1 –
Foi publicado, recentemente, nos Estados Unidos da América um livro de Bob
Woodward, antigo jornalista do *Washington Post*, intitulado «The Last of
President´s Men» (O último dos homens do Presidente), em que Alexander
Butterfield, um dos principais assessores do falecido Chefe de Estado
norte-americano Richard Nixon dá a conhecer parte da faceta pessoais presidenciais, bem como dados de
documentos confidenciais dos quatro anos que passou com aquele na Casa Branca.
O
ex-assessor de Nixon descreve-o como *solitário, vingativo e traiçoeiro, torpe
e inseguro ao ponto de atingir a paranóia*. Uma pessoa capaz de *estratégias
perversas* e *obsessivamente secreta*, acrescenta.

Na
década de 70 do século passado, Woodward, conjuntamente com Carl Bernstein,
então ambos jornalistas do diário *Washington Post, denunciaram o papel de
Richard Nixon no chamado «escândalo Watergate», que levou à sua demissão.
Um
dos documentos citados no livro agora editado, refere-se a um pequeno episódio,
com data de Janeiro de 1972, no qual o falecido Presidente protesta junto do
então seu assessor de segurança nacional, mais tarde Secretário de Estado,
Henry Kissinger, porque os bombardeamentos norte-americanos sobre o Vietname do
Norte não tinham conseguido *nada de nada*.
Uns
dias antes, perante a Nação sustentava que *os resultados tinham sido muito,
muito eficazes*.
Mas,
mais tarde, por razões de política interna - estava em causa a sua reeleição -,
mandou reforçar, indiscriminadamente, com milhares de mortos, os
bombardeamentos contra as populações do Vietname.

A
este respeito, o seu antigo assessor político Butterfield refere, agora, no
livro que Nixon *mentiu* perante os norte-americanos.
Este
mesmo assessor sublinha também que Richard Nixon, que ele apelida de *pobre
homem, miserável*, maltratava, abertamente, a sua mulher Pat, na frente dos
seus colaboradores.
Colaboradores
estes, bem como a sua própria Administração, que permitiam, pelo que se retira
das declarações de Butterfield, que Nixon fosse um *mulherengo*, assediando as
próprias jovens funcionárias da Casa Branca.
Um
relato exemplar da cumplicidade vergonhosa dos que depois denunciam: Numa
viagem de helicóptero *quando Nixon convidou uma secretária em minissaia a
sentar-se ao pé dele. A secretária – confessa o ex-assessor – sentou-se entre o
assessor presidencial e o mandatário e este começou a apalpar-lhe as pernas
enquanto falava com a comitiva que seguia na aeronave*.
2
– Os trechos atrás citados foram retirados da imprensa norte-americana e
inglesa.
O
livro ganha relevância na fase actual da campanha eleitoral para a Presidência
dos Estados Unidos da América.
Não
porque revele dados muito desconhecidos da vida do falecido Chefe de Estado
norte-americano, mas, principalmente, porque nos leva a questionar como
governam os principais dirigentes dos EUA.
O
caso de Nixon não é isolado. Pelo que conhece, actualmente, dos seus
antecessores e sucessores, verifica-se que era – e é - uma prática comum na
actividade política dos governos norte-americanos.
O
mais idolatrado Presidente do poder político e económico norte-americano John
Kennedy é o protótipo de monstro que representou o regime mais corrupto do
Mundo.
Com
Kennedy, a Casa Branca funcionou como bordel, tanto para o Presidente, como
para com a sua mulher Jacqueline, apresentada, exteriormente, como uma
*primeira dama* recatada.
Como
artistas de +alterne+, John Kennedy – sabe-se agora - *mercadejou sexo* com
Angie Dickenson, Kim Novak, Janet Leigh, Jean Simmons, Jayne Mansfield e
Marilyn Monroe, entre outros casos *amorosos*, sempre escondidos pela grande
imprensa do país..e pela Casa Branca.


Jacqueline,
a sua esposa, respondeu-lhe na mesma maneira. São conhecidos e badalados os
casos com o actor William Holden, o artista Bill Walton e o multimilionário
Aristóteles Onassis, com quem, aliás, veio a casar, após o assassinato do
Presidente.
Claro
que estes casos, aparentemente, são do domínio do moral.
Mas
mostra o cinismo do moralismo da classe dirigente que propaga, aos sete ventos,
a sua conduta balizada pelo matrimónio religioso monogâmico, quando os *vícios* encobertos
se transformavam em segredo de Estado.
Outros
Presidentes, antes e depois, lhe seguiram as pisadas.
Todavia,
a sua faceta de monstros criminosos a dirigirem uma superpotência é que deve
ser denunciada e transmitida à população norte-americana e mundial.
São
os *assassinatos políticos* planeados na Casa Brança, pelos próprios
Presidentes, contra Chefes de Estado ou de governo de países que não
concordavam, ou fugiam à tutela férrea do capitalismo norte-americano, e,
efectuados ou dirigidos por sicários contratados pelos serviços secretos ou por
estruturas diplomáticas da Secretaria de Estado, como os casos de Patrice
Lumumba (Congo), Rafael Trujillo (República Dominicana), Ngo Dinh Diem
(Vietname do Sul), Karim Kassen (Iraque), Salvador Allende (Chile), René
Schneider (general chileno, ex-CEME), entre muitos outros.



Ngo Dinh Diem assassinado e funeral do general Schneider
Para não falar nas numerosas tentativas falhadas para assassinar Fidel Castro, o antigo Chefe de Estado cubano, onde alguns dos seus executantes seriam *soldados* da Máfia norte-americana, onde estava inserido o próprio Kennedy e a família.
Para não falar nas numerosas tentativas falhadas para assassinar Fidel Castro, o antigo Chefe de Estado cubano, onde alguns dos seus executantes seriam *soldados* da Máfia norte-americana, onde estava inserido o próprio Kennedy e a família.
Não
esquecer os casos de utilização de produtos químicos para utilização, como
venenos ou substâncias alucinogénas, quer individualmente, que em massa sobre
figuras e personalidades políticas e/ou conjunto de pessoas tidas como
*dissidentes* da política instalada em Washington/Casa Branca.
Ou
o controlo da produção e comercialização de drogas quer a partir do
Vietname/Laos/Cambodja ao Afeganistão, bem como os crimes de guerra efectuados
um pouco por todo o Mundo: Médio-Oriente, Extremo-Oriente e mesmo na Europa.

As torturas no Iraque

As torturas no Iraque
Não esquecendo, antigamente, como agora a prática generalizada de tortura, prisões ilegais e execuções indiscriminadas, sob uma pretensa luta contra *o terrorismo* interno e externo, decretada e mantida *secretamente* pela chancela dos Presidentes.
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