quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A CONFISSÃO DE UM LACAIO DOS CAPITALISTAS ESPECULADORES









1 - Medite-se sobre estas afirmações (Não são minhas, estão escritas nas páginas da imprensa. Foram proferidas hoje):

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, reconheceu hoje que a Europa (sejamos precisos - os responsáveis políticos europeus!!!) subestimou o problema da Grécia, e também em parte de Portugal e Irlanda, e que esperaram que os mercados fizessem o trabalho de castigar os países com derrapagens.

Isto é de uma gravidade extrema.

É a confissão pura e simples da irresponsabilidade política e, mais grave, a confissão verdadeira de que os dirigentes políticos são governados - são cães servis - dos agiotas especuladores capitalistas, chamados mercados.

O senhor Juncker, que já foi ministro do seu país, comissário e agora presidente do Eurogrupo (uma espécie de Ministro das Finanças da UE), lançou para a praça pública o verdadeiro papel que a Comissão Europeia desempenha: nós - nas palavras dele - damos, conscientemente, rédea solta aos capitalistas financeiros especuladores. Eles é que vão dominar e impor as suas condições, através de "castigos".

Quais são os castigos: os roubos dos salários e prestações sociais das classes trabalhadoras.

Juncker vai mais longe com a sua confissão:

Quem domina a Comissão Europeia e as instituições políticas da União Europeia (desde os governos nacionais aos parlamentos e outras entidades, como as bolsas) não são os seus deputados ou seus membros dos executivos, mas sim um sector do poder capitalista instituído: OS BANQUEIROS ESPECULADORES, apelidados de mercados.

Tudo o resto é paisagem. Tudo o resto foi afastado dos poderes de decisões, incluindo a burguesia produtiva industrial, a pequena burguesia, o campesinato.


2 - Arrogantemente, os principais banqueiros especuladores portugueses, através da sua Associação, dirigiram-se à Comissão Europeia para que esta trave as chamadas medidas de recapitalização da banca.


O governo português roubou 12 mil milhões de euros ao povo português para injectar na banca portuguesa, que dava lucro atrás de lucro meses atrás, e agora de repente, sustenta estar sem dinheiro e quer mais "empréstimos", mas sem regulação, nem intervenção estatal na sua gestão.


Querem dinheiro, e com ele fazer o que lhe apetecer, incluindo enviando para "paraísos fiscais", sem qualquer controlo, nem pagamento.

Tendo colocado o Estado português - e por tabela os outros Estados europeus - os banqueiros da Europa, e particularmente de Portugal - nas lonas, submetendo-os aos seus ditames, eles agora pretendem que o próprio Estado injecte novamente capital, sem qualquer custo para eles.

Perderam toda a chamada discrição de antigamente, sentem-se senhores verdadeiros do poder e agem como ditadores, querem prosseguir na bancarrota, para arrecadarem mais dinheiro, com mais especulação.


Esperemos que a evolução societária avance na sua consciência política e se caminhe para uma explosão que faça estraçalhar toda esta corja e os partidos que os sustentam.








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