sábado, 12 de junho de 2010

QUAL A RAZÃO PORQUE O ESTADO SUSTENTA A IGREJA CATÓLICA?



Qual a razão para a existência de uma Universidade confessional, como instituição de ensino oficial?
O senhor, que aparece na imagem, chama-se Miguel Gouveia, é professor na Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica, em Lisboa, e escreveu um artigo no Caderno Confidencial do passado sexta-feira, dia 11 de Junho, intitulado: "Acabem com o 14º mês na Função Pública".
E qual a razão de tão douta e sagrada sentença de um lente de Economia de uma éterea Universidade mas que é mundana, ligada precisamente às coisas terrenas, eu que pensava que o catolicismo era um assunto metafísico, ligado a uma não existência: "O Estado deveria reduzir as suas despesas, mas é raro ouvirem-se sugestões específicas de cortes. Eis uma: é necessário reduzir os salários dos funcionários, eliminando o 14 º mês permanentemente".
Pois, eu preconizo uma medida mais prática, efectiva e radical.
O Estado para reduzir despesas deveria ir sacar dinheiro à Igreja Católica, aos seus bancos, às suas empresas, aos seus investimentos, taxando tal como qualquer outra entidade, a começar pela sua Universidade Católica, que dá um lucro fabuloso. Se tal fizesse, certamente, as despesas públicas desciam drasticamente.
A religião é um assunto do foro privado e, por isso, não não deveria receber qualquer benefício material do Estado.
No caso em apreço, a Igreja Católica, que se arroga num Estado laico de ter direito a privilégios, não deveria receber subsídios estatais, nem as organizações que aquela controla deveriam ter qualquer apoio financeiro e monetário do Estado.
Ora, a UCP, que além de ser uma entidade que funciona, em primeiro lugar, como "missão da Igreja", não deveria ter um papel de instituição de ensino oficial que, na prática, exerce, ainda, por cima, com benesses dados pelo Estado, como isenção de impostos, contribuições ou taxas de Estado, embora funcione como qualquer empresa que arrecada lucros das propinas que faz pagar aos alunos.
Porque não deixar o Estado de pagar o salário a todo e qualquer hierarca religioso que, como tal, vive, inutilmente, à custa do erário público, como capelães militares, professores, administradores de empresas públicas, entre outros cargos estatais ou públicos?

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