sexta-feira, 30 de julho de 2010

OS DOCUMENTOS DO PENTÁGINO: OS CRIMES DE GUERRA DA ACTUALIDADE






Estes arrojados combatentes de retaguarda deveriam comandar, no terreno, durante meses, as suas tropas nos teatros operacionais...












A denúncia feita por uma organização bloguista chamada Wilileaks.org, ampliada, mais tarde, por alguns dos principais meios de informação dos Estados Unidos e do Reino Unido, mostra a actuação, perfeitamente, delineada e fomentada pelas autoridades da Nato, com predominância para a Administração de Washingtom, para realizar crimes de guerra, nos tempos actuais, em nome da defesa dos "interesses vitais" das potências ocidentais.

A preocupação central de Washington, ou de Londres ou, mesmo de Lisboa, não foi repudiar os actos infames que as suas tropas realizam em países ocupados, mas sim em determinar quem foram os divulgadores das atrocidades.

Uma actuação exactamente conforme os actos persecutórios efectuados, há 60 anos, contra os seus inimigos pelos potentados nazis e fascistas na II Grande Guerra. Tal como os nazis, os norte-americanos sustentam hoje que actuam, com toda a violência e derrame de sangue, para defender os seus "interesses vitais" que se encontram onde se considerem donos das matérias-primas, do território ou apenas da sua situação geo-estratégica.

Podem os chamados especialistas argumentar, para minizar, o que é determinado, secreta e criminosamente, pela Administração norte-americana na sua actividade imperial, como uma actuação necessária e que a formidável riqueza de de detalhes, suportados em mais de 90 mil documentos classificados de secretos, são lugares comuns, do conhecimento geral.

O que é pura mentira. É demagogia, fuga às rersponsabilidades.
Com estes documentos ficamos a saber que os comandos políticos e militares de Washington planeavam ( e planeiam) a guerra para a efectutar actos criminosos, clandestinos, ao arrepio das convenções de guerra internacionais, sancionadas pelos próprios Estados Unidos.

Ficamos a saber que os EUA criaram uma unidade especial, secreta, orientada directamente por Washington, sem interferência dos próprios aliados no terreno, para localizar, interrogar e assassinar pessoas que sob a a mínima suspeita de puderem ser patriotas, eram, pura e simplesmente, liquidados. Crime de guerra.

As ordens de operações são orientadas para eliminar tudo o que se oponha à presença estrangeira e não aos propagandeados projectos de pacificação do país. Ou seja, política guerreira de terra queimada. Crime de guerra.

Ficamos a saber que eram (e são) planeadas acções para atacar civis desarmados, conduzindo essas acções como se actos do inimigo se tratatassem. Premeditação deliberada para cometer assassínios. Logo, crime de guerra.

Mas, o que estes documentos mais incomodam os promotores da guerra e os senhores accionistas e executivos do complexo industrial-militar dos EUA são as denúnicas das exorbitâncias em dinheiro que ali estão a ser gastas, sem qualquer efeito prático na inversão do rumo da guerra.

Estão expostos com toda a transparência, nesses documentos secretos, enviados por quem está no terreno e sente a sua real evolução, a realidade: a guerra não enfraqueceu, mas fortaleceu os comabtentes insurgentes, onde se encontram os próprios talibãs.

Os documentos dão a conhecer que os norte-americanos financiam o Paquistão para incrementar a própria guerra no Afeganistão. Assim, os EUA pagam, anualmente, às autoridades de Islamabad mais de mil milhões de dólares, que Washigton sabe que são para financiar e treinar os insurrectos.

Ora, esta orientação é consentida e estimulada em Washington por republicanos e democratas.

As autoridades de Washington destituiram toda a rede de comando no Afeganistão e consequentemente no Iraque e até Comando Central em Tampa? Claro que não. Nem uma simples repreensã. Apenas estão preocupados com o (s) divulgador (es) desta atrocidades.

Dizem os sápratas de Washingtom: somos criminosos, mas castigamos que nos denunciam.

