1 – Que relação poderá haver entre a subida dos partidos pró-nazis em grande parte da Europa, principalmente, nas zonas consideradas anglo-saxónicas e de leste, e o apoio que grande parte desses países, pretensamente, dá às intervenções militares dos Estados Unidos na Síria?
É um bom tema de reflexão.
O aumento da actividade
política do capital financeiro internacional, centralizado em Wall Street,
desde a queda da antiga União Soviética em toda a Europa, mas principalmente
nos países que se encontravam ligados ao Pacto de Varsóvia e ao Comecon, por um
lado, e, outrora organizados em torno da antiga República Jugoslava, por outro, foi por
demais evidente e ferozmente concorrencial mesmo com os Estados, considerados
como sendo o eixo político-económico da então Comunidade Económica (CE), neste
caso, principalmente a França e a Alemanha, e, na segunda questão, também a
Rússia actual.
Foi , através do Banco do
Vaticano, em parceria de transferência de dinheiro – e apoio humano e político
- do capitalismo financeiro norte-americano, que se formou o sindicato
Solidariedade (fala-se numa injecção de mais de 300 milhões de dólares. Ver os
escritos do jornalista italiano Gianluigi Nuzzi), que serviu de base, mais tarde,
à formação e incremento do Partido da Lei e da Justiça (pró-católico fanático e
pró-fascista), que esteve no poder, recentemente, com os irmãos gémeos
Kaczynski.
A fragmentação da
Checoslováquia, em República Checa e Eslováquia, teve a mão directa dos Estados
Unidos, bem como a ascensão do antigo rei da Bulgária Simeão como
primeiro-ministro da República saída do Pacto de Varsóvia e intimamente ligada
desde então à NATO/EUA.
Para não falar já nas antigas
Repúblicas Bálticas, Letónia, Lituânia e Estónia, que, no processo de cessão da
ex-URSS, foram, integralmente,
sustentadas e financiadas pelo grande capital financeiro ocidental,
principalmente, norte-americano.
E hoje, não são mais que – tal como no tempo da
antiga União Soviética face a esta – Estados vassalos de Washington, embora,
alguns, formalmente integrados na UE.
2 – Repare-se agora os
principais sustentáculos europeus,em grande parte anglo-saxónicos, dos EUA na questão Síria –
Alemanha, França, Holanda, Inglaterra, Dinamarca, Noruega.
Podem argumentar: mas tomam
tais posições, porque são parceiros da NATO. É natural.
Todavia, existe uma outra via
mais poderosa: sigam a realidade, ou seja a economia.
A Alemanha pode parecer uma
economia – isoladamente – pujante na UE.
É um erro.
Caminha para a falência, se persistir na
orientação actual.
O seu sistema financeiro estás nas mãos do lumpen capital internacional,
numa parceria estratégica entre Wall Street e o Vaticano.
Depende, essencialmente, das exportações.
(O principal banco alemão, o
Deutsch Bank, tem como accionistas encobertos o capital judeu norte-americano
sob a forma de fundos - iShares S&P U.S. Preferred Stock Index Fund; Principal Prefered Securites Fund; John
Hancock Tax-Advantaged Dividend Income Fund; Nuveen Investment Trust V-Nuveen
Preferred Securities Fund; Nuveen Quality Preferred Income Fund Two; SPDR (R)
Ser Tr-SPDR Wells Fargo Preferred Stock ETF; John Hancock Preferred Income Fund ; John Hancock Preferred Income
Fund II; Nuveen Preferred & Income Term Fund e os representantes laicos e
clérigos do Papado - em Junho passado foi detido um sacerdote funcionário do
IOR, de nome Nunzio Scarano que,
anteriormente, era o seu «legado» na instituição bancária sediada na Alemanha).
Vejamos, agora, alguns
grandes dados oficiais…alemães.
Revelou, recentemente, o
Instituto Federal de Estatísticas teutónico (Destatis): a dívida pública alemã
atingiu o valor recorde de 2,042 biliões de euros no primeiro trimestre de
2012.
