadell, UBS, entre outros.

O Santander Totta é um banco pertença do grupo espanhol Santader.

Precisamente, com a actual crise económica e financeira em Portugal, estes bancos "agitaram-se" nas últimas semanas impondo o rumo ao Orçamento de Estado.

Com a capitação de receitas do Estado aos assalariados, aqueles - e outros bancos e consórcios parabancários internacionais a que os privados estão dependentes e interligados -, esperam ir buscar novas fontes de enriquecimento com as necessidades de empréstimo que o Estado irá necessitar. Eles vão arrecadar, cada vez mais, novos juros. Na prática, sem qualquer pagamento de impostos, ou então com "migalhasa" retiradas de 0,00...%.

O actual regime político português, fomentado em torno do "Bloco Central", transformou-se numa grande associação accionista de capital privado que delapida toda e qualquer riqueza nacional.

Este polvo está a ser dividido e controlado a nivel mundial, mas para nós o que conta é a componente europeia entre consórcios ligados à Igreja Católica e ao capitalismo judaica internacional, centrado nos EUA.

La Caixa, Santader, Bradesco, ITAÚ, Allianz, UBS, pelo lado católico, J.P. Morgan, Credit Agricole, entre outros, pelo lado do capital judeu internacional, movimentam-se em função de defesa de interesses particulares, de apropriação especulativa de riquezas a favor de privados.

Por isso, convém recordar que a Allianz, por exemplo, que é a maior seguradora europeia com sede na Alemanha, tem interesses cruzados com o Deutsche Bank, mas igualmente se intercruza em parcerias com a FORTIS, outro colosso bancário europeu, que, por seu turno, estão em estreita ligação com o IOR, o Banco do Vaticano. Ora, não se pode esquecer igualmente que o Barcklays trabalha em sintonia com o Banco Popular Espanhol e com o Sabadell.

Pela gestão do IOR, passa o Santander, que tem até um seu representante na Presidência do Conselho de Administração, mas o Deustshe Bank, o Bilbao y Vizcaia, os suíços do UBS, os norte-americanos do Allied Stories, e, naturalmente, os numeros bancos italiano que gravitam à volta do Vaticano.

A imposição de um OE português, com fortes impostos para os assalariados, restrições aos pensionistas e à chamada classe média, agrada, pois, de suma maneira, aos detentores do Capital. É puro negócio, à custa da riqueza alheia.

O resto é demagogia, pura conversa.

Sem comentários:

Enviar um comentário