Vivem como nababos, sem participarem na divisão de impostos para harmonia do equilíbrio da dívida
O mais rico é, desde há quatro anos, Américo Amorim. Os activos do accionista da Galp Energia e da corticeira Amorim cresceram 18,2 por cento face à edição do ano passado da lista da Exame e atingem, agora, os 2,6 mil milhões de euros.
Alexandre Soares dos Santos, presidente do conselho de administração da Jerónimo Martins, subiu do quarto para o segundo lugar.
O aumento do património dos mais abastados em Portugal explica-se pelo crescimento da petrolífera portuguesa, e pelo desempenho em bolsa da Jerónimo Martins.
Segundo avançou ao PÚBLICO Filipe Fernandes, autor do estudo e director-adjunto da revista mensal, a fortuna da família Santos, que controla 58 por cento da Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, já é a maior do país. No total, valerá mais de quatro mil milhões de euros. “Estão há 90 anos no negócio, sempre a investir”, sublinha o jornalista.
Ao contrário do que sucedeu no ano passado, Maria Isabel dos Santos e Fernando Figueiredo dos Santos, primos de Alexandre Soares do Santos, estão agora entre os 25 mais ricos.
De acordo com a lista, que é publicada amanhã na Exame, Alexandre Soares dos Santos viu o seu património aumentar 88,9 por cento para 1,9 mil milhões de euros e, ao subir do quarto para o segundo lugar, ultrapassou Belmiro de Azevedo (cai para o terceiro lugar no ranking).
A Exame calcula o ranking anual com base na contabilização de activos, nomeadamente cotações bolsistas.
Os 10 mais ricos
1º Américo Amorim: 2587,2 milhões de euros
2º Alexandre Soares dos Santos: 1917,4 milhões de euros
3º Belmiro de Azevedo: 1297,6 milhões de euros
4º Família Guimarães de Mello: 1006,6 milhões de euros
5º Família Alves Ribeiro: 779,7 milhões de euros
6º Perpétua Bordalo da Silva e Luís Silva: 679,7 milhões de euros
7º Rita Celeste Violas e Sá, Manuel Violas: 650,6 milhões de euros
8º Maria do Carmo Moniz Galvão Espírito Santo: 645,8 milhões de euros
9º Família Cunha José de Mello: 638 milhões de euros
10º António da Silva Rodrigues: 551 milhões de euros "
"Os gestores portugueses de patrimónios cortaram a fundo a posição em valores mobiliários portugueses.
"Maio foi o mês da fuga das grandes fortunas de valores mobiliários portugueses, segundo um relatório divulgado hoje pela APFIPP (Associação Portuguesa de Fundos de Investimentos, Pensões e Património).
"Os gestores de patrimónios de sociedades portuguesas cortaram em 5,3 mil milhões de euros a exposição a valores mobiliários nacionais no mês de Maio, segundo um relatório divulgado hoje pela APFIPP. Só em acções nacionais a diminuição das aplicações foi superior a 300 milhões de euros.
"As gestoras de patrimónios fecharam o mês com 12,75 mil milhões de euros investidos em valores mobiliários portugueses.
Os maiores clientes das gestoras de patrimónios portuguesas são seguradoras e fundos de pensões. A maior parte dos investimentos feitos pelos gestores de patrimónios são em obrigações e títulos de dívida pública".
O Estado está na dependência directa desta casta financeira especulativa. Que quanto mais especula e trafica com o dinheiro arrecadado aos assalariados, mas rica fica e coloca de tanga financeira novamente o próprio Estado.
Não se consegue reorientar a gestão administrativa estatal para conseguir um equilíbrio, quer nos Orçamentos, quer no dever e haver desse mesmo Estado sem retirar o poder a estes agiotas e apostar numa produção nacional, por um lado, mas principalmente, por outro lado, e acima de tudo, conseguir uma harmonia de contas públicas no interior da União Europeia.
O que pressupõe cortar radicamente com a especulação bolsista, a traficância bancária com o dinheiro público, a entrega das empresas produtoras europeias ao dominio do Capital financeiro parasitário. Ou seja, em termos práticos, esse senhores tem de ser severamente taxados.
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