O aumento face ao ano de 2011
foi de 42,3 mil milhões (logo mais 2,1%).
A dívida pública da que é
considerada como a maior economia da zona euro ultrapassa, portanto, os 80 por
cento do Produto Interno Bruto (PIB) – ou seja,
sensivelmente, a média dos 27 países membros da EU.
O maior devedor é o Estado
Federal – com 1,286 biliões de euros, representando uma subida de 12,1 mil
milhões face ao ano anterior.
Ou seja, os responsáveis
directos desta divida são os governos federais, em especial o de Ângela Merkel.
Esta dívida está
“sequestrada” pelos banqueiros internacionais, em particular os grandes
financeiros de Wall Street e o IOR, o poderosos e obscuro Banco da Santa Sé.
Apesar da forte manipulação
propagandística, o certo é que a economia alemã não está em crescimento.
Os valores sobre o desemprego
representam um crescimento significativo no primeiro semestre deste ano: A Agência
Federal do Trabalho (BA) contabilizou 2,88 milhões de desempregados, o que representa
um crescimento da taxa respectiva para cerca de sete por cento.
Ora, a própria evolução
económica não é famosa.
Segundo o Instituto de
Economia de Munique, cresceu somente 0,7 % em 2012, quando no ano anterior
atingiu os 3%.
Os próximos desenvolvimentos
da política teutónica, após a vitória eleitoral de Ângela Merkel, irão mostrar a verdadeira
face da produção e exportação económicas.
Vejamos, em traços largos,
agora, a Holanda, cujo então ministro das Finanças Jeroen Dijsselbloem se
notabilizou, tempos atrás, por exigir o cumprimento integral da austeridade
para os países do sul da Europa.
Está recompensado é, actualmente, presidente
do EUROGRUPO.
A dívida geral absoluta dos
consumidores é 250 % do rendimento disponível.
O desemprego em 2013 já
ultrapassou os 8%. (Subiu num ano de 7,7 para 8,1).
A economia – previsão
oficial – deverá encolher 0.5 % este ano.
Este ano, a Holanda já nacionalizou
o SNS Reaal, para evitar a falência do banco e seguradora.
O Estado holandês
injectou 3,7 mil milhões de euros no grupo...tirados, como em Portugal, às
classes trabalhadoras.
Em 2008, já tinha injectado cerca
de 40 mil milhões de euros para socorrer os banqueiros dos ING, Aegeon, SNS
Reaal e nacionalizado o ABN AMRO, cujo capital era internacional.
Para que conste: a Holanda é
um dos maiores paraísos fiscais oficiais do Mundo, vivendo em parte da usura da
traficância dos capitalistas internacionais.
Tal como a Dinamarca.
(Países, aparentemente, certinhos, muitos honestos, mas na realidade, grandes
vigaristas internacionais).
A dívida pública dinamarquesa
está a crescer e atingiu em 2011, quase 50% do PIB.
O desemprego já ultrapassa
os 6% e a inflacção tem estado sempre em crescimento desde 2009. Passou dos 1,2
% para os 2,8 %, sem subida efectiva dos salários.
Mas, a Dinamarca é na
realidade um dos maiores paraísos fiscais internacionais.
Em Maio deste ano, o Governo
dinamarquês chegou a acordo sobre os principais elementos de um plano de
crescimento estimado em 75 mil milhões de coroas dinamarquesas, que irá
melhorar as condições estruturais para se realizar negócios na Dinamarca.
A linguagem é um pouco
cifrada, mas a Ministra de Comércio e Investimento, Sra . Pia Olsen Dyhr,
desvenda um pouco o véu:
- “Estamos constantemente a
trabalhar para melhorar as condições para se fazer negócios na Dinamarca, e
estou muito satisfeita pelo fato de que o Governo dinamarquês pode lançar agora
essas emendas significativas que farão com que seja ainda mais atraente possuir
um negócio na Dinamarca.”
Escrevamos, em termos terra a
terra: benefícios fiscais acrescidos para
quem coloque o seu dinheiro a recato naquele país.
