sábado, 16 de julho de 2011

O CAPITAL PARASITÁRIO E OS SEUS REPRESENTANTES NO PODER





1 - Uma realidade "cobre" hoje todo o mundo capitalista - seja sob a forma de democracia parlamentar oligárquica de alternativa entre partidos burgueses ou de ditadura de capital de Estado - o facto de existir um domínio absoluto do sistema financeiro parisitário mais desenvergonhado e de desclassificados vigaristas burgueses marginais.

Esta discussão hipócrita em torno das chamadas agências de "rating", na sua versão anglo-saxónica, ou de notação financeira, numa tradução aportuguesada.










Os lamentos assanhados dos comissários europeus, do Presidente da República portuguesa, ou dos "especialistas" económicos da "economia do mercado" contra as empresas da rating faz lembrar aquela frase popular do ladrão que chama ladrão ao seu parceiro de vigarice.

Na realidade, elas, as empresas, são "braços" armados, mais ou menos anónimos, propositadamente, na grande imprensa, dos grandes banqueiros internacionais.

E os homens de "Estado" que se atiram, agora, contra essas empresas, foram os seus divulgadores, impulsionadores e organizadores de todo do sistema de especulação financeira no interior dos respectivos Estados.

Foram - e continuam a ser -, na sua hipocrisia, cúmplices criminosos do sistema que ajudaram a cimentar- se e pretendem apenas "defendê-lo", mantendo-se no poder, levando a efeito as suas políticas.

Quem dominou no Mundo, com especial incidência após a crise económica e petrolífera de 1973, não foram partidos que se diziam socialistas e sociais democratas, que implantaram o que hoje se chama de Estados Sociais.

Quem começou a implantar-se, até as entranhas, em todos os Estados do chamado Mundo Ocidental, e dos outros que se vieram a chamar de emergentes, mas estão a aplicar as "receitas" económicas do sistema financeiro especulativo, foi uma fracção da grande burguesia: o grupo seleccionado da banca internacional, que medrou em torno da especulação bolsista, da conquista dos principais eixos accionistas das empresas mais produtivas de cada país, desde a banca até à indústria farmacéutica, passando pela metalomecânica, contrucção naval, aviação, ferrovia, grandes transportes rodoviários, entre outros.

Quem está no poder, quer na União Europeia, quer nos Estados Unidos da América, quer na Rússia, India ou China, são os representantes directos desse sistema financeiro internacional burguês desclassificado e obscuro.

Os seus representantes directos na altura, porque a fraqueza dos velhos partidos conservadores era evidente, foram os partidos ditos socialistas e sociais democratas (quase todos, incluindo o português, fizeram a revisão dos seus estatutos "limpando" os resquícios apelidados de "lixo marxista" e optaram pela defesa das «leis do mercados» e do capitalismo de «rosto humano») .

Foi, pois, sob a liderança desses partidos "refundados ou recauchutados" - o PSOE, de Felipe Gonzalez, o PS, de Michel Rocard e, mais tarde, de François Miterrand, o Partido Social Democrata alemão, de Willy Brandt ou o Partido Socialista Italiano, de Betinno Craxi/Partido Comunista, de Enrico Berlinguer, que essa alta finança banqueira impôs, sem restrições, o seu domínio ( político, económico e social).

Referia-se a propósito que, em Portugal, quem levou a Garcia a tarefa se chama Vitor Constâncio, então secretário-geral do PS, mas teve a conivência militante do seu fundador Mário Soares, que renegou, então, o que propusera em 1973.

Principalmente, a partir dos finais dos anos 70/inícios dos anos 80, essa finança, dominadora e bem situada, directa ou indirectamente, deixou as veleidades da descrição, e mandatou ou colocou os seus representantes para refazer Constituições, organizar a legislação que servisse, sem restrições, o aumento do poder do Capital, indo ao ponto de dispor os seus "homens" pelos cargos públicos mais relevantes, desde a formação de governos até às administrações das prinicipais empresas públicos ou de capital maioritariamente público.

Mas também foi, por essa altura, que se verificou, a nível mundial, mas com especial incidência nos EUA e na Europa Ocidental (deu lugar à UE) uma tendência mais ou menos constante de queda da taxa de lucro.










Já no final dos anos 80, havia indícios suficientes de uma ruptura entre capital industrial, que fora dominante em todo o período pós Grande Depressão, e o capital baseado nos lucros fáceis, e acima de tudo fictícios.

