sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

OS NAZIS MONTARAM A ESTRUTURA MILITAR-SECRETA DA ALEMANHA OCIDENTAL

OS EUA montaram a estrutura da Alemanha com o apoio servil dos funcionários nazis. Dulles foi o artífice (aqui com Kennedy)



O general Gehlen membro do DE dos EUA

Adenauer com o seu braço direito, o nazi Globke














A notícia é recente - tem dias - e foi divulgada pelos serviços noticiosos da raddio oficial da Alemanha Deustche Welle: Os Serviços Secretos da então Alemanha Ocidental foram montados, essencialmente, por antigos funcionários dedicados nazis, alguns dos quais membros das SS e da Gestapo, sob a liderança do major-general Reinhard Gehlen, decidado servidor de Adoilf Hitler e seu chefe da secreta militar na Frente Leste incrustado então na ex-URSS.

(Estes agentes nazis foi-lhe atribuida uma nova identidade e garantias de total impunidade).

Gehlen, que nos dias finais da guerra desapareceu na zona então ocupada pela União Soviética, veio a aparecer mais tarde, ja na parte ocidental alemã, ocupada então pelos norte-americanos, a quem se entregou, tendo a prestar serviço no Departamento de Estados norte-americano. Regressou, pouco depois, à Alemanha Ocidental, onde foi incumbido por Washington, com a conivência do governo de Konrad Adenauer, a "reorganizar" os servicços secretos, BND, basicamente virados para a parte leste da Europa.

Permaneceu à frente do BND até à sua morte em 1968. Em 1965, pelo que agora se sabe, uma investigação interna, que as autoridades alemãs e norte-americanas, fizeram questão que permacesse "secreta", detectou que os principais lugares de estratégia e operacionais do BND foram ocupados, pelo menos, por 200 antigos nazis.

Gehlen e os sequazes não foram beliscados. As investigações assinalam ainda que Konrad Adenauer e o seu partido CDU - Cristão democrata - foi largamente apoiado por essa estrutura pró-nazi encavalitada na BND, que protegeu igualmente a reestruturação económica-finnaceira dos antigos empresários e banqueiros, que apoiaram Hitler, como os Krupp, os Thyssen, os Porsche, entre muitos outros.

Entretanto a DW-World, publicou uma entrevista com o historiador norte-americano, Timothy Naftali, que está a conferir as informações (27 mil páginas) que a CIA (Agencia norte-americana para os serviços secretos externos) teve de tornar publicas, por "caducidade" do rótulo de confidencial, que assinala
que os Estados Unidos encobriram a identidade de ex-nazistas e os usaram como espiões contra a antiga União Soviética durante a Guerra Fria.


Timothy Naftali é um dos quatro acadêmicos do chamado Grupo de Trabalho sobre Crimes de Guerra Nazistas e Arquivos do Governo Imperial Japonês, encarregado pelo governo norte-americano de examinar e interpretar o material agora libertado.

Numa conferência de imprensa, no começo desta semana, o historiador disse que os documentos mostram que a CIA e a antiga Alemanha Ocidental cooperaram para encobrir o paradeiro do criminoso de guerra nazista Adolf Eichmann em 1958.

Os arquivos colocados recentemente à disposição do público também mostram que a CIA e a Alemanha Ocidental suprimiram parte do diário de Eichmann que poderia ter comprometido o nazi Hans Globke, o conselheiro para segurança nacional do então chanceler federal alemão Konrad Adenauer.

Globke ajudou a eleborar s Leis de Nuremberga durante o regime nazista (as leis de perseguição às minorias étnicas, como os judeus, ciganos e eslavos). No governo de Adenauer, ele foi a principal ligação com a CIA e com a NATO.

Igualmente se veio a saber que o antigo chefe da Gestapo em Lyon, Klaus Barbie, após a Segunda Guerra Mundial, se tornou colaborador dos serviços secretos (BND) da República Federal Alemã, de acordo com o semanário Der Spiegel (17.01).

O «carniceiro de Lyon», que em 1987 foi condenado a prisão perpétua em França por crimes durante a ocupação nazi, foi recrutado pelo BND no início de 1966, quando vivia clandestinamente na Bolívia sob o pseudónimo de Klaus Altmann.

Descrito pelos serviços como possuidor de «uma mentalidade muito alemã» e um «feroz adversário do comunismo», o verdugo nazi mostrou-se muito activo tendo enviado cerca de 35 relatórios, assinados com o nome de Adler, registado com o número V-43118, relata a mesma fonte, que nada refere sobre o conteúdo das informações.

As remunerações de tais actividades eram depositadas num banco em S. Francisco, nos Estados Unidos. Em simultâneo, Klaus Barbie é colocado à frente da sucursal boliviana de uma empresa com sede em Bona, que vendia material militar excedentário do exército alemão.

Barbie, que terá sido deixado cair pelo BND em 1967 por receio de que o seu passado nazi pudesse ser aproveitado por serviços secretos de outros países, beneficiou logo no final da guerra da protecção dos norte-americanos que o consideravam como um bom agente para a luta anticomunista.

Efectivamente, Klaus Barbie foi o carrasco de muitos comunistas e socialistas que combaterem os nazis em França, tendo torturado até à morte figuras destacadas da resistência como foi o caso de Jean Moulin.

Para quê mais comentários....

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