/De acordo com a
classificação do Fisco, os paraísos fiscais são os países que não tributam a renda
ou a tributam em percentagem abaixo de 20%, mantêm sigilo comercial ou
bancário, ou têm algum tipo de regime fiscal privilegiado/.
A questão está, portanto, em
inquirir quem representa realmente o capital estrangeiro na economia real do
país.
Sejamos, mais, precisos, quem
controla a riqueza mundial? E como agem os seus detentores para manterem a sua
supremacia multinacional?
3 – Pode-se ser acusado de
redutor faccioso nas análises do sistema capitalista, mas o papel real que
desempenham os grandes bancos multinacionais, na sua interligação compressiva e
dominadora sobre as grandes empresas e
sectores económicos internacionais não pode ser encarada como uma acusação de “barbaridade
sectária” quando se afirma que o controlo, em
grande escala, da riqueza mundial está centrado na parceria estabelecida entre
Wall Street e o Vaticano, através do seu tentacular sistema financeiro planetário.
Quer a Reserva Federal
norte-americana, quer o Banco Central Europeu, quer o Banco de Inglaterra, quer o IOR – o banco
central da Igreja Católica Romana, são instituições privadas e actuam, sem
piedade, no controlo da maior parte da riqueza mundial, e, por tabela de
sectores em disputa neo-colonial, como África e Médio-Oriente.
Os grandes bancos
controladores e interligados a todos os grandes negócios mundiais, desde o
petróleo e o gás, passado pelos complexos militares de envergadura até à lavagem
de dinheiro e controlo real da traficância de droga são, principalmente, o
nominal inglês, porque tem a sede em Londres, HBSC, Bank of America, JP Morgan, Citigroup, Wells
Fargo, Deutsche Bank, Santander, BNP Paribas, Crédit Agricole, Société
Génerale, MedioBanca, Banco Popolare e Intensa SanPaolo.
Ora, por esta concentrada
rede bancária – estritamente controlada em parceria estratégica entre Wall
Street e Santa Sé – dominam, na prática, os “monstros” do petróleo como a Exxon
Mobil, Royal Dutch/Shell, BP, Chevron Texaco, Total, GDF Suez, ENI, isto para
referir as mais importantes “ocidentais”.
Esta situação é, apenas, só um aspecto.
Verifica-se depois que este
“conglomerado” monopolista de capital tem na mão mais de 500 das maiores
empresas mundiais.
Mas, o essencial da questão é
que são duas dezenas de “personalidades”
que açambarca toda esta riqueza.
É difícil explicitá-los a
todos, pois agem no mais puro secretismo entre si, mas responsáveis que estão
ou estiveram nos centros dos seus negócios têm divulgado, por uma razão ou
outra, o novelo sugador do lumpem capitalismo financeiro dominante no mundo
ocidental, e, também, em grande parte dos países emergentes, onde se procuram
imiscuir como verdadeiras toupeiras.
As pesquisas podem,
parcialmente, ser feitas em jornais do sistema, como a revista The Economist, o
jornal Wall Street Journal, a agência Blomberg, ou investigadores com créditos
firmados, como Dean Henderson, Simon Johnson, antigo economista-chefe do FMI, (escreveu que a crise de 2008 foi um golpe para favorecer a oligarquia financeira
e permitir a fascização do país), Paul
Krugman, Nobel da Economia e investigador universitário, ou o também
Nobel Joseph Stiglitz, que foi um dos homens fortes da assessoria económica de
Clinton.
(Convém referir que um plano
elaborado para fazer regredir o nível de vida e engordar o sistema bancário já
estava em marcha desde a década de 1970.
As palavras do então Presidente da
FED, o judeu Paul Volker, em 1979, são
elucidativas :“O nível de vida do norte-americano médio tem de cair. Não podemos actuar doutra
maneira”.
Relatórios da SEC (Securities and Exchange Comission) dos
Estados Unidos de 1991 e 1995 dão-nos ,
também, certas indicações de quem “governa” as 500 “grandes empresas” e que
tutela o US Trus Corporation.