A rumo que este Capital optou foi, pura e simplesmente, a especulação.










Mesmo em países de domínio absoluto do capitalismo mais puro, como os EUA, desprezou-se a produção nacional em detrimento da especulação. É já na década de 90, que o modelo especulativo (ou em termos de economia burguesia o modelo liberal) ganhou foros de cidadania e de grande sistema de orientação para o capitalismo.

Era a globalização, em termos gerais, mas também a procura de sectores da grande burguesia, como a europeia, de modelos de alternativa societária (desde económica até à monetária) em concorrência que obstassem a uma avassaladora política ultra-imperialista.

Começou então a verificar-se a instabilidade cambial - e isto em particular, porque a formação da UE trouxe uma novo modelo de acumulação que engrandecia o sistema capitalista, como modelo de crescimento industrial e de harmonia económica, mas igualmente o crescimento constante da dívida pública.

O reinado estava cada vez mais concentrado no poder desse extracto da burguesia, que dominava o sistema bancário e a finança. Com a contracção financeira dos Estados, estes, através dos seus representantes recorriam aquele, o que implicava uma submissão crescente.

O Estado, aparentemente como instituição "neutra" estava nas mãos da banca. Esta pedia sempre mais, emprestava ao Estado, exigia pagamentos, obrigava a garantias do próprio Estado, sem nada dar em troca.

Então exigia mais exploração da parte do Trabalho, ou seja mais exploração dos assalariados (menos salários, mais impostos, mais horas de laboração, etc etc).

Nunca houve preocupação - pelo contrário - dos governos de agir para colocar a Administração Pública, ou seja o Estado ao serviço dos interesses da comunidade nacional, com um equilíbrio do Orçamento, indo buscar a parte restante ao poder do Capital.

O décife estatal tornou-se então avassalador. Os bancos enriqueciam, aumentando a sua dívida privada; faziam desaparecer o dinheiro e pediam mais, incluindo a exigência de garantia mais dinheiro no seu próprio Capital à custa de impostos das classes trabalhadoras.

Tudo lhes foi concedido.

A crise mundial de 2008 veio a atirar para a os olhos de quem pensa e sabe o que se pode passar que os EstadoS capitalistas (EUA, UE, China, India, Rússia, Brasil, etc etc) se estavam a tansformar e a agir, descaradamente, como uma sociedade monstruosa de acções que sacavam os seus lucros às riquezas nacionais de cada Estado.

Quando se dá a crise nos EUA nesse ano a principal preocupação da grande burguesia financeira foi procurar salvar, no imediato, única e completamente os seus interesses e dividendos, ou seja evitar a bancarrora dos seus principais sistemas financeiras, desde a bancos a companhais de seguros, injectando-lhe Capital público.










E foi, precisamente, a Administração Obama (e não qualquer administração republicana, curioso!!!) que desempenhou essa tarefa.

Em nome do bem público, os senhores bens instalados do Capital financeiro, vigaristas e criminosos até a medula (norte-americano e europeu) receberam e usaram em benefício próprio os investimentos nacionais de cada Estado.

De lado, ficou o comércio, a indústria, a agricultura, os transportes ferroviários, rodoviários e marítimos, ou seja quer as classes laborisosas, quer certos sectores da burguesia ficaram de fora, foram humilhados e roubados nos seus interesses e benefícios.

Neste momento, uma situação económica pode vir a agravar a crise actual e pode vir a fazer surgir movimentos societários de eclosão social imprevisível: a divida norte-americana, as faltas de pagamentos daquela super-potência a nivel internacional.










Qual a evolução? Não sabemos. Mas a gravidade é tal, que uma revolta generalizada pode saltar para o meio da rua.

A resposta não pode ficar somente por cada país isoladamente.

2 - A comunicação social dominante e os políticos do regime - e mesmo os da chamada esquerda - fazem o possível por apresentar as agências de notação (rating) como seres etéreos. Não explicam que elas estão representadas directamente nas grandes empresas e, na prática, são as detentores do Capital.

Um economista, como o actual Presidente da República, Cavaco Silva, serviu de motor, em passado recente, para dar o mote à argumentação que eram "meras intermediárias" do "mercado", que teria de ser tomadas em cconta.

Agora já sustenta que essas agências são uma ameaça. Só lhe fica bem. Mas deveria fazer a auto-crítica, em primeiro lugar.

