terça-feira, 29 de outubro de 2013

CONTRA O DOMÍNIO AVASSALADOR DA IDEOLOGIA DOMINANTE

1 – As ideias morais, estéticas, artísticas, de propagação de formas de lazer, de direito, de justiça, apresentam-se, hoje, mais do que nunca, envoltas em controvérsias e relações contraditórias.

No meio de uma nuvem, que aparece obscurecer o essencial do debate ideológico, de que, actualmente, não existem ideias dominantes, mas sim múltiplas interpretações conforme as teorias e as práticas de cada homem pensante, gostaria de explanar a minha opinião:

Como não existem verdades eternas, também não posso deixar de estar convicto que, no meio da turbulência dos dias de hoje, há uma perspectiva profunda e contabilizadora, que é possível racionalizar quem é dominante no campo ideológico.


Para tal, terei de recorrer, principalmente, à História.

Não à História marcada por cronologia e personalidades, mas aquele investiga o desenvolvimento societário da humanidade, nas suas relações económicas, sociais e políticas, no estudo das suas diferentes formas estatais, de direito, de filosofia, de vida artística.

Se se analisar a História das comunidades e sociedades humanas ao longo da sua actividade escrita, porque, até agora, é a única que nos dá resultados confirmados documentais da evolução dos seus processos de desenvolvimento, de nascimento, crescimento, implantação e declínio das épocas estruturadas sociais e institucionais, verificamos que as ideias nos domínios da moral, da justiça, da ética, da estética, do próprio enquadramento governativo ou Estado se vão modificando.

E esta modificação, por vezes, foi tão díspar em comunidades organizadas, situadas muito próximas, e mesmo em épocas diferenciadas.

Se olharmos, para os dias de hoje, claro que já de uma maneira difusa, existem três de morais e formas de expressão espiritual de concepção ideológica: a monárquica-feudal, com resquícios da Idade Média, a burguesa, que se foi implantando desde o século XV e hoje é a dominante, e a da classe trabalhadora, que é submergida, ou pelo menos, “abafada” pelo monopolismo da anterior na sua tentativa de ganhar pleno direito de acção e cidadania.

2 - Vem isto a propósito de quê?

Em primeiro lugar, a avassaladora dominância nos principais meios televisivos de informação e de lazer de divulgação de notícias cujo conteúdo central provem, essencialmente, dos Estados Unidos, como centro da ideologia burguesa dominante e dos seus meios de comunicação.


O exemplo mais gritante para Portugal, por exemplo, é a SIC, em que o “correspondente” para o Médio-Oriente é um judeu, apologista do regime sionista instalado em Israel, cujo “fio noticioso” primordial é a “justeza” da política israelita na região.

Ou das televisões e jornais que debitam, por exemplo, as notícias do conflito sírio a partir de uma pertença ONG, situada em Londres, dependente dos serviços secretos, cujos protagonistas são os “rebeldes” financiados e treinados pelos países ocidentais para intervirem nos “assuntos internos” de uma Nação, em nome de uma pretensa democracia, tutelada, mundialmente, por Washington.

Ou a completa submissão dos filmes e séries televisivas (para adultos e crianças) aos ditames das cadeias controladas pelo sistema financeiro de Wall Street, como a FOX, a Universal, a Disney,  cujos argumentos e guiões se baseiam no “patriotismo” norte-americano, na segurança policial “made em USA”, com as brutalidades mais bizarras e inumanas e nos problemas sociais da decadente América do Norte.

Mas inclusive a moral e a justiça – e a própria ética – que transmitem está assente no sistema corrupto dos Tribunais norte-americanos e nas prédicas dos comerciantes religiosos que pululam naquele país e controlam, em parte, a actividade política e económica dos Estados Unidos, como se tal orientação fosse a única para divulgar nas restantes partes do Mundo.

Os desenhos animados que passam nas televisões e mesmo nos cinemas são execráveis, que produzem a completa alienação dos miúdos, e estão a ser aceites, com a maior das apatias pelos progenitores.
 Uma série de defesa da política externa dos EUA...que até mete uma agente da MOSSAD..

3 – Ao escrevermos este alerta, fazemo-lo porque somos contra a imposição de uma visão dominante e dogmática da ética, do lazer, da informação.

Quando nos atiram, martelando continuadamente na informação, que os Estados Unidos da América pretendem, inclusive pela força que países, que eles consideram “fora da lei” (com que moral e justiça podem julgar os outros países?), não podem ter acesso à energia nuclear ou construir bombas atómicas, e ninguém questiona esta prepotência, – eles que fabricam milhares e já as utilizaram, foram os únicos, matando centenas de milhares - estamos a ser cúmplices de um processo de neonazificação da sociedade.

Qualquer país, por muito poderoso que seja, não pode, nem o devemos permitir, que se imiscua nos interesses de outro, por muito pequeno que seja.

Nem devemos admitir que a sua ideologia, porque assenta na primazia do seu poder económico, molde as mentalidades dos outros povos.

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