Do confronto de dados oficiais e pesquisas de
especialistas, alguns do quais estiveram dentro do sistema, como Thomas Schauf, pode-se chegar a algo mais profundo.
O sistema capitalista financeiro não tem Pátria, mas tem de
ter uma “rectaguarda” de protecção numa grande potência – ou várias, se não
houver concorrência conflituosa – como
forma de garantir, pela violência e poder do machete de ferro, a sua
preponderância.
Nos últimos 60 anos, esse refúgio era, e, continua a ser
hoje, mas mais inseguro, os Estados Unidos.
Tudo isto porque, nas mudanças geo-estratégicas económicas e
políticas, estão a produzir-se alterações significativas.
O grande capital
financeiro, embora acossado, procura adaptar-se.
Noutro capítulo abordaremos o tema.
Do que atrás referimos quanto ao pequeno grupo real de grandes
banqueiros que dominam e estrangulam a evolução societária para uma maior
igualdade e distribuição de riqueza, nas diferentes fontes, assinalam que são
as famílias que dominam os bancos Rothschild ( Londres, Berlim e Nova Iorque),Goldman
Sach, os Rockefeller (Londres, Paris e Nova Iorque), os Lehman e os Kuhn Loeb
de Nova York; os Warburg, de Hamburgo, Nova Iorque e Amsterdão; os Lazard de
Paris; e os Israel Moses Seif de Roma e o JP Morgan Chase Bank, de Nova Iorque.
Das investigações, retira-se que os donos destas
instituições estão protegidas pela US Trust Corporation, cuja propriedade
formal está no Bank of América, que tem ou teve em rotação dirigentes como
Walter Rothschild, Daniel Davison, do JP Morgan, Richar Tucker, da Exxon Mobil,
Daniel Roberts, do Citigroup ou Marshal Schwartiz, do Morgam Stanley, entre
outros.
4 Debatamos, pois, o outro tema.
O facto novo, que começou a
germinar depois da chamada crise do petróleo de 1973 (na realidade um crise
capitalista financeira e económica mundial de grandes proporções) – até a essa
altura vivia-se na *paz podre* consentida
pelas chamadas duas grandes potências
vencedoras da II Grande Guerra, que desenharam a seu bel-prazer os domínios
geo-estratégicos-económicos do globo -, foi o movimento que evolucionou no interior
de partes significativas de regiões e Estados que aproveitaram os “focos”
revolucionários que surgiram como cogumelos, desde o Extremo-Oriente até
África, passando pela América do Sul.
Ora, este movimento desde os
meados dos anos 70 – no fundo, transportava os sintomas de uma revolução –
procurava, em grande parte, conquistar as reivindicações nacionais
anti-coloniais em vários países de África, Ásia e Oceania números de países, e, noutros, a reconquistas
da sua soberania, alijando a carga neo-colonial, como sucedeu na década
seguinte na maior parte da América Latina.
Tendo como retaguarda
movimentações operárias, organizações das classes trabalhadoras, que fizeram
florescer uma série de projectos e formas de enquadramento de bem-estar social,
principalmente nos domínios da saúde (serviços nacionais), educação
(crescimento da escola pública, com novos métodos pedagógicos) e até
económicos (como os aumentos salariais, a extensão de subsídio de férias e de
desemprego, limitação arbitrária de despedimentos, entre outros), aquele movimento impulsionou grandemente os
sectores mais esclarecidos das burguesias nacionais, que, paulatinamente,
ascenderam ao poder em confronto directo com a arrogância imperial dos Estados
Unidos.
Tanto sucedeu no Ocidente,
como na antiga União Soviética ou na própria China, onde neste dois últimos
Estados vieram a substituir, em condições diferentes, as antiquadas e
enquistadas burguesias de capitalismo de Estado (a China, formalmente, ainda se
intitula de comunista…sob esse sistema, mas só se intitula!).