O que ele não diz, e isto relativamente a Portugal, é que elas já estão nos Conselhos de Administração das principais empresas e, em algumas delas, são os accionistas principais. Com as privatizações ou a retirada do "poder de veto" (golden share) por parte do Estado, elas serão os agentes decisores dessas empresas.

O Capital Group, que domina a Moddy e a S&P, é, por exemplo o principal accionista privado da Portugal Telecomum, (mais de 10 por cento) e o actual administrador executivo Zeinal Bava o seu homem de mão. Por eles, os fundos "anónimos", indicado para o cargo que ocupa na PT.

Este Capital Group, que representa o Capital de Wall Street, tem participações de relevo em 36 países.

Cito a imprensa internacional. É considerada a entidade mais poderosa do mundo a actuar nos mercados financeiros e talvez seja uma das mais discretas. A Capital Group é, através de uma das suas empresas, a Capital World Investors, a maior accionista da entidade que detém a agência de ‘rating' Standard & Poor's e tem uma participação de mais de 10% na Moody's.

Além disto, através de fundos de investimento, a Capital World Investors detém ainda milhões em dívida soberana, onde se incluíam no final de 2010, pelo menos, 370 milhões de euros em dívida da Irlanda, Portugal, Espanha e Grécia.

Este valor pode ser superior, já que diz respeito apenas a dois fundos direccionados para o retalho de uma das cinco entidades do Capital Group.
A agência Bloomberg refere que a Capital Group opera com "luva de veludo" no controlo e influência das empresas onde está investida. Já o britânico "Independent" refere que a instituição "é quase patologicamente receosa dos meios de comunicação social". Mas a sua influência é inversamente proporcional ao seu ‘modus operandi' recatado.

Um estudo publicado no ano passado por dois investigadores do Swiss Federal Institute of Technology concluiu que o Capital Group era a instituição financeira com maior poder nos mercados globais.

A investigação incluiu 48 mercados, concluindo que o grupo é "uma accionista proeminente do controlo simultaneamente em vários países", concluem Glattfelder e Battiston.










O ‘ranking' feito pelos investigadores pode ser encarado como "uma medida de controlo e de poder potencial (nomeadamente, a probabilidade de determinada entidade conseguir atingir os seus próprios interesses em oposição a outros actores). Dadas estas premissas, não podemos excluir que os maiores accionistas com vasto poder potencial global não exerçam esse poder".

O montante canalizado para dívida portuguesa por dois dos veículos geridos pela Capital World Investors, o American Capital World Bond Fund e o American Funds Insurance - Global Bond Fund, ficava-se pelos 19,5 milhões de euros no final de 2010, aplicados em Obrigações do Tesouro que vencem em 2020, segundo a Bloomberg.





Por outro lado,os fundos geridos pela Capital Research & Management construíram uma participação qualificada na PT, isto é, acima de 2%, a 12 de Agosto, já depois da empresa nacional ter decidido vender a posição que detinha na brasileira Vivo à Telefónica. No final desse mês, a Capital Research reforçou a posição 5,07% e a última posição conhecida era de 10,09%, podendo ser superior sem que tenha de ser comunicada.






Ora, quer o PR, quer os diferentes governos establecidos desde 25 de Novembro de 1975 tem perfeito conhecimento de toda actuação, que veio dar à situação actual.






3 - Esta realidade é uma; a outra é que essas agências também estão ligadas e controlam a própria Reserva Federal dos Estados Unidos, de que são os principais accionistas.






Não se pense que o Banco central norte-americano é uma instituição pública.






Nada de mais errado e catastrófico: está na mão do capital privado, e em especial do Capital do lobby judeu internacional.






Citemos para que conste os nove maiores e dominantes accionistas dessa Reserva, cujo Presidente é justamente um judeu, Ben (Benjamim) Bernanke:






Banco Rothschild de Londres e Berlín;






Banco Lazard Brothers de París;






Banco Israel Moses Seif de Italia; Banco Warburg de Hamburgo e Ámsterdam;






Banco Lehman Brothers de Nueva York; Banco Kuhn Loeb de Nova York;






Banco Chase Manhatan de Nova York;






Banco Goldman Sachs de Nova York.

National Bank of Commerce NY/Morgan Guaranty Trust (J. P. Morgan Bank Hanover Trust of NY (William and David Rockefeller & Chase National Bank NY são os accionistas principais).






Como se pode ver, pela evidência, são todos bancos do capital judeu internacional.











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