sexta-feira, 6 de agosto de 2010

HIROSHIMA E NAGAZÀKI MORAM AQUI AO LADO































Há 65 anos, a Força Aérea dos Estados Unidos da América lançou, propositadamente, sobre a cidade japonesa de Hiroshima uma bomba atómica, a primeira no Mundo, matando de imediato mais de 80 mil pessoas.
Foi justificada com um argumento hoje balofo de que tal atocidade iria fazer com que o Japão assinasse de imediato a capitulação, salvando, deste modo, milhares de vidas de soldados norte-americanos.
O argumento é balofo, porque as autoridades norte-americanas sabiam que o Japão nazi imperial estava em colapso e pronto para a capitulação. Hoje, sabe-se que os EUA quiseram fazer uma prova de força contra a antiga União Soviética, que pretendia obter compensações territoriais e financeiras no Extremo-Oriente.
Perante a viragem estratégica das autoridades do Kremlin para Oriente, sob os auspícios de Joseph Stálin, cuja "repartição mundial" não ficara completamente esclarecida em Ialta, na reunião dos "três grandes", o governo de Washington, liderado pelos "falcões" democratas, que estavam a insinuar-se na governação norte-ameriicana com a ascensão à Chefia de Estado do vice-Presidente Truman, que substituira Roosevelt, após a sua morte repentina, os seus conselheiros decidiram levantar a parada e fazer um "ensaio" mais completo, lançando, a 9 de Agosto, uma nova bomba atómica sobre Nagazáki.

As estimativas do número total de mortos variam entre 140 mil e 220 mil, sendo algumas delas são consideravelmente mais elevadas já que contabilizam as mortes posteriores devido à exposição à radiação. Mais de 90% dos mortos eram civis.
O Japão rendeu-se a 15 de Agosto de 1945, e os EUA fizeram um aparatoso acto de assinatura oficial a 2 de Setembro na baía de Tóquio.
Curiosamente, deixaram no poder o imperador e o seu séquito, com toda a armadura ideológica, que manteve o Japão até hoje perfeitamente enquadrado na órbitra norte-americana.
Hiroshina e Nagazaki, hoje, devem recordar-nos que há dias a mesma potência que lançou as bombas sobre o Japão organizou, deliberamente, manobras aero-navais, com armas nucleares, junto à penísnsula da Coreia, em clara ameaça de lançamento de novas bombas sobre um outro país, a Coreia do Norte, que ciosa da sua independência também tem bombas atómicas, mas que a potência que as usa não quer que os outros tenham acesso a elas.
Não muito longe, no Grande Médio-Oriente, fazem-se ameaças, com bombas nucleares, sobre países independentes que pretendem criar as suas próprias bombas, mas que os usários das milhares que já as têm não querem largar mão do seu poderio.




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