A evolução daquela crise
interliga-se com uma decisão da Reserva Federal norte-americana decidida, justamente, no ano de 1973, em que foi posto
em prática a suspensão do enquadramento do dólar com o ouro.
Ou seja as taxas
de câmbios deixaram de ser fixas.
Com a crise petrolífera, a superpotência EUA
tencionava amarrar - e amarrou - a gestão da moeda “mundial” ao petrodólar.
Entretanto, quer do ponto de
vista económico, quer do ponto de vista militar, agravaram-se os
problemas nos principais centros
produtores de matérias primas petrolíferas, logo com a queda do Xá da
Pérsia (1979) e depois a Guerra Iraque-Irão (1989/88), mas afectaram,
essencialmente, os Estados Unidos, como grande potência em decadência, em
especial a seguir à invasão do Iraque nos princípios dos anos 90 de século
passado.
Este incremento de violência trouxe, na realidade, um
intricado imbróglio económico, até porque a violência não é produto exclusivo
de um acção irreflectida.
Para ter consequências tidas como benéficas para quem
a pratica, em larga escala, vai ter de tomar em atenção, no fundo, a produção
económica, no caso em apreço a produção de armas eficazes e eficientes para o
fim em vista.
Por um lado, obrigou os EUA a dedicar um acréscimo de
dinheiro para sustentar, ainda que encobertamente, as guerras onde se envolvia
cada vez mais, por outro, internamente, começou sentir as dificuldades de
financiamento, o aumento inflacionário, a desorganização económica, com a
descida abrupta da produção nacional (deslocalização desenfreada de empresas na
busca do lucro rápido e fácil, diminuição da produtividade e rentabilidade
nacionais, consequente incremento do desemprego).
Em sentido mais
largo, tinha sido desencadeada desde 1973 uma instabilidade monetária dentro
dos países.
Com destaque para os que
estavam ligados à produção de crude.
Foi, precisamente, neste
período de algumas dezenas de anos que se deram mudanças nas relações de
produção mundiais e na própria geo-estratégia: forjaram-se estruturas de poder
económico fortalecidas, em conjuntos territoriais, como a União Europeia, a partir
da CEE, que deu um salto político-económico com a constituição de uma união
monetária, que surgiu como concorrente mundial ao domínio do petrodólar.
Progressivamente, grandes
países que recebiam as empresas deslocalizadas fomentavam uma produção nacional
em grande escala, ainda que baseada em exploração desenfreada da mande obra,
como a Índia e a China.
Outras utilizavam a sua
estrutura de industria de matérias-primas essenciais para ganhar força
comercial e concorrencial na distribuição mundial, casos do Brasil,
Venezuela, e, de certa maneira, o Irão.
(Aliás, foi do exemplo europeu que
nasceu o MERCOSUR, na América Latina).
È, ainda, do espírito
concorrencial no campo da energia e da geo-estrátégia independente contra o
petrodólar que o grupo de Xangai lançou, recentemente, um banco de investimento para realizar
as transacções comerciais fora da asfixia da moeda norte-americana.
Os EUA, cercados pela
crescente renovação das relações de produções nesses países, aliadas a um
incremento de poderios militares noutras zonas terrestres que escaparam, enfrentando, mesmo com um
esforço castrense desafiante ao poder imperial de Washington, que este elevou o
miliarismo a ponto inauditos, tornando-o como finalidade primordial da sua
actividade como Estado.
Desviaram muito dinheiro da
economia interna para este fim.
Estão a fomentar, na realidade, o “buraco
negro” que os pode devorar. (Veja o que está a suceder com a paralisação da
Administração, que não é o objecto deste estudo).
5 – O poder do capitalismo
financeiro ocidental está a empalidecer.
Os maiores bancos mundiais já
estão fora de Wall Street e do Vaticano.
Segundo os dados do sistema
financeiro, o Banco Industrial e Comercial da China, fundado em 1984, é, neste
momento, o maior Banco da China e de todo o Mundo (aumentos de activos para
dois biliões de dólares e uma capitalização mercantil total de 241 mil milhões
de dólares).
