terça-feira, 15 de março de 2011

CAVACO SILVA ELOGIA POLÍTICA COLONIAL DE SALAZAR

O Presidente da República, Cavaco Silva, prestou hoje uma homenagem aos combatentes portugueses da guerra colonial de 1961/74, considerando que o regime de então estava a cumprir uma missão patriótica.

Cavaco Silva, além de fazer uma interpretação errada da História, efectuou igualmente um elogio - sem o citar, claro - ao papel desempenhado pela ditadura de António de Salazar, que esfacelou uma parte da juventude portuguesa numa guerra injusta, ao mesmo tempo que atolou o País no lamaçal da depressão económica e expulsou cerca de um milhão de portugueses para a emigração.

Ao solicitar ao jovens de hoje que se empenhem "em missões e causas essenciais ao futuro do país com a mesma coragem e determinação com que fizeram os militares que participaram há 50 anos na guerra do Ultramar", Cavaco Silva estão a efectuar um apelo a novas missões coloniais, com intervenções em zonas territórios que estão sob a alçada de poderes e potências imperiais.

E ao fazer este apelo, o actual Chefe de Estado está a renegar, exactamente, todos aqueles que fizeram e participaram no 25 de Abril de 1974. justamente para acabar com um guerra que nada tinha de patriótica e nem seguida pelos que nelas estiveram envolvidos como combatentes, que, por acaso, não foi o caso dele.

O combatente portugûes foi carne para canhão ao serviço do regime ditatorial de Salazar e Caetano e desprezado mais tarde, por falta de apoio, por todos aqueles que estiveram até agora no poder no pós-25 de Abril.

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