A pérola que é o Ministro da Defesa Nacional, Augusto Santos Silva, como antigo MES, mostrou, logo a sua veia de anti-miliarista, de humanista que se recusava a combater na guerra colonial, quando, cobardemente, se manifestava contra ela, porque tinha medo de nela participar, manifestou-se preocupado com o facto de os talibãs serem apoiados pelo Paquistão, porque, segundo ele, em causa esta o combate "pela liberdade" que se desenrola no Afeganistão.
(Eu gostaria de ver José Sócrates, Augusto Santos Silva, Carmem Charcón, Hervé Morin, Berlusconi, Jose Luís Zapatero, David Cameron, Barack Obama, no terreno, à frente das unidades de elite, sem protecção de guarda-costas e helicópteros e aviões a combaterem, com um cantil de água apenas, à toreira do sol, a enfrentaram no Teatro Operacional, durante uns largos, os talibãs. Quando tal acontecesse, eu tirar-lhe-ia o chapéu e, talvez, mostrasse alguma admiração por tais homens. Mas, até hoje ainda não vi um único morto em combate dessa catrefa de cobardes que mandam outros para a guerra.

A realidade é, no entanto, outra. Aparecem no Afeganistão, clandestinamente, e fogem nos minutos seguintes, depois de tirarem uma fotografia de circunstância).
Mas pelo que está a ser noticiado o pior ainda está para vir.

Em Londres, o fundador da WikiLeaks assegurou, dias atrás, que tem mais alguns milhares de arquivos sobre a ocupação do Afeganistão e que poderá difundi-los em sua página na internet.

Segundo a imprensa, Washington teme ter perdido ainda maior quantidade de material muito sensível, inclusive um arquivo de milhares de telegramas enviados pelas embaixadas dos EUA em todo o mundo, nos quais se trata de comércio de armas, encontros secretos e opiniões não censuradas de outros governos.

O fundador de Wikileaks, Julian Assange, diz que, nos últimos dois meses recebeu outra enorme quantidade de material “de primeira qualidade” de fontes militares, e que investigadores do departamento de investigações criminais do Pentágono pediram para encontrá-lo em território neutro, para que os ajude a determinar a sequência dos vazamentos. Assange não concordou

Daniel Ellsberg, que divulgou os “Pentagon Papers” da guerra do Vietname, afirmou que temia que Assange estivesse correndo risco físico; Ellsberg e duas outras fontes de casos anteriores de divulgação de material secreto dos EUA alertaram para a possibilidade de as agências norte-americanas tentarem usar o fundador do website Wikileaks “como exemplo”. Assange cancelou viagem prevista para Las Vegas e desapareceu.

Depois de vários dias tentando para conseguir um contacto, o jornal inglês The Guardian finalmente encontrou Assange num café em Bruxelas, onde ele aparecera para falar no Parlamento Europeu.

Assange contou que Wikileaks recebera vários milhões de arquivos, praticamente uma história não-contada da actividade do governo dos EUA em todo o mundo, com dados sobre inúmeras e importantes atividades, todas controversas. Estavam dando os últimos retoques numa versão compreensível daqueles dados e os divulgariam pela internet imediatamente, para impedir qualquer tentativa de censura.

Mas Assange também teme a importância das informações e algumas das histórias que lá havia acabassem enterradas em algum canto de internet. E isto se o conteúdo dos arquivos fosse publicado só na internet, e como matéria bruta, sem qualquer edição.

Por isso concordou com que uma pequena equipa de repórteres especialistas do Guardian trabalhasse o material durante algumas semanas, antes da publicação no website Wikileaks; seria uma espécie de edição, sobretudo para fixar o que os dados realmente mostravam sobre o andamento da guerra.

Para reduzir o risco de o material ser confiscado pelas autoridades, uma banco de dados foi aberto para o New York Times e para a revista semanal alemã Der Spiegel que, com o Guardian, publicariam simultaneamente em três diferentes jurisdições.
Deste modo, Assange não influiria nas matérias que seriam escritas por jornalistas, mas seria consultado para definir o momento da divulgação.

Assange abriu o acesso a um primeiro grupo de dados ainda codificados, num website secreto, ao qual o Guardian teria acesso, com códigos.

Claro que o cerco a toda a imprensa vai aumentar, principalmente, à grande imprensa dos EUA, Alemanha e mesmo do Reino Unido. Os crânios militares e dos serviços secretos devem estar a perder muitas noitas para conseguir silenciar os crimes de guerra. Pois, eles serão os primeiros a serem arrastados.

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