O segundo maior mundial,
segundo os mesmos dados, será o China Constructiom Bank.
A atingir um patamar entre as dez maiores instituições bancárias, está, por seu turno, a ser alcançado por um
banco russo, Sberbank, apelidado de ser o
mais importante daquele país e de todo o leste europeu.
Quererá isto dizer que o
lumpem capitalismo mundial, concentrado nos EUA, esteja a leste deste
incremento concorrencial noutras áreas estratégicas?
Não, mas está a ser ameaçado
pelas burguesias ascendentes de potências emergentes, grandes centros de novo poder
geo-económico-estratégico.
Sberbank é o maior banco da Rússia
e também do Leste Europeu.
O Banco Central da Rússia é o
maior accionista do banco, com 60% das acções da empresa, mas aquele banco mantém
parcerias negociais – e possivelmente accionistas – com empresas como o
Eximbank USA e o Israel Foreign Trade.
A Gazprom, a maior empresa
mundial do sector energético petrolífero e gás, com interesses comerciais em
múltiplos sectores internacionais, teve como seu presidente o judeu Dmitry
Medved, que dali saiu para ser primeiro-ministro, ascendendo depois a Chefe de
Estado da Federação Russa, regressando agora ao cargo de PM.
Mas, na realidade, perdeu
poder.
Depois da queda da ex-URSS e
através do judeu Anatoly Chubais, vice-primeiro-ministro de Ieltsin, que ficou
com a tutela das privatizações uma chusma de quadros do antigo PCUS e do KGB,
todos de origem judaica, Boris Berezovsky, Vladmir Gussinky, Mikhail Khodorkovsky,
Mokhail Chernoy e Roman Abramovich “rapinaram” no pior sentido as grandes
empresas russas e tornaram-se oligarcas omnipotentes, dominando o poder de
Estado e da economia da ex-União Soviética.
Embora o sucessor de Ieltsin,
Vladmir Putin tivesse posto em marcha uma política de “contenção” do poder do
capital internacional judeu, através dos seus asseclas no poder económico
(Berezovsky teve de exilar-se, Khodorkvsky foi preso e Abramovich viva no
estrangeiro, mas em ligação com o Kremlin), o certo é que o “poderio” do
capital judeu se faz sentir ainda, especialmente na política (perto de 40 por
cento dos legisladores da DUMA tem ligações ao judaísmo sionista).
Um dos maiores capitalistas
judeus ligados ao actual poder russo é o israelo-russo Lev Leviev, que vive em
Israel e controla grande parte da produção diamantífera mundial e tem fortes
investimentos em armamento e na actividade da alta tecnologia de comunicações e
aero-espacial.
Ele fomenta, todavia, o
desenvolvimento, em Israel, da ascensão dos emigrantes eslavos, que se dizem
judeus, dentro daquele Estado, concorrenciais com os seus “irmãos” de
ascendência ocidental, como Peres e Netanhiu.
Mas não só o capital
internacional judeu penetrou na Rússia pós-soviética e procura consolidar-se,
possivelmente, para arranjar um âncora se os eixos estratégicos se modificarem
dentro de uma a duas dezenas de anos.
Igualmente o Vaticano ganhou
forte preponderância.
Assim, o sétimo maior banco
da Federação Russa é o UNICREDIT Bank, detido a 100% pelo grupo italiano
Unicredit, pertença integral da Santa Sé.
Igualmente, na China se
começou a instalar na região de Xangai, com a abertura ao capital internacional
por parte de Mao Tsé Tung, a partir de 1972, um forte comunidade de abastados
judeus, que, assinalam publicações da especialidade, tem já forte implantação
nos negócios das regiões especiais daquele país.
6 – Centremo-nos então na
pergunta do início.
