quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

CAVACO SILVA: O QUE ACONTECEU NO BPN/SLN?





Meditem sobre a carreira dos apoiantes!!!




Bernard Madoff, o banqueiro judeu, membro activo do lobby AIPAC, que defraudou o Estado norte-americano e milhares de depositantes, era, no seu dia a dia, um homem discreto, que se afagidava em parecer um homem honesto, amigo da caridade, benemérito de múltiplas instituições.

Tirando as distâncias e, naturalmente, os valores monetários, que possam estar em causa, o que é certo é que o actual candidato presidencial Cavaco Silva, e Chefe de Estado em exercício, procura adquirir a mesma postura.

"Eu sou um bonzinho, querem difamar-me", repete Cavaco Silva, mas nada refere como efectuou - ou participou - numa operação bolsista fora da normalidade que enquadra tais operações. Não sabemos, portanto, qual a extensão da mesma. O que sabemos é que foi accionista de uma empresa de malfeitores e recebeu dividendos.

Alguns membros da seita acompanham-no na campanha eleitoral, como Abdool Vakil, Joaquim Coimbra, Rui Machete, Alberto Figueiredo, accionistas e ex-dirigentes do SLN, grupo liderado por Oliveira Costa, e ainda Fernando Fantasia (parceiro de negócios), integram a comissão de honra da recandidatura presidencial de Cavaco Silva.


(A instituição comportava - quer nos órgãos sociais ou estrutura accionista de topo - dirigentes políticos do PSD no activo, sendo os mais emblemáticos Dias Loureiro, nomeado por Cavaco para o Conselho de Estado, e os ex-ministros Arlindo Carvalho, Daniel Sanches e Rui Machete. E clientes especiais, como Duarte Lima. Ora, Cavaco Silva, a filha e o genro Luis Montez - qual o valor investido por este ? -eram clientes do BPN e accionistas, posição que abandonou, quando o BPN começou a ser questionado e o actual Chefe de Estado, se posicionou para a corrida ao Palácio de Belém).


Os portugueses tem de saber o que se passa, neste imbróglio de agiotagem e depalidação de dinheiros. Eles circularam. Para onde? Quem interveio, realmente, em toda esta mafia de interesses e de negócios tenebrosos?


Quer queiramos, quer não, o actual Chefe de Estado e recandidato está metido no assunto. Qual a sua responsabilidade? Queremos saber.
Quem procura fugir com o rabo à seringa, é porque tem algo a esconder. (Cavaco Silva é - ou foi, para o caso pouca interessa - militante do PSD desde 1975. Não ascendeu ao cargo de Presidente do PSD, por mero acaso. Foi levado por figuras de topo do capital financeiro e empresarial para o cargo, de quem aliás se rodeou depois dos seus representantes, como Eurico de Melo, Valente de Oliveira, Álvaro Barreto, entre outros).

A negação, sem argumentos, é elucidativa. Se houver uma investigação e julgamento, poderemos falar depois.

Foi o que fez Bernard Madoff, até que a evidência não poderia ser escamoteada. Negou, negou, afirmou que estava inocente, que o queriam destruir. O julgamento ditou o que era real.


Cito a imprensa de então: "Madoff confessou-se arrependido na sessão de leitura da sentença: "Vivo num estado de tormenta por toda a dor e sofrimento que causei. Deixei um legado de vergonha. É uma coisa com a qual viverei para o resto da minha vida."

A CNN conta ainda que Madoff virou a cara para algumas das suas vítimas presentes no julgamento e, dirigindo-se a elas, disse: "dizer que estou arrependido não é suficiente. Olho para vocês. Sei que não adianta nada. Peço desculpa."

Segundo os inquéritos que levaram à condenação de Madoff, nos últimos 30 anos foram confiados a este banqueiro, antigo corrector de Wall Street (a bolsa de Nova Iorque), 13 mil milhões de dólares, provenientes de bancos, particulares ou associações de caridade, disse a agência France Presse. Madoff admitiu não ter investido um único dólar desse montante.

Estima-se que as perdas dos investidores estejam entre 50 e 65 mil milhões de dólares, tendo em conta aquilo que esperavam auferir com o investimento.


(TAL COMO NO BPN, ESSE DINHEIRO ESTÁ ALGURES...)

Bernard Madoff foi presidente do conselho de administração da Nasdaq. Acusado de fraude, perjúrio, branqueamento de capitais e roubo, Madoff foi preso em Dezembro de 2008 e esperou pela sentença longe do conforto do seu luxuoso apartamento no Upper East Side, um dos bairros mais caros de Manhattan.

Entretanto, soube-se, agora, que o património de Bernard Madoff foi recentemente avaliado em 820 milhões de dólares, sendo que grande parte deste montante corresponde à sua firma, a Bernard L. Madoff Investment Securities.



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