A dominação avassaladora no
mundo ocidental do capital financeiro, através dos seus representantes
políticos nos aparelhos de Estado dos diferentes países – os velhos partidos
democratas cristãos, populares, social-democratas, e até PC´S de orientação
pró-soviética reciclada ao poder dominante, caso da Itália, Suécia, Dinamarca
e, em parte na França (o que trouxe cisões constantes neste último país), com
as crise sucessivas desde 1973, mas, de maneira evidente, após o fracasso das
guerras do Golfo desde 1991, em que os “pensadores” do Grande Capital
verificaram que iria haver recessão e depressão, apareceram sintomas de
menosprezo das classes mais desfavorecidas, mas, também, de uma parte
significativa das classes médias pela governação daqueles partidos.
A democracia cristã e o
partido socialista italiano desfizeram-se como dois baralhos de cartas, o velho
partido gaullista francês fragmentou-se em pequenos partidos concorrenciais, os estafados partidos conservador e trabalhista da Inglaterra perderam terreno
eleitoral, para um “partido centrista” residual, chamado Liberal Democrata.
Na “nova Europa” de Leste
desmantelaram-se os velhos PC pró-Moscovo e foram impulsionados novos partidos
(por vezes com as chefias dos antigos partidos únicos) com somas consideráveis
de dinheiro e orientações claramente capitalistas e conservadores, a raiar
mesmo as orientações fascistas.
O primeiro partido,
claramente de direita, a aparecer na Europa da Comunidade Europeia, foi a Front
Nationale, cujo líder foi Jean-Marie Le Pen. Por volta de 1973.
Aventava-se então a
possibilidade de uma aliança entre o PSF e o PCF, face ao rescaldo das
manifestações se seguiram ao Maio de 1968, que tiveram repercussões
significativas em 1972, com a morte de um estudante em Paris.
Ficou adormecido, enquanto a
direita gaullista se manteve unida e no poder, quando Mitterand ganha a
Presidência da República renasce, em
força, com grande capacidade financeira e com apoio de dirigentes do RPR, da
UDF e do Centro Nacional dos Independentes e Camponeses. Torna-se orientação
abertamente pró-nazi.
Ganha uma certa força no poder local e mais tarde nacional,
chegando a ser a alternativa de poder presidencial.
O caso mais mediático da
explosão da extrema direita deu-se em Itália, com o surgimento de grupos que
praticavam abertamente o terrorismo, como um atentado a um comboio em Bolonha e
o assassinato de Aldo Moro, alegadamente por um “grupo de extrema-esquerda”, mas
que hoje se sabe ter sido fomentado pelos Serviços Secretos, Máfia e sectores
da Igreja Católica, alarmados com uma possível ruptura revolucionária no país.
Foi descoberta então a conjura da Loja maçónica P-2, que pretendia dar um golpe
de Estado pro-fascista, com o apoio directo de homens como Giulio Andreotti e
Berlusconi, e toda a estrutura dos Serviços Secretos e da Polícia, com apoio
de um conjunto de generais.
E o apoio
militante da Máfia, cujo elemento político de ligação foi, justamente,
Andreotti.
O golpe foi abortado. Mas
verificou-se que a P-2 funcionava em ligação directa com o capital financeiro
concentrado no IOR (o Banco do Vaticano). Caso do principal banco de Itália, o
Ambrosiano.
O assunto foi abafado, mas os
partidos metidos no processo, como a Democracia Cristã e o Partido Socialista
foram, fortemente, abalados.
Estávamos já em plena década
de 80 do século passado.
É, precisamente, nesta altura
que os indícios de uma forte recessão económica subterrânea começam a germinar,
com a descida contínua dos salários, apesar de, aparentemente, se registar
alguns progressos económicos.
É uma época de contestação, iniciada na
Inglaterra contra as políticas de Margaret Tchatcher, que visaram destruir as
organizações sindicais e desmantelar o chamado “Estado Social”.
É a primeira experiência,
que, curiosamente, será secundada por toda a Europa, pelos partidos
social-democratas.
Para tentar quebrar as
greves- e os seus piquetes – o governo Thatcher não teve pejo em recorrer a
desclassificados do lumpen proletariado das grandes cidades, gente esta que
veio, ou já estava, organizada em grupos paramilitares de extrema-direita.
A primeira experiência de
poder entre a social-democracia e a extrema-direita deu-se, justamente, na
Áustria, em 1983, em que o SPO, de Bruno Kreisky, um dos chanceleres ícones do
seu homólogo Mário Soares…, e aliou com o Partido da Liberdade (FPO), então
dirigido por Norbert Steger, que conseguiu uns espectaculares 5% e
12 deputados.
A ideologia da lumpen grande
burguesia capitalista extremista, claro que nesta altura, o seu programa ainda
se limitava à dominância do capital privado e à paragem de entrada de
imigrantes, ascendia ao poder com o beneplácito dos socialistas e da
Internacional Socialista.
Cerca de 10 anos mais tarde,
já liderado por Jorg Haider, o FPO lançou as garras de fora e colocou, sem
reservas, o seu programa capitalista pró-nazi.
Em 1999, com o apoio de grandes
figuras do poder económico, aquele partido alcançou cerca de 27%, um valor
superior ao segundo partido o “centrista” OVP – Partido Popular Austríaco (o
homólogo português do PSD/PPD) e levou o então chanceler Wolfang Schuseel, a
aliar-se com aquele, apesar das lamúrias de crocodilo da União Europeia, que,
fez um escarcéu verbal, mas aceitou o “casamento” capitalista em nome do seu
“interesse nacional”.
Estes partidos que se encavalitam
no poder em nome “da democracia representativa” são, nesta fase, os ídolos do
grande capital financeiro internacional.
A organização, o Partido do
Progresso, que suportou, na Noruega, politicamente, o assassino confesso de 77
pessoas, Andreas Breivick, (ou seja teve uma estrutura a suportá-lo nas
diversas acções que efectuou e no treino militar, que não se adquire de um dia
para outro) está no poder em aliança governamental com outro partido de cariz
fascista, de nome Partido Conservador, cuja dirigente se chama Erna Solberg.
Pretende instituir um “poder forte”, repressivo com os não nacionais
noruegueses e inclusive contra os seus oponentes sociais democratas.
Mas, a formação cara de “salvação
nacional” capitalista, que irradia, aliás, enquadramento ideológico para outros países, e que, desde há anos, se tornou o partido “charneira” da direita fascista na Holanda, chama-se Partido da Liberdade e é dirigido por Geert Wilders, que se formou em
Israel, onde viveu e defende, abertamente, o modelo actual do regime
pró-fascista israelita.
É, Israel, – afirma – a primeira linha
da defesa do ocidente.
Na sua esteira, formaram-se o
partidos dos “Verdadeiros Finlandeses”, o Partido do Povo Dinamarquês e o
Movimento para uma Hungria Melhor, vulgarmente conhecido como Jobbit, que ele
própria se intitula de “radical de direita”.
Curioso é que, sob a
influência directa ideológica do Partido da Liberdade, se formou na Inglaterra
um grupo político, com característica para-militar, de nome “English Defense
League”, que além de lumpen britânico, tem nas suas fileiras judeus e sihks abastados,
que preconizam uma guerra sem quartel contra os “imigrantes ilegais”.
A terminar, apresentamos a estruturação
completa de um partido fascista, que é ajudado pela hierarquia militar e
policial, e tem o apoio directo dos chamados “partidos centristas” na governação
capitalista de um país: o Partido Aurora Dourada, da Grécia.
Com o assassinato recente de um
cantor activista anti-fascista pela estrutura para-militar daquele partido,
veio a saber-se que ele está a enquadrar uma parte significativa da direcção
militar e policial do país, e tem apoios directos e funcionais de grandes
magnatas nacionais e internacionais.
Nas detenções de dirigentes, deputados e
cúmplices, os juizes formularam acusações directas: lavagem de dinheiro,
organização paramilitar.
Dos documentos chegados aos Tribunais, retira-se que
entre os seus apoiantes financeiros estão armadores, homens de
negócios, proxenetas e traficantes de droga, e bispos da Igreja Ortodoxa grega
(a Igreja Ortodoxa é um império financeiro na Grécia).
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